Ensino superior é o mais propício a aulas remotas


Maior integração entre as universidades e expansão de contatos e experiências são algumas das vantagens

Por Ocimara Balmant e Alex Gomes

De todos os níveis de educação, o ensino superior é visto como o mais propício para a formação a distância. O esvaziamento de todos os câmpus instigou as universidades, principalmente as públicas, a repensarem seus formatos pedagógicos para os próximos anos. Em um período marcado por tanto improviso, surgiram propostas para explorar os benefícios acadêmicos do modelo remoto que vão muito além daquela história de o aluno poder estudar no momento e no local em que preferir.

Uma das iniciativas é a integração entre universidades, de modo que os estudantes possam cursar, de forma remota, disciplinas de instituições nas mais variadas regiões do País. O piloto da proposta foi orquestrado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com a participação de quatro universidades. Deu certo, e seguirá em breve com a presença de 20 instituições federais de ensino superior.

Pesquisa deste ano aponta que apenas 43,2% dos estudantes de instituições públicas, como a USP, querem aulas exclusivamente presenciais Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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“É a demanda dos estudantes: imagine que um aluno de Minas Gerais se interesse por uma disciplina oferecida em uma universidade do Rio Grande do Sul. Ele vai poder se matricular na instituição e viver uma experiência inédita”, diz Marcus Vinicius David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A integração digital atrai também os gestores de universidades estaduais. O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como Tom Zé, acredita que o programa permite o compartilhamento de expertise e estimula a complementaridade das instituições.

“Por mais que tenham perfis parecidos, as instituições têm competências diferentes. Para um pós-graduando, por exemplo, a possibilidade de se aproximar de alguém que tem destaque imenso dentro de uma área em outra universidade é um motor de ânimo. Essa combinação vai permitir uma colaboração muito maior”, diz o reitor.

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Na Unicamp, um pequeno aperitivo nos cursos de pós-graduação mostra que a receita é promissora. Na pandemia, a universidade se valeu do formato de bancas digitais para os exames de conclusão dos cursos de mestrado e doutorado. A medida trouxe perspectivas para a implementação de modalidades de avaliação mais dinâmicas, como conta Tom Zé: “No passado era uma dificuldade; estávamos limitados a chamar pessoas por questões financeiras e os deslocamentos eram uma complicação a mais para as agendas dos avaliadores. De repente, passamos a ter bancas exclusivamente remotas. No futuro, poderemos ter formatos mistos: com bancas presenciais para quem é da universidade e remotas para quem é de fora. São oportunidades grandes de enriquecer as trocas no campo científico”.

Outra vantagem na adoção de aulas digitais é facilitar o processo de internacionalização das instituições de ensino superior. “Era muito difícil trazer um professor convidado de outro país; eles têm uma agenda complicadíssima. Com as aulas remotas, podemos agora ter a participação de um ou de vários estrangeiros em nossos cursos”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil.

Preferência dos alunos

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Entre os alunos, o tempo com aulas remotas tem feito crescer a aprovação do formato. A pesquisa Adoção de Aulas Remotas – Visão dos Alunos, publicada pelo Semesp em julho de 2020, poucos meses após o início da pandemia, mostrava que 52,3% dos alunos da rede privada e 51,3% da rede pública queriam a volta de aulas exclusivamente presenciais.

A segunda edição, lançada em agosto deste ano, mostra que a opção pelo formato totalmente presencial caiu para 47% entre os estudantes da rede privada e para 43,2% na rede pública. Essa preferência está diretamente relacionada com a área, mostrando os diferentes perfis: alunos de Biológicas/Saúde, em sua maioria (62,1%), preferem aulas totalmente presenciais, enquanto 33% dos estudantes de Exatas apoiam essa possibilidade.

Mais da metade dos alunos afirmou que gostaria de continuar com os benefícios das aulas remotas após o fim da restrição devido à pandemia. Porém, apenas 19,8% dos alunos das instituições de ensino superior privadas e 8,5% das públicas gostariam de manter a experiência com 100% de aulas remotas, evidenciando a necessidade de criação de novos modelos que combinem as várias experiências.

