Inteligência artificial e gamificação: Como professores e faculdades se adaptam às tecnologias?


Faculdades adotam inteligência artificial e gamificação do ensino nos cursos de MBA; metodologia exige capacitação de professores e acompanhamento frequente, diz especialista

Por Guilherme Santiago
Atualização:

Diante das recentes transformações - pandemia, popularização de ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, e a facilidade no acesso a informações -, professores e instituições de ensino têm se adaptado a novos formatos.

Universidades apostam na gamificação do ensino, em que mecanismos e dinâmicas de jogos (como sistemas de pontuação, conquistas e recompensas) são utilizados durante os processos de aprendizado.

A metodologia está presente nas salas de aula dos cursos de MBA da FIA Business School. Segundo Carlos Furlanetti, professor da FIA, a ideia é propor aos estudantes uma experiência semelhante à do mundo real, em que eles devem gerir uma empresa fictícia, tomar decisões, propor melhorias, observar os resultados dos caminhos escolhidos e avaliar a performance do grupo.

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“Por meio dessa metodologia de gamificação o estudante consegue aprimorar duas competências bastante importantes”, conta Furlanetti. “Ele passa a ter uma visão sistêmica sobre o funcionamento de uma empresa, o que é bastante útil no dia a dia do mercado, e desenvolve experiências de tomada de decisões”, explica.

Universidades apostam na gamificação do ensino, em que mecanismos e dinâmicas de jogos (como sistemas de pontuação, conquistas e recompensas) são utilizados durante os processos de aprendizado. Foto: Olivier Morin/AFP

É uma estratégia que, segundo ele, traz bons resultados e prepara melhores profissionais. “É uma forma de formar executivos que poderão assumir posições de liderança. Não é possível formar um líder sem uma visão sistêmica das empresas, nem sem habilidades para tomada de decisões”, diz.

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“Cada vez mais veremos os games como parte dos processos de ensino, em todos os níveis da educação, do fundamental a pós-graduação”, diz. “E a tendência é aumentar. No futuro, acredito que teremos programas inteiros de MBA conduzidos por jogos.”

O contador Evandro Takaki, de 45 anos, é ex-aluno do MBA de Finanças da FIA Business School e utilizou dessa metodologia de gamificação oferecida pela instituição. Ele buscou o curso para entender mais sobre a área de finanças e poder expandir seu leque de conhecimentos e oportunidades. E viu muito benefícios no aprendizado por meio das simulações dos games.

“Quando você está na sala de aula, você espera aprender a teoria”, conta. “Mas, no meu caso, ficou muito mais fácil consolidar esses conhecimento teóricos por meio das simulações da gamificação”, revela ele.

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Inteligência artificial

Ferramentas de inteligência artificial tomaram conta das redes sociais nos últimos meses e também apareceram nos debates entre professores, coordenadores e diretores de instituições de ensino superior, como o Insper, que estuda como inserir ferramentas de IA no cotidiano de alunos e professores.

“Temos debatido nos últimos meses sobre uso do ChatGPT em sala de aula, mas longe de proibir. Estamos discutindo como usar essas tecnologias de AI a favor do aluno e do professor”, afirma David Kallas, professor responsável pelo MBA no Insper. Ele sugere que ferramentas de AI podem ser úteis para melhorar avaliação dos alunos, auxiliar professores no planejamento das aulas e criar dinâmicas em sala de aula.

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A ESPM também está atenta as mudanças trazidas pela inteligência artificial e adota algumas das soluções na instituição. Iná Futino, da ESPM, explica que a IA é faz parte da rotina dos professores da faculdade há muitos anos.

Ela explica que as ferramentas permitem aos professores captar e consolidar informações de forma mais ágil, além de facilitar a construção de mecanismos de ensino em que o aluno participa de forma mais ativa da construção do conhecimento.

“Exemplo disso é formação das grades curriculares”, cita. “É possível comparar o programa de aulas que está sendo montados com outros programas de diversas universidade no mundo. Isso sempre foi feito, mas hoje fazemos em uma velocidade muito mais rápida. E isso traz celeridade na atualização dos programas”, explica.

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Porém, tanto no Insper como na ESPM, as inovações são submetidas a um comitê, que debate os prós e contras e fazem testes de implementação. “Não podemos colocar em risco o aprendizado dos alunos”, afirma Kallas, do Insper.

