Nova reforma do ensino médio: como fica o Enem?


Com a aprovação das mudanças no novo ensino médio, prova do MEC precisa dar conta dos alunos que estão na escola agora e dos que vão entrar ano que vem

Por Renata Cafardo
Atualização:

O Ministério da Educação (MEC) conseguiu um acordo na Câmara dos Deputados, aprovou a mudança no novo ensino médio na semana passada, mas agora tem dois abacaxis na mão, ambos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O primeiro é a avaliação que precisa ser criada para os alunos que começarão o novo modelo ano que vem. O outro é a prova para os alunos que estão hoje cursando esse “velho novo ensino médio”.

É tanta confusão sobre o que é antigo ou novidade que convém explicar rapidamente. O ensino médio, com as 13 disciplinas obrigatórias e um currículo igual para todos os estudantes, foi mudado numa lei de 2017. Começou nas escolas em 2022, com um modelo que tinha menos horas para a formação básica combinado com os chamados itinerários formativos (que misturavam áreas) ou ensino técnico.

Problemas da própria política e dificuldades de implementação da norma nas escolas em meio à pandemia e ao governo Bolsonaro fizeram com que já em 2023 houvesse um consenso no País de que o novo ensino médio não tinha dado certo. Na semana passada, após mais de um ano de discussões, a Câmara aprovou uma reformulação do projeto, voltando com mais tempo para formação geral básica, mas mantendo o caráter de currículo flexível, em que o aluno pode fazer escolhas.

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Mas durante essa bagunça toda, há alunos no ensino médio. A escola não parou para esperar as autoridades definirem o que estava funcionando bem ou não. E o que estava ruim foi sendo tocado ruim mesmo.

Durante toda a discussão sobre o novo ensino médio, o Enem não mudou Foto: Hélvio Romero/Estadão

Também durante todos esses anos, o Enem ficou do mesmo jeito. O MEC, na gestão Bolsonaro, não trabalhou para adequar a prova ao novo modelo e, este ano, uma geração vai terminar o ensino médio e vai passar por um exame que não foi pensado para o curso que fez.

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Em 2025 e em 2026 também, já que o novo Enem só está previsto em lei para 2027, quando aí uma outra geração terá cursado os três anos do novo novo ensino médio. Segundo pesquisas, 85% dos estudantes que estão hoje na escola não se acham preparados para o Enem porque tiveram carga horária de disciplinas como Português, Matemática, História e Biologia reduzida.

Há quem defenda até uma pontuação a mais para compensar esses alunos que cursaram o novo ensino médio, modificado agora. Com tanta informação nova, o MEC precisa sinalizar sobre a prova que será feita este ano e deixar claro aos jovens que eles não estão abandonados nesse velho modelo que não deu certo.

E ainda não cometer o erro da gestão passada, que mudou a escola, mas não mudou o principal instrumento que avalia os estudantes que saem dela. O tempo é curto, mas os alunos que começarão em 2025 esse novíssimo ensino médio, caso seja aprovado também no Senado, têm o direito de já saber como será o Enem quando forem se formar.

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Se queremos garantir os adolescentes nas escolas, motivados e aprendendo, isso passa também pela informação e pela convicção de que há adultos olhando para seus anseios. E o ingresso no ensino superior, por meio do Enem, é um dos maiores.

O Ministério da Educação (MEC) conseguiu um acordo na Câmara dos Deputados, aprovou a mudança no novo ensino médio na semana passada, mas agora tem dois abacaxis na mão, ambos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O primeiro é a avaliação que precisa ser criada para os alunos que começarão o novo modelo ano que vem. O outro é a prova para os alunos que estão hoje cursando esse “velho novo ensino médio”.

É tanta confusão sobre o que é antigo ou novidade que convém explicar rapidamente. O ensino médio, com as 13 disciplinas obrigatórias e um currículo igual para todos os estudantes, foi mudado numa lei de 2017. Começou nas escolas em 2022, com um modelo que tinha menos horas para a formação básica combinado com os chamados itinerários formativos (que misturavam áreas) ou ensino técnico.

Problemas da própria política e dificuldades de implementação da norma nas escolas em meio à pandemia e ao governo Bolsonaro fizeram com que já em 2023 houvesse um consenso no País de que o novo ensino médio não tinha dado certo. Na semana passada, após mais de um ano de discussões, a Câmara aprovou uma reformulação do projeto, voltando com mais tempo para formação geral básica, mas mantendo o caráter de currículo flexível, em que o aluno pode fazer escolhas.

Mas durante essa bagunça toda, há alunos no ensino médio. A escola não parou para esperar as autoridades definirem o que estava funcionando bem ou não. E o que estava ruim foi sendo tocado ruim mesmo.

