Professores de SP anunciam greve a partir de segunda contra volta às aulas


Segundo a Apeoesp, paralisação na rede estadual teve apoio de 81,8% dos professores; volta às aulas está marcada para segunda

Por Priscila Mengue e Luiz Carlos Pavão

O sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou nesta sexta-feira, 5, que entrará em greve a partir de segunda, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores. 

Em assembleia realizada nesta sexta com mais de 4 mil docentes, segundo a Apeoesp, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo coronavírus após reuniões de planejamento. A Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de covid em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial. 

O retorno da rede estadual está previsto para 8de fevereiro. Foto: Werther Santana/Estadão
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Para Bebel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual (PT), as escolas públicas do Estado de São Paulo não têm condições de voltar a receber aulas presencialmente. "Há escolas com infiltrações, salas de aulas que não oferecem o distanciamento necessário, sem ventilação necessária, tudo na contra mão de um ambiente seguro e saudável.”

Ela cita ainda as altas taxas de contaminação pelo coronavírus. "Quando a curva não estava tão alta como agora, o governo propôs aula virtual e agora é presencial? Isso para mim não tem lógica. A vacina está tão próxima de nós, o governador foi lá, lutou, mas quer que a gente vá enfrentar a sala de aula sem vacina? E nem nos coloca na primeira fase?”

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que tomará as medidas judiciais cabíveis e que em caso de eventuais faltas, o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação. "Faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas."

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A Seduc lamentou que o sindicato "se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos" e diz que o sindicato "esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares de crianças e adolescentes".

Segundo o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, as escolas estaduais que tiveram registro de casos de covid-19 em funcionários também retomarão as aulas presenciais na segunda-feira, 8. O retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos. “Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão)”, afirma. 

A Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na zona leste, por exemplo, chegou a anunciar que não receberia os alunos na segunda-feira, por causa de contaminações. De acordo com o subsecretário, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. “(Fechar a escola) Não éa melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo”, argumenta.

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Pimentel afirma que o protocolo determinado para a rede estadual é que a instituição seja fechada temporariamente apenas em casos de suspeita de contágio no ambiente escolar (isto é, dois casos ou mais de pessoas com a doença e que tiveram contato entre si em uma situação que não respeitou o distanciamento social ou outros protocolos). Nesse caso, a medida é válida apenas enquanto o local não passa por um processo de sanitização, o que deve ocorrer em cerca de 24 horas.

Escolas estaduais recebem apenas 35% dos estudantes

Nesta sexta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber apenas 35% dos estudantes, mesmo em regiões que avançaram para a fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Nesta fase, o porcentual poderia subir para 70%, mas Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.

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A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8. Segundo o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas. Rossieli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola. O retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Nesta sexta, foi mantido de forma opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela. 

O sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou nesta sexta-feira, 5, que entrará em greve a partir de segunda, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores. 

Em assembleia realizada nesta sexta com mais de 4 mil docentes, segundo a Apeoesp, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo coronavírus após reuniões de planejamento. A Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de covid em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial. 

O retorno da rede estadual está previsto para 8de fevereiro. Foto: Werther Santana/Estadão

Para Bebel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual (PT), as escolas públicas do Estado de São Paulo não têm condições de voltar a receber aulas presencialmente. "Há escolas com infiltrações, salas de aulas que não oferecem o distanciamento necessário, sem ventilação necessária, tudo na contra mão de um ambiente seguro e saudável.”

Ela cita ainda as altas taxas de contaminação pelo coronavírus. "Quando a curva não estava tão alta como agora, o governo propôs aula virtual e agora é presencial? Isso para mim não tem lógica. A vacina está tão próxima de nós, o governador foi lá, lutou, mas quer que a gente vá enfrentar a sala de aula sem vacina? E nem nos coloca na primeira fase?”

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que tomará as medidas judiciais cabíveis e que em caso de eventuais faltas, o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação. "Faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas."

A Seduc lamentou que o sindicato "se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos" e diz que o sindicato "esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares de crianças e adolescentes".

Segundo o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, as escolas estaduais que tiveram registro de casos de covid-19 em funcionários também retomarão as aulas presenciais na segunda-feira, 8. O retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos. “Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão)”, afirma. 

A Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na zona leste, por exemplo, chegou a anunciar que não receberia os alunos na segunda-feira, por causa de contaminações. De acordo com o subsecretário, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. “(Fechar a escola) Não éa melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo”, argumenta.

