Frente à necessidade de se atualizar para a atuação no mercado, alguns engenheiros optam por seguir um caminho que pode parecer inusitado: a pós-graduação stricto sensu. A clássica visão de que cursos de mestrado e doutorado são indicados só para quem deseja uma carreira acadêmica ou de pesquisa não abalou a decisão de Ariel Ferreira.
Gerente de suporte técnico em uma multinacional de telecomunicações, ele viu no mestrado em Engenharia Elétrica na FEI uma oportunidade de fazer uma pesquisa aprofundada em muitos conceitos que permeiam as tarefas do cotidiano da profissão. “Percebo muitos engenheiros com conhecimentos que até dão conta do dia a dia, mas sem base teórica para lidar com as novas tecnologias que estão chegando e as outras tantas que virão. Quis ir para o mestrado para me aprofundar e ser um engenheiro melhor”, diz o profissional, que começou o curso neste ano.
Ferreira espera obter um conhecimento científico que o habilite a propor novas soluções e ver os processos sob a ótica do pesquisador, percebendo por exemplo deficiências que afetem o desenvolvimento de produtos e necessitam de respostas inovadoras. “Apesar de eu estar em um cargo com viés muito técnico, vi que o mestrado era o que eu precisava para enxergar além. Quero adquirir uma capacidade de superar limitações corporativas e apresentar novas ideias. O objetivo último é fazer a convergência dos dois mundos: o acadêmico e o técnico.”
O currículo da FEI se concentra em áreas como Nanoeletrônica e Circuitos Integrados, Inteligência Artificial Aplicada à Automação e Robótica e Processamento de Sinais e Imagens, englobando pesquisas aplicadas em Microeletrônica, Automação e Processamento de Sinais. Entusiasmado, Ferreira já tem planos para depois da defesa da dissertação. “Penso que devo seguir adiante. Com a decisão de cursar um mestrado, é natural para mim já pensar em um doutorado no futuro”, diz.