Fluência bilíngue abre portas no mercado global


Domínio de dois ou mais idiomas aumenta oportunidades em empresas e universidades nacionais e internacionais

Por Estadão Blue Studio
Atualização:

Ser fluente em mais de um idioma é um grande diferencial no mercado de trabalho global, especialmente para profissionais que podem transitar entre culturas e se comunicar em diferentes idiomas. Estudantes bilíngues, com proficiência em inglês, encontram mais oportunidades em processos seletivos, tanto em universidades quanto em empresas, sejam nacionais ou internacionais.

Começar cedo amplia as chances no mundo corporativo, pois ao aprender duas línguas o aluno se desenvolve de forma cognitiva, colaborando para o aprimoramento de habilidades valorizadas, como concentração, memória e resolução de problemas.

Lucy Nunes, diretora da Escola Eleva São Paulo, reforça a importância de combinar a educação bilíngue com metodologias que impulsionem o desenvolvimento dessas habilidades. “Na Eleva, temos o projeto Creative Technology para os alunos do ensino fundamental, com o objetivo de desenvolver a criatividade utilizando a metodologia de design thinking. Por exemplo, os estudantes desenvolvem soluções digitais para resolver problemas reais. É uma forma de preparar os jovens para o mercado de trabalho.”

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Experiências internacionais

Outra vantagem para quem estuda em uma escola bilíngue é participar de intercâmbios culturais em outros países. Essas experiências contribuem para preparar os estudantes para os desafios do mercado de trabalho internacional, pois ampliam sua compreensão cultural, aprimoram suas habilidades linguísticas em contextos reais e fortalecem competências como adaptabilidade, comunicação e trabalho em equipe.

Para Mauricio Segura, CEO da Spiible{Tech}, marketplace global focado em programas de estudo e carreiras na área da tecnologia, esses programas internacionais oferecem aos estudantes bilíngues a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em ambientes desafiadores e diversificados. “A experiência adquirida pode moldar suas carreiras futuras, fornecendo uma base sólida para atuar em mercados globais e enfrentar desafios complexos com confiança”, afirma.

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Universidades estrangeiras

As escolas de educação bilíngue abrem portas para quem quer cursar uma graduação fora do Brasil (leia mais nas págs. 10 e 11). Algumas unidades da Escola Eleva no Brasil, por exemplo, oferecem aos alunos o International Baccalaureate (IB), um currículo internacionalmente reconhecido e aceito por universidades prestigiadas como Harvard, MIT, Oxford, Cambridge e Sorbonne.

Já o Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, oferece um ensino bilíngue — além do inglês, os alunos também aprendem alemão. A escola disponibiliza diversas certificações, parcerias e suporte para os estudantes que desejam ingressar em universidades alemãs.

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Esse é o caso de Maria Eduarda Silva, 18 anos, ex-aluna do campus Vila Andrade. Ela concluiu o ensino médio no ano passado e atualmente participa da APAL — Parcerias para a Formação Profissional Dual com escolas na América Latina, em colaboração com o Instituto Goethe e com o apoio do Porto Seguro. Graças a esse programa, Maria Eduarda já obteve seu certificado de proficiência e agora se prepara para iniciar um curso de Enfermagem na Alemanha.

“Estudei em escola pública desde pequena. E ingressei no Porto Seguro no 9° ano do ensino fundamental, como bolsista. Foi um desafio ter o currículo bilíngue, com aulas em inglês e alemão, mas hoje percebo que essa mudança foi importante para a minha evolução”, conta Maria Eduarda.

Depois de formada, ela continuou tendo o auxílio do Porto Seguro para seu plano de estudar na Alemanha. “Mesmo após a minha formatura no ano passado, tive contato frequente com o colégio, que me ajudou nas mais diversas questões acerca da minha ida para fora do País. Estou muito empolgada! Depois de formada, pretendo trabalhar no exterior”, comemora.

