ONG da Grande São Paulo trabalha na ressocialização de jovens egressos da Fundação Casa


Instituto Papel de Menino atua em três unidades do Complexo de Franco da Rocha, atendendo adolescentes e suas famílias

Por Igor Soares
Atualização:
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os infratores podem cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa até os 21 anos Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Deixar a Fundação Casa nem sempre é sinal de plena liberdade. Anderson Felipe Pereira de Carvalho, de 23 anos, é um dos muitos jovens egressos do sistema socioeducativo brasileiro. Pai de cinco filhos, ele faz parte de um grupo seleto que conseguiu emprego após a internação.

Carvalho foi acolhido pelo Instituto Papel de Menino (IPM), na Grande São Paulo, que trabalha para garantir a valorização pessoal e o resgate aos vínculos familiares dos que cumprem medidas socioeducativas na Fundação Casa (antiga Febem).

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Na instituição, a ressocialização é feita por meio de educação, arte, cultura e qualificação profissional. Criada em 2008, a ONG atua em três unidades do Complexo de Franco da Rocha, interior do Estado. Diretora da instituição, Silvana Goulart, de 46, conta que por ano são atendidos, em média, 500 jovens e adolescentes, além das famílias deles, com uma equipe de voluntários que realiza visitas semanais às unidades.

Os jovens aprendem a reutilizar embalagens de papel sulfite para confeccionar bolsas sustentáveis. As embalagens são doação de uma empresa parceira há dez anos. Além disso, a ONG oferece o curso de barbearia, que conta com 18 internos.

Outro projeto do instituto é a criação da padaria escola, que oferecerá cursos na área de panificação, garantindo mais oportunidades de emprego para os jovens reclusos. "Quando o menino ganha liberdade, ele recebe atendimento psicológico e acompanhamento, em conjunto com a família, e, a partir daí, é encaminhado para o mercado de trabalho", diz Silvana.

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O ex-interno Carvalho conta que atravessar o preconceito da sociedade na busca por uma emprego foi um dos maiores desafios. "Por pouco, não me tornei mais um que reincidiu para o crime", conta o jovem. "Havia um desejo em mim de sair daquele lugar (Fundação Casa) e mudar de vida."

O chefe dele, Luciano Amorim, de 40, explica que a contratação significou dar uma oportunidade necessária de ressocialização. "Existe um estigma sobre quem saiu da reclusão, porque a pessoa fica marcada", diz Amorim. "Mas nós, empresários, precisamos dar um voto de confiança." Para ele, organizações como o IPM são importantes para criar essa ponte entre a empresa e o egresso.

Considerando o sistema prisional, voltado para maiores de 18 anos, o Brasil tem uma população carcerária de mais de 600 mil pessoas, a terceira maior do mundo, segundo relatório do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E a taxa de reincidência entre ex-detentos estava em 24,4%, em 2015, quando foi divulgada a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pedido do CNJ.

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Em julho deste ano, o governo lançou a Política Nacional de Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional, que tem por objetivo dar oportunidade de emprego para presos e ex-detentos. O decreto obriga empresas que prestam serviços para a União, com contratos acima de R$ 330 mil, a contratar egressos do sistema penitenciário.

*Igor Soares é vencedor do 13º Prêmio Santander Jovem Jornalista

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os infratores podem cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa até os 21 anos Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Deixar a Fundação Casa nem sempre é sinal de plena liberdade. Anderson Felipe Pereira de Carvalho, de 23 anos, é um dos muitos jovens egressos do sistema socioeducativo brasileiro. Pai de cinco filhos, ele faz parte de um grupo seleto que conseguiu emprego após a internação.

Carvalho foi acolhido pelo Instituto Papel de Menino (IPM), na Grande São Paulo, que trabalha para garantir a valorização pessoal e o resgate aos vínculos familiares dos que cumprem medidas socioeducativas na Fundação Casa (antiga Febem).

Na instituição, a ressocialização é feita por meio de educação, arte, cultura e qualificação profissional. Criada em 2008, a ONG atua em três unidades do Complexo de Franco da Rocha, interior do Estado. Diretora da instituição, Silvana Goulart, de 46, conta que por ano são atendidos, em média, 500 jovens e adolescentes, além das famílias deles, com uma equipe de voluntários que realiza visitas semanais às unidades.

Os jovens aprendem a reutilizar embalagens de papel sulfite para confeccionar bolsas sustentáveis. As embalagens são doação de uma empresa parceira há dez anos. Além disso, a ONG oferece o curso de barbearia, que conta com 18 internos.

Outro projeto do instituto é a criação da padaria escola, que oferecerá cursos na área de panificação, garantindo mais oportunidades de emprego para os jovens reclusos. "Quando o menino ganha liberdade, ele recebe atendimento psicológico e acompanhamento, em conjunto com a família, e, a partir daí, é encaminhado para o mercado de trabalho", diz Silvana.

O ex-interno Carvalho conta que atravessar o preconceito da sociedade na busca por uma emprego foi um dos maiores desafios. "Por pouco, não me tornei mais um que reincidiu para o crime", conta o jovem. "Havia um desejo em mim de sair daquele lugar (Fundação Casa) e mudar de vida."

