O que estudar em cada disciplina do Enem? Confira dicas para se preparar e como resolver a prova


Avaliação de múltipla escolha envolve quatro matérias: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática; candidato deve estar em dia com os temas atuais

Por Fabio Tarnapolsky

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é composto, além da redação, por quatro diferentes áreas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática, com questões de múltipla escolha envolvendo diferentes assuntos de cada disciplina. Saber o que estudar, como organizar seu cronograma e as melhores maneiras de responder às proposições é essencial para um bom desempenho, e os professores dos colégios reiteram isso aos seus alunos.

Exceto na redação, o candidato não vai tirar zero por causa do peso das matérias de acordo com o grau de dificuldade das perguntas – valores mínimos e máximos podem variar de 200 a 700, por exemplo.

Ter uma boa média de resultados é fundamental para o cálculo final da nota, que é a soma de todas as áreas dividida por 5. Para ter um bom desempenho, portanto, os conhecimentos devem estar em dia.

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Resolução de exercícios e visitação a provas anteriores são dicas importantes para o estudo. Foto: Hélvio Romero/Estadão

Para ajudar os estudantes que estarão no Enem de 2022, nos dias 13 e 20 de novembro, o Estadão conversou com professores de ensino médio do curso e colégio Etapa, de São Paulo (SP), que explicaram como deve funcionar o exame e deram dicas para se preparar.

O que deve cair na prova de ciências da natureza no Enem?

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Com questões de Biologia, Física e Química, a prova de ciências da natureza engloba uma gama de assuntos e pode ter questões imprevisíveis. Por isso, o aluno deve estar afiado nas três áreas e não focar em apenas uma delas.

De acordo com Ricardo Leme Szulc, coordenador de Química, é importante estabelecer uma ordem de prioridade, checando em exames anteriores os temas de maior incidência e que ofereceram mais dificuldades.

Para ele, o ideal é focar primeiramente nas proposições mais simples e não perder demasiado tempo inicial nas mais complexas e trabalhosas, que são indicadas para o final.

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Caso você esteja longe do ensino médio há um tempo ou fazendo o Enem pela primeira vez, Leme recomenda refazer as provas antigas para se habituar ao formato. “Uma análise mais aprofundada dos principais erros cometidos é um bom indicativo dos temas a serem estudados com mais cuidado”, disse.

Para a prova de 2022, o professor aposta em conteúdos como circuitos elétricos e mecânica ditando a parte de Física, com equilíbrio entre questões conceituais e numéricas – com cálculos. Na Biologia, ele relembra que estamos na década de restauração dos ecossistemas protocolada pela ONU, além dos 10 anos do Código Florestal. Assim, afirma, questões sobre os biomas brasileiros estão bem cotadas, bem como poluição e saneamento básico. Com os últimos anos de pandemia, o estudante também deve estar atento para vacinas, doenças e biologia molecular.

Já em Química, Leme acredita que a prova seguirá a tendência dos últimos anos de não exigir tantos cálculos, e deve ser mais conceitual, com interpretação de gráficos e tabela. Assuntos tradicionais na área são química inorgânica, como fracionamento de misturas, cálculo estequiométrico e reações, contextualizados com situações cotidianas.

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O que deve cair na prova de ciências humanas no Enem?

Para se dar bem na prova de ciências humanas, Thomas Wisiak, coordenador de História, Filosofia e Sociologia, reitera a importância de conhecer o perfil do exame, analisando os testes dos anos anteriores.

A área engloba muitos assuntos diferentes, por isso, é fundamental organizar um cronograma de estudos e saber como definir as prioridades. “Por exemplo, organizar uma tabela de acompanhamento com todos os temas, focando nos que aparecem com maior frequência e que apresentam maior dificuldade de entendimento, e um calendário com dias e horários para cada disciplina”, disse o docente.

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Apesar de escolher focos de estudo, ler um pouco sobre cada matéria também é importante para incorporar o vocabulário e ir refinando sua maneira de escrever sem sobrecarregar a mente. Wisiak recomenda ainda elaborar resumos e resolver a maior quantidade possível de exercícios de acordo com o modelo de questões do Enem.

Administrar o tempo é essencial em ciências humanas não só por causa do cansaço, mas para ter tempo de resolver todas as questões e se sair bem na metodologia chamada TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que se considera a coerência dos acertos em relação às perguntas mais fáceis e mais difíceis. Em suma, a dica é evitar o “chute”.

Wisiak aposta em predominância de temas clássicos na parte de História, como história do Brasil, economia colonial, independência política, transformações econômicas e sociais no século 19 e período republicano e, na história geral, política na Grécia antiga, no Império Romano, nas guerras mundiais e na Guerra Fria e história de grandes centros, como os Estados Unidos e a Revolução Francesa.

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Patrimônio cultural, teoria da história e historiografia podem aparecer como assuntos pontuais. Em Geografia, o professor acredita em proposições que remetem a demografia, migração, geopolítica, urbanização, recursos naturais e meio ambiente e representações espaciais.

Já em Filosofia, a história da área, estudos de Platão e Aristóteles, Descartes e o racionalismo, Locke e o empirismo, história da ciência e revolução científica do século 17, bem como o Iluminismo, devem estar presentes no exame. Partindo para a Sociologia, a situação de grupos sociais e minoritários deve ser tema cobrado no Enem, junto às relações de Estado e cidadania e indústria cultural.

