Blog dos Colégios

A diferença como valor inegociável na escola regular


Por Escola da Vila

Um manifesto pela defesa de todas as crianças na escola e pelo convívio das diferenças.

"Quero falar da descoberta que o eu faz do outro. [...] Pode-se descobrir os outros em si mesmo; podemos tomar consciência de que não somos uma substância homogênea radicalmente alheia ao que não é você: eu sou outro. Mas os outros também são eus: sujeitos como eu, que só o meu ponto de vista separa e distingue verdadeiramente de mim, porque é do meu ponto de vista que estão todos lá e só eu estou aqui "

(Tzvetan Todorov, 1987)

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A Escola da Vila em seus 40 anos de vida constitui-se como uma escola inclusiva, na qual as diferenças são um valor na formação das crianças e jovens a cada dia que estão na escola, todos os dias de uma jornada de aprendizados e relacionamentos.

Muito antes da Lei Brasileira de Inclusão, de 2015, já entendíamos o quanto a sociedade deixava uma quantidade de pessoas à margem de processos de formação ao distinguir escolas regulares das escolas especiais. Nosso entendimento é que não devem existir classes e classes especiais, escolas e escolas especiais, alunos e alunos de inclusão. Um boa escola é boa para todos e todas! Uma escola inclusiva oferece experiências mais desafiadoras e enriquecedoras para todas as crianças e jovens! Uma escola de qualidade é aquela que promove o desenvolvimento de todo e qualquer estudante, no máximo do seu potencial.

Nesses percursos, cada um aprende a se ver no outro e também a se diferenciar, reconhecendo as singularidades, e valorizando estar juntos, compreender e cooperar com o outro, lições de vida e aprendizados que somente se sustentam na escola inclusiva, na qual os desafios do crescimento são vividos pela comunidade a partir das diferenças.

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Tudo isso nem sempre é simples, nem sempre é doce, mas sem dúvida vale cada segundo do tempo e do envolvimento de tanta gente: professoras, professores, orientação, coordenação, famílias, especialistas e mais tantas e tantas pessoas responsáveis por sustentar o projeto de uma escola.

Entre muitas pesquisas sobre o tema da escola inclusiva e para todos, destacamos as divulgadas pelo Instituto Alana que apontam os benefícios para crianças com e sem deficiência do convívio na escola regular. São elas:

O estudo "Os benefícios da educação inclusiva para estudantes com e sem deficiência" (2016), realizado em parceria com a ABT Associates e Harvard Graduate School of Education, sugere que estudar em ambientes que valorizam a diversidade promove efeitos benéficos em pessoas sem deficiência. Essa análise inédita reúne mais de 89 estudos, de um levantamento de 280 artigos publicados em 25 países, e mostra que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças. A pesquisa "O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva" (2019), realizada com o Datafolha, aponta que 76% dos brasileiros entrevistados acreditam que crianças com e sem deficiência aprendem melhor juntas e 86% dos brasileiros afirmam que as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência. [1]

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No entanto, entendemos estar em meio a um enorme retrocesso da legislação brasileira, ao aceitarmos como natural a segregação de algumas crianças e adolescentes nas classes especiais em nossas escolas; ao entendermos como natural que as escolas possam negar vagas para alunos e alunas com deficiência, e que crianças e jovens com deficiência frequentem exclusivamente escolas especiais. Não aceitamos!

O desafio que temos por diante é grande, temos que avançar como escola em muitos aspectos, mas sobretudo, socialmente, aprender que o espaço público que a escola representa desde muito cedo na vida das crianças e jovens, é o que possibilita projetar uma sociedade na qual as pessoas reconheçam e valorizem as diferenças, desenvolvam senso de justiça e pratiquem o respeito mútuo na busca pelo bem comum.

Finalizamos com destaque às palavras de Emília Ferreiro, "Não a diversidade negada, nem a diversidade isolada, nem a diversidade simplesmente tolerada. Mas tampouco a diversidade assumida como um mal necessário, ou celebrada como um bem em si mesma, sem assumir seu próprio dramatismo. Transformar a diversidade conhecida e reconhecida em uma vantagem pedagógica! Esse me parece ser o grande desafio para o futuro."

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Que mais escolas se posicionem, e que alcancemos ser uma sociedade em que não seja necessário usar a palavra incluir. O comum, o corriqueiro será a escola completa,  a escola para todos e cada um.