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20% a mais por hora é o que podem ganhar colaboradores bilíngues ante aqueles que falam apenas uma língua

25% têm os bilíngues mais chance de avançar para cargos de liderança

50% maior propensão de bilíngues serem empregados em posições internacionais

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Fonte: Language Testing

Maria Eduarda se prepara para cursar Enfermagem na Alemanha Foto: DIEGO PADGURSCHI

Vantagens na remuneração

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Se Maria Eduarda continuasse no Brasil ou quisesse seguir outra carreira, com o domínio de três idiomas, ela poderia sonhar com uma boa remuneração. Aqui, os profissionais bilíngues costumam ganhar mais do que quem não domina mais de um idioma. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Catho, um profissional brasileiro com fluência em inglês pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade.

“As empresas estão mais dispostas a reter talentos que possam contribuir para o crescimento da empresa, atender mercados estrangeiros ou liderar equipes multiculturais. Algumas multinacionais estão centralizando seus departamentos gerenciais e o profissional bilíngue tem uma maior capacidade de adaptação”, explica Elizabeth Mariano Matsumoto, sócia-diretora da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar focada na gestão de negócios.

Para a especialista, os candidatos bilíngues a uma vaga de emprego costumam apresentar maior habilidade de análise de contextos globais, além de serem mais habilidosos e versáteis para atender às demandas. “Algumas posições exigem conexões diretas e reuniões, que, com o avanço das plataformas online, aproximaram ainda mais os mercados estrangeiros. Isso reduziu o uso de e-mails, que antes eram a base das negociações. Agora, as reuniões com parceiros internacionais se tornaram o padrão”, diz Elizabeth.

Áreas mais promissoras

Os setores que mais requisitam profissionais bilíngues no Brasil e em outros países são comércio exterior, mercado financeiro e direito internacional, de acordo com Elisabeth. “Também tecnologia, especialmente em áreas como cibersegurança, inteligência artificial e desenvolvimento de software, que são mercados emergentes e nichos especializados”, complementa Mauricio.

A tendência da área de trabalho para os próximos cinco anos será de maior integração entre mercados, o que vai exigir cada vez mais profissionais bilíngues. “Teremos ainda mais as interconexões globais. As empresas estão expandindo suas operações e, para isso, as estratégias deverão ser globalizadas e locais”, conclui Elisabeth.

Ser fluente em mais de um idioma é um grande diferencial no mercado de trabalho global, especialmente para profissionais que podem transitar entre culturas e se comunicar em diferentes idiomas. Estudantes bilíngues, com proficiência em inglês, encontram mais oportunidades em processos seletivos, tanto em universidades quanto em empresas, sejam nacionais ou internacionais.

Começar cedo amplia as chances no mundo corporativo, pois ao aprender duas línguas o aluno se desenvolve de forma cognitiva, colaborando para o aprimoramento de habilidades valorizadas, como concentração, memória e resolução de problemas.

Lucy Nunes, diretora da Escola Eleva São Paulo, reforça a importância de combinar a educação bilíngue com metodologias que impulsionem o desenvolvimento dessas habilidades. “Na Eleva, temos o projeto Creative Technology para os alunos do ensino fundamental, com o objetivo de desenvolver a criatividade utilizando a metodologia de design thinking. Por exemplo, os estudantes desenvolvem soluções digitais para resolver problemas reais. É uma forma de preparar os jovens para o mercado de trabalho.”

Experiências internacionais

Outra vantagem para quem estuda em uma escola bilíngue é participar de intercâmbios culturais em outros países. Essas experiências contribuem para preparar os estudantes para os desafios do mercado de trabalho internacional, pois ampliam sua compreensão cultural, aprimoram suas habilidades linguísticas em contextos reais e fortalecem competências como adaptabilidade, comunicação e trabalho em equipe.

Para Mauricio Segura, CEO da Spiible{Tech}, marketplace global focado em programas de estudo e carreiras na área da tecnologia, esses programas internacionais oferecem aos estudantes bilíngues a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em ambientes desafiadores e diversificados. “A experiência adquirida pode moldar suas carreiras futuras, fornecendo uma base sólida para atuar em mercados globais e enfrentar desafios complexos com confiança”, afirma.