O que deve cair na prova de linguagens do Enem?

Heric José Palos, coordenador de Português, Literatura e Arte, relembra que a prova de linguagens do Enem é, antes de qualquer coisa, uma avaliação de leitura, com cada questão derivando de um texto.

Pensando nisso, o professor recomenda cultivar o hábito de consumir gêneros diversificados, que envolvem desde quadrinhos até obras clássicas. Assim, você poderá identificar as diferentes formas de linguagem com mais facilidade.

Assim como em ciências humanas, para se dar bem com a Teoria de Resposta ao Item é preciso antes acertar as questões mais fáceis. “Deve-se, numa primeira leitura, resolver as proposições mais simples e não perder tempo com as mais difíceis. Como sugestão, marque as mais complexas com um ‘X’ e deixe-as para depois”, disse Palos.

Caso você esteja retornando a uma prova de ensino médio ou fazendo pela primeira vez, prevalece a dica de consultar as edições anteriores, que servirão como uma “trilha a ser percorrida, uma vez que o modelo do exame estará consolidado”, reiterou o coordenador do colégio.

Para o Enem de 2022, o professor acredita que alguns tópicos que costumam aparecer com frequência podem se manter, como variação linguística, tecnologias de informação e comunicação (impacto social e na linguagem), literatura e seu contexto histórico e educação física com ênfase em esportes. Também é aconselhável treinar a argumentação, pois ela será útil na redação, que tem grande peso.

O que deve cair na prova de Matemática do Enem?

Apesar de ser uma ciência exata, a avaliação de matemática do Enem costuma misturar também atualidades em seus problemas. Não espere proposições aleatórias, mas sim algumas que envolvam questões que estiveram presentes em 2022, como alta de preços e inflação em decorrência da Guerra da Ucrânia. Alexandre Borges, coordenador de Matemática do Etapa, acredita que isso se manterá em 2022.

Por envolver cálculos que demandam tempo, é muito importante que o aluno siga as dicas das matérias anteriores e não tente resolver questões difíceis que o prendam.

“Creio que a melhor estratégia seja tentar fazer na ordem em que eles aparecem, mas caso uma se mostre-mais complexa, aí sim o candidato pode marcá-la para resolver mais tarde”, disse Borges.

Algumas das perguntas de Matemática são imediatas, do tipo “ler e rapidamente concluir a resposta correta”, segundo o professor. Por isso, resolvê-las de imediato garante economia de tempo.

Estudar Matemática de forma eficiente requer fazer exercícios. Por mais que o estudante saiba, na teoria, como resolver problemas, o que é avaliado é a capacidade de resolver os propostos na prova, que podem ter nuances particulares. Para quem está começando ou retornando, Alexandre recomenda começar por temas intuitivos, de maior facilidade de entendimento, como porcentagem, razão/proporção e estatística, já que se aproximam do cotidiano.

Esses assuntos são, inclusive, “favoritos” na prova do Enem, juntando-se a probabilidades, análise combinatória, geometria plana/espacial e funções, apostas de Borges para 2022. “Existe um tipo de exercício que costuma aparecer com frequência, no qual o candidato deverá efetuar várias contas para chegar à alternativa correta, independentemente do assunto”, comenta. Ou seja, prepare-se para uma prova longa, cansativa e se organize nos cálculos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é composto, além da redação, por quatro diferentes áreas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática, com questões de múltipla escolha envolvendo diferentes assuntos de cada disciplina. Saber o que estudar, como organizar seu cronograma e as melhores maneiras de responder às proposições é essencial para um bom desempenho, e os professores dos colégios reiteram isso aos seus alunos.

Exceto na redação, o candidato não vai tirar zero por causa do peso das matérias de acordo com o grau de dificuldade das perguntas – valores mínimos e máximos podem variar de 200 a 700, por exemplo.

Ter uma boa média de resultados é fundamental para o cálculo final da nota, que é a soma de todas as áreas dividida por 5. Para ter um bom desempenho, portanto, os conhecimentos devem estar em dia.

Resolução de exercícios e visitação a provas anteriores são dicas importantes para o estudo. Foto: Hélvio Romero/Estadão

Para ajudar os estudantes que estarão no Enem de 2022, nos dias 13 e 20 de novembro, o Estadão conversou com professores de ensino médio do curso e colégio Etapa, de São Paulo (SP), que explicaram como deve funcionar o exame e deram dicas para se preparar.

O que deve cair na prova de ciências da natureza no Enem?

Com questões de Biologia, Física e Química, a prova de ciências da natureza engloba uma gama de assuntos e pode ter questões imprevisíveis. Por isso, o aluno deve estar afiado nas três áreas e não focar em apenas uma delas.

De acordo com Ricardo Leme Szulc, coordenador de Química, é importante estabelecer uma ordem de prioridade, checando em exames anteriores os temas de maior incidência e que ofereceram mais dificuldades.

Para ele, o ideal é focar primeiramente nas proposições mais simples e não perder demasiado tempo inicial nas mais complexas e trabalhosas, que são indicadas para o final.

Caso você esteja longe do ensino médio há um tempo ou fazendo o Enem pela primeira vez, Leme recomenda refazer as provas antigas para se habituar ao formato. “Uma análise mais aprofundada dos principais erros cometidos é um bom indicativo dos temas a serem estudados com mais cuidado”, disse.

