Enem: Inep diz que agiu para impedir que bloqueios em estradas atrapalhassem transporte de provas


Segundo presidente do órgão, medidas foram tomadas assim que se soube dos protestos. Exames foram enviados para 1,7 mil cidades e serão aplicados neste domingo

Por Renata Cafardo

Os organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram de agir para impedir que os bloqueios nas estradas do Brasil, realizados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, prejudicassem a chegada das provas aos locais onde serão aplicadas. A avaliação ocorrerá neste domingo, 13, em 11 mil estabelecimentos de 1,7 mil cidades do País.

“Assim que o movimento surgiu, tomamos as providências necessárias para garantir que as provas chegassem. Não houve intercorrência, pois agimos antecipadamente”, disse ao Estadão o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, Carlos Moreno.

A logística do maior exame brasileiro é gigantesca e envolve sigilo; o Inep não detalhou as ações que impediram que o transporte da prova fosse interrompido. O caminho dos exames começa no início do quarto trimestre quando eles são despachados para as 27 capitais, com escolta da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal.

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Os malotes saem dos galpões de armazenamento de segurança máxima para serem novamente guardadas em outros espaços nos Estados. Segundo Moreno, em alguns locais, a prova já chegou neste sábado, 12, na cidade onde será aplicada. Em outros, está muito próxima e vai se deslocar até o local no próprio domingo.

O Enem de 2022 começa neste domingo, 13, às 13 horas, com as provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da Redação. A próxima prova será no outro domingo, 20, com questões de Matemática e Ciências da Natureza. Mais de 3,4 milhões de estudantes estão inscritos; 1,8 milhão são pretos e pardos.

Este é o último Enem do governo de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no dia 30. Durante os quatro anos, o Inep enfrentou tentativas de interferência na prova, com a criação de uma “comissão de censura” de questões, denúncias e demissões em massa de técnicos.

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O presidente do Inep, Carlos Moreno, diz que o exame está sendo adaptado para o novo ensino médio Foto: Foto: Andre Sousa/MEC / Foto: Andre Sousa/MEC

Na véspera da prova deste ano, a Universidade de São Paulo (USP) aprovou esta semana a saída do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), plataforma do MEC que permite ao candidato, usando a nota do Enem, buscar vagas nas universidades públicas do País. A USP vai continuar usando o Enem, mas convocará os estudantes diretamente pela Fuvest. “O que importa, para nós, é fazermos o Enem com qualidade e oferecermos às instituições os resultados do exame, para que elas utilizem da forma como acharem mais conveniente, em um exercício de autonomia das próprias universidades”, disse Moreno.

Ele é o quinto presidente do Inep durante o governo Bolsonaro e assumiu o órgão em agosto. Em julho, Danilo Dupas deixou o cargo depois de uma gestão marcada por uma avalanche de críticas de servidores, que o acusavam de assédio e interferências na questões técnicas. Moreno, servidor de carreira no Inep desde 1985 e mestre em Estatística, foi bem recebido internamente e por especialistas da área.

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Moreno afirmou que ainda não teve conversas com as equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Técnicos do Inep ouvidos pelo Estadão disseram que algumas definições sobre a prova do ano que vem precisam ser feitas ainda este ano, o que traria urgência para reuniões com o novo governo. Segundo o Estadão apurou, integrantes do grupo da transição de educação também consideram o Enem um dos pontos de atenção.

Ao ser questionado sobre o assunto, Moreno disse que o Inep está adequando as suas avaliações à reforma do ensino médio e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação que define objetivos de aprendizagem para cada série e campo de conhecimento de alunos de escolas públicas e provas. Segundo Moreno, isso é um “processo permanente, feito em diálogo com o Ministério da Educação”.

O Enem precisa se adaptar até 2024 ao novo ensino médio, estabelecido em lei, que torna o currículo mais flexível e inclui itinerários formativos. “A nossa expectativa é que todo esse trabalho seja debatido e concluído em meados do próximo ano porque sabemos que essas mudanças terão impacto, inclusive, na própria condução do ensino médio, ou seja, na escola”, afirmou Moreno.