[1] Dados da matéria publicada em 2/10/2020, no portal Lunetas

Um manifesto pela defesa de todas as crianças na escola e pelo convívio das diferenças.

"Quero falar da descoberta que o eu faz do outro. [...] Pode-se descobrir os outros em si mesmo; podemos tomar consciência de que não somos uma substância homogênea radicalmente alheia ao que não é você: eu sou outro. Mas os outros também são eus: sujeitos como eu, que só o meu ponto de vista separa e distingue verdadeiramente de mim, porque é do meu ponto de vista que estão todos lá e só eu estou aqui "

(Tzvetan Todorov, 1987)

A Escola da Vila em seus 40 anos de vida constitui-se como uma escola inclusiva, na qual as diferenças são um valor na formação das crianças e jovens a cada dia que estão na escola, todos os dias de uma jornada de aprendizados e relacionamentos.

Muito antes da Lei Brasileira de Inclusão, de 2015, já entendíamos o quanto a sociedade deixava uma quantidade de pessoas à margem de processos de formação ao distinguir escolas regulares das escolas especiais. Nosso entendimento é que não devem existir classes e classes especiais, escolas e escolas especiais, alunos e alunos de inclusão. Um boa escola é boa para todos e todas! Uma escola inclusiva oferece experiências mais desafiadoras e enriquecedoras para todas as crianças e jovens! Uma escola de qualidade é aquela que promove o desenvolvimento de todo e qualquer estudante, no máximo do seu potencial.

Nesses percursos, cada um aprende a se ver no outro e também a se diferenciar, reconhecendo as singularidades, e valorizando estar juntos, compreender e cooperar com o outro, lições de vida e aprendizados que somente se sustentam na escola inclusiva, na qual os desafios do crescimento são vividos pela comunidade a partir das diferenças.

Tudo isso nem sempre é simples, nem sempre é doce, mas sem dúvida vale cada segundo do tempo e do envolvimento de tanta gente: professoras, professores, orientação, coordenação, famílias, especialistas e mais tantas e tantas pessoas responsáveis por sustentar o projeto de uma escola.

Entre muitas pesquisas sobre o tema da escola inclusiva e para todos, destacamos as divulgadas pelo Instituto Alana que apontam os benefícios para crianças com e sem deficiência do convívio na escola regular. São elas:

O estudo "Os benefícios da educação inclusiva para estudantes com e sem deficiência" (2016), realizado em parceria com a ABT Associates e Harvard Graduate School of Education, sugere que estudar em ambientes que valorizam a diversidade promove efeitos benéficos em pessoas sem deficiência. Essa análise inédita reúne mais de 89 estudos, de um levantamento de 280 artigos publicados em 25 países, e mostra que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças. A pesquisa "O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva" (2019), realizada com o Datafolha, aponta que 76% dos brasileiros entrevistados acreditam que crianças com e sem deficiência aprendem melhor juntas e 86% dos brasileiros afirmam que as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência. [1]

No entanto, entendemos estar em meio a um enorme retrocesso da legislação brasileira, ao aceitarmos como natural a segregação de algumas crianças e adolescentes nas classes especiais em nossas escolas; ao entendermos como natural que as escolas possam negar vagas para alunos e alunas com deficiência, e que crianças e jovens com deficiência frequentem exclusivamente escolas especiais. Não aceitamos!

O desafio que temos por diante é grande, temos que avançar como escola em muitos aspectos, mas sobretudo, socialmente, aprender que o espaço público que a escola representa desde muito cedo na vida das crianças e jovens, é o que possibilita projetar uma sociedade na qual as pessoas reconheçam e valorizem as diferenças, desenvolvam senso de justiça e pratiquem o respeito mútuo na busca pelo bem comum.

Finalizamos com destaque às palavras de Emília Ferreiro, "Não a diversidade negada, nem a diversidade isolada, nem a diversidade simplesmente tolerada. Mas tampouco a diversidade assumida como um mal necessário, ou celebrada como um bem em si mesma, sem assumir seu próprio dramatismo. Transformar a diversidade conhecida e reconhecida em uma vantagem pedagógica! Esse me parece ser o grande desafio para o futuro."

Que mais escolas se posicionem, e que alcancemos ser uma sociedade em que não seja necessário usar a palavra incluir. O comum, o corriqueiro será a escola completa,  a escola para todos e cada um.