Universidades estrangeiras

As escolas de educação bilíngue abrem portas para quem quer cursar uma graduação fora do Brasil (leia mais nas págs. 10 e 11). Algumas unidades da Escola Eleva no Brasil, por exemplo, oferecem aos alunos o International Baccalaureate (IB), um currículo internacionalmente reconhecido e aceito por universidades prestigiadas como Harvard, MIT, Oxford, Cambridge e Sorbonne.

Já o Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, oferece um ensino bilíngue — além do inglês, os alunos também aprendem alemão. A escola disponibiliza diversas certificações, parcerias e suporte para os estudantes que desejam ingressar em universidades alemãs.

Esse é o caso de Maria Eduarda Silva, 18 anos, ex-aluna do campus Vila Andrade. Ela concluiu o ensino médio no ano passado e atualmente participa da APAL — Parcerias para a Formação Profissional Dual com escolas na América Latina, em colaboração com o Instituto Goethe e com o apoio do Porto Seguro. Graças a esse programa, Maria Eduarda já obteve seu certificado de proficiência e agora se prepara para iniciar um curso de Enfermagem na Alemanha.

“Estudei em escola pública desde pequena. E ingressei no Porto Seguro no 9° ano do ensino fundamental, como bolsista. Foi um desafio ter o currículo bilíngue, com aulas em inglês e alemão, mas hoje percebo que essa mudança foi importante para a minha evolução”, conta Maria Eduarda.

Depois de formada, ela continuou tendo o auxílio do Porto Seguro para seu plano de estudar na Alemanha. “Mesmo após a minha formatura no ano passado, tive contato frequente com o colégio, que me ajudou nas mais diversas questões acerca da minha ida para fora do País. Estou muito empolgada! Depois de formada, pretendo trabalhar no exterior”, comemora.

20% a mais por hora é o que podem ganhar colaboradores bilíngues ante aqueles que falam apenas uma língua

25% têm os bilíngues mais chance de avançar para cargos de liderança

50% maior propensão de bilíngues serem empregados em posições internacionais

Fonte: Language Testing

Maria Eduarda se prepara para cursar Enfermagem na Alemanha Foto: DIEGO PADGURSCHI

Vantagens na remuneração

Se Maria Eduarda continuasse no Brasil ou quisesse seguir outra carreira, com o domínio de três idiomas, ela poderia sonhar com uma boa remuneração. Aqui, os profissionais bilíngues costumam ganhar mais do que quem não domina mais de um idioma. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Catho, um profissional brasileiro com fluência em inglês pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade.

“As empresas estão mais dispostas a reter talentos que possam contribuir para o crescimento da empresa, atender mercados estrangeiros ou liderar equipes multiculturais. Algumas multinacionais estão centralizando seus departamentos gerenciais e o profissional bilíngue tem uma maior capacidade de adaptação”, explica Elizabeth Mariano Matsumoto, sócia-diretora da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar focada na gestão de negócios.

Para a especialista, os candidatos bilíngues a uma vaga de emprego costumam apresentar maior habilidade de análise de contextos globais, além de serem mais habilidosos e versáteis para atender às demandas. “Algumas posições exigem conexões diretas e reuniões, que, com o avanço das plataformas online, aproximaram ainda mais os mercados estrangeiros. Isso reduziu o uso de e-mails, que antes eram a base das negociações. Agora, as reuniões com parceiros internacionais se tornaram o padrão”, diz Elizabeth.

Áreas mais promissoras

Os setores que mais requisitam profissionais bilíngues no Brasil e em outros países são comércio exterior, mercado financeiro e direito internacional, de acordo com Elisabeth. “Também tecnologia, especialmente em áreas como cibersegurança, inteligência artificial e desenvolvimento de software, que são mercados emergentes e nichos especializados”, complementa Mauricio.

A tendência da área de trabalho para os próximos cinco anos será de maior integração entre mercados, o que vai exigir cada vez mais profissionais bilíngues. “Teremos ainda mais as interconexões globais. As empresas estão expandindo suas operações e, para isso, as estratégias deverão ser globalizadas e locais”, conclui Elisabeth.