Pimentel afirma que o protocolo determinado para a rede estadual é que a instituição seja fechada temporariamente apenas em casos de suspeita de contágio no ambiente escolar (isto é, dois casos ou mais de pessoas com a doença e que tiveram contato entre si em uma situação que não respeitou o distanciamento social ou outros protocolos). Nesse caso, a medida é válida apenas enquanto o local não passa por um processo de sanitização, o que deve ocorrer em cerca de 24 horas.

Escolas estaduais recebem apenas 35% dos estudantes

Nesta sexta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber apenas 35% dos estudantes, mesmo em regiões que avançaram para a fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Nesta fase, o porcentual poderia subir para 70%, mas Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.

A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8. Segundo o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas. Rossieli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola. O retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Nesta sexta, foi mantido de forma opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela. 

O sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou nesta sexta-feira, 5, que entrará em greve a partir de segunda, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores. 

Em assembleia realizada nesta sexta com mais de 4 mil docentes, segundo a Apeoesp, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo coronavírus após reuniões de planejamento. A Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de covid em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial. 

O retorno da rede estadual está previsto para 8de fevereiro. Foto: Werther Santana/Estadão

Para Bebel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual (PT), as escolas públicas do Estado de São Paulo não têm condições de voltar a receber aulas presencialmente. "Há escolas com infiltrações, salas de aulas que não oferecem o distanciamento necessário, sem ventilação necessária, tudo na contra mão de um ambiente seguro e saudável.”

Ela cita ainda as altas taxas de contaminação pelo coronavírus. "Quando a curva não estava tão alta como agora, o governo propôs aula virtual e agora é presencial? Isso para mim não tem lógica. A vacina está tão próxima de nós, o governador foi lá, lutou, mas quer que a gente vá enfrentar a sala de aula sem vacina? E nem nos coloca na primeira fase?”

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que tomará as medidas judiciais cabíveis e que em caso de eventuais faltas, o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação. "Faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas."

A Seduc lamentou que o sindicato "se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos" e diz que o sindicato "esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares de crianças e adolescentes".

Segundo o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, as escolas estaduais que tiveram registro de casos de covid-19 em funcionários também retomarão as aulas presenciais na segunda-feira, 8. O retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos. “Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão)”, afirma. 

A Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na zona leste, por exemplo, chegou a anunciar que não receberia os alunos na segunda-feira, por causa de contaminações. De acordo com o subsecretário, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. “(Fechar a escola) Não éa melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo”, argumenta.

Pimentel afirma que o protocolo determinado para a rede estadual é que a instituição seja fechada temporariamente apenas em casos de suspeita de contágio no ambiente escolar (isto é, dois casos ou mais de pessoas com a doença e que tiveram contato entre si em uma situação que não respeitou o distanciamento social ou outros protocolos). Nesse caso, a medida é válida apenas enquanto o local não passa por um processo de sanitização, o que deve ocorrer em cerca de 24 horas.

Escolas estaduais recebem apenas 35% dos estudantes

Nesta sexta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber apenas 35% dos estudantes, mesmo em regiões que avançaram para a fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Nesta fase, o porcentual poderia subir para 70%, mas Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.

A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8. Segundo o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas. Rossieli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola. O retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Nesta sexta, foi mantido de forma opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela. 

O sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou nesta sexta-feira, 5, que entrará em greve a partir de segunda, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores. 

Em assembleia realizada nesta sexta com mais de 4 mil docentes, segundo a Apeoesp, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo coronavírus após reuniões de planejamento. A Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de covid em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial. 

O retorno da rede estadual está previsto para 8de fevereiro. Foto: Werther Santana/Estadão

Para Bebel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual (PT), as escolas públicas do Estado de São Paulo não têm condições de voltar a receber aulas presencialmente. "Há escolas com infiltrações, salas de aulas que não oferecem o distanciamento necessário, sem ventilação necessária, tudo na contra mão de um ambiente seguro e saudável.”

Ela cita ainda as altas taxas de contaminação pelo coronavírus. "Quando a curva não estava tão alta como agora, o governo propôs aula virtual e agora é presencial? Isso para mim não tem lógica. A vacina está tão próxima de nós, o governador foi lá, lutou, mas quer que a gente vá enfrentar a sala de aula sem vacina? E nem nos coloca na primeira fase?”

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que tomará as medidas judiciais cabíveis e que em caso de eventuais faltas, o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação. "Faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas."

A Seduc lamentou que o sindicato "se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos" e diz que o sindicato "esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares de crianças e adolescentes".

