Nas escolas privadas, fase de adoção e projetos para reforma do ensino médio variam


Alguns colégios já têm os itinerários formativos, enquanto outros contam com horário integral totalmente estabelecido

Por Ocimara Balmant e Alex Gomes

Em São Paulo, a implementação do Novo Ensino Médio nas escolas privadas varia bastante de fase e de concepção do projeto. Há instituições que já têm uma ampla oferta de disciplinas eletivas, outras contam com o horário integral plenamente estabelecido, e algumas já oferecem os itinerários formativos.

O Colégio Albert Sabin teve sua carga horária remodelada em 2018, estabelecendo um total de 3.750 horas para o ensino médio. A mudança trouxe também as disciplinas eletivas, que costumam ser escolhidas de acordo com as demandas dos vestibulares. Isso se traduz em grande procura por disciplinas cujos títulos apresentam os termos “segunda fase”, “Enem” e “estudos contemporâneos”. A experiência obtida nos quatro últimos anos determinará os fundamentos que a escola pretende implementar em 2022.

“Para o próximo ano, finalizaremos a implementação com a inserção das eletivas na carga horária obrigatória, por meio da escolha do itinerário formativo no momento da matrícula”, diz Giselle Magnossão, diretora pedagógica do colégio. “A possibilidade de decidir parte das disciplinas permite a cada aluno construir uma trajetória de acordo com seu perfil e suas aptidões.”

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Giselle Magnossão Foto: Colégio Albert Sabin

Prestes a concluir o ensino médio, Tiago Santos Simonette pretende cursar Arquitetura na Universidade de São Paulo (USP). Por isso, montou uma seleção de eletivas tendo em vista tanto o preparo para a segunda fase da Fuvest, como uma degustação de temas ligados ao curso que escolheu. “Escolhi disciplinas eletivas de Literatura, Geografia e Física. Ao mesmo tempo, vou naturalmente atrás de mais conteúdos ao perceber alguma lacuna de conhecimentos. Sinto que o novo currículo me impulsionou a ser mais autônomo”, conta.

A escolha de itinerários formativos, uma das principais novidades do novo ensino médio, já faz parte do cotidiano dos alunos do Colégio Pentágono, que conta com unidades em Alphaville, Morumbi e Perdizes. Fruto de dois anos de preparação, que envolveu não só o trabalho com os professores, mas a comunicação com as famílias e os alunos, a proposta consiste em quatro opções: Vida e Natureza, para quem pretende seguir áreas biológicas; Ciências e Matemática, aos estudantes com interesse por Engenharia, Computação, Física e afins; Artes, Linguagens e Ciências Humanas, voltada a interessados por cursos como Jornalismo, Direito, Arquitetura e Design; por fim, Negócios e Empreendedorismo, pensada para alunos interessados em Administração, Marketing e Economia. 

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Os estudantes podem decidir um itinerário por semestre, podendo manter a escolha ou alterar no fim do período. “Durante o itinerário, apresentamos carreiras afins. O aluno que segue a opção de linguagens, por exemplo, tem contato com Direito e Arquitetura”, comenta Bruno Alvarez, coordenador do ensino médio no Pentágono. “Ao mesmo tempo, caso se arrependa e perceba que a opção não tem a ver com o que gosta, pode experimentar outros caminhos.”

Para enriquecer a experiência, o Pentágono fez parcerias com instituições de ensino superior para disciplinas. A eletiva Modelos de Negócios Sustentáveis, por exemplo, é oferecida pelo Ibmec. Já o Instituto Mauá é parceiro do colégio na eletiva Pixel Art para Games.

“Os pais percebem que faz cada vez menos sentido uma escola igual para todos. Assim, entendem que, se o estudante manifesta interesse por Medicina, não deve ter o mesmo ensino médio de alguém que gosta de Engenharia. As famílias ficam admiradas com as possibilidades, pois ainda viam o médio como aquele que cursaram, com uma estrutura muito fixa”, completa Alvarez.

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Aluna de primeiro médio, Bruna Nóbrega Klinke escolheu o itinerário formativo de Artes, Linguagens e Ciências Humanas. “Escolhi matérias de Espanhol e Sustentabilidade. São temas que me atraem mais, têm a ver com as carreiras que me interesso e, consequentemente, eu me empolgo em estudar.” Além da autonomia de montar a própria configuração de disciplinas, as eletivas reúnem alunos de diversas turmas, o que, diz Bruna, proporciona debates e atividades mais instigantes. 

Outro aspecto que agradou a estudante é o sistema de avaliação: em vez de provas específicas, se baseia na mescla entre projetos e avaliações. “Fico feliz em participar deste novo modelo de ensino médio. Meus pais e outras pessoas da família diziam que, quando viveram esse momento, não tinham a menor ideia de que carreira iriam seguir. Já tenho uma noção de para onde vou e, no fim do 3.º ano, estarei bem segura sobre a área que vou seguir.”