De todos os níveis de educação, o ensino superior é visto como o mais propício para a formação a distância. O esvaziamento de todos os câmpus instigou as universidades, principalmente as públicas, a repensarem seus formatos pedagógicos para os próximos anos. Em um período marcado por tanto improviso, surgiram propostas para explorar os benefícios acadêmicos do modelo remoto que vão muito além daquela história de o aluno poder estudar no momento e no local em que preferir.

Uma das iniciativas é a integração entre universidades, de modo que os estudantes possam cursar, de forma remota, disciplinas de instituições nas mais variadas regiões do País. O piloto da proposta foi orquestrado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com a participação de quatro universidades. Deu certo, e seguirá em breve com a presença de 20 instituições federais de ensino superior.

Pesquisa deste ano aponta que apenas 43,2% dos estudantes de instituições públicas, como a USP, querem aulas exclusivamente presenciais Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“É a demanda dos estudantes: imagine que um aluno de Minas Gerais se interesse por uma disciplina oferecida em uma universidade do Rio Grande do Sul. Ele vai poder se matricular na instituição e viver uma experiência inédita”, diz Marcus Vinicius David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A integração digital atrai também os gestores de universidades estaduais. O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como Tom Zé, acredita que o programa permite o compartilhamento de expertise e estimula a complementaridade das instituições.

“Por mais que tenham perfis parecidos, as instituições têm competências diferentes. Para um pós-graduando, por exemplo, a possibilidade de se aproximar de alguém que tem destaque imenso dentro de uma área em outra universidade é um motor de ânimo. Essa combinação vai permitir uma colaboração muito maior”, diz o reitor.

Na Unicamp, um pequeno aperitivo nos cursos de pós-graduação mostra que a receita é promissora. Na pandemia, a universidade se valeu do formato de bancas digitais para os exames de conclusão dos cursos de mestrado e doutorado. A medida trouxe perspectivas para a implementação de modalidades de avaliação mais dinâmicas, como conta Tom Zé: “No passado era uma dificuldade; estávamos limitados a chamar pessoas por questões financeiras e os deslocamentos eram uma complicação a mais para as agendas dos avaliadores. De repente, passamos a ter bancas exclusivamente remotas. No futuro, poderemos ter formatos mistos: com bancas presenciais para quem é da universidade e remotas para quem é de fora. São oportunidades grandes de enriquecer as trocas no campo científico”.

Outra vantagem na adoção de aulas digitais é facilitar o processo de internacionalização das instituições de ensino superior. “Era muito difícil trazer um professor convidado de outro país; eles têm uma agenda complicadíssima. Com as aulas remotas, podemos agora ter a participação de um ou de vários estrangeiros em nossos cursos”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil.

Preferência dos alunos

Entre os alunos, o tempo com aulas remotas tem feito crescer a aprovação do formato. A pesquisa Adoção de Aulas Remotas – Visão dos Alunos, publicada pelo Semesp em julho de 2020, poucos meses após o início da pandemia, mostrava que 52,3% dos alunos da rede privada e 51,3% da rede pública queriam a volta de aulas exclusivamente presenciais.

A segunda edição, lançada em agosto deste ano, mostra que a opção pelo formato totalmente presencial caiu para 47% entre os estudantes da rede privada e para 43,2% na rede pública. Essa preferência está diretamente relacionada com a área, mostrando os diferentes perfis: alunos de Biológicas/Saúde, em sua maioria (62,1%), preferem aulas totalmente presenciais, enquanto 33% dos estudantes de Exatas apoiam essa possibilidade.

Mais da metade dos alunos afirmou que gostaria de continuar com os benefícios das aulas remotas após o fim da restrição devido à pandemia. Porém, apenas 19,8% dos alunos das instituições de ensino superior privadas e 8,5% das públicas gostariam de manter a experiência com 100% de aulas remotas, evidenciando a necessidade de criação de novos modelos que combinem as várias experiências.

