Mais do que conteúdo, escolas ensinam cidadania


Colégios trabalham projeto de vida com alunos, competência exigida pela Base Nacional Comum Curricular

Por Thaís Ferraz

SÃO PAULO - A escola é fundamental para a transmissão de conteúdo e conhecimento, mas também na formação de indivíduos. Desde 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca projeto de vida como uma das dez competências norteadoras da educação básica no País. Em São Paulo, diversos colégios implementaram programas nesse sentido.

Carreira.Colégio Mackenzie debate o tema com os estudantes Foto: Colégio Mackenzie

O Colégio Presbiteriano Mackenzie já realizava ações que buscavam orientar estudantes em relação ao futuro e à carreira profissional. Em 2018, no entanto, a escola sentiu necessidade de ir além.

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“Percebemos que nossos jovens têm cada vez mais dúvidas”, explica a professora Marcia Regis, diretora pedagógica da instituição. “São muitas opções e às vezes a escola fica tão focada no ensino de disciplinas e conteúdos elementares que não abre espaço para o autoconhecimento.”

O 3.º ano do ensino médio foi escolhido para dar início ao projeto de vida. Hoje, todos os alunos dessa etapa podem experimentar o programa. As atividades não são obrigatórias, mas cerca 670 estudantes (ou 85% do total) participam. Entre as ações estão Carreira em Debate, que traz profissionais de várias áreas para conversas com os alunos, e o Confemack, que simula conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), além de orientações para processos seletivos.

“Com um coaching, os alunos aprendem ferramentas para o autoconhecimento”, diz Marcia. “Eles passaram a se atentar para as atividades a que se dedicam, recebem ajuda para a escolha profissional e traçam um mapa de suas vidas. Com essas atividades, constroem as próprias trilhas.”

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O Colégio São Luís oferece atividades de projeto de vida para séries dos ensinos fundamental e médio. Os temas são trabalhados em duas frentes: vida saudável, que aborda questões como autoconhecimento, espiritualidade e prevenção ao uso de drogas, e vida em sociedade, que trabalha ética, pluralidade cultural e política, entre outros assuntos.

As atividades são divididas de acordo com as séries escolares.

“Nos primeiros anos, trabalhamos o desenvolvimento de valores, cuidado, respeito e convivência”, explica Laurindo Cisotto, professor e orientador educacional do colégio. “Com o tempo, isso vai fluindo para as escolhas da vida estudantil e do futuro.” 

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Experiência

O orientador destaca o programa Estágio por um Dia. Nele, alunos do 3.º ano são levados a empresas, onde entram em contato com as profissões na prática.

“É uma oportunidade única porque ainda é muito difícil aproximar o mundo do trabalho da educação”, diz o orientador. “E isso ajuda os estudantes a conhecerem o mercado, a profissão que pensam e em escolher eles mesmos.” 

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Para Cisotto, o projeto de vida é, na verdade, uma formação integral.

“A escola precisa estar conectada a necessidades atuais e mudanças”, afirma. “A nomenclatura surge no tempo, mas o que a escola oferece é isso: um currículo que ajuda a formar cidadãos para o mundo”, afirma.

O grupo Marista mantém em suas unidades o Circuito Projeto de Vida (CPV), com atividades voltadas à criação de espaços de comunicação e convivência entre os alunos. Entre as atividades oferecidas estão palestras, orientação vocacional e visitas institucionais a feiras universitárias. 

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Para o diretor-geral do colégio, Carlos Dorlass, o programa desenvolve competências fundamentais.

“O aluno precisa aprender a ser protagonista de sua vida, como será exigido dele na vida adulta.”

SÃO PAULO - A escola é fundamental para a transmissão de conteúdo e conhecimento, mas também na formação de indivíduos. Desde 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca projeto de vida como uma das dez competências norteadoras da educação básica no País. Em São Paulo, diversos colégios implementaram programas nesse sentido.

Carreira.Colégio Mackenzie debate o tema com os estudantes Foto: Colégio Mackenzie

O Colégio Presbiteriano Mackenzie já realizava ações que buscavam orientar estudantes em relação ao futuro e à carreira profissional. Em 2018, no entanto, a escola sentiu necessidade de ir além.

“Percebemos que nossos jovens têm cada vez mais dúvidas”, explica a professora Marcia Regis, diretora pedagógica da instituição. “São muitas opções e às vezes a escola fica tão focada no ensino de disciplinas e conteúdos elementares que não abre espaço para o autoconhecimento.”

O 3.º ano do ensino médio foi escolhido para dar início ao projeto de vida. Hoje, todos os alunos dessa etapa podem experimentar o programa. As atividades não são obrigatórias, mas cerca 670 estudantes (ou 85% do total) participam. Entre as ações estão Carreira em Debate, que traz profissionais de várias áreas para conversas com os alunos, e o Confemack, que simula conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), além de orientações para processos seletivos.

“Com um coaching, os alunos aprendem ferramentas para o autoconhecimento”, diz Marcia. “Eles passaram a se atentar para as atividades a que se dedicam, recebem ajuda para a escolha profissional e traçam um mapa de suas vidas. Com essas atividades, constroem as próprias trilhas.”

