Pais criticam ocupações de escolas no PR e crise toma a Assembleia


Famílias reclamam de ‘baderna’ e da perda de aula; após morte de adolescente em ocupação, polêmica acirrou ânimos entre deputados

Por Pablo Pereira
Protesto. Pai de aluna, Rodrigues enfrentou manifestantes Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

CURITIBA - No meio do tiroteio verbal, pressão de ameaças entre os movimentos de estudantes em escolas no Paraná e do Movimento Brasil Livre (MBL), pela desocupação, a dona de casa Lucia Sakachaki, moradora de Bairro Novo, na zona sul de Curitiba, criticava os estudantes secundaristas. “Os alunos estão perdendo aula. Sou a favor de melhorar o ensino, mas sou contra a ocupação.”

O filho dela estuda em outro colégio do bairro, o Benedicto João Cordeiro, que também está fechado. “As crianças estão sendo prejudicadas. Isso tem de acabar”, emendou Sirlene Souza, que tem filho matriculado em outro colégio da região, o Flávio Ferreira da Cruz, também sem aulas desde o dia 10.

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Vizinho da Escola Guido Arzua, o motorista Mauro Rodrigues foi um dos pais que chegaram a entrar no colégio, encurralando os adolescentes apavorados no interior do prédio. “Minha filha tem 12 anos e está perdendo aulas”, declarou. “Lá dentro estão os ‘nota baixa’ e em casa, os ‘nota alta’”, disse na quarta pela manhã, diante da escola. “Isso aí está uma baderna”, emendou, observado por mascarados, adultos chamados pelos estudantes para a guarda do lado de dentro. São jovens universitários que se dizem voluntários para evitar tentativas de desocupação forçada.

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Mais tempo na escola, menos disciplinas obrigatórias e maior especialização dos alunos. Essas são algumas das propostas apresentadas pelo governo federal para a reforma do ensino no País.

Disputa. A tensão foi parar na Assembleia. Após a morte do estudante Lucas Mota, de 16 anos, assassinado por um colega, de 17, na tarde de segunda, na Escola Santa Felicidade, que estava ocupada. O delegado Fabio Amaro dissera que o crime nada tinha a ver com as ocupações, que havia sido uma briga após o uso de drogas. 

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Mas os deputados governistas aproveitaram o dia seguinte para debater a crise. A convite do deputado Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação, um militante do MBL foi à tribuna. “A culpa da morte é das pessoas que organizam e dos apoiadores dessa ridícula ocupação”, afirmou o estudante, identificado como Patrick, do Desocupa Paraná. No meio da sessão, deputados faziam vaquinha para arrecadar os cerca de R$ 4 mil necessários para o funeral de Lucas. 

No dia seguinte, o deputado Tadeu Veneri (PT) levou uma representante dos secundaristas. Ana Júlia Ribeiro criticou o governo federal, disse que não são manipulados por partidos políticos e “o sangue de Lucas” estava nas mãos dos deputados. O presidente da Assembleia, Ademar Triano (PSDB), ameaçou suspender a sessão se ela ofendesse os deputados. Ana Júlia se desculpou.

Protesto. Pai de aluna, Rodrigues enfrentou manifestantes Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

CURITIBA - No meio do tiroteio verbal, pressão de ameaças entre os movimentos de estudantes em escolas no Paraná e do Movimento Brasil Livre (MBL), pela desocupação, a dona de casa Lucia Sakachaki, moradora de Bairro Novo, na zona sul de Curitiba, criticava os estudantes secundaristas. “Os alunos estão perdendo aula. Sou a favor de melhorar o ensino, mas sou contra a ocupação.”

O filho dela estuda em outro colégio do bairro, o Benedicto João Cordeiro, que também está fechado. “As crianças estão sendo prejudicadas. Isso tem de acabar”, emendou Sirlene Souza, que tem filho matriculado em outro colégio da região, o Flávio Ferreira da Cruz, também sem aulas desde o dia 10.