Tecnologia sozinha não é suficiente

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No entanto, para Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia, não basta apenas utilizar novas tecnologias em sala de aula. É preciso que a adoção de novas tecnologia seja feita de forma institucionalizada.

Isso significa que as ferramentas devem estar prescritas nos planos de aulas, que as instituições precisam capacitar seus professores para utilizar as inovações e que sejam feitas avaliações constantes para entender se as tecnologias estão aderentes à realidade da universidade. “Tecnologia é sempre um meio. E todo meio tecnológico precisa ser implementado com intenção”, afirma Camargo.

Como adotar novas tecnologias?

  • Intencionalidade. Ao adotar uma nova tecnologia, instituições de ensino devem ter claro seu propósito e finalidade. Não basta aderir para se autodeclarar uma instituição inovadora ou antenada. É preciso intencionalidade.
  • Plano de aula. Novas tecnologias precisam estar sinalizadas nos planos de aula dos cursos. Durante a pandemia, professores adotaram ferramentas para despertar o interesse do aluno, mas é preciso ir além. Universidades, como um todo, deve adotar a tecnologia e não apenas professores de forma individual.
  • Capacitação. Professores precisam aprender a lidar com novas tecnologias. Por isso, faculdades devem investir na capacitação docente para que os profissionais possam lançar mão das ferramentas e estimular o aluno a utilizá-las.
  • Acompanhamento. Após a implementação de uma nova tecnologia, universidades devem acompanhar se o projeto funciona e se é necessário alguma melhoria. Esse período é fundamental para entender se é preciso suspender o uso ou mudar a estratégia de implementação.

Para o especialista, esses são pontos importantes, que podem aumentar a taxa de sucesso das universidades na implementação de novas tecnologias.

Serviço

FIA Business School

A instituição oferece MBA nas modalidades presencial e à distância. Os cursos são nas áreas de administração, recursos humanos, análise de dados, marketing e empreendedorismo. A duração varia entre 18 e 24 meses. O processo seletivo é formado por inscrição gratuita online, análise curricular, avaliação de questionário de aplicação e entrevista com a coordenação do curso (preferencialmente presencial).

Mais informações: fia.com.br/educacao/mba/

Insper

Os cursos de MBA do Insper são voltados para os profissionais que já possuem experiência em gestão e buscam desenvolver competências de liderança. O processo seletivo começa com preenchimento de formulário de inscrição, em que será avaliado experiências profissionais e formação acadêmica. Em seguida, testes online de habilidades (25 questões de múltipla escolha de Matemática e 10 de Inglês), envio de documentação e, por fim, entrevista de admissão.

Mais informações: insper.edu.br/pos-graduacao/mba/

ESPM

A ESPM oferece cursos de MBA na modalidade presencial, híbrido e à distância. O objetivo é trabalhar a gestão de negócios, com foco no profissional sênior. Os cursos são nas áreas de marketing, análise de dados, gestão e branding.

Mais informações: espm.br/categoria-produto/pos-graduacao/mba/

Diante das recentes transformações - pandemia, popularização de ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, e a facilidade no acesso a informações -, professores e instituições de ensino têm se adaptado a novos formatos.

Universidades apostam na gamificação do ensino, em que mecanismos e dinâmicas de jogos (como sistemas de pontuação, conquistas e recompensas) são utilizados durante os processos de aprendizado.

A metodologia está presente nas salas de aula dos cursos de MBA da FIA Business School. Segundo Carlos Furlanetti, professor da FIA, a ideia é propor aos estudantes uma experiência semelhante à do mundo real, em que eles devem gerir uma empresa fictícia, tomar decisões, propor melhorias, observar os resultados dos caminhos escolhidos e avaliar a performance do grupo.

“Por meio dessa metodologia de gamificação o estudante consegue aprimorar duas competências bastante importantes”, conta Furlanetti. “Ele passa a ter uma visão sistêmica sobre o funcionamento de uma empresa, o que é bastante útil no dia a dia do mercado, e desenvolve experiências de tomada de decisões”, explica.