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Covid-19

Com o recente aumento de casos da covid-19 no Brasil, é possível fazer a prova em outra data caso o candidato esteja infectado neste fim de semana. Em caso de sintomas na semana anterior ou na véspera de aplicação, a orientação do Inep é para que o candidato não compareça ao local de provas e solicite reaplicação na Página do Participante, até cinco dias úteis depois.

Os organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram de agir para impedir que os bloqueios nas estradas do Brasil, realizados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, prejudicassem a chegada das provas aos locais onde serão aplicadas. A avaliação ocorrerá neste domingo, 13, em 11 mil estabelecimentos de 1,7 mil cidades do País.

“Assim que o movimento surgiu, tomamos as providências necessárias para garantir que as provas chegassem. Não houve intercorrência, pois agimos antecipadamente”, disse ao Estadão o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, Carlos Moreno.

A logística do maior exame brasileiro é gigantesca e envolve sigilo; o Inep não detalhou as ações que impediram que o transporte da prova fosse interrompido. O caminho dos exames começa no início do quarto trimestre quando eles são despachados para as 27 capitais, com escolta da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal.

Os malotes saem dos galpões de armazenamento de segurança máxima para serem novamente guardadas em outros espaços nos Estados. Segundo Moreno, em alguns locais, a prova já chegou neste sábado, 12, na cidade onde será aplicada. Em outros, está muito próxima e vai se deslocar até o local no próprio domingo.

O Enem de 2022 começa neste domingo, 13, às 13 horas, com as provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da Redação. A próxima prova será no outro domingo, 20, com questões de Matemática e Ciências da Natureza. Mais de 3,4 milhões de estudantes estão inscritos; 1,8 milhão são pretos e pardos.

Este é o último Enem do governo de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no dia 30. Durante os quatro anos, o Inep enfrentou tentativas de interferência na prova, com a criação de uma “comissão de censura” de questões, denúncias e demissões em massa de técnicos.

O presidente do Inep, Carlos Moreno, diz que o exame está sendo adaptado para o novo ensino médio Foto: Foto: Andre Sousa/MEC / Foto: Andre Sousa/MEC

Na véspera da prova deste ano, a Universidade de São Paulo (USP) aprovou esta semana a saída do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), plataforma do MEC que permite ao candidato, usando a nota do Enem, buscar vagas nas universidades públicas do País. A USP vai continuar usando o Enem, mas convocará os estudantes diretamente pela Fuvest. “O que importa, para nós, é fazermos o Enem com qualidade e oferecermos às instituições os resultados do exame, para que elas utilizem da forma como acharem mais conveniente, em um exercício de autonomia das próprias universidades”, disse Moreno.

Ele é o quinto presidente do Inep durante o governo Bolsonaro e assumiu o órgão em agosto. Em julho, Danilo Dupas deixou o cargo depois de uma gestão marcada por uma avalanche de críticas de servidores, que o acusavam de assédio e interferências na questões técnicas. Moreno, servidor de carreira no Inep desde 1985 e mestre em Estatística, foi bem recebido internamente e por especialistas da área.

Moreno afirmou que ainda não teve conversas com as equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Técnicos do Inep ouvidos pelo Estadão disseram que algumas definições sobre a prova do ano que vem precisam ser feitas ainda este ano, o que traria urgência para reuniões com o novo governo. Segundo o Estadão apurou, integrantes do grupo da transição de educação também consideram o Enem um dos pontos de atenção.

Ao ser questionado sobre o assunto, Moreno disse que o Inep está adequando as suas avaliações à reforma do ensino médio e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação que define objetivos de aprendizagem para cada série e campo de conhecimento de alunos de escolas públicas e provas. Segundo Moreno, isso é um “processo permanente, feito em diálogo com o Ministério da Educação”.

O Enem precisa se adaptar até 2024 ao novo ensino médio, estabelecido em lei, que torna o currículo mais flexível e inclui itinerários formativos. “A nossa expectativa é que todo esse trabalho seja debatido e concluído em meados do próximo ano porque sabemos que essas mudanças terão impacto, inclusive, na própria condução do ensino médio, ou seja, na escola”, afirmou Moreno.

Covid-19

Com o recente aumento de casos da covid-19 no Brasil, é possível fazer a prova em outra data caso o candidato esteja infectado neste fim de semana. Em caso de sintomas na semana anterior ou na véspera de aplicação, a orientação do Inep é para que o candidato não compareça ao local de provas e solicite reaplicação na Página do Participante, até cinco dias úteis depois.