Vizinho da Escola Guido Arzua, o motorista Mauro Rodrigues foi um dos pais que chegaram a entrar no colégio, encurralando os adolescentes apavorados no interior do prédio. “Minha filha tem 12 anos e está perdendo aulas”, declarou. “Lá dentro estão os ‘nota baixa’ e em casa, os ‘nota alta’”, disse na quarta pela manhã, diante da escola. “Isso aí está uma baderna”, emendou, observado por mascarados, adultos chamados pelos estudantes para a guarda do lado de dentro. São jovens universitários que se dizem voluntários para evitar tentativas de desocupação forçada.

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Mais tempo na escola, menos disciplinas obrigatórias e maior especialização dos alunos. Essas são algumas das propostas apresentadas pelo governo federal para a reforma do ensino no País.

Disputa. A tensão foi parar na Assembleia. Após a morte do estudante Lucas Mota, de 16 anos, assassinado por um colega, de 17, na tarde de segunda, na Escola Santa Felicidade, que estava ocupada. O delegado Fabio Amaro dissera que o crime nada tinha a ver com as ocupações, que havia sido uma briga após o uso de drogas. 

Mas os deputados governistas aproveitaram o dia seguinte para debater a crise. A convite do deputado Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação, um militante do MBL foi à tribuna. “A culpa da morte é das pessoas que organizam e dos apoiadores dessa ridícula ocupação”, afirmou o estudante, identificado como Patrick, do Desocupa Paraná. No meio da sessão, deputados faziam vaquinha para arrecadar os cerca de R$ 4 mil necessários para o funeral de Lucas. 

No dia seguinte, o deputado Tadeu Veneri (PT) levou uma representante dos secundaristas. Ana Júlia Ribeiro criticou o governo federal, disse que não são manipulados por partidos políticos e “o sangue de Lucas” estava nas mãos dos deputados. O presidente da Assembleia, Ademar Triano (PSDB), ameaçou suspender a sessão se ela ofendesse os deputados. Ana Júlia se desculpou.

Protesto. Pai de aluna, Rodrigues enfrentou manifestantes Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

CURITIBA - No meio do tiroteio verbal, pressão de ameaças entre os movimentos de estudantes em escolas no Paraná e do Movimento Brasil Livre (MBL), pela desocupação, a dona de casa Lucia Sakachaki, moradora de Bairro Novo, na zona sul de Curitiba, criticava os estudantes secundaristas. “Os alunos estão perdendo aula. Sou a favor de melhorar o ensino, mas sou contra a ocupação.”

O filho dela estuda em outro colégio do bairro, o Benedicto João Cordeiro, que também está fechado. “As crianças estão sendo prejudicadas. Isso tem de acabar”, emendou Sirlene Souza, que tem filho matriculado em outro colégio da região, o Flávio Ferreira da Cruz, também sem aulas desde o dia 10.

Vizinho da Escola Guido Arzua, o motorista Mauro Rodrigues foi um dos pais que chegaram a entrar no colégio, encurralando os adolescentes apavorados no interior do prédio. “Minha filha tem 12 anos e está perdendo aulas”, declarou. “Lá dentro estão os ‘nota baixa’ e em casa, os ‘nota alta’”, disse na quarta pela manhã, diante da escola. “Isso aí está uma baderna”, emendou, observado por mascarados, adultos chamados pelos estudantes para a guarda do lado de dentro. São jovens universitários que se dizem voluntários para evitar tentativas de desocupação forçada.

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Mais tempo na escola, menos disciplinas obrigatórias e maior especialização dos alunos. Essas são algumas das propostas apresentadas pelo governo federal para a reforma do ensino no País.

Disputa. A tensão foi parar na Assembleia. Após a morte do estudante Lucas Mota, de 16 anos, assassinado por um colega, de 17, na tarde de segunda, na Escola Santa Felicidade, que estava ocupada. O delegado Fabio Amaro dissera que o crime nada tinha a ver com as ocupações, que havia sido uma briga após o uso de drogas. 