Ser fluente em mais de um idioma é um grande diferencial no mercado de trabalho global, especialmente para profissionais que podem transitar entre culturas e se comunicar em diferentes idiomas. Estudantes bilíngues, com proficiência em inglês, encontram mais oportunidades em processos seletivos, tanto em universidades quanto em empresas, sejam nacionais ou internacionais.

Começar cedo amplia as chances no mundo corporativo, pois ao aprender duas línguas o aluno se desenvolve de forma cognitiva, colaborando para o aprimoramento de habilidades valorizadas, como concentração, memória e resolução de problemas.

Lucy Nunes, diretora da Escola Eleva São Paulo, reforça a importância de combinar a educação bilíngue com metodologias que impulsionem o desenvolvimento dessas habilidades. “Na Eleva, temos o projeto Creative Technology para os alunos do ensino fundamental, com o objetivo de desenvolver a criatividade utilizando a metodologia de design thinking. Por exemplo, os estudantes desenvolvem soluções digitais para resolver problemas reais. É uma forma de preparar os jovens para o mercado de trabalho.”

Experiências internacionais

Outra vantagem para quem estuda em uma escola bilíngue é participar de intercâmbios culturais em outros países. Essas experiências contribuem para preparar os estudantes para os desafios do mercado de trabalho internacional, pois ampliam sua compreensão cultural, aprimoram suas habilidades linguísticas em contextos reais e fortalecem competências como adaptabilidade, comunicação e trabalho em equipe.

Para Mauricio Segura, CEO da Spiible{Tech}, marketplace global focado em programas de estudo e carreiras na área da tecnologia, esses programas internacionais oferecem aos estudantes bilíngues a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em ambientes desafiadores e diversificados. “A experiência adquirida pode moldar suas carreiras futuras, fornecendo uma base sólida para atuar em mercados globais e enfrentar desafios complexos com confiança”, afirma.

Universidades estrangeiras

As escolas de educação bilíngue abrem portas para quem quer cursar uma graduação fora do Brasil (leia mais nas págs. 10 e 11). Algumas unidades da Escola Eleva no Brasil, por exemplo, oferecem aos alunos o International Baccalaureate (IB), um currículo internacionalmente reconhecido e aceito por universidades prestigiadas como Harvard, MIT, Oxford, Cambridge e Sorbonne.

Já o Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, oferece um ensino bilíngue — além do inglês, os alunos também aprendem alemão. A escola disponibiliza diversas certificações, parcerias e suporte para os estudantes que desejam ingressar em universidades alemãs.

Esse é o caso de Maria Eduarda Silva, 18 anos, ex-aluna do campus Vila Andrade. Ela concluiu o ensino médio no ano passado e atualmente participa da APAL — Parcerias para a Formação Profissional Dual com escolas na América Latina, em colaboração com o Instituto Goethe e com o apoio do Porto Seguro. Graças a esse programa, Maria Eduarda já obteve seu certificado de proficiência e agora se prepara para iniciar um curso de Enfermagem na Alemanha.

“Estudei em escola pública desde pequena. E ingressei no Porto Seguro no 9° ano do ensino fundamental, como bolsista. Foi um desafio ter o currículo bilíngue, com aulas em inglês e alemão, mas hoje percebo que essa mudança foi importante para a minha evolução”, conta Maria Eduarda.

Depois de formada, ela continuou tendo o auxílio do Porto Seguro para seu plano de estudar na Alemanha. “Mesmo após a minha formatura no ano passado, tive contato frequente com o colégio, que me ajudou nas mais diversas questões acerca da minha ida para fora do País. Estou muito empolgada! Depois de formada, pretendo trabalhar no exterior”, comemora.