Os organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram de agir para impedir que os bloqueios nas estradas do Brasil, realizados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, prejudicassem a chegada das provas aos locais onde serão aplicadas. A avaliação ocorrerá neste domingo, 13, em 11 mil estabelecimentos de 1,7 mil cidades do País.

“Assim que o movimento surgiu, tomamos as providências necessárias para garantir que as provas chegassem. Não houve intercorrência, pois agimos antecipadamente”, disse ao Estadão o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, Carlos Moreno.

A logística do maior exame brasileiro é gigantesca e envolve sigilo; o Inep não detalhou as ações que impediram que o transporte da prova fosse interrompido. O caminho dos exames começa no início do quarto trimestre quando eles são despachados para as 27 capitais, com escolta da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal.

Os malotes saem dos galpões de armazenamento de segurança máxima para serem novamente guardadas em outros espaços nos Estados. Segundo Moreno, em alguns locais, a prova já chegou neste sábado, 12, na cidade onde será aplicada. Em outros, está muito próxima e vai se deslocar até o local no próprio domingo.

O Enem de 2022 começa neste domingo, 13, às 13 horas, com as provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da Redação. A próxima prova será no outro domingo, 20, com questões de Matemática e Ciências da Natureza. Mais de 3,4 milhões de estudantes estão inscritos; 1,8 milhão são pretos e pardos.

Este é o último Enem do governo de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no dia 30. Durante os quatro anos, o Inep enfrentou tentativas de interferência na prova, com a criação de uma “comissão de censura” de questões, denúncias e demissões em massa de técnicos.

O presidente do Inep, Carlos Moreno, diz que o exame está sendo adaptado para o novo ensino médio Foto: Foto: Andre Sousa/MEC / Foto: Andre Sousa/MEC

Na véspera da prova deste ano, a Universidade de São Paulo (USP) aprovou esta semana a saída do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), plataforma do MEC que permite ao candidato, usando a nota do Enem, buscar vagas nas universidades públicas do País. A USP vai continuar usando o Enem, mas convocará os estudantes diretamente pela Fuvest. “O que importa, para nós, é fazermos o Enem com qualidade e oferecermos às instituições os resultados do exame, para que elas utilizem da forma como acharem mais conveniente, em um exercício de autonomia das próprias universidades”, disse Moreno.

Ele é o quinto presidente do Inep durante o governo Bolsonaro e assumiu o órgão em agosto. Em julho, Danilo Dupas deixou o cargo depois de uma gestão marcada por uma avalanche de críticas de servidores, que o acusavam de assédio e interferências na questões técnicas. Moreno, servidor de carreira no Inep desde 1985 e mestre em Estatística, foi bem recebido internamente e por especialistas da área.

Moreno afirmou que ainda não teve conversas com as equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Técnicos do Inep ouvidos pelo Estadão disseram que algumas definições sobre a prova do ano que vem precisam ser feitas ainda este ano, o que traria urgência para reuniões com o novo governo. Segundo o Estadão apurou, integrantes do grupo da transição de educação também consideram o Enem um dos pontos de atenção.

Ao ser questionado sobre o assunto, Moreno disse que o Inep está adequando as suas avaliações à reforma do ensino médio e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação que define objetivos de aprendizagem para cada série e campo de conhecimento de alunos de escolas públicas e provas. Segundo Moreno, isso é um “processo permanente, feito em diálogo com o Ministério da Educação”.

O Enem precisa se adaptar até 2024 ao novo ensino médio, estabelecido em lei, que torna o currículo mais flexível e inclui itinerários formativos. “A nossa expectativa é que todo esse trabalho seja debatido e concluído em meados do próximo ano porque sabemos que essas mudanças terão impacto, inclusive, na própria condução do ensino médio, ou seja, na escola”, afirmou Moreno.

Covid-19

Com o recente aumento de casos da covid-19 no Brasil, é possível fazer a prova em outra data caso o candidato esteja infectado neste fim de semana. Em caso de sintomas na semana anterior ou na véspera de aplicação, a orientação do Inep é para que o candidato não compareça ao local de provas e solicite reaplicação na Página do Participante, até cinco dias úteis depois.

