Fuvest vai mudar radicalmente em 2025 e fica mais parecida com o Enem; saiba como vai ser


Prova não vai mais ser dividida em disciplinas e, sim, em áreas do conhecimento; exame era o mesmo há mais de 20 anos

Por Renata Cafardo
Atualização:

A Fuvest, que realiza o vestibular para a Universidade de São Paulo (USP), vai mudar a partir do ano que vem. A prova não mais será dividida em disciplinas tradicionais, como Português, Química, História, e, sim, em quatro áreas, como já ocorre no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia é que as questões passem a ser interdisciplinares e não mais focadas na cobrança de conteúdos específicos.

O vestibular da mais conceituada universidade da América Latina não tinha seu programa modificado estruturalmente há mais de 20 anos. Segundo revelou ao Estadão a vice-reitora da USP, Maria Arminda Arruda, a prova agora terá como objetivo avaliar competências e habilidades ligadas a temas como mudanças climáticas, transição demográfica, violência, transição enérgica, desigualdade social, racismo - que podem aparecer em qualquer uma das diversas áreas do conhecimento.

O exame será dividido, assim como ocorre no Enem, nas áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

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Fuvest ainda vai definir se haverá mudança no número de questões Foto: Werther Santana/Estadão

“Muda o espírito da avaliação. Vai ser uma prova muito mais inteligente, que traz para a cena as questões fundamentais do mundo, das sociedades contemporâneas, e torna os estudantes mais conscientes do seu papel social”, disse Maria Arminda, que é também presidente do Conselho Curador da Fuvest.

O formato da prova - se continuará ou não com o mesmo número de questões, por exemplo - ainda vai ser definido pela Fuvest e anunciado em 2025. Até hoje, o exame tinha 90 questões de múltipla escolha divididas entre Biologia, Física, Geografia, História, Inglês, Matemática, Português e Química.

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O novo programa completo será divulgado nesta quarta-feira, 18.

Segundo o pró-reitor de graduação da USP, Aluisio Cotrim, a “modernização” da Fuvest já era um anseio antigo da comunidade. O novo exame, segundo ele, segue a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o currículo paulista e está em linha com as mudanças no novo ensino médio.

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“Muitas das questões eram baseadas em conteúdos clássicos e não tinham abordagem mais integradora”, afirma. Segundo ele, quando eventualmente apareciam algumas perguntas com caráter interdisciplinar, não era por uma determinação do programa.

As mudanças foram aprovadas na semana passada no Conselho de Graduação da USP, depois de serem discutidas em grupos de trabalhos com professores de diversas unidades. Para pensar o novo programa, docentes de Química, por exemplo, trabalharam junto com dos de Física.

Maria Arminda também acredita que a nova prova da Fuvest está em consonância com o mercado de trabalho futuro, em que os profissionais serão cobrados mais por suas habilidades e competências em lidar com diversos assuntos e menos pela retenção de conteúdo numa área específica. “É uma mudança estrutural e ajuda a preparar os alunos para o futuro das profissões, que será muito diferente de hoje.”

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Segunda fase começou domingo, 15

Mais de 30 mil candidatos foram convocados para a segunda fase do vestibular da Fuvest, que começou neste domingo, 15. O tema da redação foi: “Relações sociais por meio da solidariedade”.

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A USP oferece 8.147 vagas distribuídas entre ampla concorrência, egressos de escola pública e pessoas egressas de escolas públicas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas.

Como em anos anteriores, cursos na área de saúde continuam sendo altamente procurados, o que reflete uma tendência de mercado de trabalho voltada para a saúde, bem-estar e saúde mental, segundo a USP.

Medicina permanece como o curso mais concorrido, com uma relação de 96,5 candidatos por vaga, uma diminuição em relação ao ano passado, quando a relação era de 117,6.

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A Fuvest, que realiza o vestibular para a Universidade de São Paulo (USP), vai mudar a partir do ano que vem. A prova não mais será dividida em disciplinas tradicionais, como Português, Química, História, e, sim, em quatro áreas, como já ocorre no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia é que as questões passem a ser interdisciplinares e não mais focadas na cobrança de conteúdos específicos.

O vestibular da mais conceituada universidade da América Latina não tinha seu programa modificado estruturalmente há mais de 20 anos. Segundo revelou ao Estadão a vice-reitora da USP, Maria Arminda Arruda, a prova agora terá como objetivo avaliar competências e habilidades ligadas a temas como mudanças climáticas, transição demográfica, violência, transição enérgica, desigualdade social, racismo - que podem aparecer em qualquer uma das diversas áreas do conhecimento.

O exame será dividido, assim como ocorre no Enem, nas áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

Fuvest ainda vai definir se haverá mudança no número de questões Foto: Werther Santana/Estadão

“Muda o espírito da avaliação. Vai ser uma prova muito mais inteligente, que traz para a cena as questões fundamentais do mundo, das sociedades contemporâneas, e torna os estudantes mais conscientes do seu papel social”, disse Maria Arminda, que é também presidente do Conselho Curador da Fuvest.

O formato da prova - se continuará ou não com o mesmo número de questões, por exemplo - ainda vai ser definido pela Fuvest e anunciado em 2025. Até hoje, o exame tinha 90 questões de múltipla escolha divididas entre Biologia, Física, Geografia, História, Inglês, Matemática, Português e Química.

