Proibir celular em escola é avanço, mas existe um risco que as famílias não podem ignorar


Lei que proíbe aparelhos nas escolas será avanço, mas é preciso olhar para questões além do tempo de tela; conteúdos inapropriados, danos para saúde mental e também uso criativo das tecnologias precisam fazer parte das preocupações da educação

Por Renata Cafardo
Atualização:

A aprovação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, inclusive nos intervalos, tem de ser comemorada, mas não é nem de longe a salvação para todas as questões que envolvem telas e crianças. Um dos riscos é as famílias entenderem que agora está tudo resolvido, já que o tempo de tela será diminuído pela impossibilidade de rolar vídeos pra cima ou jogar joguinhos no período escolar. Ou então de a escola achar que o problema agora não é mais dela.

A discussão sobre celulares vai muito além do tempo de tela. Não dá para concluir que tirando duas horas do que o adolescente usava na escola eventualmente, ganha-se tempo extra para liberar em casa. A preocupação constante das famílias precisa estar nos conteúdos - cinco minutos de pornografia, facilmente acessada pelos celulares hoje em dia, podem trazer dano incalculável para a saúde mental de uma criança.

É papel da escola restringir, mas também ensinar a usar tecnologia Foto: Rawpixel/Adobe Stock
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E ainda vídeos curtos que impactam o desenvolvimento cerebral, algoritmos viciantes, cyberbullying, apostas online, discurso de ódio, linguagens e imagens totalmente inapropriadas ou que façam adolescentes acreditarem que não são tão bonitos ou capazes quanto os influenciadores.

Vale a pena repetir o óbvio. É papel da escola e das famílias, sim, restringir o uso, mas também educar. Vivemos numa sociedade que se move em direção a um futuro com uma economia cada vez digitalizada.

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Pais e mães trabalham, assistem filmes, fazem compras e investem seu dinheiro por meio do celular. Empregos vão depender das habilidades das novas gerações de extrair o melhor das tecnologias - e de saber se distinguir delas com suas capacidades humanas.

É uma balança difícil de equilibrar e ninguém ainda tem a solução sobre como pesar de um lado sem tirar o que é necessário do outro. Como ensinar às crianças o tão aclamado uso consciente dos celulares se nem os adultos têm essa resposta para eles mesmos?

Enquanto isso, a solução rápida é afastá-los dos aparelhos ao menos nos momentos em que a concentração de crianças e adolescentes precisa estar focada na aprendizagem formal. E que a interação social deve acontecer com colegas reais. As pesquisas recentes mostraram que não há mais dúvidas quanto a esses prejuízos que agora poderão ser minimizados.

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Mas a lei aprovada nesta terça-feira, 12, em São Paulo - e também o texto que deve passar no Congresso Nacional em breve - libera os aparelhos para “atividades pedagógicas” nas unidades escolares. Com a proibição já consensuada, as políticas públicas precisam agora mirar para propostas sobre esse uso - com discussões sobre danos para saúde mental e cerebral, notícias falsas, mas também sobre construção criativa de conteúdos, utilização de dados, inteligência artificial.

O celular sai da escola, mas não sai da vida das crianças e adolescentes. E o paradoxo é que essa mesma escola que o expulsou - com os aplausos dos pais - vai ter de dar um jeito de ensinar a lidar com ele.

A aprovação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, inclusive nos intervalos, tem de ser comemorada, mas não é nem de longe a salvação para todas as questões que envolvem telas e crianças. Um dos riscos é as famílias entenderem que agora está tudo resolvido, já que o tempo de tela será diminuído pela impossibilidade de rolar vídeos pra cima ou jogar joguinhos no período escolar. Ou então de a escola achar que o problema agora não é mais dela.

A discussão sobre celulares vai muito além do tempo de tela. Não dá para concluir que tirando duas horas do que o adolescente usava na escola eventualmente, ganha-se tempo extra para liberar em casa. A preocupação constante das famílias precisa estar nos conteúdos - cinco minutos de pornografia, facilmente acessada pelos celulares hoje em dia, podem trazer dano incalculável para a saúde mental de uma criança.

É papel da escola restringir, mas também ensinar a usar tecnologia Foto: Rawpixel/Adobe Stock

E ainda vídeos curtos que impactam o desenvolvimento cerebral, algoritmos viciantes, cyberbullying, apostas online, discurso de ódio, linguagens e imagens totalmente inapropriadas ou que façam adolescentes acreditarem que não são tão bonitos ou capazes quanto os influenciadores.

Vale a pena repetir o óbvio. É papel da escola e das famílias, sim, restringir o uso, mas também educar. Vivemos numa sociedade que se move em direção a um futuro com uma economia cada vez digitalizada.

Pais e mães trabalham, assistem filmes, fazem compras e investem seu dinheiro por meio do celular. Empregos vão depender das habilidades das novas gerações de extrair o melhor das tecnologias - e de saber se distinguir delas com suas capacidades humanas.