Mas os deputados governistas aproveitaram o dia seguinte para debater a crise. A convite do deputado Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação, um militante do MBL foi à tribuna. “A culpa da morte é das pessoas que organizam e dos apoiadores dessa ridícula ocupação”, afirmou o estudante, identificado como Patrick, do Desocupa Paraná. No meio da sessão, deputados faziam vaquinha para arrecadar os cerca de R$ 4 mil necessários para o funeral de Lucas. 

No dia seguinte, o deputado Tadeu Veneri (PT) levou uma representante dos secundaristas. Ana Júlia Ribeiro criticou o governo federal, disse que não são manipulados por partidos políticos e “o sangue de Lucas” estava nas mãos dos deputados. O presidente da Assembleia, Ademar Triano (PSDB), ameaçou suspender a sessão se ela ofendesse os deputados. Ana Júlia se desculpou.

Protesto. Pai de aluna, Rodrigues enfrentou manifestantes Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

CURITIBA - No meio do tiroteio verbal, pressão de ameaças entre os movimentos de estudantes em escolas no Paraná e do Movimento Brasil Livre (MBL), pela desocupação, a dona de casa Lucia Sakachaki, moradora de Bairro Novo, na zona sul de Curitiba, criticava os estudantes secundaristas. “Os alunos estão perdendo aula. Sou a favor de melhorar o ensino, mas sou contra a ocupação.”

O filho dela estuda em outro colégio do bairro, o Benedicto João Cordeiro, que também está fechado. “As crianças estão sendo prejudicadas. Isso tem de acabar”, emendou Sirlene Souza, que tem filho matriculado em outro colégio da região, o Flávio Ferreira da Cruz, também sem aulas desde o dia 10.

Vizinho da Escola Guido Arzua, o motorista Mauro Rodrigues foi um dos pais que chegaram a entrar no colégio, encurralando os adolescentes apavorados no interior do prédio. “Minha filha tem 12 anos e está perdendo aulas”, declarou. “Lá dentro estão os ‘nota baixa’ e em casa, os ‘nota alta’”, disse na quarta pela manhã, diante da escola. “Isso aí está uma baderna”, emendou, observado por mascarados, adultos chamados pelos estudantes para a guarda do lado de dentro. São jovens universitários que se dizem voluntários para evitar tentativas de desocupação forçada.

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Mais tempo na escola, menos disciplinas obrigatórias e maior especialização dos alunos. Essas são algumas das propostas apresentadas pelo governo federal para a reforma do ensino no País.

Disputa. A tensão foi parar na Assembleia. Após a morte do estudante Lucas Mota, de 16 anos, assassinado por um colega, de 17, na tarde de segunda, na Escola Santa Felicidade, que estava ocupada. O delegado Fabio Amaro dissera que o crime nada tinha a ver com as ocupações, que havia sido uma briga após o uso de drogas. 

Mas os deputados governistas aproveitaram o dia seguinte para debater a crise. A convite do deputado Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação, um militante do MBL foi à tribuna. “A culpa da morte é das pessoas que organizam e dos apoiadores dessa ridícula ocupação”, afirmou o estudante, identificado como Patrick, do Desocupa Paraná. No meio da sessão, deputados faziam vaquinha para arrecadar os cerca de R$ 4 mil necessários para o funeral de Lucas. 

No dia seguinte, o deputado Tadeu Veneri (PT) levou uma representante dos secundaristas. Ana Júlia Ribeiro criticou o governo federal, disse que não são manipulados por partidos políticos e “o sangue de Lucas” estava nas mãos dos deputados. O presidente da Assembleia, Ademar Triano (PSDB), ameaçou suspender a sessão se ela ofendesse os deputados. Ana Júlia se desculpou.

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