O que meninas aprenderem mais Matemática tem a ver com a luta contra o machismo?


Aumentar participação feminina nas Ciências Exatas é um dos desafios em busca da igualdade de gênero

Por Renata Cafardo
Atualização:

O fato de um homem ficar surpreso quando você faz bem uma atividade de exatas é algo que te tira do seu lugar e diz que aquilo não é para você. Uma vez ouvi essa frase de uma grande cientista brasileira, Marcia Barbosa. Ela, pesquisadora da Física, deixa claro como influências sutis moldam o comportamento de meninas quando elas estão aprendendo, em casa ou na escola. Em um mundo com cada vez mais mulheres e homens que não admitem preconceitos de gênero na educação, os detalhes e os pequenos comentários do dia a dia importam muito.

Inúmeras pesquisas têm mostrado, mas é bom repetir, que diferenças de aprendizagem entre homens e mulheres não são inatas ou inevitáveis. Elas são parte da forma como educamos meninos e meninas desde o nascimento. Faz diferença, sim, se a filha só ganha bonecas e o filho, jogos de raciocínio e blocos de construção. Nada contra as bonecas - o estímulo à fantasia é extremamente benéfico para o desenvolvimento das crianças, sejam meninas ou meninas. Mas a variedade de brinquedos e brincadeiras precisa ser para os dois gêneros.

Números da maior avaliação internacional de estudantes do mundo mostram, inclusive, um alento quando se fala em educação. A disparidade de gênero ainda existe nas notas, mas deixou de ser tão extrema a favor dos meninos e vem diminuindo.

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Igualdade de gênero é desafio em várias partes do mundo  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Na última prova do Pisa, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2019, elas continuavam, em geral, se saindo pior que os meninos em Matemática e melhor que eles em Leitura. Mas a distância dessa diferença chama a atenção. Em Leitura, as meninas estão, em média, 30 pontos na frente na nota em relação aos meninos, na maioria dos cerca de 70 países analisados. O Brasil está nesse grupo.

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Já os meninos só estão 5 pontos na frente, em média, acima das meninas em Matemática. Há ainda países como Finlândia, Noruega e mesmo Arábia Saudita e Emirados Árabes, em que elas são melhores que eles nas questões que incluem cálculos e gráficos. Por aqui, os meninos brasileiros ainda se saem melhor.

Nas provas de Ciência do Pisa, o resultado é mais surpreendente. Só em 6 dos 79 países, os meninos se saem melhor. Elas se sobressaem até em nações conhecidas pela discriminação contra mulheres, como o Catar.

Nas comparações feitas entre o exame de 2009 e o de 2018, a diferença de desempenho entre meninas e meninos diminuiu em 36 dos 64 países que participaram das duas edições. Às vezes, porque eles melhoraram e encostaram nelas. Mas, em lugares como Estônia, Cingapura e Peru, ambos os gêneros se saíram melhor nas provas e, mesmo assim, a diferença entre eles caiu.

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Há, portanto, esperança de que a escola faça cada vez mais seu papel de educar fortalecendo a igualdade entre meninos e meninas. Os últimos anos no Brasil nos fizeram andar para trás, com uma ministra da Mulher que dizia que menino veste azul e menina veste rosa, mas os tempos são outros.

E a tarefa é de toda a sociedade, não só da escola ou do governo. Destruindo crenças machistas que deduzem que os homens têm mais habilidade e até mais interesse pelos números e não pelas artes, por exemplo. Isso reduz tanto os meninos quanto as meninas, e direciona a um mundo de extremos que ninguém mais quer. A Matemática, a Língua, a Ciência, o conhecimento é de todos e todas.

O fato de um homem ficar surpreso quando você faz bem uma atividade de exatas é algo que te tira do seu lugar e diz que aquilo não é para você. Uma vez ouvi essa frase de uma grande cientista brasileira, Marcia Barbosa. Ela, pesquisadora da Física, deixa claro como influências sutis moldam o comportamento de meninas quando elas estão aprendendo, em casa ou na escola. Em um mundo com cada vez mais mulheres e homens que não admitem preconceitos de gênero na educação, os detalhes e os pequenos comentários do dia a dia importam muito.

Inúmeras pesquisas têm mostrado, mas é bom repetir, que diferenças de aprendizagem entre homens e mulheres não são inatas ou inevitáveis. Elas são parte da forma como educamos meninos e meninas desde o nascimento. Faz diferença, sim, se a filha só ganha bonecas e o filho, jogos de raciocínio e blocos de construção. Nada contra as bonecas - o estímulo à fantasia é extremamente benéfico para o desenvolvimento das crianças, sejam meninas ou meninas. Mas a variedade de brinquedos e brincadeiras precisa ser para os dois gêneros.

