Quais as vantagens dos cursos livres na carreira profissional?


Mercado de trabalho em transformação faz aumentar cada vez mais a oferta e a procura por formações rápidas

Por Hellen Cerqueira
Atualização:

Foi-se o tempo em que as horas de estudo acabavam depois de conseguir o diploma do ensino básico, da faculdade ou até mesmo de uma pós-graduação. Independente da área de atuação. O mercado de trabalho está em constante evolução, com diferentes ferramentas e tecnologias que criam um novo jeito de trabalhar a todo momento. Para ser um profissional atualizado e capaz de se adequar a essas mudanças, não tem como parar de estudar; e os cursos livres são grandes aliados nessa rotina de educação continuada.

”São cursos rápidos, mais baratos do que os de longa duração e que oferecem maior personalização para a formação”, conta Mary Murashima, diretora de gestão acadêmica da FGV/IDE. “Os programas tradicionais de graduação não dão conta dessa variação de novos saberes e novos dados e confluências entre áreas. Com os adventos da tecnologia, olha só o tanto de coisa que aconteceu em um ano: GPT Technology, Artificial General Intelligence… E não faz muito sentido você começar outra especialização só para se informar sobre isso. Então, o curso livre consegue preencher esses gaps muito específicos”, afirma.

Prédio da FGV, no Rio; instituição possui mais de 180 cursos pagos e outros 150 gratuitos Foto: TASSO MARCELO/ESTADÃO
continua após a publicidade

Os cursos livres também representam uma excelente oportunidade para alunos que estão na primeira graduação ou prestes a definir qual carreira seguir, ao explorar um pouco mais a área de interesse e ter uma prévia do que lhes aguarda no mercado. A FGV, por exemplo, possui um portfólio de mais de 180 cursos pagos e 150 gratuitos de média e curta duração.

Esse sucesso entre os estudantes - dos recém-formados aos líderes empresariais - é tanto que atualmente a plataforma de cursos gratuitos é o portal mais acessado da FGV. Disponível desde 2008, essa plataforma nasceu de uma parceria com a Open Education Global (OEG), que consolidou a fundação como a primeira instituição de ensino brasileira a integrar o consórcio de países que oferecem conteúdos e materiais didáticos gratuitos online. Depois disso, já foram mais de 16 milhões de inscritos e 8,5 milhões de declarações emitidas.

A era da educação a distância

continua após a publicidade

Durante e depois do isolamento social causado pela propagação da covid-19, um formato diferente de estudo ganhou mais força e popularidade: a educação a distância. “Toda a realidade dos cursos a distância mudou muito durante a pandemia. Sem poder estudar presencialmente, as pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a verdadeira face do EAD, reconhecer as vantagens e abrir mão dos preconceitos”, avalia Murashima.

E isso se reflete na oferta e procura por cursos livres. Antes da pandemia, a plataforma de cursos gratuitos online da FGV recebia de 700 a 900 mil inscrições. Em 2020, porém, a quantidade de alunos inscritos atingiu a casa de 2 milhões. Já em 2022, 97% dos alunos matriculados em cursos pagos de curta e média duração optaram por programas a distância, síncronos (com aulas ao vivo) ou assíncronos (aulas gravadas).

A fim de atender a essa demanda por cursos livres e a distância, organizações educacionais começaram a elaborar estratégias para ofertar esse tipo de curso ao público geral, não apenas aos estudantes da própria instituição. Como é o caso da Ânima Educação, com a plataforma One Learning. “É uma experiência de aprendizado para complementar a formação de pessoas que já atuam no mercado de trabalho ou não, possibilitando que incluam novas habilidades e competências aos currículos, incentivando a descoberta de potencialidades”, afirma Rodrigo Rossetto Dias Ramos, vice-presidente de serviços acadêmicos da Ânima Educação.

continua após a publicidade

A plataforma ainda está na fase de lançamento, mas já conta com mais de 130 cursos (síncronos ou assíncronos) em dez áreas de conhecimento, com durações que variam de 8 a 160 horas. O objetivo é atingir estudantes de instituições que pertencem ou não ao Ecossistema Ânima, de todas as faixas etárias e de diferentes níveis de escolaridade. Um dos cursos ofertados é o “Descomplicando o Podcast: Aprenda com quem faz”, fruto de uma parceria com o Spotify. Aborda um assunto de muito interesse no momento e pode ser realizado independentemente do nível de formação e área de atuação.

