Quais as chances de um aluno pobre e de um aluno rico ter um bom professor?


Pesquisa de professora da FGV mostra a desigualdade no acesso a docentes mais experientes e com ensino superior no País

Por Renata Cafardo

Apesar de alguns avanços, o lugar de nascimento, família e a raça de uma criança definem se ela terá ou não um bom professor no Brasil. Números mostram a crueldade da desigualdade que deveria estar sendo combatida justamente com educação - mas que a escola ajuda a perpetuar.

A probabilidade de uma criança da classe alta estudar com um professor que tenha mais de 15 anos de experiência, algo crucial para o desempenho do estudante, é 30 pontos porcentuais acima do que uma da classe baixa. Com relação a um professor que tenha cursado pós-graduação, são 20 pontos porcentuais a mais. A desigualdade se aprofunda para alunos pretos, sempre em desvantagem, até entre os mais pobres.

É o que mostra a pesquisa da professora da Fundação Getulio Vargas Lara Simielli, que será publicada em breve na revista científica International Journal of Educational Development. Lara analisou questionários respondidos por professores e alunos em avaliações nacionais.

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Mesmo com o crescimento nos últimos anos no número de professores com ensino superior, chegando à quase totalidade, os que restam estão concentrados em regiões mais vulneráveis. Alunos da zona rural têm 93% menos chances de ter um professor com essa formação do que os da área urbana.

Biblioteca em escola particular para classe alta no Rio de Janeiro Foto: PEDRO KIRILOS

Crianças nascidas nos Estados amazônicos também estão em desvantagem. Quem estuda no Amapá tem 70% menos probabilidade de ter aulas com um professor com curso superior do que um aluno de São Paulo.

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Quando, na largada, um já sai muitos pontos atrás do outro, não é possível esperar resultados semelhantes. Em países reconhecidos pela educação de qualidade, como Finlândia, Estônia e Noruega, há pouquíssima diferença de desempenho no Pisa, avaliação internacional feita pela OCDE, entre alunos pobres e ricos. Já no Brasil, a nota de um aluno preto no Pisa é tão mais baixa que a de um branco que a diferença equivale a dois anos de escolaridade.

Mesmo em sociedades mais igualitárias que a brasileira, as políticas públicas se importam em mitigar as diferenças quando elas surgem. Escolas distantes do centro recebem mais dinheiro, melhores professores e diretores ganham incentivo para trabalhar em regiões vulneráveis, que também têm mais materiais e estrutura.

A educação precisa olhar para a falta de igualdade de oportunidades. Em recente política de alfabetização, lançada pelo Ministério da Educação (MEC), anunciou-se prêmios para as melhores escolas e professores, mas o Brasil não terá todas as crianças lendo e escrevendo plenamente se não voltar a atenção para quem está lá atrás no ranking.

Apesar de alguns avanços, o lugar de nascimento, família e a raça de uma criança definem se ela terá ou não um bom professor no Brasil. Números mostram a crueldade da desigualdade que deveria estar sendo combatida justamente com educação - mas que a escola ajuda a perpetuar.

A probabilidade de uma criança da classe alta estudar com um professor que tenha mais de 15 anos de experiência, algo crucial para o desempenho do estudante, é 30 pontos porcentuais acima do que uma da classe baixa. Com relação a um professor que tenha cursado pós-graduação, são 20 pontos porcentuais a mais. A desigualdade se aprofunda para alunos pretos, sempre em desvantagem, até entre os mais pobres.

É o que mostra a pesquisa da professora da Fundação Getulio Vargas Lara Simielli, que será publicada em breve na revista científica International Journal of Educational Development. Lara analisou questionários respondidos por professores e alunos em avaliações nacionais.

Mesmo com o crescimento nos últimos anos no número de professores com ensino superior, chegando à quase totalidade, os que restam estão concentrados em regiões mais vulneráveis. Alunos da zona rural têm 93% menos chances de ter um professor com essa formação do que os da área urbana.

Biblioteca em escola particular para classe alta no Rio de Janeiro Foto: PEDRO KIRILOS

Crianças nascidas nos Estados amazônicos também estão em desvantagem. Quem estuda no Amapá tem 70% menos probabilidade de ter aulas com um professor com curso superior do que um aluno de São Paulo.

Quando, na largada, um já sai muitos pontos atrás do outro, não é possível esperar resultados semelhantes. Em países reconhecidos pela educação de qualidade, como Finlândia, Estônia e Noruega, há pouquíssima diferença de desempenho no Pisa, avaliação internacional feita pela OCDE, entre alunos pobres e ricos. Já no Brasil, a nota de um aluno preto no Pisa é tão mais baixa que a de um branco que a diferença equivale a dois anos de escolaridade.

Mesmo em sociedades mais igualitárias que a brasileira, as políticas públicas se importam em mitigar as diferenças quando elas surgem. Escolas distantes do centro recebem mais dinheiro, melhores professores e diretores ganham incentivo para trabalhar em regiões vulneráveis, que também têm mais materiais e estrutura.

A educação precisa olhar para a falta de igualdade de oportunidades. Em recente política de alfabetização, lançada pelo Ministério da Educação (MEC), anunciou-se prêmios para as melhores escolas e professores, mas o Brasil não terá todas as crianças lendo e escrevendo plenamente se não voltar a atenção para quem está lá atrás no ranking.

