Opinião|‘Quem é contra o racismo é a favor da diversidade, da história e da democracia’


Vice-diretora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp em São José do Rio Preto afirma que reconhecimento das diferenças deve ser visto como valor, não como problema

Por Monica Abrantes Galindo

Angela Davis é uma ativista pelos direitos humanos afro-americana que popularizou entre muitos grupos por aqui a ideia que não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. É preciso combater, ir contra atitudes e ações racistas pessoais, coletivas, concretas, simbólicas, institucionais, enfim, é necessário empenhar-se em ações contra a desqualificação e subalternização de alguns em função de elementos físicos de uma suposta raça.

A dinâmica atual das redes sociais nos ensina que o tão desejado engajamento nada tem a ver com concordar ou discordar de algo, o que conta é se manifestar. Os “likes” ou “dislikes” valem a mesma coisa, significam que o assunto mereceu nosso posicionamento. A antiga máxima “falem mal ou falem bem, mas falem de mim” ressuscita digitalmente.

Nesse sentido, para aqueles que querem acabar com o racismo, ser contra o racismo deve significar também buscar compreender que, quem é contra o racismo, é a favor do que?

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Monica Galindo, vice-diretora do Ibilce/Unesp em São José do Rio Preto, defende o engajamento em ações que combatam efetivamente o racismo Foto: Eliane Cristina Gonçalves do Nascimento

Quem é contra o racismo é a favor da democracia. Não podemos falar de democracia se temos uma hierarquização das nossas diferenças. A luta por igualdade de direitos entende que as diferenças entre nós não podem resultar em diferenças de direitos e possibilidades sociais entre nós.

Quem é antirracista é a favor da pluralidade de culturas. O racismo teve um início e tem mudado com o passar do tempo. Por isso, a ideia de racialização nos ajuda a entender o racismo como um processo que tem origem no colonialismo europeu.

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Para dominar é preciso desqualificar os dominados. E uma desqualificação completa passa, dentre outras, pela desqualificação dos conhecimentos, dos hábitos, da beleza, da história, das visões de mundo. Ser antirracista é ser a favor do reconhecimento e valorização dessa diversidade.

Quem é contra o racismo é a favor do conhecimento da história da humanidade, a partir da história de todos os diversos povos e etnias que compõem nosso mundo. Quem é antirracista é a favor de formas diferenciadas de lidar com o divino e com a espiritualidade, o que inclui religiões de matrizes diferentes das judaico-cristãs.

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O antirracista é a favor da diversidade de formas de se relacionar com a natureza, como ser parte da natureza, conforme nos ensinam os quilombolas e os povos indígenas. E nesse sentido, é a favor de uma educação que reconheça e valorize as culturas para além da Europa e América do Norte, e busque uma mudança de currículo em que essas outras culturas, histórias, tecnologias e conhecimentos sejam também contemplados.

Nossa sociedade já foi abertamente racista. Foi desafiada por Davis a ultrapassar o fato de não ser racista, sendo também antirracista. Talvez nosso próximo e simultâneo passo deva ser, além de continuar revelando o racismo para combatê-lo de frente, engajar-se positivamente nas ações que o combatam através do seu aniquilamento, sendo a favor da diversidade e do reconhecimento de nossas diferenças como valor, não como problema.

Angela Davis é uma ativista pelos direitos humanos afro-americana que popularizou entre muitos grupos por aqui a ideia que não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. É preciso combater, ir contra atitudes e ações racistas pessoais, coletivas, concretas, simbólicas, institucionais, enfim, é necessário empenhar-se em ações contra a desqualificação e subalternização de alguns em função de elementos físicos de uma suposta raça.

A dinâmica atual das redes sociais nos ensina que o tão desejado engajamento nada tem a ver com concordar ou discordar de algo, o que conta é se manifestar. Os “likes” ou “dislikes” valem a mesma coisa, significam que o assunto mereceu nosso posicionamento. A antiga máxima “falem mal ou falem bem, mas falem de mim” ressuscita digitalmente.

Nesse sentido, para aqueles que querem acabar com o racismo, ser contra o racismo deve significar também buscar compreender que, quem é contra o racismo, é a favor do que?