O chefe dele, Luciano Amorim, de 40, explica que a contratação significou dar uma oportunidade necessária de ressocialização. "Existe um estigma sobre quem saiu da reclusão, porque a pessoa fica marcada", diz Amorim. "Mas nós, empresários, precisamos dar um voto de confiança." Para ele, organizações como o IPM são importantes para criar essa ponte entre a empresa e o egresso.

Considerando o sistema prisional, voltado para maiores de 18 anos, o Brasil tem uma população carcerária de mais de 600 mil pessoas, a terceira maior do mundo, segundo relatório do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E a taxa de reincidência entre ex-detentos estava em 24,4%, em 2015, quando foi divulgada a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pedido do CNJ.

Em julho deste ano, o governo lançou a Política Nacional de Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional, que tem por objetivo dar oportunidade de emprego para presos e ex-detentos. O decreto obriga empresas que prestam serviços para a União, com contratos acima de R$ 330 mil, a contratar egressos do sistema penitenciário.

*Igor Soares é vencedor do 13º Prêmio Santander Jovem Jornalista

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os infratores podem cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa até os 21 anos Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Deixar a Fundação Casa nem sempre é sinal de plena liberdade. Anderson Felipe Pereira de Carvalho, de 23 anos, é um dos muitos jovens egressos do sistema socioeducativo brasileiro. Pai de cinco filhos, ele faz parte de um grupo seleto que conseguiu emprego após a internação.

Carvalho foi acolhido pelo Instituto Papel de Menino (IPM), na Grande São Paulo, que trabalha para garantir a valorização pessoal e o resgate aos vínculos familiares dos que cumprem medidas socioeducativas na Fundação Casa (antiga Febem).

Na instituição, a ressocialização é feita por meio de educação, arte, cultura e qualificação profissional. Criada em 2008, a ONG atua em três unidades do Complexo de Franco da Rocha, interior do Estado. Diretora da instituição, Silvana Goulart, de 46, conta que por ano são atendidos, em média, 500 jovens e adolescentes, além das famílias deles, com uma equipe de voluntários que realiza visitas semanais às unidades.

Os jovens aprendem a reutilizar embalagens de papel sulfite para confeccionar bolsas sustentáveis. As embalagens são doação de uma empresa parceira há dez anos. Além disso, a ONG oferece o curso de barbearia, que conta com 18 internos.

Outro projeto do instituto é a criação da padaria escola, que oferecerá cursos na área de panificação, garantindo mais oportunidades de emprego para os jovens reclusos. "Quando o menino ganha liberdade, ele recebe atendimento psicológico e acompanhamento, em conjunto com a família, e, a partir daí, é encaminhado para o mercado de trabalho", diz Silvana.

O ex-interno Carvalho conta que atravessar o preconceito da sociedade na busca por uma emprego foi um dos maiores desafios. "Por pouco, não me tornei mais um que reincidiu para o crime", conta o jovem. "Havia um desejo em mim de sair daquele lugar (Fundação Casa) e mudar de vida."

O chefe dele, Luciano Amorim, de 40, explica que a contratação significou dar uma oportunidade necessária de ressocialização. "Existe um estigma sobre quem saiu da reclusão, porque a pessoa fica marcada", diz Amorim. "Mas nós, empresários, precisamos dar um voto de confiança." Para ele, organizações como o IPM são importantes para criar essa ponte entre a empresa e o egresso.

Considerando o sistema prisional, voltado para maiores de 18 anos, o Brasil tem uma população carcerária de mais de 600 mil pessoas, a terceira maior do mundo, segundo relatório do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E a taxa de reincidência entre ex-detentos estava em 24,4%, em 2015, quando foi divulgada a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pedido do CNJ.

Em julho deste ano, o governo lançou a Política Nacional de Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional, que tem por objetivo dar oportunidade de emprego para presos e ex-detentos. O decreto obriga empresas que prestam serviços para a União, com contratos acima de R$ 330 mil, a contratar egressos do sistema penitenciário.

*Igor Soares é vencedor do 13º Prêmio Santander Jovem Jornalista

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os infratores podem cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa até os 21 anos Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Deixar a Fundação Casa nem sempre é sinal de plena liberdade. Anderson Felipe Pereira de Carvalho, de 23 anos, é um dos muitos jovens egressos do sistema socioeducativo brasileiro. Pai de cinco filhos, ele faz parte de um grupo seleto que conseguiu emprego após a internação.

Carvalho foi acolhido pelo Instituto Papel de Menino (IPM), na Grande São Paulo, que trabalha para garantir a valorização pessoal e o resgate aos vínculos familiares dos que cumprem medidas socioeducativas na Fundação Casa (antiga Febem).

Na instituição, a ressocialização é feita por meio de educação, arte, cultura e qualificação profissional. Criada em 2008, a ONG atua em três unidades do Complexo de Franco da Rocha, interior do Estado. Diretora da instituição, Silvana Goulart, de 46, conta que por ano são atendidos, em média, 500 jovens e adolescentes, além das famílias deles, com uma equipe de voluntários que realiza visitas semanais às unidades.