[1] Dados da matéria publicada em 2/10/2020, no portal Lunetas

Um manifesto pela defesa de todas as crianças na escola e pelo convívio das diferenças.

"Quero falar da descoberta que o eu faz do outro. [...] Pode-se descobrir os outros em si mesmo; podemos tomar consciência de que não somos uma substância homogênea radicalmente alheia ao que não é você: eu sou outro. Mas os outros também são eus: sujeitos como eu, que só o meu ponto de vista separa e distingue verdadeiramente de mim, porque é do meu ponto de vista que estão todos lá e só eu estou aqui "

(Tzvetan Todorov, 1987)

A Escola da Vila em seus 40 anos de vida constitui-se como uma escola inclusiva, na qual as diferenças são um valor na formação das crianças e jovens a cada dia que estão na escola, todos os dias de uma jornada de aprendizados e relacionamentos.

Muito antes da Lei Brasileira de Inclusão, de 2015, já entendíamos o quanto a sociedade deixava uma quantidade de pessoas à margem de processos de formação ao distinguir escolas regulares das escolas especiais. Nosso entendimento é que não devem existir classes e classes especiais, escolas e escolas especiais, alunos e alunos de inclusão. Um boa escola é boa para todos e todas! Uma escola inclusiva oferece experiências mais desafiadoras e enriquecedoras para todas as crianças e jovens! Uma escola de qualidade é aquela que promove o desenvolvimento de todo e qualquer estudante, no máximo do seu potencial.

Nesses percursos, cada um aprende a se ver no outro e também a se diferenciar, reconhecendo as singularidades, e valorizando estar juntos, compreender e cooperar com o outro, lições de vida e aprendizados que somente se sustentam na escola inclusiva, na qual os desafios do crescimento são vividos pela comunidade a partir das diferenças.

Tudo isso nem sempre é simples, nem sempre é doce, mas sem dúvida vale cada segundo do tempo e do envolvimento de tanta gente: professoras, professores, orientação, coordenação, famílias, especialistas e mais tantas e tantas pessoas responsáveis por sustentar o projeto de uma escola.

Entre muitas pesquisas sobre o tema da escola inclusiva e para todos, destacamos as divulgadas pelo Instituto Alana que apontam os benefícios para crianças com e sem deficiência do convívio na escola regular. São elas:

O estudo "Os benefícios da educação inclusiva para estudantes com e sem deficiência" (2016), realizado em parceria com a ABT Associates e Harvard Graduate School of Education, sugere que estudar em ambientes que valorizam a diversidade promove efeitos benéficos em pessoas sem deficiência. Essa análise inédita reúne mais de 89 estudos, de um levantamento de 280 artigos publicados em 25 países, e mostra que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças. A pesquisa "O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva" (2019), realizada com o Datafolha, aponta que 76% dos brasileiros entrevistados acreditam que crianças com e sem deficiência aprendem melhor juntas e 86% dos brasileiros afirmam que as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência. [1]

No entanto, entendemos estar em meio a um enorme retrocesso da legislação brasileira, ao aceitarmos como natural a segregação de algumas crianças e adolescentes nas classes especiais em nossas escolas; ao entendermos como natural que as escolas possam negar vagas para alunos e alunas com deficiência, e que crianças e jovens com deficiência frequentem exclusivamente escolas especiais. Não aceitamos!

O desafio que temos por diante é grande, temos que avançar como escola em muitos aspectos, mas sobretudo, socialmente, aprender que o espaço público que a escola representa desde muito cedo na vida das crianças e jovens, é o que possibilita projetar uma sociedade na qual as pessoas reconheçam e valorizem as diferenças, desenvolvam senso de justiça e pratiquem o respeito mútuo na busca pelo bem comum.

Finalizamos com destaque às palavras de Emília Ferreiro, "Não a diversidade negada, nem a diversidade isolada, nem a diversidade simplesmente tolerada. Mas tampouco a diversidade assumida como um mal necessário, ou celebrada como um bem em si mesma, sem assumir seu próprio dramatismo. Transformar a diversidade conhecida e reconhecida em uma vantagem pedagógica! Esse me parece ser o grande desafio para o futuro."

Que mais escolas se posicionem, e que alcancemos ser uma sociedade em que não seja necessário usar a palavra incluir. O comum, o corriqueiro será a escola completa,  a escola para todos e cada um.