Segundo o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, as escolas estaduais que tiveram registro de casos de covid-19 em funcionários também retomarão as aulas presenciais na segunda-feira, 8. O retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos. “Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão)”, afirma. 

A Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na zona leste, por exemplo, chegou a anunciar que não receberia os alunos na segunda-feira, por causa de contaminações. De acordo com o subsecretário, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. “(Fechar a escola) Não éa melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo”, argumenta.

Pimentel afirma que o protocolo determinado para a rede estadual é que a instituição seja fechada temporariamente apenas em casos de suspeita de contágio no ambiente escolar (isto é, dois casos ou mais de pessoas com a doença e que tiveram contato entre si em uma situação que não respeitou o distanciamento social ou outros protocolos). Nesse caso, a medida é válida apenas enquanto o local não passa por um processo de sanitização, o que deve ocorrer em cerca de 24 horas.

Escolas estaduais recebem apenas 35% dos estudantes

Nesta sexta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber apenas 35% dos estudantes, mesmo em regiões que avançaram para a fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Nesta fase, o porcentual poderia subir para 70%, mas Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.

A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8. Segundo o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas. Rossieli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola. O retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Nesta sexta, foi mantido de forma opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela. 

O sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou nesta sexta-feira, 5, que entrará em greve a partir de segunda, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores. 

Em assembleia realizada nesta sexta com mais de 4 mil docentes, segundo a Apeoesp, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo coronavírus após reuniões de planejamento. A Apeoesp fez um levantamento que apontou 147 casos de covid em escolas que tiveram algum tipo de atividade presencial. 

O retorno da rede estadual está previsto para 8de fevereiro. Foto: Werther Santana/Estadão

Para Bebel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual (PT), as escolas públicas do Estado de São Paulo não têm condições de voltar a receber aulas presencialmente. "Há escolas com infiltrações, salas de aulas que não oferecem o distanciamento necessário, sem ventilação necessária, tudo na contra mão de um ambiente seguro e saudável.”

Ela cita ainda as altas taxas de contaminação pelo coronavírus. "Quando a curva não estava tão alta como agora, o governo propôs aula virtual e agora é presencial? Isso para mim não tem lógica. A vacina está tão próxima de nós, o governador foi lá, lutou, mas quer que a gente vá enfrentar a sala de aula sem vacina? E nem nos coloca na primeira fase?”

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou que tomará as medidas judiciais cabíveis e que em caso de eventuais faltas, o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação. "Faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas."

A Seduc lamentou que o sindicato "se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos" e diz que o sindicato "esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental das milhares de crianças e adolescentes".

Segundo o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, as escolas estaduais que tiveram registro de casos de covid-19 em funcionários também retomarão as aulas presenciais na segunda-feira, 8. O retorno será retardado exclusivamente em instituições que estão em obras ou outros impeditivos. “Se seguir direitinho as orientações, respeitar o distanciamento e o uso de equipamentos de uso individual, a chance é pequena (de transmissão)”, afirma. 

A Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na zona leste, por exemplo, chegou a anunciar que não receberia os alunos na segunda-feira, por causa de contaminações. De acordo com o subsecretário, as escolas que tomaram medidas fora dessas orientações são procuradas pela pasta. “(Fechar a escola) Não éa melhor forma de lidar, causa interrupção e até um desconforto na comunidade escolar, um medo”, argumenta.

Pimentel afirma que o protocolo determinado para a rede estadual é que a instituição seja fechada temporariamente apenas em casos de suspeita de contágio no ambiente escolar (isto é, dois casos ou mais de pessoas com a doença e que tiveram contato entre si em uma situação que não respeitou o distanciamento social ou outros protocolos). Nesse caso, a medida é válida apenas enquanto o local não passa por um processo de sanitização, o que deve ocorrer em cerca de 24 horas.

Escolas estaduais recebem apenas 35% dos estudantes

Nesta sexta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que as escolas da rede vão receber apenas 35% dos estudantes, mesmo em regiões que avançaram para a fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Nesta fase, o porcentual poderia subir para 70%, mas Rossieli argumenta que uma mudança agora causaria desinformação entre as famílias.

A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8. Segundo o secretário, o adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas. Rossieli também retirou a obrigatoriedade de os alunos frequentarem as aulas na escola. O retorno passou a ser facultativo nas fases laranja e vermelha. Nesta sexta, foi mantido de forma opcional durante o mês de fevereiro na rede estadual, mesmo durante a fase amarela. 

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