É uma balança difícil de equilibrar e ninguém ainda tem a solução sobre como pesar de um lado sem tirar o que é necessário do outro. Como ensinar às crianças o tão aclamado uso consciente dos celulares se nem os adultos têm essa resposta para eles mesmos?

Enquanto isso, a solução rápida é afastá-los dos aparelhos ao menos nos momentos em que a concentração de crianças e adolescentes precisa estar focada na aprendizagem formal. E que a interação social deve acontecer com colegas reais. As pesquisas recentes mostraram que não há mais dúvidas quanto a esses prejuízos que agora poderão ser minimizados.

Mas a lei aprovada nesta terça-feira, 12, em São Paulo - e também o texto que deve passar no Congresso Nacional em breve - libera os aparelhos para “atividades pedagógicas” nas unidades escolares. Com a proibição já consensuada, as políticas públicas precisam agora mirar para propostas sobre esse uso - com discussões sobre danos para saúde mental e cerebral, notícias falsas, mas também sobre construção criativa de conteúdos, utilização de dados, inteligência artificial.

O celular sai da escola, mas não sai da vida das crianças e adolescentes. E o paradoxo é que essa mesma escola que o expulsou - com os aplausos dos pais - vai ter de dar um jeito de ensinar a lidar com ele.

A aprovação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, inclusive nos intervalos, tem de ser comemorada, mas não é nem de longe a salvação para todas as questões que envolvem telas e crianças. Um dos riscos é as famílias entenderem que agora está tudo resolvido, já que o tempo de tela será diminuído pela impossibilidade de rolar vídeos pra cima ou jogar joguinhos no período escolar. Ou então de a escola achar que o problema agora não é mais dela.

A discussão sobre celulares vai muito além do tempo de tela. Não dá para concluir que tirando duas horas do que o adolescente usava na escola eventualmente, ganha-se tempo extra para liberar em casa. A preocupação constante das famílias precisa estar nos conteúdos - cinco minutos de pornografia, facilmente acessada pelos celulares hoje em dia, podem trazer dano incalculável para a saúde mental de uma criança.

É papel da escola restringir, mas também ensinar a usar tecnologia Foto: Rawpixel/Adobe Stock

E ainda vídeos curtos que impactam o desenvolvimento cerebral, algoritmos viciantes, cyberbullying, apostas online, discurso de ódio, linguagens e imagens totalmente inapropriadas ou que façam adolescentes acreditarem que não são tão bonitos ou capazes quanto os influenciadores.

Vale a pena repetir o óbvio. É papel da escola e das famílias, sim, restringir o uso, mas também educar. Vivemos numa sociedade que se move em direção a um futuro com uma economia cada vez digitalizada.

Pais e mães trabalham, assistem filmes, fazem compras e investem seu dinheiro por meio do celular. Empregos vão depender das habilidades das novas gerações de extrair o melhor das tecnologias - e de saber se distinguir delas com suas capacidades humanas.

É uma balança difícil de equilibrar e ninguém ainda tem a solução sobre como pesar de um lado sem tirar o que é necessário do outro. Como ensinar às crianças o tão aclamado uso consciente dos celulares se nem os adultos têm essa resposta para eles mesmos?

Enquanto isso, a solução rápida é afastá-los dos aparelhos ao menos nos momentos em que a concentração de crianças e adolescentes precisa estar focada na aprendizagem formal. E que a interação social deve acontecer com colegas reais. As pesquisas recentes mostraram que não há mais dúvidas quanto a esses prejuízos que agora poderão ser minimizados.

Mas a lei aprovada nesta terça-feira, 12, em São Paulo - e também o texto que deve passar no Congresso Nacional em breve - libera os aparelhos para “atividades pedagógicas” nas unidades escolares. Com a proibição já consensuada, as políticas públicas precisam agora mirar para propostas sobre esse uso - com discussões sobre danos para saúde mental e cerebral, notícias falsas, mas também sobre construção criativa de conteúdos, utilização de dados, inteligência artificial.

O celular sai da escola, mas não sai da vida das crianças e adolescentes. E o paradoxo é que essa mesma escola que o expulsou - com os aplausos dos pais - vai ter de dar um jeito de ensinar a lidar com ele.

A aprovação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, inclusive nos intervalos, tem de ser comemorada, mas não é nem de longe a salvação para todas as questões que envolvem telas e crianças. Um dos riscos é as famílias entenderem que agora está tudo resolvido, já que o tempo de tela será diminuído pela impossibilidade de rolar vídeos pra cima ou jogar joguinhos no período escolar. Ou então de a escola achar que o problema agora não é mais dela.

A discussão sobre celulares vai muito além do tempo de tela. Não dá para concluir que tirando duas horas do que o adolescente usava na escola eventualmente, ganha-se tempo extra para liberar em casa. A preocupação constante das famílias precisa estar nos conteúdos - cinco minutos de pornografia, facilmente acessada pelos celulares hoje em dia, podem trazer dano incalculável para a saúde mental de uma criança.

