Fuselagem de avião vira sala de aula para alunos de Engenharia da USP; veja como é


Parte dianteira de um E2 da Embraer foi doada pela empresa para apoiar ensino, pesquisa e extensão dentro da universidade

Por Milena Felix
Atualização:

A Escola de Engenharia de São Carlos da USP passa a contar com uma fuselagem da Embraer como espaço multiuso de aprendizagem e sala de aula. A peça é a parte dianteira de uma fuselagem do modelo mais recente da empresa de aviação brasileira, o E190-E2, que foi doada para a universidade.

A peça está instalada no Hangar 1 do Departamento de Engenharia Aeronáutica, e deverá ser utilizada para projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Fuselagem de um avião da Embraer que passou a ser usada como sala de aula pela Escola de Engenharia da USP São Carlos. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP
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Segundo Fernando Martini Catalano, professor e diretor da EESC, o material faz parte das muitas etapas de teste que precisam ser feitas antes da finalização de um avião. “O processo de construção de um avião leva cerca de dez anos. Essa fuselagem faz parte das partes que estavam em ensaios, que não dá para usar no avião, mas é exatamente uma cópia de uma peça que é usada num avião que tá voando”, afirma ele.

Glauco Caurin, professor do departamento, destaca que a fuselagem será utilizada para diversos fins. Como se trata de uma peça muito grande, não é possível tirá-la do lugar. A solução foi levar a aula para o interior da aeronave.

“A tendência é de que isso vire um ambiente multiuso para diversos usuários. A ideia é que haja múltiplos projetos rodando e que as pessoas agendem a utilização para ensino, pesquisa e extensão.”

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Com a nova tecnologia disponível, alunos e professores afirmam que a qualidade de ensino e pesquisa tendem a melhorar. A aluna do segundo semestre de Engenharia Aeronáutica, Maria Clara Birchler, conta como a fuselagem a tem apoiado na disciplina de desenhos.

“O projeto final da matéria de CAD é justamente o desenho de um avião. Aí o professor falou que se alguma vez nós tivermos dúvidas, podemos descer ali e checar. Assim vamos conseguir ter uma visão palpável, para depois jogar no projeto.”

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Fuselagem de um avião da Embraer tem ajudado os alunos, por exemplo, na disciplina de desenhos. Foto: Fábio Gallo/EESC-USP

Além disso, pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar no novo material. O doutorando Leonardo Simeão, engenheiro mecânico, está desenvolvendo uma pesquisa sobre montagem aeronáutica, e vai usar a fuselagem em sua pesquisa. “Eu passo a ter a possibilidade de fazer experimentos num cenário real, aplicar e desenvolver meus conhecimentos em Engenharia”, afirma ele.

Para o professor Hernán Darío Cerón-Muñoz, a fuselagem pode ajudar a manter os alunos motivados. “Nosso interesse também é manter o interesse do aluno. Por exemplo, na disciplina de desenho, nós falamos de longarina, rebite. Mas agora nós conseguimos entrar lá dentro e mostrar as partes. E isso saí da teoria, do papel, e vai na prática mesmo”.

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Parceria antiga

Fernando Martini Catalano aponta que a parceria com a Embraer é de longa data, e agora resultou na doação da fuselagem para enriquecer a formação de novos engenheiros aeronáuticos. “Foi através de demanda da própria Embraer a criação do primeiro curso de Engenharia Aeronáutica fora do Ministério da Defesa em 2002. Então essa parceria existe desde sempre, e ao longo dos anos se intensificou. Ao total, eu diria que já foram cerca de 15 a 20 projetos ao longo desses 20 anos”, conta Catalano.

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Pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar na fuselagem do avião da Embraer. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

A Embraer incentiva projetos do curso de Engenharia Aeronáutica da USP, visando fomentar pesquisas e desenvolvimento na área em que atua. Em nota ao Estadão, a empresa disse: “A doação da seção de fuselagem tem o objetivo de incentivar estudos e pesquisas, além de contribuir, de forma mútua, no compartilhamento de conhecimentos por meio de atividades teóricas e práticas. A longeva parceria entre Embraer e EESC-USP tem promovido importantes avanços de tecnologias e pesquisas aplicadas que geram valor para o ecossistema de inovação nacional e para a sociedade como um todo.”