Universidades apostam na gamificação do ensino, em que mecanismos e dinâmicas de jogos (como sistemas de pontuação, conquistas e recompensas) são utilizados durante os processos de aprendizado. Foto: Olivier Morin/AFP

É uma estratégia que, segundo ele, traz bons resultados e prepara melhores profissionais. “É uma forma de formar executivos que poderão assumir posições de liderança. Não é possível formar um líder sem uma visão sistêmica das empresas, nem sem habilidades para tomada de decisões”, diz.

“Cada vez mais veremos os games como parte dos processos de ensino, em todos os níveis da educação, do fundamental a pós-graduação”, diz. “E a tendência é aumentar. No futuro, acredito que teremos programas inteiros de MBA conduzidos por jogos.”

O contador Evandro Takaki, de 45 anos, é ex-aluno do MBA de Finanças da FIA Business School e utilizou dessa metodologia de gamificação oferecida pela instituição. Ele buscou o curso para entender mais sobre a área de finanças e poder expandir seu leque de conhecimentos e oportunidades. E viu muito benefícios no aprendizado por meio das simulações dos games.

“Quando você está na sala de aula, você espera aprender a teoria”, conta. “Mas, no meu caso, ficou muito mais fácil consolidar esses conhecimento teóricos por meio das simulações da gamificação”, revela ele.

Inteligência artificial

Ferramentas de inteligência artificial tomaram conta das redes sociais nos últimos meses e também apareceram nos debates entre professores, coordenadores e diretores de instituições de ensino superior, como o Insper, que estuda como inserir ferramentas de IA no cotidiano de alunos e professores.

“Temos debatido nos últimos meses sobre uso do ChatGPT em sala de aula, mas longe de proibir. Estamos discutindo como usar essas tecnologias de AI a favor do aluno e do professor”, afirma David Kallas, professor responsável pelo MBA no Insper. Ele sugere que ferramentas de AI podem ser úteis para melhorar avaliação dos alunos, auxiliar professores no planejamento das aulas e criar dinâmicas em sala de aula.

A ESPM também está atenta as mudanças trazidas pela inteligência artificial e adota algumas das soluções na instituição. Iná Futino, da ESPM, explica que a IA é faz parte da rotina dos professores da faculdade há muitos anos.

Ela explica que as ferramentas permitem aos professores captar e consolidar informações de forma mais ágil, além de facilitar a construção de mecanismos de ensino em que o aluno participa de forma mais ativa da construção do conhecimento.

“Exemplo disso é formação das grades curriculares”, cita. “É possível comparar o programa de aulas que está sendo montados com outros programas de diversas universidade no mundo. Isso sempre foi feito, mas hoje fazemos em uma velocidade muito mais rápida. E isso traz celeridade na atualização dos programas”, explica.

Porém, tanto no Insper como na ESPM, as inovações são submetidas a um comitê, que debate os prós e contras e fazem testes de implementação. “Não podemos colocar em risco o aprendizado dos alunos”, afirma Kallas, do Insper.

Tecnologia sozinha não é suficiente

No entanto, para Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia, não basta apenas utilizar novas tecnologias em sala de aula. É preciso que a adoção de novas tecnologia seja feita de forma institucionalizada.

Isso significa que as ferramentas devem estar prescritas nos planos de aulas, que as instituições precisam capacitar seus professores para utilizar as inovações e que sejam feitas avaliações constantes para entender se as tecnologias estão aderentes à realidade da universidade. “Tecnologia é sempre um meio. E todo meio tecnológico precisa ser implementado com intenção”, afirma Camargo.

Como adotar novas tecnologias?

  • Intencionalidade. Ao adotar uma nova tecnologia, instituições de ensino devem ter claro seu propósito e finalidade. Não basta aderir para se autodeclarar uma instituição inovadora ou antenada. É preciso intencionalidade.
  • Plano de aula. Novas tecnologias precisam estar sinalizadas nos planos de aula dos cursos. Durante a pandemia, professores adotaram ferramentas para despertar o interesse do aluno, mas é preciso ir além. Universidades, como um todo, deve adotar a tecnologia e não apenas professores de forma individual.
  • Capacitação. Professores precisam aprender a lidar com novas tecnologias. Por isso, faculdades devem investir na capacitação docente para que os profissionais possam lançar mão das ferramentas e estimular o aluno a utilizá-las.
  • Acompanhamento. Após a implementação de uma nova tecnologia, universidades devem acompanhar se o projeto funciona e se é necessário alguma melhoria. Esse período é fundamental para entender se é preciso suspender o uso ou mudar a estratégia de implementação.

