Como reinventar a escola? Repetir o mantra de Helsinque


Antes mesmo da pandemia, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não tinham completado a escola porque abandonaram ou nunca começaram, segundo o IBGE. As razões eram a necessidade de trabalhar e o desinteresse por uma escola chata

Por Renata Cafardo

Como seria a escola que inventaríamos hoje, se ela nunca tivesse sido inventada? Essa pergunta é usada em cursos de atualização para professores de Helsinque, na Finlândia. É uma maneira de estimular quem ensina a refletir sobre suas práticas, mesmo no país referência em educação mundialmente.

A bela dica foi dada pela secretária de Educação da capital finlandesa, Marjo Kyllonen, em um seminário do Sesi na semana passada que discutia o novo ensino médio no Brasil. Na educação – no Brasil e até na Finlândia – mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia. 

Só que o País aprovou uma lei que diz que em 2022 o ensino médio vai ter de ser outro, em todas as escolas públicas e particulares. Antes mesmo da pandemia, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não tinham completado a escola porque abandonaram ou nunca começaram, segundo o IBGE. As razões eram a necessidade de trabalhar – que só aumentou com a covid – e o desinteresse por uma escola chata. A ideia da reforma do ensino médio é tentar resolver as duas coisas. A parte mais fácil de entender é que as atuais 13 disciplinas serão divididas em áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A mensagem é: os conhecimentos não são compartimentados. Estudar Filosofia não exclui História, por exemplo, e ambas agora farão parte das ciências humanas. Assim como Química e Biologia se complementam. Os alunos ainda poderão escolher o que querem estudar, valorizando a autonomia e o autoconhecimento.Só Português e Matemática serão obrigatórias nos três anos do médio. A escola vai ter que oferecer caminhos; comunicação, robótica, tecnologia, cinema etc. Até o ensino técnico vai ser opção. A intenção é superar a ideia de que educação e trabalho são concorrentes. Mas para a lei entrar na escola, os Estados devem refazer seus currículos; nem todos terminaram. É preciso ter parcerias para oferecer opções de formação atrativas. Os professores ainda devem ser formados para trabalhar juntos, por áreas de conhecimento. Nada muda também se um docente dá aulas em três escolas para se sustentar. Mal conhece o aluno, difícil ajudar a pensar seu futuro. E ainda o professor precisa entender que não é mais o dono da informação. A aula é outra na escola que inventaríamos hoje. Sua função é instigar, direcionar, motivar o aluno a pensar e pesquisar. Se queremos um novo ensino médio no País, é preciso lembrar sempre do mantra de Helsinque. 

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Na educação, mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia Foto: Werther Santana/ Estadão

Como seria a escola que inventaríamos hoje, se ela nunca tivesse sido inventada? Essa pergunta é usada em cursos de atualização para professores de Helsinque, na Finlândia. É uma maneira de estimular quem ensina a refletir sobre suas práticas, mesmo no país referência em educação mundialmente.

A bela dica foi dada pela secretária de Educação da capital finlandesa, Marjo Kyllonen, em um seminário do Sesi na semana passada que discutia o novo ensino médio no Brasil. Na educação – no Brasil e até na Finlândia – mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia. 

Só que o País aprovou uma lei que diz que em 2022 o ensino médio vai ter de ser outro, em todas as escolas públicas e particulares. Antes mesmo da pandemia, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não tinham completado a escola porque abandonaram ou nunca começaram, segundo o IBGE. As razões eram a necessidade de trabalhar – que só aumentou com a covid – e o desinteresse por uma escola chata. A ideia da reforma do ensino médio é tentar resolver as duas coisas. A parte mais fácil de entender é que as atuais 13 disciplinas serão divididas em áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A mensagem é: os conhecimentos não são compartimentados. Estudar Filosofia não exclui História, por exemplo, e ambas agora farão parte das ciências humanas. Assim como Química e Biologia se complementam. Os alunos ainda poderão escolher o que querem estudar, valorizando a autonomia e o autoconhecimento.Só Português e Matemática serão obrigatórias nos três anos do médio. A escola vai ter que oferecer caminhos; comunicação, robótica, tecnologia, cinema etc. Até o ensino técnico vai ser opção. A intenção é superar a ideia de que educação e trabalho são concorrentes. Mas para a lei entrar na escola, os Estados devem refazer seus currículos; nem todos terminaram. É preciso ter parcerias para oferecer opções de formação atrativas. Os professores ainda devem ser formados para trabalhar juntos, por áreas de conhecimento. Nada muda também se um docente dá aulas em três escolas para se sustentar. Mal conhece o aluno, difícil ajudar a pensar seu futuro. E ainda o professor precisa entender que não é mais o dono da informação. A aula é outra na escola que inventaríamos hoje. Sua função é instigar, direcionar, motivar o aluno a pensar e pesquisar. Se queremos um novo ensino médio no País, é preciso lembrar sempre do mantra de Helsinque. 