Durante toda a discussão sobre o novo ensino médio, o Enem não mudou Foto: Hélvio Romero/Estadão

Também durante todos esses anos, o Enem ficou do mesmo jeito. O MEC, na gestão Bolsonaro, não trabalhou para adequar a prova ao novo modelo e, este ano, uma geração vai terminar o ensino médio e vai passar por um exame que não foi pensado para o curso que fez.

Em 2025 e em 2026 também, já que o novo Enem só está previsto em lei para 2027, quando aí uma outra geração terá cursado os três anos do novo novo ensino médio. Segundo pesquisas, 85% dos estudantes que estão hoje na escola não se acham preparados para o Enem porque tiveram carga horária de disciplinas como Português, Matemática, História e Biologia reduzida.

Há quem defenda até uma pontuação a mais para compensar esses alunos que cursaram o novo ensino médio, modificado agora. Com tanta informação nova, o MEC precisa sinalizar sobre a prova que será feita este ano e deixar claro aos jovens que eles não estão abandonados nesse velho modelo que não deu certo.

E ainda não cometer o erro da gestão passada, que mudou a escola, mas não mudou o principal instrumento que avalia os estudantes que saem dela. O tempo é curto, mas os alunos que começarão em 2025 esse novíssimo ensino médio, caso seja aprovado também no Senado, têm o direito de já saber como será o Enem quando forem se formar.

Se queremos garantir os adolescentes nas escolas, motivados e aprendendo, isso passa também pela informação e pela convicção de que há adultos olhando para seus anseios. E o ingresso no ensino superior, por meio do Enem, é um dos maiores.

O Ministério da Educação (MEC) conseguiu um acordo na Câmara dos Deputados, aprovou a mudança no novo ensino médio na semana passada, mas agora tem dois abacaxis na mão, ambos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O primeiro é a avaliação que precisa ser criada para os alunos que começarão o novo modelo ano que vem. O outro é a prova para os alunos que estão hoje cursando esse “velho novo ensino médio”.

É tanta confusão sobre o que é antigo ou novidade que convém explicar rapidamente. O ensino médio, com as 13 disciplinas obrigatórias e um currículo igual para todos os estudantes, foi mudado numa lei de 2017. Começou nas escolas em 2022, com um modelo que tinha menos horas para a formação básica combinado com os chamados itinerários formativos (que misturavam áreas) ou ensino técnico.

Problemas da própria política e dificuldades de implementação da norma nas escolas em meio à pandemia e ao governo Bolsonaro fizeram com que já em 2023 houvesse um consenso no País de que o novo ensino médio não tinha dado certo. Na semana passada, após mais de um ano de discussões, a Câmara aprovou uma reformulação do projeto, voltando com mais tempo para formação geral básica, mas mantendo o caráter de currículo flexível, em que o aluno pode fazer escolhas.

Mas durante essa bagunça toda, há alunos no ensino médio. A escola não parou para esperar as autoridades definirem o que estava funcionando bem ou não. E o que estava ruim foi sendo tocado ruim mesmo.

Durante toda a discussão sobre o novo ensino médio, o Enem não mudou Foto: Hélvio Romero/Estadão

Também durante todos esses anos, o Enem ficou do mesmo jeito. O MEC, na gestão Bolsonaro, não trabalhou para adequar a prova ao novo modelo e, este ano, uma geração vai terminar o ensino médio e vai passar por um exame que não foi pensado para o curso que fez.

Em 2025 e em 2026 também, já que o novo Enem só está previsto em lei para 2027, quando aí uma outra geração terá cursado os três anos do novo novo ensino médio. Segundo pesquisas, 85% dos estudantes que estão hoje na escola não se acham preparados para o Enem porque tiveram carga horária de disciplinas como Português, Matemática, História e Biologia reduzida.

Há quem defenda até uma pontuação a mais para compensar esses alunos que cursaram o novo ensino médio, modificado agora. Com tanta informação nova, o MEC precisa sinalizar sobre a prova que será feita este ano e deixar claro aos jovens que eles não estão abandonados nesse velho modelo que não deu certo.

E ainda não cometer o erro da gestão passada, que mudou a escola, mas não mudou o principal instrumento que avalia os estudantes que saem dela. O tempo é curto, mas os alunos que começarão em 2025 esse novíssimo ensino médio, caso seja aprovado também no Senado, têm o direito de já saber como será o Enem quando forem se formar.

Se queremos garantir os adolescentes nas escolas, motivados e aprendendo, isso passa também pela informação e pela convicção de que há adultos olhando para seus anseios. E o ingresso no ensino superior, por meio do Enem, é um dos maiores.

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