20% a mais por hora é o que podem ganhar colaboradores bilíngues ante aqueles que falam apenas uma língua

25% têm os bilíngues mais chance de avançar para cargos de liderança

50% maior propensão de bilíngues serem empregados em posições internacionais

Fonte: Language Testing

Maria Eduarda se prepara para cursar Enfermagem na Alemanha Foto: DIEGO PADGURSCHI

Vantagens na remuneração

Se Maria Eduarda continuasse no Brasil ou quisesse seguir outra carreira, com o domínio de três idiomas, ela poderia sonhar com uma boa remuneração. Aqui, os profissionais bilíngues costumam ganhar mais do que quem não domina mais de um idioma. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Catho, um profissional brasileiro com fluência em inglês pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade.

“As empresas estão mais dispostas a reter talentos que possam contribuir para o crescimento da empresa, atender mercados estrangeiros ou liderar equipes multiculturais. Algumas multinacionais estão centralizando seus departamentos gerenciais e o profissional bilíngue tem uma maior capacidade de adaptação”, explica Elizabeth Mariano Matsumoto, sócia-diretora da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar focada na gestão de negócios.

Para a especialista, os candidatos bilíngues a uma vaga de emprego costumam apresentar maior habilidade de análise de contextos globais, além de serem mais habilidosos e versáteis para atender às demandas. “Algumas posições exigem conexões diretas e reuniões, que, com o avanço das plataformas online, aproximaram ainda mais os mercados estrangeiros. Isso reduziu o uso de e-mails, que antes eram a base das negociações. Agora, as reuniões com parceiros internacionais se tornaram o padrão”, diz Elizabeth.

Áreas mais promissoras

Os setores que mais requisitam profissionais bilíngues no Brasil e em outros países são comércio exterior, mercado financeiro e direito internacional, de acordo com Elisabeth. “Também tecnologia, especialmente em áreas como cibersegurança, inteligência artificial e desenvolvimento de software, que são mercados emergentes e nichos especializados”, complementa Mauricio.

A tendência da área de trabalho para os próximos cinco anos será de maior integração entre mercados, o que vai exigir cada vez mais profissionais bilíngues. “Teremos ainda mais as interconexões globais. As empresas estão expandindo suas operações e, para isso, as estratégias deverão ser globalizadas e locais”, conclui Elisabeth.

Ser fluente em mais de um idioma é um grande diferencial no mercado de trabalho global, especialmente para profissionais que podem transitar entre culturas e se comunicar em diferentes idiomas. Estudantes bilíngues, com proficiência em inglês, encontram mais oportunidades em processos seletivos, tanto em universidades quanto em empresas, sejam nacionais ou internacionais.

Começar cedo amplia as chances no mundo corporativo, pois ao aprender duas línguas o aluno se desenvolve de forma cognitiva, colaborando para o aprimoramento de habilidades valorizadas, como concentração, memória e resolução de problemas.

Lucy Nunes, diretora da Escola Eleva São Paulo, reforça a importância de combinar a educação bilíngue com metodologias que impulsionem o desenvolvimento dessas habilidades. “Na Eleva, temos o projeto Creative Technology para os alunos do ensino fundamental, com o objetivo de desenvolver a criatividade utilizando a metodologia de design thinking. Por exemplo, os estudantes desenvolvem soluções digitais para resolver problemas reais. É uma forma de preparar os jovens para o mercado de trabalho.”

Experiências internacionais

Outra vantagem para quem estuda em uma escola bilíngue é participar de intercâmbios culturais em outros países. Essas experiências contribuem para preparar os estudantes para os desafios do mercado de trabalho internacional, pois ampliam sua compreensão cultural, aprimoram suas habilidades linguísticas em contextos reais e fortalecem competências como adaptabilidade, comunicação e trabalho em equipe.

Para Mauricio Segura, CEO da Spiible{Tech}, marketplace global focado em programas de estudo e carreiras na área da tecnologia, esses programas internacionais oferecem aos estudantes bilíngues a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em ambientes desafiadores e diversificados. “A experiência adquirida pode moldar suas carreiras futuras, fornecendo uma base sólida para atuar em mercados globais e enfrentar desafios complexos com confiança”, afirma.

