Enem alinhado com novo ensino médio será aplicado a partir de 2024


Etapa em todo o Brasil terá mudanças, a partir do ano que vem, com ampliação da carga horária e organização curricular mais flexível

Por Julia Marques
Atualização:

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá estar alinhado com as diretrizes curriculares dessa etapa de ensino a partir de 2024. É o que define um cronograma publicado nesta quarta-feira, 14, pelo Ministério da Educação (MEC). O ensino médio terá mudanças em todo o Brasil, a partir do ano que vem, com a ampliação da carga horária para os estudantes e currículo mais flexível. Na prática, os alunos poderão escolher diferentes áreas para estudar. 

Estudantes e suas famílias antes do início do Enem na Unip Vergueiro, em São Paulo. Foto: Amanda Perobelli/REUTERS

Por causa das mudanças previstas para a etapa, o Enem, principal porta de entrada dos alunos no ensino superior, também terá de mudar. A atualização da matriz de avaliação do novo Enem vai ocorrer ao longo dos próximos anos para que, em 2024, a aplicação do exame já seja realizada conforme as novas diretrizes.  A reforma do ensino médio, válida para as redes pública e privada, cria diferentes trilhas de conhecimento definidas em itinerários formativos para os alunos (que podem ser cursos técnicos, profissionalizantes ou aprofundamento de estudos). Substitui a estrutura tradicional das disciplinas por formatos flexíveis – o que cria um desafio extra para a avaliação. Os alunos passarão a ter mil horas letivas por ano – e não mais 800 horas, como é hoje. A mudança é uma tentativa de resposta a uma escola tida como desinteressante pelos jovens e, portanto, com altos índices de evasão.  Neste ano deverá ocorrer a aprovação e homologação dos referenciais curriculares do ensino médio pelos Conselhos de Educação em cada um dos Estados. E as redes de ensino têm até fevereiro de 2022 para encaminhar ao MEC esses referenciais alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que determina os objetivos de aprendizagem.  Levantamento do Observatório do Movimento pela Base mostra que 12 Estados já têm currículos para o ensino médio aprovados e homologados – São Paulo está nessa lista – e seis estão em processo de consulta pública. Vinte Estados e o Distrito Federal enviaram seus currículos para análise dos Conselhos de Educação.  “A virada de chave para a implementação do novo ensino médio ocorrerá em 2022”, disse nesta quarta-feira o secretário da Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo. O cronograma do MEC prevê que em 2022 sejam implementadas as mudanças curriculares no 1.º ano do ensino médio. Já em 2023, a implementação dos referenciais curriculares vai abranger o 1.º e o 2.º ano, para alcançar aos três anos da etapa em 2024. As matrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame do MEC para medir a aprendizagem dos alunos, também deverão estar alinhadas ao novo ensino médio até 2024. 

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Na cerimônia desta quarta-feira, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, chamou o novo ensino médio de “promessa que estamos pagando”. A mudança para a etapa foi aprovada em 2017. “Nosso governo tem a missão de terminar o que os outros começaram”, disse. “Hoje, estamos aplicando algo criado em 2017. Uma promessa que estamos pagando, mas foi outro que fez.”

'Só se pensa em internet'

Ele também fez uma oração pela saúde do presidente Jair Bolsonaro, internado nesta quarta-feira, e justificou o veto ao projeto que garante conectividade nas escolas. “Temos milhares de escolas que não têm esgoto, mas só se pensa em internet.” Sobre a volta às aulas, disse ter “passado vergonha” no exterior porque outros países já reabriram escolas. “E nós ficamos patinando. Ah, tem de vacinar o professor... Agora a conversa é vacinar os alunos. Com todo o respeito. Vai vacinar o cachorro do aluno? O passarinho? Assim, não volta mais. Precisamos voltar com todos os cuidados sanitários possíveis.”

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá estar alinhado com as diretrizes curriculares dessa etapa de ensino a partir de 2024. É o que define um cronograma publicado nesta quarta-feira, 14, pelo Ministério da Educação (MEC). O ensino médio terá mudanças em todo o Brasil, a partir do ano que vem, com a ampliação da carga horária para os estudantes e currículo mais flexível. Na prática, os alunos poderão escolher diferentes áreas para estudar. 

Estudantes e suas famílias antes do início do Enem na Unip Vergueiro, em São Paulo. Foto: Amanda Perobelli/REUTERS

Por causa das mudanças previstas para a etapa, o Enem, principal porta de entrada dos alunos no ensino superior, também terá de mudar. A atualização da matriz de avaliação do novo Enem vai ocorrer ao longo dos próximos anos para que, em 2024, a aplicação do exame já seja realizada conforme as novas diretrizes.  A reforma do ensino médio, válida para as redes pública e privada, cria diferentes trilhas de conhecimento definidas em itinerários formativos para os alunos (que podem ser cursos técnicos, profissionalizantes ou aprofundamento de estudos). Substitui a estrutura tradicional das disciplinas por formatos flexíveis – o que cria um desafio extra para a avaliação. Os alunos passarão a ter mil horas letivas por ano – e não mais 800 horas, como é hoje. A mudança é uma tentativa de resposta a uma escola tida como desinteressante pelos jovens e, portanto, com altos índices de evasão.  Neste ano deverá ocorrer a aprovação e homologação dos referenciais curriculares do ensino médio pelos Conselhos de Educação em cada um dos Estados. E as redes de ensino têm até fevereiro de 2022 para encaminhar ao MEC esses referenciais alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que determina os objetivos de aprendizagem.  Levantamento do Observatório do Movimento pela Base mostra que 12 Estados já têm currículos para o ensino médio aprovados e homologados – São Paulo está nessa lista – e seis estão em processo de consulta pública. Vinte Estados e o Distrito Federal enviaram seus currículos para análise dos Conselhos de Educação.  “A virada de chave para a implementação do novo ensino médio ocorrerá em 2022”, disse nesta quarta-feira o secretário da Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo. O cronograma do MEC prevê que em 2022 sejam implementadas as mudanças curriculares no 1.º ano do ensino médio. Já em 2023, a implementação dos referenciais curriculares vai abranger o 1.º e o 2.º ano, para alcançar aos três anos da etapa em 2024. As matrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame do MEC para medir a aprendizagem dos alunos, também deverão estar alinhadas ao novo ensino médio até 2024. 