Monica Galindo, vice-diretora do Ibilce/Unesp em São José do Rio Preto, defende o engajamento em ações que combatam efetivamente o racismo Foto: Eliane Cristina Gonçalves do Nascimento

Quem é contra o racismo é a favor da democracia. Não podemos falar de democracia se temos uma hierarquização das nossas diferenças. A luta por igualdade de direitos entende que as diferenças entre nós não podem resultar em diferenças de direitos e possibilidades sociais entre nós.

Quem é antirracista é a favor da pluralidade de culturas. O racismo teve um início e tem mudado com o passar do tempo. Por isso, a ideia de racialização nos ajuda a entender o racismo como um processo que tem origem no colonialismo europeu.

Para dominar é preciso desqualificar os dominados. E uma desqualificação completa passa, dentre outras, pela desqualificação dos conhecimentos, dos hábitos, da beleza, da história, das visões de mundo. Ser antirracista é ser a favor do reconhecimento e valorização dessa diversidade.

Quem é contra o racismo é a favor do conhecimento da história da humanidade, a partir da história de todos os diversos povos e etnias que compõem nosso mundo. Quem é antirracista é a favor de formas diferenciadas de lidar com o divino e com a espiritualidade, o que inclui religiões de matrizes diferentes das judaico-cristãs.

O antirracista é a favor da diversidade de formas de se relacionar com a natureza, como ser parte da natureza, conforme nos ensinam os quilombolas e os povos indígenas. E nesse sentido, é a favor de uma educação que reconheça e valorize as culturas para além da Europa e América do Norte, e busque uma mudança de currículo em que essas outras culturas, histórias, tecnologias e conhecimentos sejam também contemplados.

Nossa sociedade já foi abertamente racista. Foi desafiada por Davis a ultrapassar o fato de não ser racista, sendo também antirracista. Talvez nosso próximo e simultâneo passo deva ser, além de continuar revelando o racismo para combatê-lo de frente, engajar-se positivamente nas ações que o combatam através do seu aniquilamento, sendo a favor da diversidade e do reconhecimento de nossas diferenças como valor, não como problema.

Angela Davis é uma ativista pelos direitos humanos afro-americana que popularizou entre muitos grupos por aqui a ideia que não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. É preciso combater, ir contra atitudes e ações racistas pessoais, coletivas, concretas, simbólicas, institucionais, enfim, é necessário empenhar-se em ações contra a desqualificação e subalternização de alguns em função de elementos físicos de uma suposta raça.

A dinâmica atual das redes sociais nos ensina que o tão desejado engajamento nada tem a ver com concordar ou discordar de algo, o que conta é se manifestar. Os “likes” ou “dislikes” valem a mesma coisa, significam que o assunto mereceu nosso posicionamento. A antiga máxima “falem mal ou falem bem, mas falem de mim” ressuscita digitalmente.

Nesse sentido, para aqueles que querem acabar com o racismo, ser contra o racismo deve significar também buscar compreender que, quem é contra o racismo, é a favor do que?

Monica Galindo, vice-diretora do Ibilce/Unesp em São José do Rio Preto, defende o engajamento em ações que combatam efetivamente o racismo Foto: Eliane Cristina Gonçalves do Nascimento

Quem é contra o racismo é a favor da democracia. Não podemos falar de democracia se temos uma hierarquização das nossas diferenças. A luta por igualdade de direitos entende que as diferenças entre nós não podem resultar em diferenças de direitos e possibilidades sociais entre nós.

Quem é antirracista é a favor da pluralidade de culturas. O racismo teve um início e tem mudado com o passar do tempo. Por isso, a ideia de racialização nos ajuda a entender o racismo como um processo que tem origem no colonialismo europeu.

Para dominar é preciso desqualificar os dominados. E uma desqualificação completa passa, dentre outras, pela desqualificação dos conhecimentos, dos hábitos, da beleza, da história, das visões de mundo. Ser antirracista é ser a favor do reconhecimento e valorização dessa diversidade.

Quem é contra o racismo é a favor do conhecimento da história da humanidade, a partir da história de todos os diversos povos e etnias que compõem nosso mundo. Quem é antirracista é a favor de formas diferenciadas de lidar com o divino e com a espiritualidade, o que inclui religiões de matrizes diferentes das judaico-cristãs.