De todos os níveis de educação, o ensino superior é visto como o mais propício para a formação a distância. O esvaziamento de todos os câmpus instigou as universidades, principalmente as públicas, a repensarem seus formatos pedagógicos para os próximos anos. Em um período marcado por tanto improviso, surgiram propostas para explorar os benefícios acadêmicos do modelo remoto que vão muito além daquela história de o aluno poder estudar no momento e no local em que preferir.

Uma das iniciativas é a integração entre universidades, de modo que os estudantes possam cursar, de forma remota, disciplinas de instituições nas mais variadas regiões do País. O piloto da proposta foi orquestrado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com a participação de quatro universidades. Deu certo, e seguirá em breve com a presença de 20 instituições federais de ensino superior.

Pesquisa deste ano aponta que apenas 43,2% dos estudantes de instituições públicas, como a USP, querem aulas exclusivamente presenciais Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“É a demanda dos estudantes: imagine que um aluno de Minas Gerais se interesse por uma disciplina oferecida em uma universidade do Rio Grande do Sul. Ele vai poder se matricular na instituição e viver uma experiência inédita”, diz Marcus Vinicius David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A integração digital atrai também os gestores de universidades estaduais. O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como Tom Zé, acredita que o programa permite o compartilhamento de expertise e estimula a complementaridade das instituições.

“Por mais que tenham perfis parecidos, as instituições têm competências diferentes. Para um pós-graduando, por exemplo, a possibilidade de se aproximar de alguém que tem destaque imenso dentro de uma área em outra universidade é um motor de ânimo. Essa combinação vai permitir uma colaboração muito maior”, diz o reitor.

Na Unicamp, um pequeno aperitivo nos cursos de pós-graduação mostra que a receita é promissora. Na pandemia, a universidade se valeu do formato de bancas digitais para os exames de conclusão dos cursos de mestrado e doutorado. A medida trouxe perspectivas para a implementação de modalidades de avaliação mais dinâmicas, como conta Tom Zé: “No passado era uma dificuldade; estávamos limitados a chamar pessoas por questões financeiras e os deslocamentos eram uma complicação a mais para as agendas dos avaliadores. De repente, passamos a ter bancas exclusivamente remotas. No futuro, poderemos ter formatos mistos: com bancas presenciais para quem é da universidade e remotas para quem é de fora. São oportunidades grandes de enriquecer as trocas no campo científico”.

Outra vantagem na adoção de aulas digitais é facilitar o processo de internacionalização das instituições de ensino superior. “Era muito difícil trazer um professor convidado de outro país; eles têm uma agenda complicadíssima. Com as aulas remotas, podemos agora ter a participação de um ou de vários estrangeiros em nossos cursos”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil.

Preferência dos alunos

Entre os alunos, o tempo com aulas remotas tem feito crescer a aprovação do formato. A pesquisa Adoção de Aulas Remotas – Visão dos Alunos, publicada pelo Semesp em julho de 2020, poucos meses após o início da pandemia, mostrava que 52,3% dos alunos da rede privada e 51,3% da rede pública queriam a volta de aulas exclusivamente presenciais.

A segunda edição, lançada em agosto deste ano, mostra que a opção pelo formato totalmente presencial caiu para 47% entre os estudantes da rede privada e para 43,2% na rede pública. Essa preferência está diretamente relacionada com a área, mostrando os diferentes perfis: alunos de Biológicas/Saúde, em sua maioria (62,1%), preferem aulas totalmente presenciais, enquanto 33% dos estudantes de Exatas apoiam essa possibilidade.

Mais da metade dos alunos afirmou que gostaria de continuar com os benefícios das aulas remotas após o fim da restrição devido à pandemia. Porém, apenas 19,8% dos alunos das instituições de ensino superior privadas e 8,5% das públicas gostariam de manter a experiência com 100% de aulas remotas, evidenciando a necessidade de criação de novos modelos que combinem as várias experiências.