Universidades estrangeiras

As escolas de educação bilíngue abrem portas para quem quer cursar uma graduação fora do Brasil (leia mais nas págs. 10 e 11). Algumas unidades da Escola Eleva no Brasil, por exemplo, oferecem aos alunos o International Baccalaureate (IB), um currículo internacionalmente reconhecido e aceito por universidades prestigiadas como Harvard, MIT, Oxford, Cambridge e Sorbonne.

Já o Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, oferece um ensino bilíngue — além do inglês, os alunos também aprendem alemão. A escola disponibiliza diversas certificações, parcerias e suporte para os estudantes que desejam ingressar em universidades alemãs.

Esse é o caso de Maria Eduarda Silva, 18 anos, ex-aluna do campus Vila Andrade. Ela concluiu o ensino médio no ano passado e atualmente participa da APAL — Parcerias para a Formação Profissional Dual com escolas na América Latina, em colaboração com o Instituto Goethe e com o apoio do Porto Seguro. Graças a esse programa, Maria Eduarda já obteve seu certificado de proficiência e agora se prepara para iniciar um curso de Enfermagem na Alemanha.

“Estudei em escola pública desde pequena. E ingressei no Porto Seguro no 9° ano do ensino fundamental, como bolsista. Foi um desafio ter o currículo bilíngue, com aulas em inglês e alemão, mas hoje percebo que essa mudança foi importante para a minha evolução”, conta Maria Eduarda.

Depois de formada, ela continuou tendo o auxílio do Porto Seguro para seu plano de estudar na Alemanha. “Mesmo após a minha formatura no ano passado, tive contato frequente com o colégio, que me ajudou nas mais diversas questões acerca da minha ida para fora do País. Estou muito empolgada! Depois de formada, pretendo trabalhar no exterior”, comemora.

20% a mais por hora é o que podem ganhar colaboradores bilíngues ante aqueles que falam apenas uma língua

25% têm os bilíngues mais chance de avançar para cargos de liderança

50% maior propensão de bilíngues serem empregados em posições internacionais

Fonte: Language Testing

Maria Eduarda se prepara para cursar Enfermagem na Alemanha Foto: DIEGO PADGURSCHI

Vantagens na remuneração

Se Maria Eduarda continuasse no Brasil ou quisesse seguir outra carreira, com o domínio de três idiomas, ela poderia sonhar com uma boa remuneração. Aqui, os profissionais bilíngues costumam ganhar mais do que quem não domina mais de um idioma. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Catho, um profissional brasileiro com fluência em inglês pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade.

“As empresas estão mais dispostas a reter talentos que possam contribuir para o crescimento da empresa, atender mercados estrangeiros ou liderar equipes multiculturais. Algumas multinacionais estão centralizando seus departamentos gerenciais e o profissional bilíngue tem uma maior capacidade de adaptação”, explica Elizabeth Mariano Matsumoto, sócia-diretora da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar focada na gestão de negócios.

Para a especialista, os candidatos bilíngues a uma vaga de emprego costumam apresentar maior habilidade de análise de contextos globais, além de serem mais habilidosos e versáteis para atender às demandas. “Algumas posições exigem conexões diretas e reuniões, que, com o avanço das plataformas online, aproximaram ainda mais os mercados estrangeiros. Isso reduziu o uso de e-mails, que antes eram a base das negociações. Agora, as reuniões com parceiros internacionais se tornaram o padrão”, diz Elizabeth.

Áreas mais promissoras

Os setores que mais requisitam profissionais bilíngues no Brasil e em outros países são comércio exterior, mercado financeiro e direito internacional, de acordo com Elisabeth. “Também tecnologia, especialmente em áreas como cibersegurança, inteligência artificial e desenvolvimento de software, que são mercados emergentes e nichos especializados”, complementa Mauricio.

A tendência da área de trabalho para os próximos cinco anos será de maior integração entre mercados, o que vai exigir cada vez mais profissionais bilíngues. “Teremos ainda mais as interconexões globais. As empresas estão expandindo suas operações e, para isso, as estratégias deverão ser globalizadas e locais”, conclui Elisabeth.

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