Da psicologia à educação, de entregadores à c-levels, os cursos livres ainda oferecem a oportunidade de crescimento profissional contínuo. “Estudar e aprender novas competências para lidar com velhas questões é importante em todas as áreas de conhecimento”, reforça Rodrigo.

Em busca de oportunidades

continua após a publicidade

Para o entregador Allan Araujo, fazer um curso de curta ou média duração representa a possibilidade de migrar para uma área mais especializada sem precisar fazer uma graduação. Ele trabalha com entrega de botijão de gás desde os 15 anos de idade. Hoje, com 31 anos e ensino médio completo, faz curso na Escola Senai “Roberto Simonsen” para se tornar gasista de ligação, um mercado que carece de profissionais qualificados. A previsão para concluir o curso é final de junho deste ano, mas Allan já tem planos para o futuro. “Quero estudar mais e mais, ser uma referência nesse ramo. O meu objetivo é conseguir abrir a minha empresa”.

Os cursos livres também foram um divisor de águas para a carreira da assistente de recrutamento e seleção Bruna Guerreiro, de 23 anos. Cursando o último semestre de Psicologia na Unip e o quarto semestre de Administração EAD na Anhembi Morumbi, Bruna já fez seis cursos livres gratuitos voltados para a área de recrutamento e seleção e desenvolvimento de carreira - um deles de “Introdução à Gestão de Recursos Humanos”, da FGV. “Eu comecei a fazer os cursos com 19 anos, para demonstrar meu interesse na área. Consegui meu primeiro estágio em uma multinacional apenas com esses cursos no meu currículo, pois só tinha experiências informais e não remuneradas na área. Os cursos foram valiosos para a minha carreira.”

Foi-se o tempo em que as horas de estudo acabavam depois de conseguir o diploma do ensino básico, da faculdade ou até mesmo de uma pós-graduação. Independente da área de atuação. O mercado de trabalho está em constante evolução, com diferentes ferramentas e tecnologias que criam um novo jeito de trabalhar a todo momento. Para ser um profissional atualizado e capaz de se adequar a essas mudanças, não tem como parar de estudar; e os cursos livres são grandes aliados nessa rotina de educação continuada.

”São cursos rápidos, mais baratos do que os de longa duração e que oferecem maior personalização para a formação”, conta Mary Murashima, diretora de gestão acadêmica da FGV/IDE. “Os programas tradicionais de graduação não dão conta dessa variação de novos saberes e novos dados e confluências entre áreas. Com os adventos da tecnologia, olha só o tanto de coisa que aconteceu em um ano: GPT Technology, Artificial General Intelligence… E não faz muito sentido você começar outra especialização só para se informar sobre isso. Então, o curso livre consegue preencher esses gaps muito específicos”, afirma.

Prédio da FGV, no Rio; instituição possui mais de 180 cursos pagos e outros 150 gratuitos Foto: TASSO MARCELO/ESTADÃO

Os cursos livres também representam uma excelente oportunidade para alunos que estão na primeira graduação ou prestes a definir qual carreira seguir, ao explorar um pouco mais a área de interesse e ter uma prévia do que lhes aguarda no mercado. A FGV, por exemplo, possui um portfólio de mais de 180 cursos pagos e 150 gratuitos de média e curta duração.