Para o especialista, esses são pontos importantes, que podem aumentar a taxa de sucesso das universidades na implementação de novas tecnologias.

Serviço

FIA Business School

A instituição oferece MBA nas modalidades presencial e à distância. Os cursos são nas áreas de administração, recursos humanos, análise de dados, marketing e empreendedorismo. A duração varia entre 18 e 24 meses. O processo seletivo é formado por inscrição gratuita online, análise curricular, avaliação de questionário de aplicação e entrevista com a coordenação do curso (preferencialmente presencial).

Mais informações: fia.com.br/educacao/mba/

Insper

Os cursos de MBA do Insper são voltados para os profissionais que já possuem experiência em gestão e buscam desenvolver competências de liderança. O processo seletivo começa com preenchimento de formulário de inscrição, em que será avaliado experiências profissionais e formação acadêmica. Em seguida, testes online de habilidades (25 questões de múltipla escolha de Matemática e 10 de Inglês), envio de documentação e, por fim, entrevista de admissão.

Mais informações: insper.edu.br/pos-graduacao/mba/

ESPM

A ESPM oferece cursos de MBA na modalidade presencial, híbrido e à distância. O objetivo é trabalhar a gestão de negócios, com foco no profissional sênior. Os cursos são nas áreas de marketing, análise de dados, gestão e branding.

Mais informações: espm.br/categoria-produto/pos-graduacao/mba/

Diante das recentes transformações - pandemia, popularização de ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, e a facilidade no acesso a informações -, professores e instituições de ensino têm se adaptado a novos formatos.

Universidades apostam na gamificação do ensino, em que mecanismos e dinâmicas de jogos (como sistemas de pontuação, conquistas e recompensas) são utilizados durante os processos de aprendizado.

A metodologia está presente nas salas de aula dos cursos de MBA da FIA Business School. Segundo Carlos Furlanetti, professor da FIA, a ideia é propor aos estudantes uma experiência semelhante à do mundo real, em que eles devem gerir uma empresa fictícia, tomar decisões, propor melhorias, observar os resultados dos caminhos escolhidos e avaliar a performance do grupo.

“Por meio dessa metodologia de gamificação o estudante consegue aprimorar duas competências bastante importantes”, conta Furlanetti. “Ele passa a ter uma visão sistêmica sobre o funcionamento de uma empresa, o que é bastante útil no dia a dia do mercado, e desenvolve experiências de tomada de decisões”, explica.

Universidades apostam na gamificação do ensino, em que mecanismos e dinâmicas de jogos (como sistemas de pontuação, conquistas e recompensas) são utilizados durante os processos de aprendizado. Foto: Olivier Morin/AFP

É uma estratégia que, segundo ele, traz bons resultados e prepara melhores profissionais. “É uma forma de formar executivos que poderão assumir posições de liderança. Não é possível formar um líder sem uma visão sistêmica das empresas, nem sem habilidades para tomada de decisões”, diz.

“Cada vez mais veremos os games como parte dos processos de ensino, em todos os níveis da educação, do fundamental a pós-graduação”, diz. “E a tendência é aumentar. No futuro, acredito que teremos programas inteiros de MBA conduzidos por jogos.”

O contador Evandro Takaki, de 45 anos, é ex-aluno do MBA de Finanças da FIA Business School e utilizou dessa metodologia de gamificação oferecida pela instituição. Ele buscou o curso para entender mais sobre a área de finanças e poder expandir seu leque de conhecimentos e oportunidades. E viu muito benefícios no aprendizado por meio das simulações dos games.

“Quando você está na sala de aula, você espera aprender a teoria”, conta. “Mas, no meu caso, ficou muito mais fácil consolidar esses conhecimento teóricos por meio das simulações da gamificação”, revela ele.

Inteligência artificial

Ferramentas de inteligência artificial tomaram conta das redes sociais nos últimos meses e também apareceram nos debates entre professores, coordenadores e diretores de instituições de ensino superior, como o Insper, que estuda como inserir ferramentas de IA no cotidiano de alunos e professores.