Para a prova de 2022, o professor aposta em conteúdos como circuitos elétricos e mecânica ditando a parte de Física, com equilíbrio entre questões conceituais e numéricas – com cálculos. Na Biologia, ele relembra que estamos na década de restauração dos ecossistemas protocolada pela ONU, além dos 10 anos do Código Florestal. Assim, afirma, questões sobre os biomas brasileiros estão bem cotadas, bem como poluição e saneamento básico. Com os últimos anos de pandemia, o estudante também deve estar atento para vacinas, doenças e biologia molecular.

Já em Química, Leme acredita que a prova seguirá a tendência dos últimos anos de não exigir tantos cálculos, e deve ser mais conceitual, com interpretação de gráficos e tabela. Assuntos tradicionais na área são química inorgânica, como fracionamento de misturas, cálculo estequiométrico e reações, contextualizados com situações cotidianas.

O que deve cair na prova de ciências humanas no Enem?

Para se dar bem na prova de ciências humanas, Thomas Wisiak, coordenador de História, Filosofia e Sociologia, reitera a importância de conhecer o perfil do exame, analisando os testes dos anos anteriores.

A área engloba muitos assuntos diferentes, por isso, é fundamental organizar um cronograma de estudos e saber como definir as prioridades. “Por exemplo, organizar uma tabela de acompanhamento com todos os temas, focando nos que aparecem com maior frequência e que apresentam maior dificuldade de entendimento, e um calendário com dias e horários para cada disciplina”, disse o docente.

Apesar de escolher focos de estudo, ler um pouco sobre cada matéria também é importante para incorporar o vocabulário e ir refinando sua maneira de escrever sem sobrecarregar a mente. Wisiak recomenda ainda elaborar resumos e resolver a maior quantidade possível de exercícios de acordo com o modelo de questões do Enem.

Administrar o tempo é essencial em ciências humanas não só por causa do cansaço, mas para ter tempo de resolver todas as questões e se sair bem na metodologia chamada TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que se considera a coerência dos acertos em relação às perguntas mais fáceis e mais difíceis. Em suma, a dica é evitar o “chute”.

Wisiak aposta em predominância de temas clássicos na parte de História, como história do Brasil, economia colonial, independência política, transformações econômicas e sociais no século 19 e período republicano e, na história geral, política na Grécia antiga, no Império Romano, nas guerras mundiais e na Guerra Fria e história de grandes centros, como os Estados Unidos e a Revolução Francesa.

Patrimônio cultural, teoria da história e historiografia podem aparecer como assuntos pontuais. Em Geografia, o professor acredita em proposições que remetem a demografia, migração, geopolítica, urbanização, recursos naturais e meio ambiente e representações espaciais.

Já em Filosofia, a história da área, estudos de Platão e Aristóteles, Descartes e o racionalismo, Locke e o empirismo, história da ciência e revolução científica do século 17, bem como o Iluminismo, devem estar presentes no exame. Partindo para a Sociologia, a situação de grupos sociais e minoritários deve ser tema cobrado no Enem, junto às relações de Estado e cidadania e indústria cultural.

O que deve cair na prova de linguagens do Enem?

Heric José Palos, coordenador de Português, Literatura e Arte, relembra que a prova de linguagens do Enem é, antes de qualquer coisa, uma avaliação de leitura, com cada questão derivando de um texto.

Pensando nisso, o professor recomenda cultivar o hábito de consumir gêneros diversificados, que envolvem desde quadrinhos até obras clássicas. Assim, você poderá identificar as diferentes formas de linguagem com mais facilidade.

Assim como em ciências humanas, para se dar bem com a Teoria de Resposta ao Item é preciso antes acertar as questões mais fáceis. “Deve-se, numa primeira leitura, resolver as proposições mais simples e não perder tempo com as mais difíceis. Como sugestão, marque as mais complexas com um ‘X’ e deixe-as para depois”, disse Palos.

Caso você esteja retornando a uma prova de ensino médio ou fazendo pela primeira vez, prevalece a dica de consultar as edições anteriores, que servirão como uma “trilha a ser percorrida, uma vez que o modelo do exame estará consolidado”, reiterou o coordenador do colégio.

Para o Enem de 2022, o professor acredita que alguns tópicos que costumam aparecer com frequência podem se manter, como variação linguística, tecnologias de informação e comunicação (impacto social e na linguagem), literatura e seu contexto histórico e educação física com ênfase em esportes. Também é aconselhável treinar a argumentação, pois ela será útil na redação, que tem grande peso.

O que deve cair na prova de Matemática do Enem?

Apesar de ser uma ciência exata, a avaliação de matemática do Enem costuma misturar também atualidades em seus problemas. Não espere proposições aleatórias, mas sim algumas que envolvam questões que estiveram presentes em 2022, como alta de preços e inflação em decorrência da Guerra da Ucrânia. Alexandre Borges, coordenador de Matemática do Etapa, acredita que isso se manterá em 2022.

Por envolver cálculos que demandam tempo, é muito importante que o aluno siga as dicas das matérias anteriores e não tente resolver questões difíceis que o prendam.