Segundo o diretor, a fuselagem do E2 não é a primeira que a EESC teve, mas é a mais moderna. “Começamos com uma aeronave da Polícia Federal, que conseguimos de uma doação. Depois, aviões agrícolas. Mas essa é uma fuselagem extremamente atual.” Com isso, os alunos podem ter uma visão real do mercado de aviões comerciais.

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A Escola de Engenharia de São Carlos da USP passa a contar com uma fuselagem da Embraer como espaço multiuso de aprendizagem e sala de aula. A peça é a parte dianteira de uma fuselagem do modelo mais recente da empresa de aviação brasileira, o E190-E2, que foi doada para a universidade.

A peça está instalada no Hangar 1 do Departamento de Engenharia Aeronáutica, e deverá ser utilizada para projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Fuselagem de um avião da Embraer que passou a ser usada como sala de aula pela Escola de Engenharia da USP São Carlos. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

Segundo Fernando Martini Catalano, professor e diretor da EESC, o material faz parte das muitas etapas de teste que precisam ser feitas antes da finalização de um avião. “O processo de construção de um avião leva cerca de dez anos. Essa fuselagem faz parte das partes que estavam em ensaios, que não dá para usar no avião, mas é exatamente uma cópia de uma peça que é usada num avião que tá voando”, afirma ele.

Glauco Caurin, professor do departamento, destaca que a fuselagem será utilizada para diversos fins. Como se trata de uma peça muito grande, não é possível tirá-la do lugar. A solução foi levar a aula para o interior da aeronave.

“A tendência é de que isso vire um ambiente multiuso para diversos usuários. A ideia é que haja múltiplos projetos rodando e que as pessoas agendem a utilização para ensino, pesquisa e extensão.”

Com a nova tecnologia disponível, alunos e professores afirmam que a qualidade de ensino e pesquisa tendem a melhorar. A aluna do segundo semestre de Engenharia Aeronáutica, Maria Clara Birchler, conta como a fuselagem a tem apoiado na disciplina de desenhos.

“O projeto final da matéria de CAD é justamente o desenho de um avião. Aí o professor falou que se alguma vez nós tivermos dúvidas, podemos descer ali e checar. Assim vamos conseguir ter uma visão palpável, para depois jogar no projeto.”

Fuselagem de um avião da Embraer tem ajudado os alunos, por exemplo, na disciplina de desenhos. Foto: Fábio Gallo/EESC-USP

Além disso, pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar no novo material. O doutorando Leonardo Simeão, engenheiro mecânico, está desenvolvendo uma pesquisa sobre montagem aeronáutica, e vai usar a fuselagem em sua pesquisa. “Eu passo a ter a possibilidade de fazer experimentos num cenário real, aplicar e desenvolver meus conhecimentos em Engenharia”, afirma ele.

Para o professor Hernán Darío Cerón-Muñoz, a fuselagem pode ajudar a manter os alunos motivados. “Nosso interesse também é manter o interesse do aluno. Por exemplo, na disciplina de desenho, nós falamos de longarina, rebite. Mas agora nós conseguimos entrar lá dentro e mostrar as partes. E isso saí da teoria, do papel, e vai na prática mesmo”.

Parceria antiga

Fernando Martini Catalano aponta que a parceria com a Embraer é de longa data, e agora resultou na doação da fuselagem para enriquecer a formação de novos engenheiros aeronáuticos. “Foi através de demanda da própria Embraer a criação do primeiro curso de Engenharia Aeronáutica fora do Ministério da Defesa em 2002. Então essa parceria existe desde sempre, e ao longo dos anos se intensificou. Ao total, eu diria que já foram cerca de 15 a 20 projetos ao longo desses 20 anos”, conta Catalano.

Pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar na fuselagem do avião da Embraer. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

A Embraer incentiva projetos do curso de Engenharia Aeronáutica da USP, visando fomentar pesquisas e desenvolvimento na área em que atua. Em nota ao Estadão, a empresa disse: “A doação da seção de fuselagem tem o objetivo de incentivar estudos e pesquisas, além de contribuir, de forma mútua, no compartilhamento de conhecimentos por meio de atividades teóricas e práticas. A longeva parceria entre Embraer e EESC-USP tem promovido importantes avanços de tecnologias e pesquisas aplicadas que geram valor para o ecossistema de inovação nacional e para a sociedade como um todo.”

Segundo o diretor, a fuselagem do E2 não é a primeira que a EESC teve, mas é a mais moderna. “Começamos com uma aeronave da Polícia Federal, que conseguimos de uma doação. Depois, aviões agrícolas. Mas essa é uma fuselagem extremamente atual.” Com isso, os alunos podem ter uma visão real do mercado de aviões comerciais.