O antirracista é a favor da diversidade de formas de se relacionar com a natureza, como ser parte da natureza, conforme nos ensinam os quilombolas e os povos indígenas. E nesse sentido, é a favor de uma educação que reconheça e valorize as culturas para além da Europa e América do Norte, e busque uma mudança de currículo em que essas outras culturas, histórias, tecnologias e conhecimentos sejam também contemplados.

Nossa sociedade já foi abertamente racista. Foi desafiada por Davis a ultrapassar o fato de não ser racista, sendo também antirracista. Talvez nosso próximo e simultâneo passo deva ser, além de continuar revelando o racismo para combatê-lo de frente, engajar-se positivamente nas ações que o combatam através do seu aniquilamento, sendo a favor da diversidade e do reconhecimento de nossas diferenças como valor, não como problema.

Angela Davis é uma ativista pelos direitos humanos afro-americana que popularizou entre muitos grupos por aqui a ideia que não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. É preciso combater, ir contra atitudes e ações racistas pessoais, coletivas, concretas, simbólicas, institucionais, enfim, é necessário empenhar-se em ações contra a desqualificação e subalternização de alguns em função de elementos físicos de uma suposta raça.

A dinâmica atual das redes sociais nos ensina que o tão desejado engajamento nada tem a ver com concordar ou discordar de algo, o que conta é se manifestar. Os “likes” ou “dislikes” valem a mesma coisa, significam que o assunto mereceu nosso posicionamento. A antiga máxima “falem mal ou falem bem, mas falem de mim” ressuscita digitalmente.

Nesse sentido, para aqueles que querem acabar com o racismo, ser contra o racismo deve significar também buscar compreender que, quem é contra o racismo, é a favor do que?

Monica Galindo, vice-diretora do Ibilce/Unesp em São José do Rio Preto, defende o engajamento em ações que combatam efetivamente o racismo Foto: Eliane Cristina Gonçalves do Nascimento

Quem é contra o racismo é a favor da democracia. Não podemos falar de democracia se temos uma hierarquização das nossas diferenças. A luta por igualdade de direitos entende que as diferenças entre nós não podem resultar em diferenças de direitos e possibilidades sociais entre nós.

Quem é antirracista é a favor da pluralidade de culturas. O racismo teve um início e tem mudado com o passar do tempo. Por isso, a ideia de racialização nos ajuda a entender o racismo como um processo que tem origem no colonialismo europeu.

Para dominar é preciso desqualificar os dominados. E uma desqualificação completa passa, dentre outras, pela desqualificação dos conhecimentos, dos hábitos, da beleza, da história, das visões de mundo. Ser antirracista é ser a favor do reconhecimento e valorização dessa diversidade.

Quem é contra o racismo é a favor do conhecimento da história da humanidade, a partir da história de todos os diversos povos e etnias que compõem nosso mundo. Quem é antirracista é a favor de formas diferenciadas de lidar com o divino e com a espiritualidade, o que inclui religiões de matrizes diferentes das judaico-cristãs.

O antirracista é a favor da diversidade de formas de se relacionar com a natureza, como ser parte da natureza, conforme nos ensinam os quilombolas e os povos indígenas. E nesse sentido, é a favor de uma educação que reconheça e valorize as culturas para além da Europa e América do Norte, e busque uma mudança de currículo em que essas outras culturas, histórias, tecnologias e conhecimentos sejam também contemplados.

Nossa sociedade já foi abertamente racista. Foi desafiada por Davis a ultrapassar o fato de não ser racista, sendo também antirracista. Talvez nosso próximo e simultâneo passo deva ser, além de continuar revelando o racismo para combatê-lo de frente, engajar-se positivamente nas ações que o combatam através do seu aniquilamento, sendo a favor da diversidade e do reconhecimento de nossas diferenças como valor, não como problema.

Opinião por Monica Abrantes Galindo

Professora, vice-diretora do IBILCE UNESP em São José do Rio Preto e coautora do livro Interdisciplinaridade, Interculturalidade e Interseccionalidade

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