“Temos debatido nos últimos meses sobre uso do ChatGPT em sala de aula, mas longe de proibir. Estamos discutindo como usar essas tecnologias de AI a favor do aluno e do professor”, afirma David Kallas, professor responsável pelo MBA no Insper. Ele sugere que ferramentas de AI podem ser úteis para melhorar avaliação dos alunos, auxiliar professores no planejamento das aulas e criar dinâmicas em sala de aula.

A ESPM também está atenta as mudanças trazidas pela inteligência artificial e adota algumas das soluções na instituição. Iná Futino, da ESPM, explica que a IA é faz parte da rotina dos professores da faculdade há muitos anos.

Ela explica que as ferramentas permitem aos professores captar e consolidar informações de forma mais ágil, além de facilitar a construção de mecanismos de ensino em que o aluno participa de forma mais ativa da construção do conhecimento.

“Exemplo disso é formação das grades curriculares”, cita. “É possível comparar o programa de aulas que está sendo montados com outros programas de diversas universidade no mundo. Isso sempre foi feito, mas hoje fazemos em uma velocidade muito mais rápida. E isso traz celeridade na atualização dos programas”, explica.

Porém, tanto no Insper como na ESPM, as inovações são submetidas a um comitê, que debate os prós e contras e fazem testes de implementação. “Não podemos colocar em risco o aprendizado dos alunos”, afirma Kallas, do Insper.

Tecnologia sozinha não é suficiente

No entanto, para Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia, não basta apenas utilizar novas tecnologias em sala de aula. É preciso que a adoção de novas tecnologia seja feita de forma institucionalizada.

Isso significa que as ferramentas devem estar prescritas nos planos de aulas, que as instituições precisam capacitar seus professores para utilizar as inovações e que sejam feitas avaliações constantes para entender se as tecnologias estão aderentes à realidade da universidade. “Tecnologia é sempre um meio. E todo meio tecnológico precisa ser implementado com intenção”, afirma Camargo.

Como adotar novas tecnologias?

  • Intencionalidade. Ao adotar uma nova tecnologia, instituições de ensino devem ter claro seu propósito e finalidade. Não basta aderir para se autodeclarar uma instituição inovadora ou antenada. É preciso intencionalidade.
  • Plano de aula. Novas tecnologias precisam estar sinalizadas nos planos de aula dos cursos. Durante a pandemia, professores adotaram ferramentas para despertar o interesse do aluno, mas é preciso ir além. Universidades, como um todo, deve adotar a tecnologia e não apenas professores de forma individual.
  • Capacitação. Professores precisam aprender a lidar com novas tecnologias. Por isso, faculdades devem investir na capacitação docente para que os profissionais possam lançar mão das ferramentas e estimular o aluno a utilizá-las.
  • Acompanhamento. Após a implementação de uma nova tecnologia, universidades devem acompanhar se o projeto funciona e se é necessário alguma melhoria. Esse período é fundamental para entender se é preciso suspender o uso ou mudar a estratégia de implementação.

Para o especialista, esses são pontos importantes, que podem aumentar a taxa de sucesso das universidades na implementação de novas tecnologias.

Serviço

FIA Business School

A instituição oferece MBA nas modalidades presencial e à distância. Os cursos são nas áreas de administração, recursos humanos, análise de dados, marketing e empreendedorismo. A duração varia entre 18 e 24 meses. O processo seletivo é formado por inscrição gratuita online, análise curricular, avaliação de questionário de aplicação e entrevista com a coordenação do curso (preferencialmente presencial).

Mais informações: fia.com.br/educacao/mba/

Insper

Os cursos de MBA do Insper são voltados para os profissionais que já possuem experiência em gestão e buscam desenvolver competências de liderança. O processo seletivo começa com preenchimento de formulário de inscrição, em que será avaliado experiências profissionais e formação acadêmica. Em seguida, testes online de habilidades (25 questões de múltipla escolha de Matemática e 10 de Inglês), envio de documentação e, por fim, entrevista de admissão.

Mais informações: insper.edu.br/pos-graduacao/mba/

ESPM

A ESPM oferece cursos de MBA na modalidade presencial, híbrido e à distância. O objetivo é trabalhar a gestão de negócios, com foco no profissional sênior. Os cursos são nas áreas de marketing, análise de dados, gestão e branding.

Mais informações: espm.br/categoria-produto/pos-graduacao/mba/

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