FHC faz palestra em evento de estudantes RI


Começou ontem em São Paulo mais uma edição do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri). O evento abordará o tema "Brasil Global Player". Ao longo dos próximos dias, alunos da graduação em RI de diferentes universidades contarão suas impressões aqui no blog do Estadão.edu. Começamos com Isabelle Freitas Araújo, de 18 anos, aluna da ESPM-SP:

Por Redação
 Foto: Estadão

"O primeiro dia do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri) foi animado e enriquecedor. Animado por reunir alunos dos quatro cantos do Brasil, de diferentes Estados e culturas, e todos com o mesmo intuito: confraternizar e discutir o Brasil no cenário global. E enriquecedor porque tivemos a oportunidade de ouvir dois grandes intelectuais brasileiros, o embaixador Sergio Amaral e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

O embaixador fez uma introdução à fala de Fernando Henrique, respondendo à pergunta chave: por que o Brasil demorou tanto tempo para se internacionalizar? Ele nos apresentou um pouco da história brasileira, lembrando como éramos um país provinciano e fechado com nossas políticas de substituição de importados, além de uma alta inflação associada a instabilidade econômica. Nos confidenciou também passagens únicas vividas quando era ministro no governo FHC, como uma vez em que tiveram uma reunião com Bill Clinton (ex-presidente dos EUA), e o nosso presidente comentou sobre a dificuldade de governar um país onde 230 deputados nunca haviam tirado um passaporte.

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Sergio Amaral também destacou a relação Brasil-Mercosul, que tem grande potencial mas até hoje é pouco valorizada, e por isso deveríamos nos atentar mais aos nossos vizinhos. Por fim, nos revelou quão importante foi o governo de FHC, o qual nos proporcionou confiança e estabilidade, dando início a uma nova fase brasileira, de visão e experiência internacional.

Então Fernando Henrique tomou a palavra e, como excelente professor que é, nos deu uma aula de política nacional e internacional, com detalhes singulares de sua vasta experiência em altas funções no governo. Seus comentários perpassaram toda a história brasileira, desde a colonização até os dias de hoje.

Primeiramente nos explicou a necessidade que os grandes pensadores brasileiros sempre tiveram de entender o País, encontrar a nossa identidade, para que pudéssemos nos expor para o resto do mundo. Na sequência, nos revelou um exemplo pessoal. Nos anos 60, época da ditadura militar no Brasil, ele esteve exilado no Chile. Trabalhou na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), onde eram realizados muitos debates sobre o futuro da região. Segundo ele, a ambição da época dos países latino-americanos era chegar à renda de mil dólares per capita - assim, seriam nações desenvolvidas.

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O ex-presidente também falou sobre quando os países começaram a ter interesse no mercado brasileiro, as dificuldades do mundo na época da guerra fria e, na posição de sociólogo, nos explicou que a globalização é o oposto do imperialismo.

Mas acho que a passagem que mais me acrescentou enquanto estudante foi quando FHC falou de seu período na Presidência. Ao ouvir a experiência dele, pude entender um pouco mais sobre o Brasil contemporâneo.

As falas de Fernando Henrique prendiam minha atenção à palestra. Entre elas posso citar sua visão de mundo e das relações internacionais, por exemplo, ao mencionar que o primeiro país a sair da atual crise está sendo o próprio Estados Unidos, por meio de uma nova revolução tecnológica e a busca de novas bases energéticas. Por fim, o ex-presidente respondeu às perguntas feitas pela plateia e nos deixou uma bela mensagem, de que política é construção e o futuro se inventa."

 Foto: Estadão

"O primeiro dia do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri) foi animado e enriquecedor. Animado por reunir alunos dos quatro cantos do Brasil, de diferentes Estados e culturas, e todos com o mesmo intuito: confraternizar e discutir o Brasil no cenário global. E enriquecedor porque tivemos a oportunidade de ouvir dois grandes intelectuais brasileiros, o embaixador Sergio Amaral e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

O embaixador fez uma introdução à fala de Fernando Henrique, respondendo à pergunta chave: por que o Brasil demorou tanto tempo para se internacionalizar? Ele nos apresentou um pouco da história brasileira, lembrando como éramos um país provinciano e fechado com nossas políticas de substituição de importados, além de uma alta inflação associada a instabilidade econômica. Nos confidenciou também passagens únicas vividas quando era ministro no governo FHC, como uma vez em que tiveram uma reunião com Bill Clinton (ex-presidente dos EUA), e o nosso presidente comentou sobre a dificuldade de governar um país onde 230 deputados nunca haviam tirado um passaporte.

Sergio Amaral também destacou a relação Brasil-Mercosul, que tem grande potencial mas até hoje é pouco valorizada, e por isso deveríamos nos atentar mais aos nossos vizinhos. Por fim, nos revelou quão importante foi o governo de FHC, o qual nos proporcionou confiança e estabilidade, dando início a uma nova fase brasileira, de visão e experiência internacional.