Esse sucesso entre os estudantes - dos recém-formados aos líderes empresariais - é tanto que atualmente a plataforma de cursos gratuitos é o portal mais acessado da FGV. Disponível desde 2008, essa plataforma nasceu de uma parceria com a Open Education Global (OEG), que consolidou a fundação como a primeira instituição de ensino brasileira a integrar o consórcio de países que oferecem conteúdos e materiais didáticos gratuitos online. Depois disso, já foram mais de 16 milhões de inscritos e 8,5 milhões de declarações emitidas.

A era da educação a distância

Durante e depois do isolamento social causado pela propagação da covid-19, um formato diferente de estudo ganhou mais força e popularidade: a educação a distância. “Toda a realidade dos cursos a distância mudou muito durante a pandemia. Sem poder estudar presencialmente, as pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a verdadeira face do EAD, reconhecer as vantagens e abrir mão dos preconceitos”, avalia Murashima.

E isso se reflete na oferta e procura por cursos livres. Antes da pandemia, a plataforma de cursos gratuitos online da FGV recebia de 700 a 900 mil inscrições. Em 2020, porém, a quantidade de alunos inscritos atingiu a casa de 2 milhões. Já em 2022, 97% dos alunos matriculados em cursos pagos de curta e média duração optaram por programas a distância, síncronos (com aulas ao vivo) ou assíncronos (aulas gravadas).

A fim de atender a essa demanda por cursos livres e a distância, organizações educacionais começaram a elaborar estratégias para ofertar esse tipo de curso ao público geral, não apenas aos estudantes da própria instituição. Como é o caso da Ânima Educação, com a plataforma One Learning. “É uma experiência de aprendizado para complementar a formação de pessoas que já atuam no mercado de trabalho ou não, possibilitando que incluam novas habilidades e competências aos currículos, incentivando a descoberta de potencialidades”, afirma Rodrigo Rossetto Dias Ramos, vice-presidente de serviços acadêmicos da Ânima Educação.

A plataforma ainda está na fase de lançamento, mas já conta com mais de 130 cursos (síncronos ou assíncronos) em dez áreas de conhecimento, com durações que variam de 8 a 160 horas. O objetivo é atingir estudantes de instituições que pertencem ou não ao Ecossistema Ânima, de todas as faixas etárias e de diferentes níveis de escolaridade. Um dos cursos ofertados é o “Descomplicando o Podcast: Aprenda com quem faz”, fruto de uma parceria com o Spotify. Aborda um assunto de muito interesse no momento e pode ser realizado independentemente do nível de formação e área de atuação.

Da psicologia à educação, de entregadores à c-levels, os cursos livres ainda oferecem a oportunidade de crescimento profissional contínuo. “Estudar e aprender novas competências para lidar com velhas questões é importante em todas as áreas de conhecimento”, reforça Rodrigo.

Em busca de oportunidades

Para o entregador Allan Araujo, fazer um curso de curta ou média duração representa a possibilidade de migrar para uma área mais especializada sem precisar fazer uma graduação. Ele trabalha com entrega de botijão de gás desde os 15 anos de idade. Hoje, com 31 anos e ensino médio completo, faz curso na Escola Senai “Roberto Simonsen” para se tornar gasista de ligação, um mercado que carece de profissionais qualificados. A previsão para concluir o curso é final de junho deste ano, mas Allan já tem planos para o futuro. “Quero estudar mais e mais, ser uma referência nesse ramo. O meu objetivo é conseguir abrir a minha empresa”.

Os cursos livres também foram um divisor de águas para a carreira da assistente de recrutamento e seleção Bruna Guerreiro, de 23 anos. Cursando o último semestre de Psicologia na Unip e o quarto semestre de Administração EAD na Anhembi Morumbi, Bruna já fez seis cursos livres gratuitos voltados para a área de recrutamento e seleção e desenvolvimento de carreira - um deles de “Introdução à Gestão de Recursos Humanos”, da FGV. “Eu comecei a fazer os cursos com 19 anos, para demonstrar meu interesse na área. Consegui meu primeiro estágio em uma multinacional apenas com esses cursos no meu currículo, pois só tinha experiências informais e não remuneradas na área. Os cursos foram valiosos para a minha carreira.”