A Escola de Engenharia de São Carlos da USP passa a contar com uma fuselagem da Embraer como espaço multiuso de aprendizagem e sala de aula. A peça é a parte dianteira de uma fuselagem do modelo mais recente da empresa de aviação brasileira, o E190-E2, que foi doada para a universidade.

A peça está instalada no Hangar 1 do Departamento de Engenharia Aeronáutica, e deverá ser utilizada para projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Fuselagem de um avião da Embraer que passou a ser usada como sala de aula pela Escola de Engenharia da USP São Carlos. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

Segundo Fernando Martini Catalano, professor e diretor da EESC, o material faz parte das muitas etapas de teste que precisam ser feitas antes da finalização de um avião. “O processo de construção de um avião leva cerca de dez anos. Essa fuselagem faz parte das partes que estavam em ensaios, que não dá para usar no avião, mas é exatamente uma cópia de uma peça que é usada num avião que tá voando”, afirma ele.

Glauco Caurin, professor do departamento, destaca que a fuselagem será utilizada para diversos fins. Como se trata de uma peça muito grande, não é possível tirá-la do lugar. A solução foi levar a aula para o interior da aeronave.

“A tendência é de que isso vire um ambiente multiuso para diversos usuários. A ideia é que haja múltiplos projetos rodando e que as pessoas agendem a utilização para ensino, pesquisa e extensão.”

Com a nova tecnologia disponível, alunos e professores afirmam que a qualidade de ensino e pesquisa tendem a melhorar. A aluna do segundo semestre de Engenharia Aeronáutica, Maria Clara Birchler, conta como a fuselagem a tem apoiado na disciplina de desenhos.

“O projeto final da matéria de CAD é justamente o desenho de um avião. Aí o professor falou que se alguma vez nós tivermos dúvidas, podemos descer ali e checar. Assim vamos conseguir ter uma visão palpável, para depois jogar no projeto.”

Fuselagem de um avião da Embraer tem ajudado os alunos, por exemplo, na disciplina de desenhos. Foto: Fábio Gallo/EESC-USP

Além disso, pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar no novo material. O doutorando Leonardo Simeão, engenheiro mecânico, está desenvolvendo uma pesquisa sobre montagem aeronáutica, e vai usar a fuselagem em sua pesquisa. “Eu passo a ter a possibilidade de fazer experimentos num cenário real, aplicar e desenvolver meus conhecimentos em Engenharia”, afirma ele.

Para o professor Hernán Darío Cerón-Muñoz, a fuselagem pode ajudar a manter os alunos motivados. “Nosso interesse também é manter o interesse do aluno. Por exemplo, na disciplina de desenho, nós falamos de longarina, rebite. Mas agora nós conseguimos entrar lá dentro e mostrar as partes. E isso saí da teoria, do papel, e vai na prática mesmo”.

Parceria antiga

Fernando Martini Catalano aponta que a parceria com a Embraer é de longa data, e agora resultou na doação da fuselagem para enriquecer a formação de novos engenheiros aeronáuticos. “Foi através de demanda da própria Embraer a criação do primeiro curso de Engenharia Aeronáutica fora do Ministério da Defesa em 2002. Então essa parceria existe desde sempre, e ao longo dos anos se intensificou. Ao total, eu diria que já foram cerca de 15 a 20 projetos ao longo desses 20 anos”, conta Catalano.

Pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar na fuselagem do avião da Embraer. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

A Embraer incentiva projetos do curso de Engenharia Aeronáutica da USP, visando fomentar pesquisas e desenvolvimento na área em que atua. Em nota ao Estadão, a empresa disse: “A doação da seção de fuselagem tem o objetivo de incentivar estudos e pesquisas, além de contribuir, de forma mútua, no compartilhamento de conhecimentos por meio de atividades teóricas e práticas. A longeva parceria entre Embraer e EESC-USP tem promovido importantes avanços de tecnologias e pesquisas aplicadas que geram valor para o ecossistema de inovação nacional e para a sociedade como um todo.”

Segundo o diretor, a fuselagem do E2 não é a primeira que a EESC teve, mas é a mais moderna. “Começamos com uma aeronave da Polícia Federal, que conseguimos de uma doação. Depois, aviões agrícolas. Mas essa é uma fuselagem extremamente atual.” Com isso, os alunos podem ter uma visão real do mercado de aviões comerciais.