Números da maior avaliação internacional de estudantes do mundo mostram, inclusive, um alento quando se fala em educação. A disparidade de gênero ainda existe nas notas, mas deixou de ser tão extrema a favor dos meninos e vem diminuindo.

Igualdade de gênero é desafio em várias partes do mundo  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Na última prova do Pisa, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2019, elas continuavam, em geral, se saindo pior que os meninos em Matemática e melhor que eles em Leitura. Mas a distância dessa diferença chama a atenção. Em Leitura, as meninas estão, em média, 30 pontos na frente na nota em relação aos meninos, na maioria dos cerca de 70 países analisados. O Brasil está nesse grupo.

Já os meninos só estão 5 pontos na frente, em média, acima das meninas em Matemática. Há ainda países como Finlândia, Noruega e mesmo Arábia Saudita e Emirados Árabes, em que elas são melhores que eles nas questões que incluem cálculos e gráficos. Por aqui, os meninos brasileiros ainda se saem melhor.

Nas provas de Ciência do Pisa, o resultado é mais surpreendente. Só em 6 dos 79 países, os meninos se saem melhor. Elas se sobressaem até em nações conhecidas pela discriminação contra mulheres, como o Catar.

Nas comparações feitas entre o exame de 2009 e o de 2018, a diferença de desempenho entre meninas e meninos diminuiu em 36 dos 64 países que participaram das duas edições. Às vezes, porque eles melhoraram e encostaram nelas. Mas, em lugares como Estônia, Cingapura e Peru, ambos os gêneros se saíram melhor nas provas e, mesmo assim, a diferença entre eles caiu.

Há, portanto, esperança de que a escola faça cada vez mais seu papel de educar fortalecendo a igualdade entre meninos e meninas. Os últimos anos no Brasil nos fizeram andar para trás, com uma ministra da Mulher que dizia que menino veste azul e menina veste rosa, mas os tempos são outros.

E a tarefa é de toda a sociedade, não só da escola ou do governo. Destruindo crenças machistas que deduzem que os homens têm mais habilidade e até mais interesse pelos números e não pelas artes, por exemplo. Isso reduz tanto os meninos quanto as meninas, e direciona a um mundo de extremos que ninguém mais quer. A Matemática, a Língua, a Ciência, o conhecimento é de todos e todas.

O fato de um homem ficar surpreso quando você faz bem uma atividade de exatas é algo que te tira do seu lugar e diz que aquilo não é para você. Uma vez ouvi essa frase de uma grande cientista brasileira, Marcia Barbosa. Ela, pesquisadora da Física, deixa claro como influências sutis moldam o comportamento de meninas quando elas estão aprendendo, em casa ou na escola. Em um mundo com cada vez mais mulheres e homens que não admitem preconceitos de gênero na educação, os detalhes e os pequenos comentários do dia a dia importam muito.

Inúmeras pesquisas têm mostrado, mas é bom repetir, que diferenças de aprendizagem entre homens e mulheres não são inatas ou inevitáveis. Elas são parte da forma como educamos meninos e meninas desde o nascimento. Faz diferença, sim, se a filha só ganha bonecas e o filho, jogos de raciocínio e blocos de construção. Nada contra as bonecas - o estímulo à fantasia é extremamente benéfico para o desenvolvimento das crianças, sejam meninas ou meninas. Mas a variedade de brinquedos e brincadeiras precisa ser para os dois gêneros.

Números da maior avaliação internacional de estudantes do mundo mostram, inclusive, um alento quando se fala em educação. A disparidade de gênero ainda existe nas notas, mas deixou de ser tão extrema a favor dos meninos e vem diminuindo.

Igualdade de gênero é desafio em várias partes do mundo  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Na última prova do Pisa, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2019, elas continuavam, em geral, se saindo pior que os meninos em Matemática e melhor que eles em Leitura. Mas a distância dessa diferença chama a atenção. Em Leitura, as meninas estão, em média, 30 pontos na frente na nota em relação aos meninos, na maioria dos cerca de 70 países analisados. O Brasil está nesse grupo.

Já os meninos só estão 5 pontos na frente, em média, acima das meninas em Matemática. Há ainda países como Finlândia, Noruega e mesmo Arábia Saudita e Emirados Árabes, em que elas são melhores que eles nas questões que incluem cálculos e gráficos. Por aqui, os meninos brasileiros ainda se saem melhor.