Apesar de alguns avanços, o lugar de nascimento, família e a raça de uma criança definem se ela terá ou não um bom professor no Brasil. Números mostram a crueldade da desigualdade que deveria estar sendo combatida justamente com educação - mas que a escola ajuda a perpetuar.

A probabilidade de uma criança da classe alta estudar com um professor que tenha mais de 15 anos de experiência, algo crucial para o desempenho do estudante, é 30 pontos porcentuais acima do que uma da classe baixa. Com relação a um professor que tenha cursado pós-graduação, são 20 pontos porcentuais a mais. A desigualdade se aprofunda para alunos pretos, sempre em desvantagem, até entre os mais pobres.

É o que mostra a pesquisa da professora da Fundação Getulio Vargas Lara Simielli, que será publicada em breve na revista científica International Journal of Educational Development. Lara analisou questionários respondidos por professores e alunos em avaliações nacionais.

Mesmo com o crescimento nos últimos anos no número de professores com ensino superior, chegando à quase totalidade, os que restam estão concentrados em regiões mais vulneráveis. Alunos da zona rural têm 93% menos chances de ter um professor com essa formação do que os da área urbana.

Biblioteca em escola particular para classe alta no Rio de Janeiro Foto: PEDRO KIRILOS

Crianças nascidas nos Estados amazônicos também estão em desvantagem. Quem estuda no Amapá tem 70% menos probabilidade de ter aulas com um professor com curso superior do que um aluno de São Paulo.

Quando, na largada, um já sai muitos pontos atrás do outro, não é possível esperar resultados semelhantes. Em países reconhecidos pela educação de qualidade, como Finlândia, Estônia e Noruega, há pouquíssima diferença de desempenho no Pisa, avaliação internacional feita pela OCDE, entre alunos pobres e ricos. Já no Brasil, a nota de um aluno preto no Pisa é tão mais baixa que a de um branco que a diferença equivale a dois anos de escolaridade.

Mesmo em sociedades mais igualitárias que a brasileira, as políticas públicas se importam em mitigar as diferenças quando elas surgem. Escolas distantes do centro recebem mais dinheiro, melhores professores e diretores ganham incentivo para trabalhar em regiões vulneráveis, que também têm mais materiais e estrutura.

A educação precisa olhar para a falta de igualdade de oportunidades. Em recente política de alfabetização, lançada pelo Ministério da Educação (MEC), anunciou-se prêmios para as melhores escolas e professores, mas o Brasil não terá todas as crianças lendo e escrevendo plenamente se não voltar a atenção para quem está lá atrás no ranking.

Apesar de alguns avanços, o lugar de nascimento, família e a raça de uma criança definem se ela terá ou não um bom professor no Brasil. Números mostram a crueldade da desigualdade que deveria estar sendo combatida justamente com educação - mas que a escola ajuda a perpetuar.

A probabilidade de uma criança da classe alta estudar com um professor que tenha mais de 15 anos de experiência, algo crucial para o desempenho do estudante, é 30 pontos porcentuais acima do que uma da classe baixa. Com relação a um professor que tenha cursado pós-graduação, são 20 pontos porcentuais a mais. A desigualdade se aprofunda para alunos pretos, sempre em desvantagem, até entre os mais pobres.

É o que mostra a pesquisa da professora da Fundação Getulio Vargas Lara Simielli, que será publicada em breve na revista científica International Journal of Educational Development. Lara analisou questionários respondidos por professores e alunos em avaliações nacionais.

Mesmo com o crescimento nos últimos anos no número de professores com ensino superior, chegando à quase totalidade, os que restam estão concentrados em regiões mais vulneráveis. Alunos da zona rural têm 93% menos chances de ter um professor com essa formação do que os da área urbana.

Biblioteca em escola particular para classe alta no Rio de Janeiro Foto: PEDRO KIRILOS

Crianças nascidas nos Estados amazônicos também estão em desvantagem. Quem estuda no Amapá tem 70% menos probabilidade de ter aulas com um professor com curso superior do que um aluno de São Paulo.

Quando, na largada, um já sai muitos pontos atrás do outro, não é possível esperar resultados semelhantes. Em países reconhecidos pela educação de qualidade, como Finlândia, Estônia e Noruega, há pouquíssima diferença de desempenho no Pisa, avaliação internacional feita pela OCDE, entre alunos pobres e ricos. Já no Brasil, a nota de um aluno preto no Pisa é tão mais baixa que a de um branco que a diferença equivale a dois anos de escolaridade.

Mesmo em sociedades mais igualitárias que a brasileira, as políticas públicas se importam em mitigar as diferenças quando elas surgem. Escolas distantes do centro recebem mais dinheiro, melhores professores e diretores ganham incentivo para trabalhar em regiões vulneráveis, que também têm mais materiais e estrutura.

A educação precisa olhar para a falta de igualdade de oportunidades. Em recente política de alfabetização, lançada pelo Ministério da Educação (MEC), anunciou-se prêmios para as melhores escolas e professores, mas o Brasil não terá todas as crianças lendo e escrevendo plenamente se não voltar a atenção para quem está lá atrás no ranking.

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