“Creio que a melhor estratégia seja tentar fazer na ordem em que eles aparecem, mas caso uma se mostre-mais complexa, aí sim o candidato pode marcá-la para resolver mais tarde”, disse Borges.

Algumas das perguntas de Matemática são imediatas, do tipo “ler e rapidamente concluir a resposta correta”, segundo o professor. Por isso, resolvê-las de imediato garante economia de tempo.

Estudar Matemática de forma eficiente requer fazer exercícios. Por mais que o estudante saiba, na teoria, como resolver problemas, o que é avaliado é a capacidade de resolver os propostos na prova, que podem ter nuances particulares. Para quem está começando ou retornando, Alexandre recomenda começar por temas intuitivos, de maior facilidade de entendimento, como porcentagem, razão/proporção e estatística, já que se aproximam do cotidiano.

Esses assuntos são, inclusive, “favoritos” na prova do Enem, juntando-se a probabilidades, análise combinatória, geometria plana/espacial e funções, apostas de Borges para 2022. “Existe um tipo de exercício que costuma aparecer com frequência, no qual o candidato deverá efetuar várias contas para chegar à alternativa correta, independentemente do assunto”, comenta. Ou seja, prepare-se para uma prova longa, cansativa e se organize nos cálculos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é composto, além da redação, por quatro diferentes áreas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática, com questões de múltipla escolha envolvendo diferentes assuntos de cada disciplina. Saber o que estudar, como organizar seu cronograma e as melhores maneiras de responder às proposições é essencial para um bom desempenho, e os professores dos colégios reiteram isso aos seus alunos.

Exceto na redação, o candidato não vai tirar zero por causa do peso das matérias de acordo com o grau de dificuldade das perguntas – valores mínimos e máximos podem variar de 200 a 700, por exemplo.

Ter uma boa média de resultados é fundamental para o cálculo final da nota, que é a soma de todas as áreas dividida por 5. Para ter um bom desempenho, portanto, os conhecimentos devem estar em dia.

Resolução de exercícios e visitação a provas anteriores são dicas importantes para o estudo. Foto: Hélvio Romero/Estadão

Para ajudar os estudantes que estarão no Enem de 2022, nos dias 13 e 20 de novembro, o Estadão conversou com professores de ensino médio do curso e colégio Etapa, de São Paulo (SP), que explicaram como deve funcionar o exame e deram dicas para se preparar.

O que deve cair na prova de ciências da natureza no Enem?

Com questões de Biologia, Física e Química, a prova de ciências da natureza engloba uma gama de assuntos e pode ter questões imprevisíveis. Por isso, o aluno deve estar afiado nas três áreas e não focar em apenas uma delas.

De acordo com Ricardo Leme Szulc, coordenador de Química, é importante estabelecer uma ordem de prioridade, checando em exames anteriores os temas de maior incidência e que ofereceram mais dificuldades.

Para ele, o ideal é focar primeiramente nas proposições mais simples e não perder demasiado tempo inicial nas mais complexas e trabalhosas, que são indicadas para o final.

Caso você esteja longe do ensino médio há um tempo ou fazendo o Enem pela primeira vez, Leme recomenda refazer as provas antigas para se habituar ao formato. “Uma análise mais aprofundada dos principais erros cometidos é um bom indicativo dos temas a serem estudados com mais cuidado”, disse.

Para a prova de 2022, o professor aposta em conteúdos como circuitos elétricos e mecânica ditando a parte de Física, com equilíbrio entre questões conceituais e numéricas – com cálculos. Na Biologia, ele relembra que estamos na década de restauração dos ecossistemas protocolada pela ONU, além dos 10 anos do Código Florestal. Assim, afirma, questões sobre os biomas brasileiros estão bem cotadas, bem como poluição e saneamento básico. Com os últimos anos de pandemia, o estudante também deve estar atento para vacinas, doenças e biologia molecular.

Já em Química, Leme acredita que a prova seguirá a tendência dos últimos anos de não exigir tantos cálculos, e deve ser mais conceitual, com interpretação de gráficos e tabela. Assuntos tradicionais na área são química inorgânica, como fracionamento de misturas, cálculo estequiométrico e reações, contextualizados com situações cotidianas.

O que deve cair na prova de ciências humanas no Enem?

Para se dar bem na prova de ciências humanas, Thomas Wisiak, coordenador de História, Filosofia e Sociologia, reitera a importância de conhecer o perfil do exame, analisando os testes dos anos anteriores.

A área engloba muitos assuntos diferentes, por isso, é fundamental organizar um cronograma de estudos e saber como definir as prioridades. “Por exemplo, organizar uma tabela de acompanhamento com todos os temas, focando nos que aparecem com maior frequência e que apresentam maior dificuldade de entendimento, e um calendário com dias e horários para cada disciplina”, disse o docente.

Apesar de escolher focos de estudo, ler um pouco sobre cada matéria também é importante para incorporar o vocabulário e ir refinando sua maneira de escrever sem sobrecarregar a mente. Wisiak recomenda ainda elaborar resumos e resolver a maior quantidade possível de exercícios de acordo com o modelo de questões do Enem.

Administrar o tempo é essencial em ciências humanas não só por causa do cansaço, mas para ter tempo de resolver todas as questões e se sair bem na metodologia chamada TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que se considera a coerência dos acertos em relação às perguntas mais fáceis e mais difíceis. Em suma, a dica é evitar o “chute”.

