PUC-SP terá cotas para professores e quer 37% de docentes negros em seis anos


Universidade anuncia que os próximos concursos a partir do segundo semestre deste ano vão selecionar apenas pretos e pardos; índice atual é de 5,34%

Por Redação
Atualização:

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) aprovou nesta quarta-feira, 26, uma meta de ter 37% de seus professores negros em seis anos. Atualmente esse índice é de 5,34%. Para isso, os próximos concursos a partir do segundo semestre deste ano vão apenas selecionar docentes pretos e pardos.

A iniciativa é inédita entre grandes universidades brasileiras. O índice de 37% é uma referência à porcentagem de negros na cidade de São Paulo segundo o IBGE. Nos últimos anos no País, e depois da lei da cotas aprovada em 2012, aumentou o número de instituições com políticas afirmativas no ingresso de alunos. Mas o mesmo não ocorreu entre funcionários e professores.

PUC-SP aprova cota que aumenta para 37% a quantidade de professores negros na universidade. Foto: Sergio Castro/Estadão
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A Universidade de São Paulo (USP), como afirmou ao Estadão no início da sua gestão o atual reitor Gilberto Carlotti Junior, também estuda ter cotas raciais em seus concursos para professores.

Recentemente, a instituição lançou uma bolsa de pós doutorado, de R$ 8 mil, para pesquisadores negros e criou uma lista de docentes pretos que poderão ser chamados para compor bancas de seleção de professores. O objetivo, segundo a nova pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP é incentivar que as bancas tenham, pelo menos, 40% de sua composição formada por representantes de grupos minoritários, como pretos, pardos e indígena. A USP tem hoje 5.412 docentes, 129 se autodeclararam pretos e um indígena

Na PUC-SP, cada unidade terá que chegar aos 37% e o programa pode ser prorrogado se a quantidade não for atingida, segundo a pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias, Monica de Melo. “É uma medida de reconhecimento e reparação e que também agregará saber à universidade, propiciará uma mudanca de bibliografia, com mais autores negros”, disse. “Somos hoje uma universidade branca.”

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A instituição não tem uma política afirmativa para ingresso de alunos negros no vestibular, mas, segundo ela, “é algo que tem que caminhar”. São atualmente 16 mil alunos de graduação e pós na PUC-SP.

Os novos professores negros que serão contratados entrarão em vagas que podem ser abertas por aposentadorias, demissões ou demandas específicas de unidades. Nos últimos seis anos, a PUC contratou 170 docentes. O quadro atual é de 1.200, portanto, para chegar ao índice de 37% serão necessárias mais de 400 contratações. “No imaginário das pessoas pode parecer que não há tantos docentes doutores para concorrer às vagas, mas acho que vamos nos surpreender”, afirmou Monica. Segundo ela, os candidatos às vagas poderão se autodeclarar negros, mas uma comissão externa também fará a identificação.

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) aprovou nesta quarta-feira, 26, uma meta de ter 37% de seus professores negros em seis anos. Atualmente esse índice é de 5,34%. Para isso, os próximos concursos a partir do segundo semestre deste ano vão apenas selecionar docentes pretos e pardos.

A iniciativa é inédita entre grandes universidades brasileiras. O índice de 37% é uma referência à porcentagem de negros na cidade de São Paulo segundo o IBGE. Nos últimos anos no País, e depois da lei da cotas aprovada em 2012, aumentou o número de instituições com políticas afirmativas no ingresso de alunos. Mas o mesmo não ocorreu entre funcionários e professores.

PUC-SP aprova cota que aumenta para 37% a quantidade de professores negros na universidade. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Universidade de São Paulo (USP), como afirmou ao Estadão no início da sua gestão o atual reitor Gilberto Carlotti Junior, também estuda ter cotas raciais em seus concursos para professores.