A Escola de Engenharia de São Carlos da USP passa a contar com uma fuselagem da Embraer como espaço multiuso de aprendizagem e sala de aula. A peça é a parte dianteira de uma fuselagem do modelo mais recente da empresa de aviação brasileira, o E190-E2, que foi doada para a universidade.

A peça está instalada no Hangar 1 do Departamento de Engenharia Aeronáutica, e deverá ser utilizada para projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Fuselagem de um avião da Embraer que passou a ser usada como sala de aula pela Escola de Engenharia da USP São Carlos. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

Segundo Fernando Martini Catalano, professor e diretor da EESC, o material faz parte das muitas etapas de teste que precisam ser feitas antes da finalização de um avião. “O processo de construção de um avião leva cerca de dez anos. Essa fuselagem faz parte das partes que estavam em ensaios, que não dá para usar no avião, mas é exatamente uma cópia de uma peça que é usada num avião que tá voando”, afirma ele.

Glauco Caurin, professor do departamento, destaca que a fuselagem será utilizada para diversos fins. Como se trata de uma peça muito grande, não é possível tirá-la do lugar. A solução foi levar a aula para o interior da aeronave.

“A tendência é de que isso vire um ambiente multiuso para diversos usuários. A ideia é que haja múltiplos projetos rodando e que as pessoas agendem a utilização para ensino, pesquisa e extensão.”

Com a nova tecnologia disponível, alunos e professores afirmam que a qualidade de ensino e pesquisa tendem a melhorar. A aluna do segundo semestre de Engenharia Aeronáutica, Maria Clara Birchler, conta como a fuselagem a tem apoiado na disciplina de desenhos.

“O projeto final da matéria de CAD é justamente o desenho de um avião. Aí o professor falou que se alguma vez nós tivermos dúvidas, podemos descer ali e checar. Assim vamos conseguir ter uma visão palpável, para depois jogar no projeto.”

Fuselagem de um avião da Embraer tem ajudado os alunos, por exemplo, na disciplina de desenhos. Foto: Fábio Gallo/EESC-USP

Além disso, pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar no novo material. O doutorando Leonardo Simeão, engenheiro mecânico, está desenvolvendo uma pesquisa sobre montagem aeronáutica, e vai usar a fuselagem em sua pesquisa. “Eu passo a ter a possibilidade de fazer experimentos num cenário real, aplicar e desenvolver meus conhecimentos em Engenharia”, afirma ele.

Para o professor Hernán Darío Cerón-Muñoz, a fuselagem pode ajudar a manter os alunos motivados. “Nosso interesse também é manter o interesse do aluno. Por exemplo, na disciplina de desenho, nós falamos de longarina, rebite. Mas agora nós conseguimos entrar lá dentro e mostrar as partes. E isso saí da teoria, do papel, e vai na prática mesmo”.

Parceria antiga

Fernando Martini Catalano aponta que a parceria com a Embraer é de longa data, e agora resultou na doação da fuselagem para enriquecer a formação de novos engenheiros aeronáuticos. “Foi através de demanda da própria Embraer a criação do primeiro curso de Engenharia Aeronáutica fora do Ministério da Defesa em 2002. Então essa parceria existe desde sempre, e ao longo dos anos se intensificou. Ao total, eu diria que já foram cerca de 15 a 20 projetos ao longo desses 20 anos”, conta Catalano.

Pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar na fuselagem do avião da Embraer. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

A Embraer incentiva projetos do curso de Engenharia Aeronáutica da USP, visando fomentar pesquisas e desenvolvimento na área em que atua. Em nota ao Estadão, a empresa disse: “A doação da seção de fuselagem tem o objetivo de incentivar estudos e pesquisas, além de contribuir, de forma mútua, no compartilhamento de conhecimentos por meio de atividades teóricas e práticas. A longeva parceria entre Embraer e EESC-USP tem promovido importantes avanços de tecnologias e pesquisas aplicadas que geram valor para o ecossistema de inovação nacional e para a sociedade como um todo.”

Segundo o diretor, a fuselagem do E2 não é a primeira que a EESC teve, mas é a mais moderna. “Começamos com uma aeronave da Polícia Federal, que conseguimos de uma doação. Depois, aviões agrícolas. Mas essa é uma fuselagem extremamente atual.” Com isso, os alunos podem ter uma visão real do mercado de aviões comerciais.