Foi-se o tempo em que as horas de estudo acabavam depois de conseguir o diploma do ensino básico, da faculdade ou até mesmo de uma pós-graduação. Independente da área de atuação. O mercado de trabalho está em constante evolução, com diferentes ferramentas e tecnologias que criam um novo jeito de trabalhar a todo momento. Para ser um profissional atualizado e capaz de se adequar a essas mudanças, não tem como parar de estudar; e os cursos livres são grandes aliados nessa rotina de educação continuada.

”São cursos rápidos, mais baratos do que os de longa duração e que oferecem maior personalização para a formação”, conta Mary Murashima, diretora de gestão acadêmica da FGV/IDE. “Os programas tradicionais de graduação não dão conta dessa variação de novos saberes e novos dados e confluências entre áreas. Com os adventos da tecnologia, olha só o tanto de coisa que aconteceu em um ano: GPT Technology, Artificial General Intelligence… E não faz muito sentido você começar outra especialização só para se informar sobre isso. Então, o curso livre consegue preencher esses gaps muito específicos”, afirma.

Prédio da FGV, no Rio; instituição possui mais de 180 cursos pagos e outros 150 gratuitos Foto: TASSO MARCELO/ESTADÃO

Os cursos livres também representam uma excelente oportunidade para alunos que estão na primeira graduação ou prestes a definir qual carreira seguir, ao explorar um pouco mais a área de interesse e ter uma prévia do que lhes aguarda no mercado. A FGV, por exemplo, possui um portfólio de mais de 180 cursos pagos e 150 gratuitos de média e curta duração.

Esse sucesso entre os estudantes - dos recém-formados aos líderes empresariais - é tanto que atualmente a plataforma de cursos gratuitos é o portal mais acessado da FGV. Disponível desde 2008, essa plataforma nasceu de uma parceria com a Open Education Global (OEG), que consolidou a fundação como a primeira instituição de ensino brasileira a integrar o consórcio de países que oferecem conteúdos e materiais didáticos gratuitos online. Depois disso, já foram mais de 16 milhões de inscritos e 8,5 milhões de declarações emitidas.

A era da educação a distância

Durante e depois do isolamento social causado pela propagação da covid-19, um formato diferente de estudo ganhou mais força e popularidade: a educação a distância. “Toda a realidade dos cursos a distância mudou muito durante a pandemia. Sem poder estudar presencialmente, as pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a verdadeira face do EAD, reconhecer as vantagens e abrir mão dos preconceitos”, avalia Murashima.

E isso se reflete na oferta e procura por cursos livres. Antes da pandemia, a plataforma de cursos gratuitos online da FGV recebia de 700 a 900 mil inscrições. Em 2020, porém, a quantidade de alunos inscritos atingiu a casa de 2 milhões. Já em 2022, 97% dos alunos matriculados em cursos pagos de curta e média duração optaram por programas a distância, síncronos (com aulas ao vivo) ou assíncronos (aulas gravadas).

A fim de atender a essa demanda por cursos livres e a distância, organizações educacionais começaram a elaborar estratégias para ofertar esse tipo de curso ao público geral, não apenas aos estudantes da própria instituição. Como é o caso da Ânima Educação, com a plataforma One Learning. “É uma experiência de aprendizado para complementar a formação de pessoas que já atuam no mercado de trabalho ou não, possibilitando que incluam novas habilidades e competências aos currículos, incentivando a descoberta de potencialidades”, afirma Rodrigo Rossetto Dias Ramos, vice-presidente de serviços acadêmicos da Ânima Educação.