Em São Paulo, a implementação do Novo Ensino Médio nas escolas privadas varia bastante de fase e de concepção do projeto. Há instituições que já têm uma ampla oferta de disciplinas eletivas, outras contam com o horário integral plenamente estabelecido, e algumas já oferecem os itinerários formativos.

O Colégio Albert Sabin teve sua carga horária remodelada em 2018, estabelecendo um total de 3.750 horas para o ensino médio. A mudança trouxe também as disciplinas eletivas, que costumam ser escolhidas de acordo com as demandas dos vestibulares. Isso se traduz em grande procura por disciplinas cujos títulos apresentam os termos “segunda fase”, “Enem” e “estudos contemporâneos”. A experiência obtida nos quatro últimos anos determinará os fundamentos que a escola pretende implementar em 2022.

“Para o próximo ano, finalizaremos a implementação com a inserção das eletivas na carga horária obrigatória, por meio da escolha do itinerário formativo no momento da matrícula”, diz Giselle Magnossão, diretora pedagógica do colégio. “A possibilidade de decidir parte das disciplinas permite a cada aluno construir uma trajetória de acordo com seu perfil e suas aptidões.”

Giselle Magnossão Foto: Colégio Albert Sabin

Prestes a concluir o ensino médio, Tiago Santos Simonette pretende cursar Arquitetura na Universidade de São Paulo (USP). Por isso, montou uma seleção de eletivas tendo em vista tanto o preparo para a segunda fase da Fuvest, como uma degustação de temas ligados ao curso que escolheu. “Escolhi disciplinas eletivas de Literatura, Geografia e Física. Ao mesmo tempo, vou naturalmente atrás de mais conteúdos ao perceber alguma lacuna de conhecimentos. Sinto que o novo currículo me impulsionou a ser mais autônomo”, conta.

A escolha de itinerários formativos, uma das principais novidades do novo ensino médio, já faz parte do cotidiano dos alunos do Colégio Pentágono, que conta com unidades em Alphaville, Morumbi e Perdizes. Fruto de dois anos de preparação, que envolveu não só o trabalho com os professores, mas a comunicação com as famílias e os alunos, a proposta consiste em quatro opções: Vida e Natureza, para quem pretende seguir áreas biológicas; Ciências e Matemática, aos estudantes com interesse por Engenharia, Computação, Física e afins; Artes, Linguagens e Ciências Humanas, voltada a interessados por cursos como Jornalismo, Direito, Arquitetura e Design; por fim, Negócios e Empreendedorismo, pensada para alunos interessados em Administração, Marketing e Economia. 

Os estudantes podem decidir um itinerário por semestre, podendo manter a escolha ou alterar no fim do período. “Durante o itinerário, apresentamos carreiras afins. O aluno que segue a opção de linguagens, por exemplo, tem contato com Direito e Arquitetura”, comenta Bruno Alvarez, coordenador do ensino médio no Pentágono. “Ao mesmo tempo, caso se arrependa e perceba que a opção não tem a ver com o que gosta, pode experimentar outros caminhos.”

Para enriquecer a experiência, o Pentágono fez parcerias com instituições de ensino superior para disciplinas. A eletiva Modelos de Negócios Sustentáveis, por exemplo, é oferecida pelo Ibmec. Já o Instituto Mauá é parceiro do colégio na eletiva Pixel Art para Games.

“Os pais percebem que faz cada vez menos sentido uma escola igual para todos. Assim, entendem que, se o estudante manifesta interesse por Medicina, não deve ter o mesmo ensino médio de alguém que gosta de Engenharia. As famílias ficam admiradas com as possibilidades, pois ainda viam o médio como aquele que cursaram, com uma estrutura muito fixa”, completa Alvarez.

Aluna de primeiro médio, Bruna Nóbrega Klinke escolheu o itinerário formativo de Artes, Linguagens e Ciências Humanas. “Escolhi matérias de Espanhol e Sustentabilidade. São temas que me atraem mais, têm a ver com as carreiras que me interesso e, consequentemente, eu me empolgo em estudar.” Além da autonomia de montar a própria configuração de disciplinas, as eletivas reúnem alunos de diversas turmas, o que, diz Bruna, proporciona debates e atividades mais instigantes. 

Outro aspecto que agradou a estudante é o sistema de avaliação: em vez de provas específicas, se baseia na mescla entre projetos e avaliações. “Fico feliz em participar deste novo modelo de ensino médio. Meus pais e outras pessoas da família diziam que, quando viveram esse momento, não tinham a menor ideia de que carreira iriam seguir. Já tenho uma noção de para onde vou e, no fim do 3.º ano, estarei bem segura sobre a área que vou seguir.”