Os organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram de agir para impedir que os bloqueios nas estradas do Brasil, realizados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, prejudicassem a chegada das provas aos locais onde serão aplicadas. A avaliação ocorrerá neste domingo, 13, em 11 mil estabelecimentos de 1,7 mil cidades do País.

“Assim que o movimento surgiu, tomamos as providências necessárias para garantir que as provas chegassem. Não houve intercorrência, pois agimos antecipadamente”, disse ao Estadão o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, Carlos Moreno.

A logística do maior exame brasileiro é gigantesca e envolve sigilo; o Inep não detalhou as ações que impediram que o transporte da prova fosse interrompido. O caminho dos exames começa no início do quarto trimestre quando eles são despachados para as 27 capitais, com escolta da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal.

Os malotes saem dos galpões de armazenamento de segurança máxima para serem novamente guardadas em outros espaços nos Estados. Segundo Moreno, em alguns locais, a prova já chegou neste sábado, 12, na cidade onde será aplicada. Em outros, está muito próxima e vai se deslocar até o local no próprio domingo.

O Enem de 2022 começa neste domingo, 13, às 13 horas, com as provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da Redação. A próxima prova será no outro domingo, 20, com questões de Matemática e Ciências da Natureza. Mais de 3,4 milhões de estudantes estão inscritos; 1,8 milhão são pretos e pardos.

Este é o último Enem do governo de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no dia 30. Durante os quatro anos, o Inep enfrentou tentativas de interferência na prova, com a criação de uma “comissão de censura” de questões, denúncias e demissões em massa de técnicos.

O presidente do Inep, Carlos Moreno, diz que o exame está sendo adaptado para o novo ensino médio Foto: Foto: Andre Sousa/MEC / Foto: Andre Sousa/MEC

Na véspera da prova deste ano, a Universidade de São Paulo (USP) aprovou esta semana a saída do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), plataforma do MEC que permite ao candidato, usando a nota do Enem, buscar vagas nas universidades públicas do País. A USP vai continuar usando o Enem, mas convocará os estudantes diretamente pela Fuvest. “O que importa, para nós, é fazermos o Enem com qualidade e oferecermos às instituições os resultados do exame, para que elas utilizem da forma como acharem mais conveniente, em um exercício de autonomia das próprias universidades”, disse Moreno.

Ele é o quinto presidente do Inep durante o governo Bolsonaro e assumiu o órgão em agosto. Em julho, Danilo Dupas deixou o cargo depois de uma gestão marcada por uma avalanche de críticas de servidores, que o acusavam de assédio e interferências na questões técnicas. Moreno, servidor de carreira no Inep desde 1985 e mestre em Estatística, foi bem recebido internamente e por especialistas da área.

Moreno afirmou que ainda não teve conversas com as equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Técnicos do Inep ouvidos pelo Estadão disseram que algumas definições sobre a prova do ano que vem precisam ser feitas ainda este ano, o que traria urgência para reuniões com o novo governo. Segundo o Estadão apurou, integrantes do grupo da transição de educação também consideram o Enem um dos pontos de atenção.

Ao ser questionado sobre o assunto, Moreno disse que o Inep está adequando as suas avaliações à reforma do ensino médio e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação que define objetivos de aprendizagem para cada série e campo de conhecimento de alunos de escolas públicas e provas. Segundo Moreno, isso é um “processo permanente, feito em diálogo com o Ministério da Educação”.

O Enem precisa se adaptar até 2024 ao novo ensino médio, estabelecido em lei, que torna o currículo mais flexível e inclui itinerários formativos. “A nossa expectativa é que todo esse trabalho seja debatido e concluído em meados do próximo ano porque sabemos que essas mudanças terão impacto, inclusive, na própria condução do ensino médio, ou seja, na escola”, afirmou Moreno.

Covid-19

Com o recente aumento de casos da covid-19 no Brasil, é possível fazer a prova em outra data caso o candidato esteja infectado neste fim de semana. Em caso de sintomas na semana anterior ou na véspera de aplicação, a orientação do Inep é para que o candidato não compareça ao local de provas e solicite reaplicação na Página do Participante, até cinco dias úteis depois.

