Escola no DF carimbou mão de alunos para não repetir merenda


Secretaria da Educação afirma que foi um caso isolado para organizar a fila da refeição e diz não faltar comida para os estudantes; verba para alimentação escolar ficou sem reajuste

Por Julia Affonso
Atualização:

BRASÍLIA - Uma escola em Planaltina, no Distrito Federal, carimbou as mãos de alunos para que eles não repetissem a merenda. Estudantes do Centro Educacional (CED) 3 afirmaram ao site G1 que a situação ocorre há duas semanas.

Segundo uma estudante ouvida pelo portal, o CED 3 impede que os alunos repitam o prato pela falta de lanche. Outro aluno declarou que, por vezes, eles são impedidos de comer se não carimbarem a mão.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal relatou que o diretor do colégio, Ronaldo Victor dos Santos, contou que a medida “foi uma situação isolada para organizar a fila da merenda” e “garantiu que não faltam alimentos na escola”. O caso ocorreu, segundo a pasta, no dia 2 de setembro.

continua após a publicidade

A secretaria declarou que “repudia veementemente a atitude de carimbar a mão dos estudantes na fila da merenda”. “Assim que tomou conhecimento do caso, a SEEDF deslocou uma equipe para a escola para verificar a situação e tomará as providências necessárias diante da investigação”, informou. “O caso será investigado pela Corregedoria e os culpados punidos.”

Carimbo da merenda Foto: Reprodução

Questionada se um dos professores da escola havia tido a ideia de carimbar os alunos, a Secretaria de Educação afirmou que não poderia informar dados de docentes, pois “são considerados sensíveis pela Lei Geral de Proteção de Dados”.

continua após a publicidade

“A SEEDF reforça que preza por ofertar uma alimentação de excelência para todos os estudantes da rede pública e informa ainda que, caso a equipe gestora do CED 3 de Planaltina verifique a necessidade do aumento da quantidade de comida, pode solicitar o mesmo para a pasta.”

Presidente vetou reajuste de alimentação escolar

Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o reajuste aprovado pelo Congresso do valor repassado a Estados e municípios para a merenda escolar. O veto refere-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para o orçamento do ano seguinte - no caso, 2023.

continua após a publicidade

Hoje, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o governo repassa apenas R$ 0,53 para alimentação de cada aluno matriculado na pré-escola e R$ 0,36 por aluno do ensino fundamental e médio. Nas creches, o repasse por criança é de R$ 1,07. O repasse é feito diretamente aos Estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. A LDO previa a correção, pela inflação, desses valores para a oferta de merenda escolar.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal irá à escola na segunda-feira para obter mais informações sobre o caso. Um dos diretores da entidade, Samuel Ferreira, afirmou que o governo deveria “garantir uma alimentação de qualidade e em quantidade suficiente para esses alunos”. “De barriga vazia, não tem como ter aprendizagem”, afirmou.

BRASÍLIA - Uma escola em Planaltina, no Distrito Federal, carimbou as mãos de alunos para que eles não repetissem a merenda. Estudantes do Centro Educacional (CED) 3 afirmaram ao site G1 que a situação ocorre há duas semanas.

Segundo uma estudante ouvida pelo portal, o CED 3 impede que os alunos repitam o prato pela falta de lanche. Outro aluno declarou que, por vezes, eles são impedidos de comer se não carimbarem a mão.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal relatou que o diretor do colégio, Ronaldo Victor dos Santos, contou que a medida “foi uma situação isolada para organizar a fila da merenda” e “garantiu que não faltam alimentos na escola”. O caso ocorreu, segundo a pasta, no dia 2 de setembro.

A secretaria declarou que “repudia veementemente a atitude de carimbar a mão dos estudantes na fila da merenda”. “Assim que tomou conhecimento do caso, a SEEDF deslocou uma equipe para a escola para verificar a situação e tomará as providências necessárias diante da investigação”, informou. “O caso será investigado pela Corregedoria e os culpados punidos.”