Em São Paulo, a implementação do Novo Ensino Médio nas escolas privadas varia bastante de fase e de concepção do projeto. Há instituições que já têm uma ampla oferta de disciplinas eletivas, outras contam com o horário integral plenamente estabelecido, e algumas já oferecem os itinerários formativos.

O Colégio Albert Sabin teve sua carga horária remodelada em 2018, estabelecendo um total de 3.750 horas para o ensino médio. A mudança trouxe também as disciplinas eletivas, que costumam ser escolhidas de acordo com as demandas dos vestibulares. Isso se traduz em grande procura por disciplinas cujos títulos apresentam os termos “segunda fase”, “Enem” e “estudos contemporâneos”. A experiência obtida nos quatro últimos anos determinará os fundamentos que a escola pretende implementar em 2022.

“Para o próximo ano, finalizaremos a implementação com a inserção das eletivas na carga horária obrigatória, por meio da escolha do itinerário formativo no momento da matrícula”, diz Giselle Magnossão, diretora pedagógica do colégio. “A possibilidade de decidir parte das disciplinas permite a cada aluno construir uma trajetória de acordo com seu perfil e suas aptidões.”

Giselle Magnossão Foto: Colégio Albert Sabin

Prestes a concluir o ensino médio, Tiago Santos Simonette pretende cursar Arquitetura na Universidade de São Paulo (USP). Por isso, montou uma seleção de eletivas tendo em vista tanto o preparo para a segunda fase da Fuvest, como uma degustação de temas ligados ao curso que escolheu. “Escolhi disciplinas eletivas de Literatura, Geografia e Física. Ao mesmo tempo, vou naturalmente atrás de mais conteúdos ao perceber alguma lacuna de conhecimentos. Sinto que o novo currículo me impulsionou a ser mais autônomo”, conta.

A escolha de itinerários formativos, uma das principais novidades do novo ensino médio, já faz parte do cotidiano dos alunos do Colégio Pentágono, que conta com unidades em Alphaville, Morumbi e Perdizes. Fruto de dois anos de preparação, que envolveu não só o trabalho com os professores, mas a comunicação com as famílias e os alunos, a proposta consiste em quatro opções: Vida e Natureza, para quem pretende seguir áreas biológicas; Ciências e Matemática, aos estudantes com interesse por Engenharia, Computação, Física e afins; Artes, Linguagens e Ciências Humanas, voltada a interessados por cursos como Jornalismo, Direito, Arquitetura e Design; por fim, Negócios e Empreendedorismo, pensada para alunos interessados em Administração, Marketing e Economia. 

Os estudantes podem decidir um itinerário por semestre, podendo manter a escolha ou alterar no fim do período. “Durante o itinerário, apresentamos carreiras afins. O aluno que segue a opção de linguagens, por exemplo, tem contato com Direito e Arquitetura”, comenta Bruno Alvarez, coordenador do ensino médio no Pentágono. “Ao mesmo tempo, caso se arrependa e perceba que a opção não tem a ver com o que gosta, pode experimentar outros caminhos.”

Para enriquecer a experiência, o Pentágono fez parcerias com instituições de ensino superior para disciplinas. A eletiva Modelos de Negócios Sustentáveis, por exemplo, é oferecida pelo Ibmec. Já o Instituto Mauá é parceiro do colégio na eletiva Pixel Art para Games.

“Os pais percebem que faz cada vez menos sentido uma escola igual para todos. Assim, entendem que, se o estudante manifesta interesse por Medicina, não deve ter o mesmo ensino médio de alguém que gosta de Engenharia. As famílias ficam admiradas com as possibilidades, pois ainda viam o médio como aquele que cursaram, com uma estrutura muito fixa”, completa Alvarez.

Aluna de primeiro médio, Bruna Nóbrega Klinke escolheu o itinerário formativo de Artes, Linguagens e Ciências Humanas. “Escolhi matérias de Espanhol e Sustentabilidade. São temas que me atraem mais, têm a ver com as carreiras que me interesso e, consequentemente, eu me empolgo em estudar.” Além da autonomia de montar a própria configuração de disciplinas, as eletivas reúnem alunos de diversas turmas, o que, diz Bruna, proporciona debates e atividades mais instigantes. 

Outro aspecto que agradou a estudante é o sistema de avaliação: em vez de provas específicas, se baseia na mescla entre projetos e avaliações. “Fico feliz em participar deste novo modelo de ensino médio. Meus pais e outras pessoas da família diziam que, quando viveram esse momento, não tinham a menor ideia de que carreira iriam seguir. Já tenho uma noção de para onde vou e, no fim do 3.º ano, estarei bem segura sobre a área que vou seguir.”

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