Wisiak aposta em predominância de temas clássicos na parte de História, como história do Brasil, economia colonial, independência política, transformações econômicas e sociais no século 19 e período republicano e, na história geral, política na Grécia antiga, no Império Romano, nas guerras mundiais e na Guerra Fria e história de grandes centros, como os Estados Unidos e a Revolução Francesa.

Patrimônio cultural, teoria da história e historiografia podem aparecer como assuntos pontuais. Em Geografia, o professor acredita em proposições que remetem a demografia, migração, geopolítica, urbanização, recursos naturais e meio ambiente e representações espaciais.

Já em Filosofia, a história da área, estudos de Platão e Aristóteles, Descartes e o racionalismo, Locke e o empirismo, história da ciência e revolução científica do século 17, bem como o Iluminismo, devem estar presentes no exame. Partindo para a Sociologia, a situação de grupos sociais e minoritários deve ser tema cobrado no Enem, junto às relações de Estado e cidadania e indústria cultural.

O que deve cair na prova de linguagens do Enem?

Heric José Palos, coordenador de Português, Literatura e Arte, relembra que a prova de linguagens do Enem é, antes de qualquer coisa, uma avaliação de leitura, com cada questão derivando de um texto.

Pensando nisso, o professor recomenda cultivar o hábito de consumir gêneros diversificados, que envolvem desde quadrinhos até obras clássicas. Assim, você poderá identificar as diferentes formas de linguagem com mais facilidade.

Assim como em ciências humanas, para se dar bem com a Teoria de Resposta ao Item é preciso antes acertar as questões mais fáceis. “Deve-se, numa primeira leitura, resolver as proposições mais simples e não perder tempo com as mais difíceis. Como sugestão, marque as mais complexas com um ‘X’ e deixe-as para depois”, disse Palos.

Caso você esteja retornando a uma prova de ensino médio ou fazendo pela primeira vez, prevalece a dica de consultar as edições anteriores, que servirão como uma “trilha a ser percorrida, uma vez que o modelo do exame estará consolidado”, reiterou o coordenador do colégio.

Para o Enem de 2022, o professor acredita que alguns tópicos que costumam aparecer com frequência podem se manter, como variação linguística, tecnologias de informação e comunicação (impacto social e na linguagem), literatura e seu contexto histórico e educação física com ênfase em esportes. Também é aconselhável treinar a argumentação, pois ela será útil na redação, que tem grande peso.

O que deve cair na prova de Matemática do Enem?

Apesar de ser uma ciência exata, a avaliação de matemática do Enem costuma misturar também atualidades em seus problemas. Não espere proposições aleatórias, mas sim algumas que envolvam questões que estiveram presentes em 2022, como alta de preços e inflação em decorrência da Guerra da Ucrânia. Alexandre Borges, coordenador de Matemática do Etapa, acredita que isso se manterá em 2022.

Por envolver cálculos que demandam tempo, é muito importante que o aluno siga as dicas das matérias anteriores e não tente resolver questões difíceis que o prendam.

“Creio que a melhor estratégia seja tentar fazer na ordem em que eles aparecem, mas caso uma se mostre-mais complexa, aí sim o candidato pode marcá-la para resolver mais tarde”, disse Borges.

Algumas das perguntas de Matemática são imediatas, do tipo “ler e rapidamente concluir a resposta correta”, segundo o professor. Por isso, resolvê-las de imediato garante economia de tempo.

Estudar Matemática de forma eficiente requer fazer exercícios. Por mais que o estudante saiba, na teoria, como resolver problemas, o que é avaliado é a capacidade de resolver os propostos na prova, que podem ter nuances particulares. Para quem está começando ou retornando, Alexandre recomenda começar por temas intuitivos, de maior facilidade de entendimento, como porcentagem, razão/proporção e estatística, já que se aproximam do cotidiano.

Esses assuntos são, inclusive, “favoritos” na prova do Enem, juntando-se a probabilidades, análise combinatória, geometria plana/espacial e funções, apostas de Borges para 2022. “Existe um tipo de exercício que costuma aparecer com frequência, no qual o candidato deverá efetuar várias contas para chegar à alternativa correta, independentemente do assunto”, comenta. Ou seja, prepare-se para uma prova longa, cansativa e se organize nos cálculos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é composto, além da redação, por quatro diferentes áreas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática, com questões de múltipla escolha envolvendo diferentes assuntos de cada disciplina. Saber o que estudar, como organizar seu cronograma e as melhores maneiras de responder às proposições é essencial para um bom desempenho, e os professores dos colégios reiteram isso aos seus alunos.

Exceto na redação, o candidato não vai tirar zero por causa do peso das matérias de acordo com o grau de dificuldade das perguntas – valores mínimos e máximos podem variar de 200 a 700, por exemplo.

Ter uma boa média de resultados é fundamental para o cálculo final da nota, que é a soma de todas as áreas dividida por 5. Para ter um bom desempenho, portanto, os conhecimentos devem estar em dia.

Resolução de exercícios e visitação a provas anteriores são dicas importantes para o estudo. Foto: Hélvio Romero/Estadão

Para ajudar os estudantes que estarão no Enem de 2022, nos dias 13 e 20 de novembro, o Estadão conversou com professores de ensino médio do curso e colégio Etapa, de São Paulo (SP), que explicaram como deve funcionar o exame e deram dicas para se preparar.