Na cerimônia desta quarta-feira, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, chamou o novo ensino médio de “promessa que estamos pagando”. A mudança para a etapa foi aprovada em 2017. “Nosso governo tem a missão de terminar o que os outros começaram”, disse. “Hoje, estamos aplicando algo criado em 2017. Uma promessa que estamos pagando, mas foi outro que fez.”

'Só se pensa em internet'

Ele também fez uma oração pela saúde do presidente Jair Bolsonaro, internado nesta quarta-feira, e justificou o veto ao projeto que garante conectividade nas escolas. “Temos milhares de escolas que não têm esgoto, mas só se pensa em internet.” Sobre a volta às aulas, disse ter “passado vergonha” no exterior porque outros países já reabriram escolas. “E nós ficamos patinando. Ah, tem de vacinar o professor... Agora a conversa é vacinar os alunos. Com todo o respeito. Vai vacinar o cachorro do aluno? O passarinho? Assim, não volta mais. Precisamos voltar com todos os cuidados sanitários possíveis.”

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá estar alinhado com as diretrizes curriculares dessa etapa de ensino a partir de 2024. É o que define um cronograma publicado nesta quarta-feira, 14, pelo Ministério da Educação (MEC). O ensino médio terá mudanças em todo o Brasil, a partir do ano que vem, com a ampliação da carga horária para os estudantes e currículo mais flexível. Na prática, os alunos poderão escolher diferentes áreas para estudar. 

Estudantes e suas famílias antes do início do Enem na Unip Vergueiro, em São Paulo. Foto: Amanda Perobelli/REUTERS

Por causa das mudanças previstas para a etapa, o Enem, principal porta de entrada dos alunos no ensino superior, também terá de mudar. A atualização da matriz de avaliação do novo Enem vai ocorrer ao longo dos próximos anos para que, em 2024, a aplicação do exame já seja realizada conforme as novas diretrizes.  A reforma do ensino médio, válida para as redes pública e privada, cria diferentes trilhas de conhecimento definidas em itinerários formativos para os alunos (que podem ser cursos técnicos, profissionalizantes ou aprofundamento de estudos). Substitui a estrutura tradicional das disciplinas por formatos flexíveis – o que cria um desafio extra para a avaliação. Os alunos passarão a ter mil horas letivas por ano – e não mais 800 horas, como é hoje. A mudança é uma tentativa de resposta a uma escola tida como desinteressante pelos jovens e, portanto, com altos índices de evasão.  Neste ano deverá ocorrer a aprovação e homologação dos referenciais curriculares do ensino médio pelos Conselhos de Educação em cada um dos Estados. E as redes de ensino têm até fevereiro de 2022 para encaminhar ao MEC esses referenciais alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que determina os objetivos de aprendizagem.  Levantamento do Observatório do Movimento pela Base mostra que 12 Estados já têm currículos para o ensino médio aprovados e homologados – São Paulo está nessa lista – e seis estão em processo de consulta pública. Vinte Estados e o Distrito Federal enviaram seus currículos para análise dos Conselhos de Educação.  “A virada de chave para a implementação do novo ensino médio ocorrerá em 2022”, disse nesta quarta-feira o secretário da Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo. O cronograma do MEC prevê que em 2022 sejam implementadas as mudanças curriculares no 1.º ano do ensino médio. Já em 2023, a implementação dos referenciais curriculares vai abranger o 1.º e o 2.º ano, para alcançar aos três anos da etapa em 2024. As matrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame do MEC para medir a aprendizagem dos alunos, também deverão estar alinhadas ao novo ensino médio até 2024. 

Na cerimônia desta quarta-feira, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, chamou o novo ensino médio de “promessa que estamos pagando”. A mudança para a etapa foi aprovada em 2017. “Nosso governo tem a missão de terminar o que os outros começaram”, disse. “Hoje, estamos aplicando algo criado em 2017. Uma promessa que estamos pagando, mas foi outro que fez.”

'Só se pensa em internet'

Ele também fez uma oração pela saúde do presidente Jair Bolsonaro, internado nesta quarta-feira, e justificou o veto ao projeto que garante conectividade nas escolas. “Temos milhares de escolas que não têm esgoto, mas só se pensa em internet.” Sobre a volta às aulas, disse ter “passado vergonha” no exterior porque outros países já reabriram escolas. “E nós ficamos patinando. Ah, tem de vacinar o professor... Agora a conversa é vacinar os alunos. Com todo o respeito. Vai vacinar o cachorro do aluno? O passarinho? Assim, não volta mais. Precisamos voltar com todos os cuidados sanitários possíveis.”

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