A Escola de Engenharia de São Carlos da USP passa a contar com uma fuselagem da Embraer como espaço multiuso de aprendizagem e sala de aula. A peça é a parte dianteira de uma fuselagem do modelo mais recente da empresa de aviação brasileira, o E190-E2, que foi doada para a universidade.

A peça está instalada no Hangar 1 do Departamento de Engenharia Aeronáutica, e deverá ser utilizada para projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Fuselagem de um avião da Embraer que passou a ser usada como sala de aula pela Escola de Engenharia da USP São Carlos. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

Segundo Fernando Martini Catalano, professor e diretor da EESC, o material faz parte das muitas etapas de teste que precisam ser feitas antes da finalização de um avião. “O processo de construção de um avião leva cerca de dez anos. Essa fuselagem faz parte das partes que estavam em ensaios, que não dá para usar no avião, mas é exatamente uma cópia de uma peça que é usada num avião que tá voando”, afirma ele.

Glauco Caurin, professor do departamento, destaca que a fuselagem será utilizada para diversos fins. Como se trata de uma peça muito grande, não é possível tirá-la do lugar. A solução foi levar a aula para o interior da aeronave.

“A tendência é de que isso vire um ambiente multiuso para diversos usuários. A ideia é que haja múltiplos projetos rodando e que as pessoas agendem a utilização para ensino, pesquisa e extensão.”

Com a nova tecnologia disponível, alunos e professores afirmam que a qualidade de ensino e pesquisa tendem a melhorar. A aluna do segundo semestre de Engenharia Aeronáutica, Maria Clara Birchler, conta como a fuselagem a tem apoiado na disciplina de desenhos.

“O projeto final da matéria de CAD é justamente o desenho de um avião. Aí o professor falou que se alguma vez nós tivermos dúvidas, podemos descer ali e checar. Assim vamos conseguir ter uma visão palpável, para depois jogar no projeto.”

Fuselagem de um avião da Embraer tem ajudado os alunos, por exemplo, na disciplina de desenhos. Foto: Fábio Gallo/EESC-USP

Além disso, pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar no novo material. O doutorando Leonardo Simeão, engenheiro mecânico, está desenvolvendo uma pesquisa sobre montagem aeronáutica, e vai usar a fuselagem em sua pesquisa. “Eu passo a ter a possibilidade de fazer experimentos num cenário real, aplicar e desenvolver meus conhecimentos em Engenharia”, afirma ele.

Para o professor Hernán Darío Cerón-Muñoz, a fuselagem pode ajudar a manter os alunos motivados. “Nosso interesse também é manter o interesse do aluno. Por exemplo, na disciplina de desenho, nós falamos de longarina, rebite. Mas agora nós conseguimos entrar lá dentro e mostrar as partes. E isso saí da teoria, do papel, e vai na prática mesmo”.

Parceria antiga

Fernando Martini Catalano aponta que a parceria com a Embraer é de longa data, e agora resultou na doação da fuselagem para enriquecer a formação de novos engenheiros aeronáuticos. “Foi através de demanda da própria Embraer a criação do primeiro curso de Engenharia Aeronáutica fora do Ministério da Defesa em 2002. Então essa parceria existe desde sempre, e ao longo dos anos se intensificou. Ao total, eu diria que já foram cerca de 15 a 20 projetos ao longo desses 20 anos”, conta Catalano.

Pesquisas científicas de graduação e pós-graduação podem se apoiar na fuselagem do avião da Embraer. Foto: Professor Glauco Caurin/EESC-USP

A Embraer incentiva projetos do curso de Engenharia Aeronáutica da USP, visando fomentar pesquisas e desenvolvimento na área em que atua. Em nota ao Estadão, a empresa disse: “A doação da seção de fuselagem tem o objetivo de incentivar estudos e pesquisas, além de contribuir, de forma mútua, no compartilhamento de conhecimentos por meio de atividades teóricas e práticas. A longeva parceria entre Embraer e EESC-USP tem promovido importantes avanços de tecnologias e pesquisas aplicadas que geram valor para o ecossistema de inovação nacional e para a sociedade como um todo.”

Segundo o diretor, a fuselagem do E2 não é a primeira que a EESC teve, mas é a mais moderna. “Começamos com uma aeronave da Polícia Federal, que conseguimos de uma doação. Depois, aviões agrícolas. Mas essa é uma fuselagem extremamente atual.” Com isso, os alunos podem ter uma visão real do mercado de aviões comerciais.

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