O Colégio São Luís oferece atividades de projeto de vida para séries dos ensinos fundamental e médio. Os temas são trabalhados em duas frentes: vida saudável, que aborda questões como autoconhecimento, espiritualidade e prevenção ao uso de drogas, e vida em sociedade, que trabalha ética, pluralidade cultural e política, entre outros assuntos.

As atividades são divididas de acordo com as séries escolares.

“Nos primeiros anos, trabalhamos o desenvolvimento de valores, cuidado, respeito e convivência”, explica Laurindo Cisotto, professor e orientador educacional do colégio. “Com o tempo, isso vai fluindo para as escolhas da vida estudantil e do futuro.” 

Experiência

O orientador destaca o programa Estágio por um Dia. Nele, alunos do 3.º ano são levados a empresas, onde entram em contato com as profissões na prática.

“É uma oportunidade única porque ainda é muito difícil aproximar o mundo do trabalho da educação”, diz o orientador. “E isso ajuda os estudantes a conhecerem o mercado, a profissão que pensam e em escolher eles mesmos.” 

Para Cisotto, o projeto de vida é, na verdade, uma formação integral.

“A escola precisa estar conectada a necessidades atuais e mudanças”, afirma. “A nomenclatura surge no tempo, mas o que a escola oferece é isso: um currículo que ajuda a formar cidadãos para o mundo”, afirma.

O grupo Marista mantém em suas unidades o Circuito Projeto de Vida (CPV), com atividades voltadas à criação de espaços de comunicação e convivência entre os alunos. Entre as atividades oferecidas estão palestras, orientação vocacional e visitas institucionais a feiras universitárias. 

Para o diretor-geral do colégio, Carlos Dorlass, o programa desenvolve competências fundamentais.

“O aluno precisa aprender a ser protagonista de sua vida, como será exigido dele na vida adulta.”

SÃO PAULO - A escola é fundamental para a transmissão de conteúdo e conhecimento, mas também na formação de indivíduos. Desde 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca projeto de vida como uma das dez competências norteadoras da educação básica no País. Em São Paulo, diversos colégios implementaram programas nesse sentido.

Carreira.Colégio Mackenzie debate o tema com os estudantes Foto: Colégio Mackenzie

O Colégio Presbiteriano Mackenzie já realizava ações que buscavam orientar estudantes em relação ao futuro e à carreira profissional. Em 2018, no entanto, a escola sentiu necessidade de ir além.

“Percebemos que nossos jovens têm cada vez mais dúvidas”, explica a professora Marcia Regis, diretora pedagógica da instituição. “São muitas opções e às vezes a escola fica tão focada no ensino de disciplinas e conteúdos elementares que não abre espaço para o autoconhecimento.”

O 3.º ano do ensino médio foi escolhido para dar início ao projeto de vida. Hoje, todos os alunos dessa etapa podem experimentar o programa. As atividades não são obrigatórias, mas cerca 670 estudantes (ou 85% do total) participam. Entre as ações estão Carreira em Debate, que traz profissionais de várias áreas para conversas com os alunos, e o Confemack, que simula conferências da Organização das Nações Unidas (ONU), além de orientações para processos seletivos.

“Com um coaching, os alunos aprendem ferramentas para o autoconhecimento”, diz Marcia. “Eles passaram a se atentar para as atividades a que se dedicam, recebem ajuda para a escolha profissional e traçam um mapa de suas vidas. Com essas atividades, constroem as próprias trilhas.”

O Colégio São Luís oferece atividades de projeto de vida para séries dos ensinos fundamental e médio. Os temas são trabalhados em duas frentes: vida saudável, que aborda questões como autoconhecimento, espiritualidade e prevenção ao uso de drogas, e vida em sociedade, que trabalha ética, pluralidade cultural e política, entre outros assuntos.

As atividades são divididas de acordo com as séries escolares.

“Nos primeiros anos, trabalhamos o desenvolvimento de valores, cuidado, respeito e convivência”, explica Laurindo Cisotto, professor e orientador educacional do colégio. “Com o tempo, isso vai fluindo para as escolhas da vida estudantil e do futuro.” 

Experiência

O orientador destaca o programa Estágio por um Dia. Nele, alunos do 3.º ano são levados a empresas, onde entram em contato com as profissões na prática.

“É uma oportunidade única porque ainda é muito difícil aproximar o mundo do trabalho da educação”, diz o orientador. “E isso ajuda os estudantes a conhecerem o mercado, a profissão que pensam e em escolher eles mesmos.” 

Para Cisotto, o projeto de vida é, na verdade, uma formação integral.

“A escola precisa estar conectada a necessidades atuais e mudanças”, afirma. “A nomenclatura surge no tempo, mas o que a escola oferece é isso: um currículo que ajuda a formar cidadãos para o mundo”, afirma.

O grupo Marista mantém em suas unidades o Circuito Projeto de Vida (CPV), com atividades voltadas à criação de espaços de comunicação e convivência entre os alunos. Entre as atividades oferecidas estão palestras, orientação vocacional e visitas institucionais a feiras universitárias. 

Para o diretor-geral do colégio, Carlos Dorlass, o programa desenvolve competências fundamentais.

“O aluno precisa aprender a ser protagonista de sua vida, como será exigido dele na vida adulta.”

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