De todos os níveis de educação, o ensino superior é visto como o mais propício para a formação a distância. O esvaziamento de todos os câmpus instigou as universidades, principalmente as públicas, a repensarem seus formatos pedagógicos para os próximos anos. Em um período marcado por tanto improviso, surgiram propostas para explorar os benefícios acadêmicos do modelo remoto que vão muito além daquela história de o aluno poder estudar no momento e no local em que preferir.

Uma das iniciativas é a integração entre universidades, de modo que os estudantes possam cursar, de forma remota, disciplinas de instituições nas mais variadas regiões do País. O piloto da proposta foi orquestrado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com a participação de quatro universidades. Deu certo, e seguirá em breve com a presença de 20 instituições federais de ensino superior.

Pesquisa deste ano aponta que apenas 43,2% dos estudantes de instituições públicas, como a USP, querem aulas exclusivamente presenciais Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“É a demanda dos estudantes: imagine que um aluno de Minas Gerais se interesse por uma disciplina oferecida em uma universidade do Rio Grande do Sul. Ele vai poder se matricular na instituição e viver uma experiência inédita”, diz Marcus Vinicius David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A integração digital atrai também os gestores de universidades estaduais. O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como Tom Zé, acredita que o programa permite o compartilhamento de expertise e estimula a complementaridade das instituições.

“Por mais que tenham perfis parecidos, as instituições têm competências diferentes. Para um pós-graduando, por exemplo, a possibilidade de se aproximar de alguém que tem destaque imenso dentro de uma área em outra universidade é um motor de ânimo. Essa combinação vai permitir uma colaboração muito maior”, diz o reitor.

Na Unicamp, um pequeno aperitivo nos cursos de pós-graduação mostra que a receita é promissora. Na pandemia, a universidade se valeu do formato de bancas digitais para os exames de conclusão dos cursos de mestrado e doutorado. A medida trouxe perspectivas para a implementação de modalidades de avaliação mais dinâmicas, como conta Tom Zé: “No passado era uma dificuldade; estávamos limitados a chamar pessoas por questões financeiras e os deslocamentos eram uma complicação a mais para as agendas dos avaliadores. De repente, passamos a ter bancas exclusivamente remotas. No futuro, poderemos ter formatos mistos: com bancas presenciais para quem é da universidade e remotas para quem é de fora. São oportunidades grandes de enriquecer as trocas no campo científico”.

Outra vantagem na adoção de aulas digitais é facilitar o processo de internacionalização das instituições de ensino superior. “Era muito difícil trazer um professor convidado de outro país; eles têm uma agenda complicadíssima. Com as aulas remotas, podemos agora ter a participação de um ou de vários estrangeiros em nossos cursos”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil.

Preferência dos alunos

Entre os alunos, o tempo com aulas remotas tem feito crescer a aprovação do formato. A pesquisa Adoção de Aulas Remotas – Visão dos Alunos, publicada pelo Semesp em julho de 2020, poucos meses após o início da pandemia, mostrava que 52,3% dos alunos da rede privada e 51,3% da rede pública queriam a volta de aulas exclusivamente presenciais.

A segunda edição, lançada em agosto deste ano, mostra que a opção pelo formato totalmente presencial caiu para 47% entre os estudantes da rede privada e para 43,2% na rede pública. Essa preferência está diretamente relacionada com a área, mostrando os diferentes perfis: alunos de Biológicas/Saúde, em sua maioria (62,1%), preferem aulas totalmente presenciais, enquanto 33% dos estudantes de Exatas apoiam essa possibilidade.

Mais da metade dos alunos afirmou que gostaria de continuar com os benefícios das aulas remotas após o fim da restrição devido à pandemia. Porém, apenas 19,8% dos alunos das instituições de ensino superior privadas e 8,5% das públicas gostariam de manter a experiência com 100% de aulas remotas, evidenciando a necessidade de criação de novos modelos que combinem as várias experiências.