É papel da escola restringir, mas também ensinar a usar tecnologia Foto: Rawpixel/Adobe Stock

E ainda vídeos curtos que impactam o desenvolvimento cerebral, algoritmos viciantes, cyberbullying, apostas online, discurso de ódio, linguagens e imagens totalmente inapropriadas ou que façam adolescentes acreditarem que não são tão bonitos ou capazes quanto os influenciadores.

Vale a pena repetir o óbvio. É papel da escola e das famílias, sim, restringir o uso, mas também educar. Vivemos numa sociedade que se move em direção a um futuro com uma economia cada vez digitalizada.

Pais e mães trabalham, assistem filmes, fazem compras e investem seu dinheiro por meio do celular. Empregos vão depender das habilidades das novas gerações de extrair o melhor das tecnologias - e de saber se distinguir delas com suas capacidades humanas.

É uma balança difícil de equilibrar e ninguém ainda tem a solução sobre como pesar de um lado sem tirar o que é necessário do outro. Como ensinar às crianças o tão aclamado uso consciente dos celulares se nem os adultos têm essa resposta para eles mesmos?

Enquanto isso, a solução rápida é afastá-los dos aparelhos ao menos nos momentos em que a concentração de crianças e adolescentes precisa estar focada na aprendizagem formal. E que a interação social deve acontecer com colegas reais. As pesquisas recentes mostraram que não há mais dúvidas quanto a esses prejuízos que agora poderão ser minimizados.

Mas a lei aprovada nesta terça-feira, 12, em São Paulo - e também o texto que deve passar no Congresso Nacional em breve - libera os aparelhos para “atividades pedagógicas” nas unidades escolares. Com a proibição já consensuada, as políticas públicas precisam agora mirar para propostas sobre esse uso - com discussões sobre danos para saúde mental e cerebral, notícias falsas, mas também sobre construção criativa de conteúdos, utilização de dados, inteligência artificial.

O celular sai da escola, mas não sai da vida das crianças e adolescentes. E o paradoxo é que essa mesma escola que o expulsou - com os aplausos dos pais - vai ter de dar um jeito de ensinar a lidar com ele.

A aprovação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, inclusive nos intervalos, tem de ser comemorada, mas não é nem de longe a salvação para todas as questões que envolvem telas e crianças. Um dos riscos é as famílias entenderem que agora está tudo resolvido, já que o tempo de tela será diminuído pela impossibilidade de rolar vídeos pra cima ou jogar joguinhos no período escolar. Ou então de a escola achar que o problema agora não é mais dela.

A discussão sobre celulares vai muito além do tempo de tela. Não dá para concluir que tirando duas horas do que o adolescente usava na escola eventualmente, ganha-se tempo extra para liberar em casa. A preocupação constante das famílias precisa estar nos conteúdos - cinco minutos de pornografia, facilmente acessada pelos celulares hoje em dia, podem trazer dano incalculável para a saúde mental de uma criança.

É papel da escola restringir, mas também ensinar a usar tecnologia Foto: Rawpixel/Adobe Stock

E ainda vídeos curtos que impactam o desenvolvimento cerebral, algoritmos viciantes, cyberbullying, apostas online, discurso de ódio, linguagens e imagens totalmente inapropriadas ou que façam adolescentes acreditarem que não são tão bonitos ou capazes quanto os influenciadores.

Vale a pena repetir o óbvio. É papel da escola e das famílias, sim, restringir o uso, mas também educar. Vivemos numa sociedade que se move em direção a um futuro com uma economia cada vez digitalizada.

Pais e mães trabalham, assistem filmes, fazem compras e investem seu dinheiro por meio do celular. Empregos vão depender das habilidades das novas gerações de extrair o melhor das tecnologias - e de saber se distinguir delas com suas capacidades humanas.

É uma balança difícil de equilibrar e ninguém ainda tem a solução sobre como pesar de um lado sem tirar o que é necessário do outro. Como ensinar às crianças o tão aclamado uso consciente dos celulares se nem os adultos têm essa resposta para eles mesmos?

Enquanto isso, a solução rápida é afastá-los dos aparelhos ao menos nos momentos em que a concentração de crianças e adolescentes precisa estar focada na aprendizagem formal. E que a interação social deve acontecer com colegas reais. As pesquisas recentes mostraram que não há mais dúvidas quanto a esses prejuízos que agora poderão ser minimizados.

Mas a lei aprovada nesta terça-feira, 12, em São Paulo - e também o texto que deve passar no Congresso Nacional em breve - libera os aparelhos para “atividades pedagógicas” nas unidades escolares. Com a proibição já consensuada, as políticas públicas precisam agora mirar para propostas sobre esse uso - com discussões sobre danos para saúde mental e cerebral, notícias falsas, mas também sobre construção criativa de conteúdos, utilização de dados, inteligência artificial.

O celular sai da escola, mas não sai da vida das crianças e adolescentes. E o paradoxo é que essa mesma escola que o expulsou - com os aplausos dos pais - vai ter de dar um jeito de ensinar a lidar com ele.

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