Na educação, mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia Foto: Werther Santana/ Estadão

Como seria a escola que inventaríamos hoje, se ela nunca tivesse sido inventada? Essa pergunta é usada em cursos de atualização para professores de Helsinque, na Finlândia. É uma maneira de estimular quem ensina a refletir sobre suas práticas, mesmo no país referência em educação mundialmente.

A bela dica foi dada pela secretária de Educação da capital finlandesa, Marjo Kyllonen, em um seminário do Sesi na semana passada que discutia o novo ensino médio no Brasil. Na educação – no Brasil e até na Finlândia – mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia. 

Só que o País aprovou uma lei que diz que em 2022 o ensino médio vai ter de ser outro, em todas as escolas públicas e particulares. Antes mesmo da pandemia, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não tinham completado a escola porque abandonaram ou nunca começaram, segundo o IBGE. As razões eram a necessidade de trabalhar – que só aumentou com a covid – e o desinteresse por uma escola chata. A ideia da reforma do ensino médio é tentar resolver as duas coisas. A parte mais fácil de entender é que as atuais 13 disciplinas serão divididas em áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A mensagem é: os conhecimentos não são compartimentados. Estudar Filosofia não exclui História, por exemplo, e ambas agora farão parte das ciências humanas. Assim como Química e Biologia se complementam. Os alunos ainda poderão escolher o que querem estudar, valorizando a autonomia e o autoconhecimento.Só Português e Matemática serão obrigatórias nos três anos do médio. A escola vai ter que oferecer caminhos; comunicação, robótica, tecnologia, cinema etc. Até o ensino técnico vai ser opção. A intenção é superar a ideia de que educação e trabalho são concorrentes. Mas para a lei entrar na escola, os Estados devem refazer seus currículos; nem todos terminaram. É preciso ter parcerias para oferecer opções de formação atrativas. Os professores ainda devem ser formados para trabalhar juntos, por áreas de conhecimento. Nada muda também se um docente dá aulas em três escolas para se sustentar. Mal conhece o aluno, difícil ajudar a pensar seu futuro. E ainda o professor precisa entender que não é mais o dono da informação. A aula é outra na escola que inventaríamos hoje. Sua função é instigar, direcionar, motivar o aluno a pensar e pesquisar. Se queremos um novo ensino médio no País, é preciso lembrar sempre do mantra de Helsinque. 

Na educação, mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia Foto: Werther Santana/ Estadão

Como seria a escola que inventaríamos hoje, se ela nunca tivesse sido inventada? Essa pergunta é usada em cursos de atualização para professores de Helsinque, na Finlândia. É uma maneira de estimular quem ensina a refletir sobre suas práticas, mesmo no país referência em educação mundialmente.

A bela dica foi dada pela secretária de Educação da capital finlandesa, Marjo Kyllonen, em um seminário do Sesi na semana passada que discutia o novo ensino médio no Brasil. Na educação – no Brasil e até na Finlândia – mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia. 