De todos os níveis de educação, o ensino superior é visto como o mais propício para a formação a distância. O esvaziamento de todos os câmpus instigou as universidades, principalmente as públicas, a repensarem seus formatos pedagógicos para os próximos anos. Em um período marcado por tanto improviso, surgiram propostas para explorar os benefícios acadêmicos do modelo remoto que vão muito além daquela história de o aluno poder estudar no momento e no local em que preferir.

Uma das iniciativas é a integração entre universidades, de modo que os estudantes possam cursar, de forma remota, disciplinas de instituições nas mais variadas regiões do País. O piloto da proposta foi orquestrado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com a participação de quatro universidades. Deu certo, e seguirá em breve com a presença de 20 instituições federais de ensino superior.

Pesquisa deste ano aponta que apenas 43,2% dos estudantes de instituições públicas, como a USP, querem aulas exclusivamente presenciais Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

“É a demanda dos estudantes: imagine que um aluno de Minas Gerais se interesse por uma disciplina oferecida em uma universidade do Rio Grande do Sul. Ele vai poder se matricular na instituição e viver uma experiência inédita”, diz Marcus Vinicius David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A integração digital atrai também os gestores de universidades estaduais. O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como Tom Zé, acredita que o programa permite o compartilhamento de expertise e estimula a complementaridade das instituições.

“Por mais que tenham perfis parecidos, as instituições têm competências diferentes. Para um pós-graduando, por exemplo, a possibilidade de se aproximar de alguém que tem destaque imenso dentro de uma área em outra universidade é um motor de ânimo. Essa combinação vai permitir uma colaboração muito maior”, diz o reitor.

Na Unicamp, um pequeno aperitivo nos cursos de pós-graduação mostra que a receita é promissora. Na pandemia, a universidade se valeu do formato de bancas digitais para os exames de conclusão dos cursos de mestrado e doutorado. A medida trouxe perspectivas para a implementação de modalidades de avaliação mais dinâmicas, como conta Tom Zé: “No passado era uma dificuldade; estávamos limitados a chamar pessoas por questões financeiras e os deslocamentos eram uma complicação a mais para as agendas dos avaliadores. De repente, passamos a ter bancas exclusivamente remotas. No futuro, poderemos ter formatos mistos: com bancas presenciais para quem é da universidade e remotas para quem é de fora. São oportunidades grandes de enriquecer as trocas no campo científico”.

Outra vantagem na adoção de aulas digitais é facilitar o processo de internacionalização das instituições de ensino superior. “Era muito difícil trazer um professor convidado de outro país; eles têm uma agenda complicadíssima. Com as aulas remotas, podemos agora ter a participação de um ou de vários estrangeiros em nossos cursos”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil.

Preferência dos alunos

Entre os alunos, o tempo com aulas remotas tem feito crescer a aprovação do formato. A pesquisa Adoção de Aulas Remotas – Visão dos Alunos, publicada pelo Semesp em julho de 2020, poucos meses após o início da pandemia, mostrava que 52,3% dos alunos da rede privada e 51,3% da rede pública queriam a volta de aulas exclusivamente presenciais.

A segunda edição, lançada em agosto deste ano, mostra que a opção pelo formato totalmente presencial caiu para 47% entre os estudantes da rede privada e para 43,2% na rede pública. Essa preferência está diretamente relacionada com a área, mostrando os diferentes perfis: alunos de Biológicas/Saúde, em sua maioria (62,1%), preferem aulas totalmente presenciais, enquanto 33% dos estudantes de Exatas apoiam essa possibilidade.

Mais da metade dos alunos afirmou que gostaria de continuar com os benefícios das aulas remotas após o fim da restrição devido à pandemia. Porém, apenas 19,8% dos alunos das instituições de ensino superior privadas e 8,5% das públicas gostariam de manter a experiência com 100% de aulas remotas, evidenciando a necessidade de criação de novos modelos que combinem as várias experiências.

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