A plataforma ainda está na fase de lançamento, mas já conta com mais de 130 cursos (síncronos ou assíncronos) em dez áreas de conhecimento, com durações que variam de 8 a 160 horas. O objetivo é atingir estudantes de instituições que pertencem ou não ao Ecossistema Ânima, de todas as faixas etárias e de diferentes níveis de escolaridade. Um dos cursos ofertados é o “Descomplicando o Podcast: Aprenda com quem faz”, fruto de uma parceria com o Spotify. Aborda um assunto de muito interesse no momento e pode ser realizado independentemente do nível de formação e área de atuação.

Da psicologia à educação, de entregadores à c-levels, os cursos livres ainda oferecem a oportunidade de crescimento profissional contínuo. “Estudar e aprender novas competências para lidar com velhas questões é importante em todas as áreas de conhecimento”, reforça Rodrigo.

Em busca de oportunidades

Para o entregador Allan Araujo, fazer um curso de curta ou média duração representa a possibilidade de migrar para uma área mais especializada sem precisar fazer uma graduação. Ele trabalha com entrega de botijão de gás desde os 15 anos de idade. Hoje, com 31 anos e ensino médio completo, faz curso na Escola Senai “Roberto Simonsen” para se tornar gasista de ligação, um mercado que carece de profissionais qualificados. A previsão para concluir o curso é final de junho deste ano, mas Allan já tem planos para o futuro. “Quero estudar mais e mais, ser uma referência nesse ramo. O meu objetivo é conseguir abrir a minha empresa”.

Os cursos livres também foram um divisor de águas para a carreira da assistente de recrutamento e seleção Bruna Guerreiro, de 23 anos. Cursando o último semestre de Psicologia na Unip e o quarto semestre de Administração EAD na Anhembi Morumbi, Bruna já fez seis cursos livres gratuitos voltados para a área de recrutamento e seleção e desenvolvimento de carreira - um deles de “Introdução à Gestão de Recursos Humanos”, da FGV. “Eu comecei a fazer os cursos com 19 anos, para demonstrar meu interesse na área. Consegui meu primeiro estágio em uma multinacional apenas com esses cursos no meu currículo, pois só tinha experiências informais e não remuneradas na área. Os cursos foram valiosos para a minha carreira.”

Foi-se o tempo em que as horas de estudo acabavam depois de conseguir o diploma do ensino básico, da faculdade ou até mesmo de uma pós-graduação. Independente da área de atuação. O mercado de trabalho está em constante evolução, com diferentes ferramentas e tecnologias que criam um novo jeito de trabalhar a todo momento. Para ser um profissional atualizado e capaz de se adequar a essas mudanças, não tem como parar de estudar; e os cursos livres são grandes aliados nessa rotina de educação continuada.

”São cursos rápidos, mais baratos do que os de longa duração e que oferecem maior personalização para a formação”, conta Mary Murashima, diretora de gestão acadêmica da FGV/IDE. “Os programas tradicionais de graduação não dão conta dessa variação de novos saberes e novos dados e confluências entre áreas. Com os adventos da tecnologia, olha só o tanto de coisa que aconteceu em um ano: GPT Technology, Artificial General Intelligence… E não faz muito sentido você começar outra especialização só para se informar sobre isso. Então, o curso livre consegue preencher esses gaps muito específicos”, afirma.

Prédio da FGV, no Rio; instituição possui mais de 180 cursos pagos e outros 150 gratuitos Foto: TASSO MARCELO/ESTADÃO

Os cursos livres também representam uma excelente oportunidade para alunos que estão na primeira graduação ou prestes a definir qual carreira seguir, ao explorar um pouco mais a área de interesse e ter uma prévia do que lhes aguarda no mercado. A FGV, por exemplo, possui um portfólio de mais de 180 cursos pagos e 150 gratuitos de média e curta duração.

Esse sucesso entre os estudantes - dos recém-formados aos líderes empresariais - é tanto que atualmente a plataforma de cursos gratuitos é o portal mais acessado da FGV. Disponível desde 2008, essa plataforma nasceu de uma parceria com a Open Education Global (OEG), que consolidou a fundação como a primeira instituição de ensino brasileira a integrar o consórcio de países que oferecem conteúdos e materiais didáticos gratuitos online. Depois disso, já foram mais de 16 milhões de inscritos e 8,5 milhões de declarações emitidas.