O que deve cair na prova de ciências da natureza no Enem?

Com questões de Biologia, Física e Química, a prova de ciências da natureza engloba uma gama de assuntos e pode ter questões imprevisíveis. Por isso, o aluno deve estar afiado nas três áreas e não focar em apenas uma delas.

De acordo com Ricardo Leme Szulc, coordenador de Química, é importante estabelecer uma ordem de prioridade, checando em exames anteriores os temas de maior incidência e que ofereceram mais dificuldades.

Para ele, o ideal é focar primeiramente nas proposições mais simples e não perder demasiado tempo inicial nas mais complexas e trabalhosas, que são indicadas para o final.

Caso você esteja longe do ensino médio há um tempo ou fazendo o Enem pela primeira vez, Leme recomenda refazer as provas antigas para se habituar ao formato. “Uma análise mais aprofundada dos principais erros cometidos é um bom indicativo dos temas a serem estudados com mais cuidado”, disse.

Para a prova de 2022, o professor aposta em conteúdos como circuitos elétricos e mecânica ditando a parte de Física, com equilíbrio entre questões conceituais e numéricas – com cálculos. Na Biologia, ele relembra que estamos na década de restauração dos ecossistemas protocolada pela ONU, além dos 10 anos do Código Florestal. Assim, afirma, questões sobre os biomas brasileiros estão bem cotadas, bem como poluição e saneamento básico. Com os últimos anos de pandemia, o estudante também deve estar atento para vacinas, doenças e biologia molecular.

Já em Química, Leme acredita que a prova seguirá a tendência dos últimos anos de não exigir tantos cálculos, e deve ser mais conceitual, com interpretação de gráficos e tabela. Assuntos tradicionais na área são química inorgânica, como fracionamento de misturas, cálculo estequiométrico e reações, contextualizados com situações cotidianas.

O que deve cair na prova de ciências humanas no Enem?

Para se dar bem na prova de ciências humanas, Thomas Wisiak, coordenador de História, Filosofia e Sociologia, reitera a importância de conhecer o perfil do exame, analisando os testes dos anos anteriores.

A área engloba muitos assuntos diferentes, por isso, é fundamental organizar um cronograma de estudos e saber como definir as prioridades. “Por exemplo, organizar uma tabela de acompanhamento com todos os temas, focando nos que aparecem com maior frequência e que apresentam maior dificuldade de entendimento, e um calendário com dias e horários para cada disciplina”, disse o docente.

Apesar de escolher focos de estudo, ler um pouco sobre cada matéria também é importante para incorporar o vocabulário e ir refinando sua maneira de escrever sem sobrecarregar a mente. Wisiak recomenda ainda elaborar resumos e resolver a maior quantidade possível de exercícios de acordo com o modelo de questões do Enem.

Administrar o tempo é essencial em ciências humanas não só por causa do cansaço, mas para ter tempo de resolver todas as questões e se sair bem na metodologia chamada TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que se considera a coerência dos acertos em relação às perguntas mais fáceis e mais difíceis. Em suma, a dica é evitar o “chute”.

Wisiak aposta em predominância de temas clássicos na parte de História, como história do Brasil, economia colonial, independência política, transformações econômicas e sociais no século 19 e período republicano e, na história geral, política na Grécia antiga, no Império Romano, nas guerras mundiais e na Guerra Fria e história de grandes centros, como os Estados Unidos e a Revolução Francesa.

Patrimônio cultural, teoria da história e historiografia podem aparecer como assuntos pontuais. Em Geografia, o professor acredita em proposições que remetem a demografia, migração, geopolítica, urbanização, recursos naturais e meio ambiente e representações espaciais.

Já em Filosofia, a história da área, estudos de Platão e Aristóteles, Descartes e o racionalismo, Locke e o empirismo, história da ciência e revolução científica do século 17, bem como o Iluminismo, devem estar presentes no exame. Partindo para a Sociologia, a situação de grupos sociais e minoritários deve ser tema cobrado no Enem, junto às relações de Estado e cidadania e indústria cultural.

O que deve cair na prova de linguagens do Enem?

Heric José Palos, coordenador de Português, Literatura e Arte, relembra que a prova de linguagens do Enem é, antes de qualquer coisa, uma avaliação de leitura, com cada questão derivando de um texto.

Pensando nisso, o professor recomenda cultivar o hábito de consumir gêneros diversificados, que envolvem desde quadrinhos até obras clássicas. Assim, você poderá identificar as diferentes formas de linguagem com mais facilidade.

Assim como em ciências humanas, para se dar bem com a Teoria de Resposta ao Item é preciso antes acertar as questões mais fáceis. “Deve-se, numa primeira leitura, resolver as proposições mais simples e não perder tempo com as mais difíceis. Como sugestão, marque as mais complexas com um ‘X’ e deixe-as para depois”, disse Palos.

Caso você esteja retornando a uma prova de ensino médio ou fazendo pela primeira vez, prevalece a dica de consultar as edições anteriores, que servirão como uma “trilha a ser percorrida, uma vez que o modelo do exame estará consolidado”, reiterou o coordenador do colégio.