[1] Dados da matéria publicada em 2/10/2020, no portal Lunetas

Um manifesto pela defesa de todas as crianças na escola e pelo convívio das diferenças.

"Quero falar da descoberta que o eu faz do outro. [...] Pode-se descobrir os outros em si mesmo; podemos tomar consciência de que não somos uma substância homogênea radicalmente alheia ao que não é você: eu sou outro. Mas os outros também são eus: sujeitos como eu, que só o meu ponto de vista separa e distingue verdadeiramente de mim, porque é do meu ponto de vista que estão todos lá e só eu estou aqui "

(Tzvetan Todorov, 1987)

A Escola da Vila em seus 40 anos de vida constitui-se como uma escola inclusiva, na qual as diferenças são um valor na formação das crianças e jovens a cada dia que estão na escola, todos os dias de uma jornada de aprendizados e relacionamentos.

Muito antes da Lei Brasileira de Inclusão, de 2015, já entendíamos o quanto a sociedade deixava uma quantidade de pessoas à margem de processos de formação ao distinguir escolas regulares das escolas especiais. Nosso entendimento é que não devem existir classes e classes especiais, escolas e escolas especiais, alunos e alunos de inclusão. Um boa escola é boa para todos e todas! Uma escola inclusiva oferece experiências mais desafiadoras e enriquecedoras para todas as crianças e jovens! Uma escola de qualidade é aquela que promove o desenvolvimento de todo e qualquer estudante, no máximo do seu potencial.

Nesses percursos, cada um aprende a se ver no outro e também a se diferenciar, reconhecendo as singularidades, e valorizando estar juntos, compreender e cooperar com o outro, lições de vida e aprendizados que somente se sustentam na escola inclusiva, na qual os desafios do crescimento são vividos pela comunidade a partir das diferenças.

Tudo isso nem sempre é simples, nem sempre é doce, mas sem dúvida vale cada segundo do tempo e do envolvimento de tanta gente: professoras, professores, orientação, coordenação, famílias, especialistas e mais tantas e tantas pessoas responsáveis por sustentar o projeto de uma escola.

Entre muitas pesquisas sobre o tema da escola inclusiva e para todos, destacamos as divulgadas pelo Instituto Alana que apontam os benefícios para crianças com e sem deficiência do convívio na escola regular. São elas:

O estudo "Os benefícios da educação inclusiva para estudantes com e sem deficiência" (2016), realizado em parceria com a ABT Associates e Harvard Graduate School of Education, sugere que estudar em ambientes que valorizam a diversidade promove efeitos benéficos em pessoas sem deficiência. Essa análise inédita reúne mais de 89 estudos, de um levantamento de 280 artigos publicados em 25 países, e mostra que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças. A pesquisa "O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva" (2019), realizada com o Datafolha, aponta que 76% dos brasileiros entrevistados acreditam que crianças com e sem deficiência aprendem melhor juntas e 86% dos brasileiros afirmam que as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência. [1]

No entanto, entendemos estar em meio a um enorme retrocesso da legislação brasileira, ao aceitarmos como natural a segregação de algumas crianças e adolescentes nas classes especiais em nossas escolas; ao entendermos como natural que as escolas possam negar vagas para alunos e alunas com deficiência, e que crianças e jovens com deficiência frequentem exclusivamente escolas especiais. Não aceitamos!

O desafio que temos por diante é grande, temos que avançar como escola em muitos aspectos, mas sobretudo, socialmente, aprender que o espaço público que a escola representa desde muito cedo na vida das crianças e jovens, é o que possibilita projetar uma sociedade na qual as pessoas reconheçam e valorizem as diferenças, desenvolvam senso de justiça e pratiquem o respeito mútuo na busca pelo bem comum.

Finalizamos com destaque às palavras de Emília Ferreiro, "Não a diversidade negada, nem a diversidade isolada, nem a diversidade simplesmente tolerada. Mas tampouco a diversidade assumida como um mal necessário, ou celebrada como um bem em si mesma, sem assumir seu próprio dramatismo. Transformar a diversidade conhecida e reconhecida em uma vantagem pedagógica! Esse me parece ser o grande desafio para o futuro."

Que mais escolas se posicionem, e que alcancemos ser uma sociedade em que não seja necessário usar a palavra incluir. O comum, o corriqueiro será a escola completa,  a escola para todos e cada um.

[1] Dados da matéria publicada em 2/10/2020, no portal Lunetas

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