Recentemente, a instituição lançou uma bolsa de pós doutorado, de R$ 8 mil, para pesquisadores negros e criou uma lista de docentes pretos que poderão ser chamados para compor bancas de seleção de professores. O objetivo, segundo a nova pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP é incentivar que as bancas tenham, pelo menos, 40% de sua composição formada por representantes de grupos minoritários, como pretos, pardos e indígena. A USP tem hoje 5.412 docentes, 129 se autodeclararam pretos e um indígena

Na PUC-SP, cada unidade terá que chegar aos 37% e o programa pode ser prorrogado se a quantidade não for atingida, segundo a pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias, Monica de Melo. “É uma medida de reconhecimento e reparação e que também agregará saber à universidade, propiciará uma mudanca de bibliografia, com mais autores negros”, disse. “Somos hoje uma universidade branca.”

A instituição não tem uma política afirmativa para ingresso de alunos negros no vestibular, mas, segundo ela, “é algo que tem que caminhar”. São atualmente 16 mil alunos de graduação e pós na PUC-SP.

Os novos professores negros que serão contratados entrarão em vagas que podem ser abertas por aposentadorias, demissões ou demandas específicas de unidades. Nos últimos seis anos, a PUC contratou 170 docentes. O quadro atual é de 1.200, portanto, para chegar ao índice de 37% serão necessárias mais de 400 contratações. “No imaginário das pessoas pode parecer que não há tantos docentes doutores para concorrer às vagas, mas acho que vamos nos surpreender”, afirmou Monica. Segundo ela, os candidatos às vagas poderão se autodeclarar negros, mas uma comissão externa também fará a identificação.

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) aprovou nesta quarta-feira, 26, uma meta de ter 37% de seus professores negros em seis anos. Atualmente esse índice é de 5,34%. Para isso, os próximos concursos a partir do segundo semestre deste ano vão apenas selecionar docentes pretos e pardos.

A iniciativa é inédita entre grandes universidades brasileiras. O índice de 37% é uma referência à porcentagem de negros na cidade de São Paulo segundo o IBGE. Nos últimos anos no País, e depois da lei da cotas aprovada em 2012, aumentou o número de instituições com políticas afirmativas no ingresso de alunos. Mas o mesmo não ocorreu entre funcionários e professores.

PUC-SP aprova cota que aumenta para 37% a quantidade de professores negros na universidade. Foto: Sergio Castro/Estadão

A Universidade de São Paulo (USP), como afirmou ao Estadão no início da sua gestão o atual reitor Gilberto Carlotti Junior, também estuda ter cotas raciais em seus concursos para professores.

Recentemente, a instituição lançou uma bolsa de pós doutorado, de R$ 8 mil, para pesquisadores negros e criou uma lista de docentes pretos que poderão ser chamados para compor bancas de seleção de professores. O objetivo, segundo a nova pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP é incentivar que as bancas tenham, pelo menos, 40% de sua composição formada por representantes de grupos minoritários, como pretos, pardos e indígena. A USP tem hoje 5.412 docentes, 129 se autodeclararam pretos e um indígena

Na PUC-SP, cada unidade terá que chegar aos 37% e o programa pode ser prorrogado se a quantidade não for atingida, segundo a pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias, Monica de Melo. “É uma medida de reconhecimento e reparação e que também agregará saber à universidade, propiciará uma mudanca de bibliografia, com mais autores negros”, disse. “Somos hoje uma universidade branca.”

A instituição não tem uma política afirmativa para ingresso de alunos negros no vestibular, mas, segundo ela, “é algo que tem que caminhar”. São atualmente 16 mil alunos de graduação e pós na PUC-SP.

Os novos professores negros que serão contratados entrarão em vagas que podem ser abertas por aposentadorias, demissões ou demandas específicas de unidades. Nos últimos seis anos, a PUC contratou 170 docentes. O quadro atual é de 1.200, portanto, para chegar ao índice de 37% serão necessárias mais de 400 contratações. “No imaginário das pessoas pode parecer que não há tantos docentes doutores para concorrer às vagas, mas acho que vamos nos surpreender”, afirmou Monica. Segundo ela, os candidatos às vagas poderão se autodeclarar negros, mas uma comissão externa também fará a identificação.

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