O novo programa completo será divulgado nesta quarta-feira, 18.

Segundo o pró-reitor de graduação da USP, Aluisio Cotrim, a “modernização” da Fuvest já era um anseio antigo da comunidade. O novo exame, segundo ele, segue a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o currículo paulista e está em linha com as mudanças no novo ensino médio.

“Muitas das questões eram baseadas em conteúdos clássicos e não tinham abordagem mais integradora”, afirma. Segundo ele, quando eventualmente apareciam algumas perguntas com caráter interdisciplinar, não era por uma determinação do programa.

As mudanças foram aprovadas na semana passada no Conselho de Graduação da USP, depois de serem discutidas em grupos de trabalhos com professores de diversas unidades. Para pensar o novo programa, docentes de Química, por exemplo, trabalharam junto com dos de Física.

Maria Arminda também acredita que a nova prova da Fuvest está em consonância com o mercado de trabalho futuro, em que os profissionais serão cobrados mais por suas habilidades e competências em lidar com diversos assuntos e menos pela retenção de conteúdo numa área específica. “É uma mudança estrutural e ajuda a preparar os alunos para o futuro das profissões, que será muito diferente de hoje.”

Segunda fase começou domingo, 15

Mais de 30 mil candidatos foram convocados para a segunda fase do vestibular da Fuvest, que começou neste domingo, 15. O tema da redação foi: “Relações sociais por meio da solidariedade”.

A USP oferece 8.147 vagas distribuídas entre ampla concorrência, egressos de escola pública e pessoas egressas de escolas públicas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas.

Como em anos anteriores, cursos na área de saúde continuam sendo altamente procurados, o que reflete uma tendência de mercado de trabalho voltada para a saúde, bem-estar e saúde mental, segundo a USP.

Medicina permanece como o curso mais concorrido, com uma relação de 96,5 candidatos por vaga, uma diminuição em relação ao ano passado, quando a relação era de 117,6.

A Fuvest, que realiza o vestibular para a Universidade de São Paulo (USP), vai mudar a partir do ano que vem. A prova não mais será dividida em disciplinas tradicionais, como Português, Química, História, e, sim, em quatro áreas, como já ocorre no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia é que as questões passem a ser interdisciplinares e não mais focadas na cobrança de conteúdos específicos.

O vestibular da mais conceituada universidade da América Latina não tinha seu programa modificado estruturalmente há mais de 20 anos. Segundo revelou ao Estadão a vice-reitora da USP, Maria Arminda Arruda, a prova agora terá como objetivo avaliar competências e habilidades ligadas a temas como mudanças climáticas, transição demográfica, violência, transição enérgica, desigualdade social, racismo - que podem aparecer em qualquer uma das diversas áreas do conhecimento.

O exame será dividido, assim como ocorre no Enem, nas áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

Fuvest ainda vai definir se haverá mudança no número de questões Foto: Werther Santana/Estadão

“Muda o espírito da avaliação. Vai ser uma prova muito mais inteligente, que traz para a cena as questões fundamentais do mundo, das sociedades contemporâneas, e torna os estudantes mais conscientes do seu papel social”, disse Maria Arminda, que é também presidente do Conselho Curador da Fuvest.

O formato da prova - se continuará ou não com o mesmo número de questões, por exemplo - ainda vai ser definido pela Fuvest e anunciado em 2025. Até hoje, o exame tinha 90 questões de múltipla escolha divididas entre Biologia, Física, Geografia, História, Inglês, Matemática, Português e Química.

O novo programa completo será divulgado nesta quarta-feira, 18.

Segundo o pró-reitor de graduação da USP, Aluisio Cotrim, a “modernização” da Fuvest já era um anseio antigo da comunidade. O novo exame, segundo ele, segue a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o currículo paulista e está em linha com as mudanças no novo ensino médio.

“Muitas das questões eram baseadas em conteúdos clássicos e não tinham abordagem mais integradora”, afirma. Segundo ele, quando eventualmente apareciam algumas perguntas com caráter interdisciplinar, não era por uma determinação do programa.

As mudanças foram aprovadas na semana passada no Conselho de Graduação da USP, depois de serem discutidas em grupos de trabalhos com professores de diversas unidades. Para pensar o novo programa, docentes de Química, por exemplo, trabalharam junto com dos de Física.

Maria Arminda também acredita que a nova prova da Fuvest está em consonância com o mercado de trabalho futuro, em que os profissionais serão cobrados mais por suas habilidades e competências em lidar com diversos assuntos e menos pela retenção de conteúdo numa área específica. “É uma mudança estrutural e ajuda a preparar os alunos para o futuro das profissões, que será muito diferente de hoje.”

Segunda fase começou domingo, 15

Mais de 30 mil candidatos foram convocados para a segunda fase do vestibular da Fuvest, que começou neste domingo, 15. O tema da redação foi: “Relações sociais por meio da solidariedade”.

A USP oferece 8.147 vagas distribuídas entre ampla concorrência, egressos de escola pública e pessoas egressas de escolas públicas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas.

Como em anos anteriores, cursos na área de saúde continuam sendo altamente procurados, o que reflete uma tendência de mercado de trabalho voltada para a saúde, bem-estar e saúde mental, segundo a USP.

Medicina permanece como o curso mais concorrido, com uma relação de 96,5 candidatos por vaga, uma diminuição em relação ao ano passado, quando a relação era de 117,6.

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