Para o Enem de 2022, o professor acredita que alguns tópicos que costumam aparecer com frequência podem se manter, como variação linguística, tecnologias de informação e comunicação (impacto social e na linguagem), literatura e seu contexto histórico e educação física com ênfase em esportes. Também é aconselhável treinar a argumentação, pois ela será útil na redação, que tem grande peso.

O que deve cair na prova de Matemática do Enem?

Apesar de ser uma ciência exata, a avaliação de matemática do Enem costuma misturar também atualidades em seus problemas. Não espere proposições aleatórias, mas sim algumas que envolvam questões que estiveram presentes em 2022, como alta de preços e inflação em decorrência da Guerra da Ucrânia. Alexandre Borges, coordenador de Matemática do Etapa, acredita que isso se manterá em 2022.

Por envolver cálculos que demandam tempo, é muito importante que o aluno siga as dicas das matérias anteriores e não tente resolver questões difíceis que o prendam.

“Creio que a melhor estratégia seja tentar fazer na ordem em que eles aparecem, mas caso uma se mostre-mais complexa, aí sim o candidato pode marcá-la para resolver mais tarde”, disse Borges.

Algumas das perguntas de Matemática são imediatas, do tipo “ler e rapidamente concluir a resposta correta”, segundo o professor. Por isso, resolvê-las de imediato garante economia de tempo.

Estudar Matemática de forma eficiente requer fazer exercícios. Por mais que o estudante saiba, na teoria, como resolver problemas, o que é avaliado é a capacidade de resolver os propostos na prova, que podem ter nuances particulares. Para quem está começando ou retornando, Alexandre recomenda começar por temas intuitivos, de maior facilidade de entendimento, como porcentagem, razão/proporção e estatística, já que se aproximam do cotidiano.

Esses assuntos são, inclusive, “favoritos” na prova do Enem, juntando-se a probabilidades, análise combinatória, geometria plana/espacial e funções, apostas de Borges para 2022. “Existe um tipo de exercício que costuma aparecer com frequência, no qual o candidato deverá efetuar várias contas para chegar à alternativa correta, independentemente do assunto”, comenta. Ou seja, prepare-se para uma prova longa, cansativa e se organize nos cálculos.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é composto, além da redação, por quatro diferentes áreas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática, com questões de múltipla escolha envolvendo diferentes assuntos de cada disciplina. Saber o que estudar, como organizar seu cronograma e as melhores maneiras de responder às proposições é essencial para um bom desempenho, e os professores dos colégios reiteram isso aos seus alunos.

Exceto na redação, o candidato não vai tirar zero por causa do peso das matérias de acordo com o grau de dificuldade das perguntas – valores mínimos e máximos podem variar de 200 a 700, por exemplo.

Ter uma boa média de resultados é fundamental para o cálculo final da nota, que é a soma de todas as áreas dividida por 5. Para ter um bom desempenho, portanto, os conhecimentos devem estar em dia.

Resolução de exercícios e visitação a provas anteriores são dicas importantes para o estudo. Foto: Hélvio Romero/Estadão

Para ajudar os estudantes que estarão no Enem de 2022, nos dias 13 e 20 de novembro, o Estadão conversou com professores de ensino médio do curso e colégio Etapa, de São Paulo (SP), que explicaram como deve funcionar o exame e deram dicas para se preparar.

O que deve cair na prova de ciências da natureza no Enem?

Com questões de Biologia, Física e Química, a prova de ciências da natureza engloba uma gama de assuntos e pode ter questões imprevisíveis. Por isso, o aluno deve estar afiado nas três áreas e não focar em apenas uma delas.

De acordo com Ricardo Leme Szulc, coordenador de Química, é importante estabelecer uma ordem de prioridade, checando em exames anteriores os temas de maior incidência e que ofereceram mais dificuldades.

Para ele, o ideal é focar primeiramente nas proposições mais simples e não perder demasiado tempo inicial nas mais complexas e trabalhosas, que são indicadas para o final.

Caso você esteja longe do ensino médio há um tempo ou fazendo o Enem pela primeira vez, Leme recomenda refazer as provas antigas para se habituar ao formato. “Uma análise mais aprofundada dos principais erros cometidos é um bom indicativo dos temas a serem estudados com mais cuidado”, disse.

Para a prova de 2022, o professor aposta em conteúdos como circuitos elétricos e mecânica ditando a parte de Física, com equilíbrio entre questões conceituais e numéricas – com cálculos. Na Biologia, ele relembra que estamos na década de restauração dos ecossistemas protocolada pela ONU, além dos 10 anos do Código Florestal. Assim, afirma, questões sobre os biomas brasileiros estão bem cotadas, bem como poluição e saneamento básico. Com os últimos anos de pandemia, o estudante também deve estar atento para vacinas, doenças e biologia molecular.

Já em Química, Leme acredita que a prova seguirá a tendência dos últimos anos de não exigir tantos cálculos, e deve ser mais conceitual, com interpretação de gráficos e tabela. Assuntos tradicionais na área são química inorgânica, como fracionamento de misturas, cálculo estequiométrico e reações, contextualizados com situações cotidianas.

O que deve cair na prova de ciências humanas no Enem?

Para se dar bem na prova de ciências humanas, Thomas Wisiak, coordenador de História, Filosofia e Sociologia, reitera a importância de conhecer o perfil do exame, analisando os testes dos anos anteriores.