A era da educação a distância

Durante e depois do isolamento social causado pela propagação da covid-19, um formato diferente de estudo ganhou mais força e popularidade: a educação a distância. “Toda a realidade dos cursos a distância mudou muito durante a pandemia. Sem poder estudar presencialmente, as pessoas tiveram a oportunidade de conhecer a verdadeira face do EAD, reconhecer as vantagens e abrir mão dos preconceitos”, avalia Murashima.

E isso se reflete na oferta e procura por cursos livres. Antes da pandemia, a plataforma de cursos gratuitos online da FGV recebia de 700 a 900 mil inscrições. Em 2020, porém, a quantidade de alunos inscritos atingiu a casa de 2 milhões. Já em 2022, 97% dos alunos matriculados em cursos pagos de curta e média duração optaram por programas a distância, síncronos (com aulas ao vivo) ou assíncronos (aulas gravadas).

A fim de atender a essa demanda por cursos livres e a distância, organizações educacionais começaram a elaborar estratégias para ofertar esse tipo de curso ao público geral, não apenas aos estudantes da própria instituição. Como é o caso da Ânima Educação, com a plataforma One Learning. “É uma experiência de aprendizado para complementar a formação de pessoas que já atuam no mercado de trabalho ou não, possibilitando que incluam novas habilidades e competências aos currículos, incentivando a descoberta de potencialidades”, afirma Rodrigo Rossetto Dias Ramos, vice-presidente de serviços acadêmicos da Ânima Educação.

A plataforma ainda está na fase de lançamento, mas já conta com mais de 130 cursos (síncronos ou assíncronos) em dez áreas de conhecimento, com durações que variam de 8 a 160 horas. O objetivo é atingir estudantes de instituições que pertencem ou não ao Ecossistema Ânima, de todas as faixas etárias e de diferentes níveis de escolaridade. Um dos cursos ofertados é o “Descomplicando o Podcast: Aprenda com quem faz”, fruto de uma parceria com o Spotify. Aborda um assunto de muito interesse no momento e pode ser realizado independentemente do nível de formação e área de atuação.

Da psicologia à educação, de entregadores à c-levels, os cursos livres ainda oferecem a oportunidade de crescimento profissional contínuo. “Estudar e aprender novas competências para lidar com velhas questões é importante em todas as áreas de conhecimento”, reforça Rodrigo.

Em busca de oportunidades

Para o entregador Allan Araujo, fazer um curso de curta ou média duração representa a possibilidade de migrar para uma área mais especializada sem precisar fazer uma graduação. Ele trabalha com entrega de botijão de gás desde os 15 anos de idade. Hoje, com 31 anos e ensino médio completo, faz curso na Escola Senai “Roberto Simonsen” para se tornar gasista de ligação, um mercado que carece de profissionais qualificados. A previsão para concluir o curso é final de junho deste ano, mas Allan já tem planos para o futuro. “Quero estudar mais e mais, ser uma referência nesse ramo. O meu objetivo é conseguir abrir a minha empresa”.

Os cursos livres também foram um divisor de águas para a carreira da assistente de recrutamento e seleção Bruna Guerreiro, de 23 anos. Cursando o último semestre de Psicologia na Unip e o quarto semestre de Administração EAD na Anhembi Morumbi, Bruna já fez seis cursos livres gratuitos voltados para a área de recrutamento e seleção e desenvolvimento de carreira - um deles de “Introdução à Gestão de Recursos Humanos”, da FGV. “Eu comecei a fazer os cursos com 19 anos, para demonstrar meu interesse na área. Consegui meu primeiro estágio em uma multinacional apenas com esses cursos no meu currículo, pois só tinha experiências informais e não remuneradas na área. Os cursos foram valiosos para a minha carreira.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.