Só que o País aprovou uma lei que diz que em 2022 o ensino médio vai ter de ser outro, em todas as escolas públicas e particulares. Antes mesmo da pandemia, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não tinham completado a escola porque abandonaram ou nunca começaram, segundo o IBGE. As razões eram a necessidade de trabalhar – que só aumentou com a covid – e o desinteresse por uma escola chata. A ideia da reforma do ensino médio é tentar resolver as duas coisas. A parte mais fácil de entender é que as atuais 13 disciplinas serão divididas em áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A mensagem é: os conhecimentos não são compartimentados. Estudar Filosofia não exclui História, por exemplo, e ambas agora farão parte das ciências humanas. Assim como Química e Biologia se complementam. Os alunos ainda poderão escolher o que querem estudar, valorizando a autonomia e o autoconhecimento.Só Português e Matemática serão obrigatórias nos três anos do médio. A escola vai ter que oferecer caminhos; comunicação, robótica, tecnologia, cinema etc. Até o ensino técnico vai ser opção. A intenção é superar a ideia de que educação e trabalho são concorrentes. Mas para a lei entrar na escola, os Estados devem refazer seus currículos; nem todos terminaram. É preciso ter parcerias para oferecer opções de formação atrativas. Os professores ainda devem ser formados para trabalhar juntos, por áreas de conhecimento. Nada muda também se um docente dá aulas em três escolas para se sustentar. Mal conhece o aluno, difícil ajudar a pensar seu futuro. E ainda o professor precisa entender que não é mais o dono da informação. A aula é outra na escola que inventaríamos hoje. Sua função é instigar, direcionar, motivar o aluno a pensar e pesquisar. Se queremos um novo ensino médio no País, é preciso lembrar sempre do mantra de Helsinque. 

Na educação, mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia Foto: Werther Santana/ Estadão

Como seria a escola que inventaríamos hoje, se ela nunca tivesse sido inventada? Essa pergunta é usada em cursos de atualização para professores de Helsinque, na Finlândia. É uma maneira de estimular quem ensina a refletir sobre suas práticas, mesmo no país referência em educação mundialmente.

A bela dica foi dada pela secretária de Educação da capital finlandesa, Marjo Kyllonen, em um seminário do Sesi na semana passada que discutia o novo ensino médio no Brasil. Na educação – no Brasil e até na Finlândia – mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia. 

Só que o País aprovou uma lei que diz que em 2022 o ensino médio vai ter de ser outro, em todas as escolas públicas e particulares. Antes mesmo da pandemia, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não tinham completado a escola porque abandonaram ou nunca começaram, segundo o IBGE. As razões eram a necessidade de trabalhar – que só aumentou com a covid – e o desinteresse por uma escola chata. A ideia da reforma do ensino médio é tentar resolver as duas coisas. A parte mais fácil de entender é que as atuais 13 disciplinas serão divididas em áreas de conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A mensagem é: os conhecimentos não são compartimentados. Estudar Filosofia não exclui História, por exemplo, e ambas agora farão parte das ciências humanas. Assim como Química e Biologia se complementam. Os alunos ainda poderão escolher o que querem estudar, valorizando a autonomia e o autoconhecimento.Só Português e Matemática serão obrigatórias nos três anos do médio. A escola vai ter que oferecer caminhos; comunicação, robótica, tecnologia, cinema etc. Até o ensino técnico vai ser opção. A intenção é superar a ideia de que educação e trabalho são concorrentes. Mas para a lei entrar na escola, os Estados devem refazer seus currículos; nem todos terminaram. É preciso ter parcerias para oferecer opções de formação atrativas. Os professores ainda devem ser formados para trabalhar juntos, por áreas de conhecimento. Nada muda também se um docente dá aulas em três escolas para se sustentar. Mal conhece o aluno, difícil ajudar a pensar seu futuro. E ainda o professor precisa entender que não é mais o dono da informação. A aula é outra na escola que inventaríamos hoje. Sua função é instigar, direcionar, motivar o aluno a pensar e pesquisar. Se queremos um novo ensino médio no País, é preciso lembrar sempre do mantra de Helsinque. 

Na educação, mudar nunca é fácil. Envolve muita burocracia, apego ao tradicional, política, medo, incompetência. E, agora, uma pandemia Foto: Werther Santana/ Estadão

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