Os organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tiveram de agir para impedir que os bloqueios nas estradas do Brasil, realizados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, prejudicassem a chegada das provas aos locais onde serão aplicadas. A avaliação ocorrerá neste domingo, 13, em 11 mil estabelecimentos de 1,7 mil cidades do País.

“Assim que o movimento surgiu, tomamos as providências necessárias para garantir que as provas chegassem. Não houve intercorrência, pois agimos antecipadamente”, disse ao Estadão o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, Carlos Moreno.

A logística do maior exame brasileiro é gigantesca e envolve sigilo; o Inep não detalhou as ações que impediram que o transporte da prova fosse interrompido. O caminho dos exames começa no início do quarto trimestre quando eles são despachados para as 27 capitais, com escolta da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Federal.

Os malotes saem dos galpões de armazenamento de segurança máxima para serem novamente guardadas em outros espaços nos Estados. Segundo Moreno, em alguns locais, a prova já chegou neste sábado, 12, na cidade onde será aplicada. Em outros, está muito próxima e vai se deslocar até o local no próprio domingo.

O Enem de 2022 começa neste domingo, 13, às 13 horas, com as provas de Linguagens e Ciências Humanas, além da Redação. A próxima prova será no outro domingo, 20, com questões de Matemática e Ciências da Natureza. Mais de 3,4 milhões de estudantes estão inscritos; 1,8 milhão são pretos e pardos.

Este é o último Enem do governo de Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no dia 30. Durante os quatro anos, o Inep enfrentou tentativas de interferência na prova, com a criação de uma “comissão de censura” de questões, denúncias e demissões em massa de técnicos.

O presidente do Inep, Carlos Moreno, diz que o exame está sendo adaptado para o novo ensino médio Foto: Foto: Andre Sousa/MEC / Foto: Andre Sousa/MEC

Na véspera da prova deste ano, a Universidade de São Paulo (USP) aprovou esta semana a saída do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), plataforma do MEC que permite ao candidato, usando a nota do Enem, buscar vagas nas universidades públicas do País. A USP vai continuar usando o Enem, mas convocará os estudantes diretamente pela Fuvest. “O que importa, para nós, é fazermos o Enem com qualidade e oferecermos às instituições os resultados do exame, para que elas utilizem da forma como acharem mais conveniente, em um exercício de autonomia das próprias universidades”, disse Moreno.

Ele é o quinto presidente do Inep durante o governo Bolsonaro e assumiu o órgão em agosto. Em julho, Danilo Dupas deixou o cargo depois de uma gestão marcada por uma avalanche de críticas de servidores, que o acusavam de assédio e interferências na questões técnicas. Moreno, servidor de carreira no Inep desde 1985 e mestre em Estatística, foi bem recebido internamente e por especialistas da área.

Moreno afirmou que ainda não teve conversas com as equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Técnicos do Inep ouvidos pelo Estadão disseram que algumas definições sobre a prova do ano que vem precisam ser feitas ainda este ano, o que traria urgência para reuniões com o novo governo. Segundo o Estadão apurou, integrantes do grupo da transição de educação também consideram o Enem um dos pontos de atenção.

Ao ser questionado sobre o assunto, Moreno disse que o Inep está adequando as suas avaliações à reforma do ensino médio e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento do Ministério da Educação que define objetivos de aprendizagem para cada série e campo de conhecimento de alunos de escolas públicas e provas. Segundo Moreno, isso é um “processo permanente, feito em diálogo com o Ministério da Educação”.

O Enem precisa se adaptar até 2024 ao novo ensino médio, estabelecido em lei, que torna o currículo mais flexível e inclui itinerários formativos. “A nossa expectativa é que todo esse trabalho seja debatido e concluído em meados do próximo ano porque sabemos que essas mudanças terão impacto, inclusive, na própria condução do ensino médio, ou seja, na escola”, afirmou Moreno.

Covid-19

Com o recente aumento de casos da covid-19 no Brasil, é possível fazer a prova em outra data caso o candidato esteja infectado neste fim de semana. Em caso de sintomas na semana anterior ou na véspera de aplicação, a orientação do Inep é para que o candidato não compareça ao local de provas e solicite reaplicação na Página do Participante, até cinco dias úteis depois.

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