Os jovens aprendem a reutilizar embalagens de papel sulfite para confeccionar bolsas sustentáveis. As embalagens são doação de uma empresa parceira há dez anos. Além disso, a ONG oferece o curso de barbearia, que conta com 18 internos.

Outro projeto do instituto é a criação da padaria escola, que oferecerá cursos na área de panificação, garantindo mais oportunidades de emprego para os jovens reclusos. "Quando o menino ganha liberdade, ele recebe atendimento psicológico e acompanhamento, em conjunto com a família, e, a partir daí, é encaminhado para o mercado de trabalho", diz Silvana.

O ex-interno Carvalho conta que atravessar o preconceito da sociedade na busca por uma emprego foi um dos maiores desafios. "Por pouco, não me tornei mais um que reincidiu para o crime", conta o jovem. "Havia um desejo em mim de sair daquele lugar (Fundação Casa) e mudar de vida."

O chefe dele, Luciano Amorim, de 40, explica que a contratação significou dar uma oportunidade necessária de ressocialização. "Existe um estigma sobre quem saiu da reclusão, porque a pessoa fica marcada", diz Amorim. "Mas nós, empresários, precisamos dar um voto de confiança." Para ele, organizações como o IPM são importantes para criar essa ponte entre a empresa e o egresso.

Considerando o sistema prisional, voltado para maiores de 18 anos, o Brasil tem uma população carcerária de mais de 600 mil pessoas, a terceira maior do mundo, segundo relatório do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E a taxa de reincidência entre ex-detentos estava em 24,4%, em 2015, quando foi divulgada a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pedido do CNJ.

Em julho deste ano, o governo lançou a Política Nacional de Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional, que tem por objetivo dar oportunidade de emprego para presos e ex-detentos. O decreto obriga empresas que prestam serviços para a União, com contratos acima de R$ 330 mil, a contratar egressos do sistema penitenciário.

*Igor Soares é vencedor do 13º Prêmio Santander Jovem Jornalista

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os infratores podem cumprir medidas socioeducativas na Fundação Casa até os 21 anos Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Deixar a Fundação Casa nem sempre é sinal de plena liberdade. Anderson Felipe Pereira de Carvalho, de 23 anos, é um dos muitos jovens egressos do sistema socioeducativo brasileiro. Pai de cinco filhos, ele faz parte de um grupo seleto que conseguiu emprego após a internação.

Carvalho foi acolhido pelo Instituto Papel de Menino (IPM), na Grande São Paulo, que trabalha para garantir a valorização pessoal e o resgate aos vínculos familiares dos que cumprem medidas socioeducativas na Fundação Casa (antiga Febem).

Na instituição, a ressocialização é feita por meio de educação, arte, cultura e qualificação profissional. Criada em 2008, a ONG atua em três unidades do Complexo de Franco da Rocha, interior do Estado. Diretora da instituição, Silvana Goulart, de 46, conta que por ano são atendidos, em média, 500 jovens e adolescentes, além das famílias deles, com uma equipe de voluntários que realiza visitas semanais às unidades.

Os jovens aprendem a reutilizar embalagens de papel sulfite para confeccionar bolsas sustentáveis. As embalagens são doação de uma empresa parceira há dez anos. Além disso, a ONG oferece o curso de barbearia, que conta com 18 internos.

Outro projeto do instituto é a criação da padaria escola, que oferecerá cursos na área de panificação, garantindo mais oportunidades de emprego para os jovens reclusos. "Quando o menino ganha liberdade, ele recebe atendimento psicológico e acompanhamento, em conjunto com a família, e, a partir daí, é encaminhado para o mercado de trabalho", diz Silvana.

O ex-interno Carvalho conta que atravessar o preconceito da sociedade na busca por uma emprego foi um dos maiores desafios. "Por pouco, não me tornei mais um que reincidiu para o crime", conta o jovem. "Havia um desejo em mim de sair daquele lugar (Fundação Casa) e mudar de vida."

O chefe dele, Luciano Amorim, de 40, explica que a contratação significou dar uma oportunidade necessária de ressocialização. "Existe um estigma sobre quem saiu da reclusão, porque a pessoa fica marcada", diz Amorim. "Mas nós, empresários, precisamos dar um voto de confiança." Para ele, organizações como o IPM são importantes para criar essa ponte entre a empresa e o egresso.

Considerando o sistema prisional, voltado para maiores de 18 anos, o Brasil tem uma população carcerária de mais de 600 mil pessoas, a terceira maior do mundo, segundo relatório do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E a taxa de reincidência entre ex-detentos estava em 24,4%, em 2015, quando foi divulgada a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pedido do CNJ.

Em julho deste ano, o governo lançou a Política Nacional de Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional, que tem por objetivo dar oportunidade de emprego para presos e ex-detentos. O decreto obriga empresas que prestam serviços para a União, com contratos acima de R$ 330 mil, a contratar egressos do sistema penitenciário.

*Igor Soares é vencedor do 13º Prêmio Santander Jovem Jornalista

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