ESPM prioriza competências interpessoais em vestibular reformulado


Processo seletivo para o segundo semestre consiste em entrevista e redação online, focadas na inteligência emocional do candidato

Por Guilherme Bianchini
Atualização:

A prova de vestibular tradicional, com questões objetivas e discursivas de Português, Matemática, Geografia, Física e afins, deixou de ser uma referência. Ao menos para a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), que promoveu mudanças radicais em seu vestibular para o segundo semestre. 

As restrições impostas pela covid-19 fizeram a universidade antecipar uma reformulação no processo seletivo, que só começaria a ser implementada daqui a três anos. Além de migrar para o online durante a pandemia, o vestibular da instituição vai avaliar os estudantes com base em competências interpessoais, em duas etapas.

A primeira consiste em uma entrevista virtual, conduzida por um professor do curso escolhido pelo candidato, com roteiro disponível no edital. A sabatina inclui conhecimentos da educação básica, mas foca em quatro tópicos, definidos pela universidade como competências do século XXI: propósito de vida, autonomia, criatividade, tecnologia e ética e responsabilidade. Com o modelo alternativo, a ESPM espera selecionar alunos adequados a seu perfil acadêmico.

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A estudante Clara Toscano, de 17 anos, estuda para ingressar no ensino superior em 2021. Foto: Alex Silva/Estadão

“A entrevista veio para ficar, é uma inovação importante. O roteiro baseado nessas quatro competências tem por objetivo conhecer melhor o que o candidato quer para si mesmo, como ele acredita que a universidade pode contribuir e como ele pode contribuir com os outros colegas”, explica Alexandre Gracioso, vice-presidente acadêmico da ESPM.

A fase de entrevistas vai até 2 de julho. No dia 5, os candidatos farão uma redação online. Mas não bastará escrever: antes do texto, será preciso gravar um vídeo de até três minutos para explicar a linha de raciocínio a ser utilizada e elencar os tópicos a serem abordados.

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Para Clara Toscano, aluna do 3º ano do ensino médio do Colégio Mater Amabilis, em Guarulhos, as mudanças tornam o processo seletivo mais humanizado. A estudante de 17 anos é apaixonada por musicais e deseja trabalhar com criação artística. Para isso, tentará uma vaga no curso de Cinema e Audiovisual. Ela pretende prestar o próximo vestibular da ESPM, para o primeiro semestre de 2021.

“No vestibular tradicional, cada pessoa é só um número, de acertos e de erros. Não vejo como o mais justo, nem o mais correto. A pessoa pode se preparar o ano todo, mas, por um detalhe no dia, acaba não passando. Decora coisas para a prova e esquece depois. Nesse novo modelo de prova, é necessário ter um bom repertório, com conhecimento de mundo, referências literárias. Para passar, a pessoa vai precisar se inteirar dos acontecimentos e adquirir mais cultura”, opina a estudante.

O reformulado processo seletivo da ESPM responderá por 50% das vagas disponíveis para o segundo semestre. A outra metade é reservada para candidatos que concorrem com o resultado obtido no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — a nota de corte é de 580 pontos em todas as disciplinas e de 650 pontos na redação.

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Gracioso esclarece que o modelo do vestibular para o segundo semestre não é definitivo. Nas próximas edições, a universidade buscará uma mescla entre as inovações e o formato clássico, com questões das disciplinas escolares e fase presencial. A entrevista online, porém, será permanente. “A prova de conteúdo não é desnecessária, mas é insuficiente. Ela não detecta interesses pessoais e afinidade com o projeto pedagógico”.

A prova de vestibular tradicional, com questões objetivas e discursivas de Português, Matemática, Geografia, Física e afins, deixou de ser uma referência. Ao menos para a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), que promoveu mudanças radicais em seu vestibular para o segundo semestre. 

As restrições impostas pela covid-19 fizeram a universidade antecipar uma reformulação no processo seletivo, que só começaria a ser implementada daqui a três anos. Além de migrar para o online durante a pandemia, o vestibular da instituição vai avaliar os estudantes com base em competências interpessoais, em duas etapas.

A primeira consiste em uma entrevista virtual, conduzida por um professor do curso escolhido pelo candidato, com roteiro disponível no edital. A sabatina inclui conhecimentos da educação básica, mas foca em quatro tópicos, definidos pela universidade como competências do século XXI: propósito de vida, autonomia, criatividade, tecnologia e ética e responsabilidade. Com o modelo alternativo, a ESPM espera selecionar alunos adequados a seu perfil acadêmico.

A estudante Clara Toscano, de 17 anos, estuda para ingressar no ensino superior em 2021. Foto: Alex Silva/Estadão

“A entrevista veio para ficar, é uma inovação importante. O roteiro baseado nessas quatro competências tem por objetivo conhecer melhor o que o candidato quer para si mesmo, como ele acredita que a universidade pode contribuir e como ele pode contribuir com os outros colegas”, explica Alexandre Gracioso, vice-presidente acadêmico da ESPM.