Carimbo da merenda Foto: Reprodução

Questionada se um dos professores da escola havia tido a ideia de carimbar os alunos, a Secretaria de Educação afirmou que não poderia informar dados de docentes, pois “são considerados sensíveis pela Lei Geral de Proteção de Dados”.

“A SEEDF reforça que preza por ofertar uma alimentação de excelência para todos os estudantes da rede pública e informa ainda que, caso a equipe gestora do CED 3 de Planaltina verifique a necessidade do aumento da quantidade de comida, pode solicitar o mesmo para a pasta.”

Presidente vetou reajuste de alimentação escolar

Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o reajuste aprovado pelo Congresso do valor repassado a Estados e municípios para a merenda escolar. O veto refere-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para o orçamento do ano seguinte - no caso, 2023.

Hoje, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o governo repassa apenas R$ 0,53 para alimentação de cada aluno matriculado na pré-escola e R$ 0,36 por aluno do ensino fundamental e médio. Nas creches, o repasse por criança é de R$ 1,07. O repasse é feito diretamente aos Estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. A LDO previa a correção, pela inflação, desses valores para a oferta de merenda escolar.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal irá à escola na segunda-feira para obter mais informações sobre o caso. Um dos diretores da entidade, Samuel Ferreira, afirmou que o governo deveria “garantir uma alimentação de qualidade e em quantidade suficiente para esses alunos”. “De barriga vazia, não tem como ter aprendizagem”, afirmou.

BRASÍLIA - Uma escola em Planaltina, no Distrito Federal, carimbou as mãos de alunos para que eles não repetissem a merenda. Estudantes do Centro Educacional (CED) 3 afirmaram ao site G1 que a situação ocorre há duas semanas.

Segundo uma estudante ouvida pelo portal, o CED 3 impede que os alunos repitam o prato pela falta de lanche. Outro aluno declarou que, por vezes, eles são impedidos de comer se não carimbarem a mão.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal relatou que o diretor do colégio, Ronaldo Victor dos Santos, contou que a medida “foi uma situação isolada para organizar a fila da merenda” e “garantiu que não faltam alimentos na escola”. O caso ocorreu, segundo a pasta, no dia 2 de setembro.

A secretaria declarou que “repudia veementemente a atitude de carimbar a mão dos estudantes na fila da merenda”. “Assim que tomou conhecimento do caso, a SEEDF deslocou uma equipe para a escola para verificar a situação e tomará as providências necessárias diante da investigação”, informou. “O caso será investigado pela Corregedoria e os culpados punidos.”

Carimbo da merenda Foto: Reprodução

Questionada se um dos professores da escola havia tido a ideia de carimbar os alunos, a Secretaria de Educação afirmou que não poderia informar dados de docentes, pois “são considerados sensíveis pela Lei Geral de Proteção de Dados”.

“A SEEDF reforça que preza por ofertar uma alimentação de excelência para todos os estudantes da rede pública e informa ainda que, caso a equipe gestora do CED 3 de Planaltina verifique a necessidade do aumento da quantidade de comida, pode solicitar o mesmo para a pasta.”

Presidente vetou reajuste de alimentação escolar

Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o reajuste aprovado pelo Congresso do valor repassado a Estados e municípios para a merenda escolar. O veto refere-se à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as bases para o orçamento do ano seguinte - no caso, 2023.

Hoje, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o governo repassa apenas R$ 0,53 para alimentação de cada aluno matriculado na pré-escola e R$ 0,36 por aluno do ensino fundamental e médio. Nas creches, o repasse por criança é de R$ 1,07. O repasse é feito diretamente aos Estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. A LDO previa a correção, pela inflação, desses valores para a oferta de merenda escolar.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal irá à escola na segunda-feira para obter mais informações sobre o caso. Um dos diretores da entidade, Samuel Ferreira, afirmou que o governo deveria “garantir uma alimentação de qualidade e em quantidade suficiente para esses alunos”. “De barriga vazia, não tem como ter aprendizagem”, afirmou.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.