A área engloba muitos assuntos diferentes, por isso, é fundamental organizar um cronograma de estudos e saber como definir as prioridades. “Por exemplo, organizar uma tabela de acompanhamento com todos os temas, focando nos que aparecem com maior frequência e que apresentam maior dificuldade de entendimento, e um calendário com dias e horários para cada disciplina”, disse o docente.

Apesar de escolher focos de estudo, ler um pouco sobre cada matéria também é importante para incorporar o vocabulário e ir refinando sua maneira de escrever sem sobrecarregar a mente. Wisiak recomenda ainda elaborar resumos e resolver a maior quantidade possível de exercícios de acordo com o modelo de questões do Enem.

Administrar o tempo é essencial em ciências humanas não só por causa do cansaço, mas para ter tempo de resolver todas as questões e se sair bem na metodologia chamada TRI (Teoria de Resposta ao Item), em que se considera a coerência dos acertos em relação às perguntas mais fáceis e mais difíceis. Em suma, a dica é evitar o “chute”.

Wisiak aposta em predominância de temas clássicos na parte de História, como história do Brasil, economia colonial, independência política, transformações econômicas e sociais no século 19 e período republicano e, na história geral, política na Grécia antiga, no Império Romano, nas guerras mundiais e na Guerra Fria e história de grandes centros, como os Estados Unidos e a Revolução Francesa.

Patrimônio cultural, teoria da história e historiografia podem aparecer como assuntos pontuais. Em Geografia, o professor acredita em proposições que remetem a demografia, migração, geopolítica, urbanização, recursos naturais e meio ambiente e representações espaciais.

Já em Filosofia, a história da área, estudos de Platão e Aristóteles, Descartes e o racionalismo, Locke e o empirismo, história da ciência e revolução científica do século 17, bem como o Iluminismo, devem estar presentes no exame. Partindo para a Sociologia, a situação de grupos sociais e minoritários deve ser tema cobrado no Enem, junto às relações de Estado e cidadania e indústria cultural.

O que deve cair na prova de linguagens do Enem?

Heric José Palos, coordenador de Português, Literatura e Arte, relembra que a prova de linguagens do Enem é, antes de qualquer coisa, uma avaliação de leitura, com cada questão derivando de um texto.

Pensando nisso, o professor recomenda cultivar o hábito de consumir gêneros diversificados, que envolvem desde quadrinhos até obras clássicas. Assim, você poderá identificar as diferentes formas de linguagem com mais facilidade.

Assim como em ciências humanas, para se dar bem com a Teoria de Resposta ao Item é preciso antes acertar as questões mais fáceis. “Deve-se, numa primeira leitura, resolver as proposições mais simples e não perder tempo com as mais difíceis. Como sugestão, marque as mais complexas com um ‘X’ e deixe-as para depois”, disse Palos.

Caso você esteja retornando a uma prova de ensino médio ou fazendo pela primeira vez, prevalece a dica de consultar as edições anteriores, que servirão como uma “trilha a ser percorrida, uma vez que o modelo do exame estará consolidado”, reiterou o coordenador do colégio.

Para o Enem de 2022, o professor acredita que alguns tópicos que costumam aparecer com frequência podem se manter, como variação linguística, tecnologias de informação e comunicação (impacto social e na linguagem), literatura e seu contexto histórico e educação física com ênfase em esportes. Também é aconselhável treinar a argumentação, pois ela será útil na redação, que tem grande peso.

O que deve cair na prova de Matemática do Enem?

Apesar de ser uma ciência exata, a avaliação de matemática do Enem costuma misturar também atualidades em seus problemas. Não espere proposições aleatórias, mas sim algumas que envolvam questões que estiveram presentes em 2022, como alta de preços e inflação em decorrência da Guerra da Ucrânia. Alexandre Borges, coordenador de Matemática do Etapa, acredita que isso se manterá em 2022.

Por envolver cálculos que demandam tempo, é muito importante que o aluno siga as dicas das matérias anteriores e não tente resolver questões difíceis que o prendam.

“Creio que a melhor estratégia seja tentar fazer na ordem em que eles aparecem, mas caso uma se mostre-mais complexa, aí sim o candidato pode marcá-la para resolver mais tarde”, disse Borges.

Algumas das perguntas de Matemática são imediatas, do tipo “ler e rapidamente concluir a resposta correta”, segundo o professor. Por isso, resolvê-las de imediato garante economia de tempo.

Estudar Matemática de forma eficiente requer fazer exercícios. Por mais que o estudante saiba, na teoria, como resolver problemas, o que é avaliado é a capacidade de resolver os propostos na prova, que podem ter nuances particulares. Para quem está começando ou retornando, Alexandre recomenda começar por temas intuitivos, de maior facilidade de entendimento, como porcentagem, razão/proporção e estatística, já que se aproximam do cotidiano.

Esses assuntos são, inclusive, “favoritos” na prova do Enem, juntando-se a probabilidades, análise combinatória, geometria plana/espacial e funções, apostas de Borges para 2022. “Existe um tipo de exercício que costuma aparecer com frequência, no qual o candidato deverá efetuar várias contas para chegar à alternativa correta, independentemente do assunto”, comenta. Ou seja, prepare-se para uma prova longa, cansativa e se organize nos cálculos.

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