A fase de entrevistas vai até 2 de julho. No dia 5, os candidatos farão uma redação online. Mas não bastará escrever: antes do texto, será preciso gravar um vídeo de até três minutos para explicar a linha de raciocínio a ser utilizada e elencar os tópicos a serem abordados.

Para Clara Toscano, aluna do 3º ano do ensino médio do Colégio Mater Amabilis, em Guarulhos, as mudanças tornam o processo seletivo mais humanizado. A estudante de 17 anos é apaixonada por musicais e deseja trabalhar com criação artística. Para isso, tentará uma vaga no curso de Cinema e Audiovisual. Ela pretende prestar o próximo vestibular da ESPM, para o primeiro semestre de 2021.

“No vestibular tradicional, cada pessoa é só um número, de acertos e de erros. Não vejo como o mais justo, nem o mais correto. A pessoa pode se preparar o ano todo, mas, por um detalhe no dia, acaba não passando. Decora coisas para a prova e esquece depois. Nesse novo modelo de prova, é necessário ter um bom repertório, com conhecimento de mundo, referências literárias. Para passar, a pessoa vai precisar se inteirar dos acontecimentos e adquirir mais cultura”, opina a estudante.

O reformulado processo seletivo da ESPM responderá por 50% das vagas disponíveis para o segundo semestre. A outra metade é reservada para candidatos que concorrem com o resultado obtido no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — a nota de corte é de 580 pontos em todas as disciplinas e de 650 pontos na redação.

Gracioso esclarece que o modelo do vestibular para o segundo semestre não é definitivo. Nas próximas edições, a universidade buscará uma mescla entre as inovações e o formato clássico, com questões das disciplinas escolares e fase presencial. A entrevista online, porém, será permanente. “A prova de conteúdo não é desnecessária, mas é insuficiente. Ela não detecta interesses pessoais e afinidade com o projeto pedagógico”.

A prova de vestibular tradicional, com questões objetivas e discursivas de Português, Matemática, Geografia, Física e afins, deixou de ser uma referência. Ao menos para a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), que promoveu mudanças radicais em seu vestibular para o segundo semestre. 

As restrições impostas pela covid-19 fizeram a universidade antecipar uma reformulação no processo seletivo, que só começaria a ser implementada daqui a três anos. Além de migrar para o online durante a pandemia, o vestibular da instituição vai avaliar os estudantes com base em competências interpessoais, em duas etapas.

A primeira consiste em uma entrevista virtual, conduzida por um professor do curso escolhido pelo candidato, com roteiro disponível no edital. A sabatina inclui conhecimentos da educação básica, mas foca em quatro tópicos, definidos pela universidade como competências do século XXI: propósito de vida, autonomia, criatividade, tecnologia e ética e responsabilidade. Com o modelo alternativo, a ESPM espera selecionar alunos adequados a seu perfil acadêmico.

A estudante Clara Toscano, de 17 anos, estuda para ingressar no ensino superior em 2021. Foto: Alex Silva/Estadão

“A entrevista veio para ficar, é uma inovação importante. O roteiro baseado nessas quatro competências tem por objetivo conhecer melhor o que o candidato quer para si mesmo, como ele acredita que a universidade pode contribuir e como ele pode contribuir com os outros colegas”, explica Alexandre Gracioso, vice-presidente acadêmico da ESPM.

A fase de entrevistas vai até 2 de julho. No dia 5, os candidatos farão uma redação online. Mas não bastará escrever: antes do texto, será preciso gravar um vídeo de até três minutos para explicar a linha de raciocínio a ser utilizada e elencar os tópicos a serem abordados.

Para Clara Toscano, aluna do 3º ano do ensino médio do Colégio Mater Amabilis, em Guarulhos, as mudanças tornam o processo seletivo mais humanizado. A estudante de 17 anos é apaixonada por musicais e deseja trabalhar com criação artística. Para isso, tentará uma vaga no curso de Cinema e Audiovisual. Ela pretende prestar o próximo vestibular da ESPM, para o primeiro semestre de 2021.

“No vestibular tradicional, cada pessoa é só um número, de acertos e de erros. Não vejo como o mais justo, nem o mais correto. A pessoa pode se preparar o ano todo, mas, por um detalhe no dia, acaba não passando. Decora coisas para a prova e esquece depois. Nesse novo modelo de prova, é necessário ter um bom repertório, com conhecimento de mundo, referências literárias. Para passar, a pessoa vai precisar se inteirar dos acontecimentos e adquirir mais cultura”, opina a estudante.

O reformulado processo seletivo da ESPM responderá por 50% das vagas disponíveis para o segundo semestre. A outra metade é reservada para candidatos que concorrem com o resultado obtido no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — a nota de corte é de 580 pontos em todas as disciplinas e de 650 pontos na redação.

Gracioso esclarece que o modelo do vestibular para o segundo semestre não é definitivo. Nas próximas edições, a universidade buscará uma mescla entre as inovações e o formato clássico, com questões das disciplinas escolares e fase presencial. A entrevista online, porém, será permanente. “A prova de conteúdo não é desnecessária, mas é insuficiente. Ela não detecta interesses pessoais e afinidade com o projeto pedagógico”.

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