Nas provas de Ciência do Pisa, o resultado é mais surpreendente. Só em 6 dos 79 países, os meninos se saem melhor. Elas se sobressaem até em nações conhecidas pela discriminação contra mulheres, como o Catar.

Nas comparações feitas entre o exame de 2009 e o de 2018, a diferença de desempenho entre meninas e meninos diminuiu em 36 dos 64 países que participaram das duas edições. Às vezes, porque eles melhoraram e encostaram nelas. Mas, em lugares como Estônia, Cingapura e Peru, ambos os gêneros se saíram melhor nas provas e, mesmo assim, a diferença entre eles caiu.

Há, portanto, esperança de que a escola faça cada vez mais seu papel de educar fortalecendo a igualdade entre meninos e meninas. Os últimos anos no Brasil nos fizeram andar para trás, com uma ministra da Mulher que dizia que menino veste azul e menina veste rosa, mas os tempos são outros.

E a tarefa é de toda a sociedade, não só da escola ou do governo. Destruindo crenças machistas que deduzem que os homens têm mais habilidade e até mais interesse pelos números e não pelas artes, por exemplo. Isso reduz tanto os meninos quanto as meninas, e direciona a um mundo de extremos que ninguém mais quer. A Matemática, a Língua, a Ciência, o conhecimento é de todos e todas.

O fato de um homem ficar surpreso quando você faz bem uma atividade de exatas é algo que te tira do seu lugar e diz que aquilo não é para você. Uma vez ouvi essa frase de uma grande cientista brasileira, Marcia Barbosa. Ela, pesquisadora da Física, deixa claro como influências sutis moldam o comportamento de meninas quando elas estão aprendendo, em casa ou na escola. Em um mundo com cada vez mais mulheres e homens que não admitem preconceitos de gênero na educação, os detalhes e os pequenos comentários do dia a dia importam muito.

Inúmeras pesquisas têm mostrado, mas é bom repetir, que diferenças de aprendizagem entre homens e mulheres não são inatas ou inevitáveis. Elas são parte da forma como educamos meninos e meninas desde o nascimento. Faz diferença, sim, se a filha só ganha bonecas e o filho, jogos de raciocínio e blocos de construção. Nada contra as bonecas - o estímulo à fantasia é extremamente benéfico para o desenvolvimento das crianças, sejam meninas ou meninas. Mas a variedade de brinquedos e brincadeiras precisa ser para os dois gêneros.

Números da maior avaliação internacional de estudantes do mundo mostram, inclusive, um alento quando se fala em educação. A disparidade de gênero ainda existe nas notas, mas deixou de ser tão extrema a favor dos meninos e vem diminuindo.

Igualdade de gênero é desafio em várias partes do mundo  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Na última prova do Pisa, divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2019, elas continuavam, em geral, se saindo pior que os meninos em Matemática e melhor que eles em Leitura. Mas a distância dessa diferença chama a atenção. Em Leitura, as meninas estão, em média, 30 pontos na frente na nota em relação aos meninos, na maioria dos cerca de 70 países analisados. O Brasil está nesse grupo.

Já os meninos só estão 5 pontos na frente, em média, acima das meninas em Matemática. Há ainda países como Finlândia, Noruega e mesmo Arábia Saudita e Emirados Árabes, em que elas são melhores que eles nas questões que incluem cálculos e gráficos. Por aqui, os meninos brasileiros ainda se saem melhor.

Nas provas de Ciência do Pisa, o resultado é mais surpreendente. Só em 6 dos 79 países, os meninos se saem melhor. Elas se sobressaem até em nações conhecidas pela discriminação contra mulheres, como o Catar.

Nas comparações feitas entre o exame de 2009 e o de 2018, a diferença de desempenho entre meninas e meninos diminuiu em 36 dos 64 países que participaram das duas edições. Às vezes, porque eles melhoraram e encostaram nelas. Mas, em lugares como Estônia, Cingapura e Peru, ambos os gêneros se saíram melhor nas provas e, mesmo assim, a diferença entre eles caiu.

Há, portanto, esperança de que a escola faça cada vez mais seu papel de educar fortalecendo a igualdade entre meninos e meninas. Os últimos anos no Brasil nos fizeram andar para trás, com uma ministra da Mulher que dizia que menino veste azul e menina veste rosa, mas os tempos são outros.

E a tarefa é de toda a sociedade, não só da escola ou do governo. Destruindo crenças machistas que deduzem que os homens têm mais habilidade e até mais interesse pelos números e não pelas artes, por exemplo. Isso reduz tanto os meninos quanto as meninas, e direciona a um mundo de extremos que ninguém mais quer. A Matemática, a Língua, a Ciência, o conhecimento é de todos e todas.

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