Até a tarde desta quinta-feira o programa Universidade para Todos (ProUni) registrava a adesão de 1.001 instituições privadas de ensino superior, o equivalente a 60% das existentes no País. De acordo com dados do Ministério da Educação, serão oferecidas pelo menos 47.937 bolsas integrais e 33.854 bolsas parciais já no primeiro semestre de 2005. "Nossa pretensão era alcançar em torno de 70 mil bolsas por ano e a tendência é de ultrapassarmos esse número", disse o ministro da Educação, Tarso Genro. O número total de bolsas já ofertadas é de 81.791. No entanto, parte delas é de 50% do valor da mensalidade, o que não estava na projeção do ministério. A conta feita pelo ministro é de que, no segundo semestre as instituições que aderirem vão oferecer o mesmo número de bolsas totais, já que o programa prevê que sejam dadas 10% das vagas oferecidas a cada vestibular como bolsas integrais. Até agora, a Região Sudeste é a que tem a maior oferta de vagas, já que também é a que concentra o maior número de instituições privadas de ensino. São 23,7 mil bolsas integrais e mais 17,9 mil parciais, sendo 14,6 mil integrais e 11,8 mil parciais apenas em São Paulo. O Norte tem a menor oferta por enquanto, 4,4 mil integrais e outras 4,2 mil parciais. Segundo o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, a diferença não é uma confirmação das desigualdades regionais. "São Paulo, por exemplo, tem apenas 7% de vagas públicas no ensino superior. Essa oferta do ProUni vai melhorar esse problema", afirmou. O prazo inicial para as adesões era o dia 29 de outubro. No entanto, a pedido das instituições o MEC decidiu ampliá-lo para a próxima segunda-feira. Até agora, as 1.001 instituições inscritas concentram a oferta de 9.020 cursos. A seleção dos alunos para o ProUni será feita através da classificação no Exame Nacional de Cursos, mas 689 instituições já declararam que pretendem também fazer uma seleção própria.