Então Fernando Henrique tomou a palavra e, como excelente professor que é, nos deu uma aula de política nacional e internacional, com detalhes singulares de sua vasta experiência em altas funções no governo. Seus comentários perpassaram toda a história brasileira, desde a colonização até os dias de hoje.

Primeiramente nos explicou a necessidade que os grandes pensadores brasileiros sempre tiveram de entender o País, encontrar a nossa identidade, para que pudéssemos nos expor para o resto do mundo. Na sequência, nos revelou um exemplo pessoal. Nos anos 60, época da ditadura militar no Brasil, ele esteve exilado no Chile. Trabalhou na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), onde eram realizados muitos debates sobre o futuro da região. Segundo ele, a ambição da época dos países latino-americanos era chegar à renda de mil dólares per capita - assim, seriam nações desenvolvidas.

O ex-presidente também falou sobre quando os países começaram a ter interesse no mercado brasileiro, as dificuldades do mundo na época da guerra fria e, na posição de sociólogo, nos explicou que a globalização é o oposto do imperialismo.

Mas acho que a passagem que mais me acrescentou enquanto estudante foi quando FHC falou de seu período na Presidência. Ao ouvir a experiência dele, pude entender um pouco mais sobre o Brasil contemporâneo.

As falas de Fernando Henrique prendiam minha atenção à palestra. Entre elas posso citar sua visão de mundo e das relações internacionais, por exemplo, ao mencionar que o primeiro país a sair da atual crise está sendo o próprio Estados Unidos, por meio de uma nova revolução tecnológica e a busca de novas bases energéticas. Por fim, o ex-presidente respondeu às perguntas feitas pela plateia e nos deixou uma bela mensagem, de que política é construção e o futuro se inventa."

 Foto: Estadão

"O primeiro dia do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri) foi animado e enriquecedor. Animado por reunir alunos dos quatro cantos do Brasil, de diferentes Estados e culturas, e todos com o mesmo intuito: confraternizar e discutir o Brasil no cenário global. E enriquecedor porque tivemos a oportunidade de ouvir dois grandes intelectuais brasileiros, o embaixador Sergio Amaral e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

O embaixador fez uma introdução à fala de Fernando Henrique, respondendo à pergunta chave: por que o Brasil demorou tanto tempo para se internacionalizar? Ele nos apresentou um pouco da história brasileira, lembrando como éramos um país provinciano e fechado com nossas políticas de substituição de importados, além de uma alta inflação associada a instabilidade econômica. Nos confidenciou também passagens únicas vividas quando era ministro no governo FHC, como uma vez em que tiveram uma reunião com Bill Clinton (ex-presidente dos EUA), e o nosso presidente comentou sobre a dificuldade de governar um país onde 230 deputados nunca haviam tirado um passaporte.

Sergio Amaral também destacou a relação Brasil-Mercosul, que tem grande potencial mas até hoje é pouco valorizada, e por isso deveríamos nos atentar mais aos nossos vizinhos. Por fim, nos revelou quão importante foi o governo de FHC, o qual nos proporcionou confiança e estabilidade, dando início a uma nova fase brasileira, de visão e experiência internacional.

Então Fernando Henrique tomou a palavra e, como excelente professor que é, nos deu uma aula de política nacional e internacional, com detalhes singulares de sua vasta experiência em altas funções no governo. Seus comentários perpassaram toda a história brasileira, desde a colonização até os dias de hoje.

Primeiramente nos explicou a necessidade que os grandes pensadores brasileiros sempre tiveram de entender o País, encontrar a nossa identidade, para que pudéssemos nos expor para o resto do mundo. Na sequência, nos revelou um exemplo pessoal. Nos anos 60, época da ditadura militar no Brasil, ele esteve exilado no Chile. Trabalhou na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), onde eram realizados muitos debates sobre o futuro da região. Segundo ele, a ambição da época dos países latino-americanos era chegar à renda de mil dólares per capita - assim, seriam nações desenvolvidas.

O ex-presidente também falou sobre quando os países começaram a ter interesse no mercado brasileiro, as dificuldades do mundo na época da guerra fria e, na posição de sociólogo, nos explicou que a globalização é o oposto do imperialismo.

Mas acho que a passagem que mais me acrescentou enquanto estudante foi quando FHC falou de seu período na Presidência. Ao ouvir a experiência dele, pude entender um pouco mais sobre o Brasil contemporâneo.

As falas de Fernando Henrique prendiam minha atenção à palestra. Entre elas posso citar sua visão de mundo e das relações internacionais, por exemplo, ao mencionar que o primeiro país a sair da atual crise está sendo o próprio Estados Unidos, por meio de uma nova revolução tecnológica e a busca de novas bases energéticas. Por fim, o ex-presidente respondeu às perguntas feitas pela plateia e nos deixou uma bela mensagem, de que política é construção e o futuro se inventa."

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