Universidades, na luta pela democracia


Simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo (USP) é enorme; educação tem sido atacada pelo atual governo e, em especial, o ensino superior

Por Renata Cafardo

Tão nocauteada pelo governo de Jair Bolsonaro, a universidade pública agora se levanta. E entra na luta na melhor hora, para defender a democracia dos ataques do presidente.

O simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo (USP) é enorme. A educação tem sido atacada pelo atual governo e, em especial, o ensino superior.

'Simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo é enorme', escreve Renata Cafardo Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 11/08/22
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Professores e alunos das instituições públicas foram acusados de fazer “balbúrdia” e cultivar maconha. Foram chamados de vagabundos, incompetentes, esquerdistas. Ato contínuo, trabalharam como nunca durante a maior pandemia da história, pesquisando vacinas, remédios, atendendo a população pobre em seus hospitais universitários de excelência.

Como resposta, incrivelmente, o governo federal cortou verbas. A precariedade das universidades federais é tamanha que faltam professores, não se moderniza mais laboratórios e o dinheiro para pesquisas é ínfimo.

A USP e outras instituições estaduais também perderam dinheiro com a redução do ICMS (o orçamento delas vem desse imposto). E com o consequente veto do presidente, que impediu que Estados fossem compensados por perdas ao reduzir o preço do combustível.

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“Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior ao abrir o ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no dia 11. Empresários, artistas, sindicalistas, estudantes aplaudiram de pé.

É emblemático também que as universidades, representadas pela USP, assumam essa liderança bem no momento em que se abriram para diversidade. A universidade pública brasileira, tão elitista até pouco tempo, hoje tem mais alunos pretos, indígenas, pobres.

Depois de dez anos de política de cotas e outras iniciativas de inclusão, 70,2% dos estudantes das federais vivem com renda mensal familiar de 1,5 salário mínimo. Na USP, mais da metade dos calouros estudou em escola pública.

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Há coerência no posicionamento e no protagonismo das universidades nas manifestações do dia 11. Só existe democracia quando ela é para todos.

É coerente também com a história da USP, que foi criada em 1934 por um grupo de paulistas que acreditava que a educação e a ciência eram a base para uma sociedade mais desenvolvida, mais humana, mais democrática. Os atos da semana passada fizeram lembrar a frase escrita nos anos 1930 no brasão da universidade, em latim: “pela ciência, vencerás”.

*É REPÓRTER ESPECIAL DO ‘ESTADO’ E FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS DE EDUCAÇÃO (JEDUCA)

Tão nocauteada pelo governo de Jair Bolsonaro, a universidade pública agora se levanta. E entra na luta na melhor hora, para defender a democracia dos ataques do presidente.

O simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo (USP) é enorme. A educação tem sido atacada pelo atual governo e, em especial, o ensino superior.

'Simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo é enorme', escreve Renata Cafardo Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 11/08/22

Professores e alunos das instituições públicas foram acusados de fazer “balbúrdia” e cultivar maconha. Foram chamados de vagabundos, incompetentes, esquerdistas. Ato contínuo, trabalharam como nunca durante a maior pandemia da história, pesquisando vacinas, remédios, atendendo a população pobre em seus hospitais universitários de excelência.

Como resposta, incrivelmente, o governo federal cortou verbas. A precariedade das universidades federais é tamanha que faltam professores, não se moderniza mais laboratórios e o dinheiro para pesquisas é ínfimo.

A USP e outras instituições estaduais também perderam dinheiro com a redução do ICMS (o orçamento delas vem desse imposto). E com o consequente veto do presidente, que impediu que Estados fossem compensados por perdas ao reduzir o preço do combustível.

“Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior ao abrir o ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no dia 11. Empresários, artistas, sindicalistas, estudantes aplaudiram de pé.

É emblemático também que as universidades, representadas pela USP, assumam essa liderança bem no momento em que se abriram para diversidade. A universidade pública brasileira, tão elitista até pouco tempo, hoje tem mais alunos pretos, indígenas, pobres.

Depois de dez anos de política de cotas e outras iniciativas de inclusão, 70,2% dos estudantes das federais vivem com renda mensal familiar de 1,5 salário mínimo. Na USP, mais da metade dos calouros estudou em escola pública.

Há coerência no posicionamento e no protagonismo das universidades nas manifestações do dia 11. Só existe democracia quando ela é para todos.

É coerente também com a história da USP, que foi criada em 1934 por um grupo de paulistas que acreditava que a educação e a ciência eram a base para uma sociedade mais desenvolvida, mais humana, mais democrática. Os atos da semana passada fizeram lembrar a frase escrita nos anos 1930 no brasão da universidade, em latim: “pela ciência, vencerás”.

*É REPÓRTER ESPECIAL DO ‘ESTADO’ E FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS DE EDUCAÇÃO (JEDUCA)

Tão nocauteada pelo governo de Jair Bolsonaro, a universidade pública agora se levanta. E entra na luta na melhor hora, para defender a democracia dos ataques do presidente.

O simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo (USP) é enorme. A educação tem sido atacada pelo atual governo e, em especial, o ensino superior.

'Simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo é enorme', escreve Renata Cafardo Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 11/08/22

Professores e alunos das instituições públicas foram acusados de fazer “balbúrdia” e cultivar maconha. Foram chamados de vagabundos, incompetentes, esquerdistas. Ato contínuo, trabalharam como nunca durante a maior pandemia da história, pesquisando vacinas, remédios, atendendo a população pobre em seus hospitais universitários de excelência.

Como resposta, incrivelmente, o governo federal cortou verbas. A precariedade das universidades federais é tamanha que faltam professores, não se moderniza mais laboratórios e o dinheiro para pesquisas é ínfimo.

A USP e outras instituições estaduais também perderam dinheiro com a redução do ICMS (o orçamento delas vem desse imposto). E com o consequente veto do presidente, que impediu que Estados fossem compensados por perdas ao reduzir o preço do combustível.

“Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior ao abrir o ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no dia 11. Empresários, artistas, sindicalistas, estudantes aplaudiram de pé.

É emblemático também que as universidades, representadas pela USP, assumam essa liderança bem no momento em que se abriram para diversidade. A universidade pública brasileira, tão elitista até pouco tempo, hoje tem mais alunos pretos, indígenas, pobres.

Depois de dez anos de política de cotas e outras iniciativas de inclusão, 70,2% dos estudantes das federais vivem com renda mensal familiar de 1,5 salário mínimo. Na USP, mais da metade dos calouros estudou em escola pública.

Há coerência no posicionamento e no protagonismo das universidades nas manifestações do dia 11. Só existe democracia quando ela é para todos.

É coerente também com a história da USP, que foi criada em 1934 por um grupo de paulistas que acreditava que a educação e a ciência eram a base para uma sociedade mais desenvolvida, mais humana, mais democrática. Os atos da semana passada fizeram lembrar a frase escrita nos anos 1930 no brasão da universidade, em latim: “pela ciência, vencerás”.

*É REPÓRTER ESPECIAL DO ‘ESTADO’ E FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS DE EDUCAÇÃO (JEDUCA)

Tão nocauteada pelo governo de Jair Bolsonaro, a universidade pública agora se levanta. E entra na luta na melhor hora, para defender a democracia dos ataques do presidente.

O simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo (USP) é enorme. A educação tem sido atacada pelo atual governo e, em especial, o ensino superior.

'Simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo é enorme', escreve Renata Cafardo Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 11/08/22

Professores e alunos das instituições públicas foram acusados de fazer “balbúrdia” e cultivar maconha. Foram chamados de vagabundos, incompetentes, esquerdistas. Ato contínuo, trabalharam como nunca durante a maior pandemia da história, pesquisando vacinas, remédios, atendendo a população pobre em seus hospitais universitários de excelência.

Como resposta, incrivelmente, o governo federal cortou verbas. A precariedade das universidades federais é tamanha que faltam professores, não se moderniza mais laboratórios e o dinheiro para pesquisas é ínfimo.

A USP e outras instituições estaduais também perderam dinheiro com a redução do ICMS (o orçamento delas vem desse imposto). E com o consequente veto do presidente, que impediu que Estados fossem compensados por perdas ao reduzir o preço do combustível.

“Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior ao abrir o ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no dia 11. Empresários, artistas, sindicalistas, estudantes aplaudiram de pé.

É emblemático também que as universidades, representadas pela USP, assumam essa liderança bem no momento em que se abriram para diversidade. A universidade pública brasileira, tão elitista até pouco tempo, hoje tem mais alunos pretos, indígenas, pobres.

Depois de dez anos de política de cotas e outras iniciativas de inclusão, 70,2% dos estudantes das federais vivem com renda mensal familiar de 1,5 salário mínimo. Na USP, mais da metade dos calouros estudou em escola pública.

Há coerência no posicionamento e no protagonismo das universidades nas manifestações do dia 11. Só existe democracia quando ela é para todos.

É coerente também com a história da USP, que foi criada em 1934 por um grupo de paulistas que acreditava que a educação e a ciência eram a base para uma sociedade mais desenvolvida, mais humana, mais democrática. Os atos da semana passada fizeram lembrar a frase escrita nos anos 1930 no brasão da universidade, em latim: “pela ciência, vencerás”.

*É REPÓRTER ESPECIAL DO ‘ESTADO’ E FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS DE EDUCAÇÃO (JEDUCA)

Tão nocauteada pelo governo de Jair Bolsonaro, a universidade pública agora se levanta. E entra na luta na melhor hora, para defender a democracia dos ataques do presidente.

O simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo (USP) é enorme. A educação tem sido atacada pelo atual governo e, em especial, o ensino superior.

'Simbolismo de as leituras das cartas pelo Estado Democrático de Direito terem sido feitas na Universidade de São Paulo é enorme', escreve Renata Cafardo Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 11/08/22

Professores e alunos das instituições públicas foram acusados de fazer “balbúrdia” e cultivar maconha. Foram chamados de vagabundos, incompetentes, esquerdistas. Ato contínuo, trabalharam como nunca durante a maior pandemia da história, pesquisando vacinas, remédios, atendendo a população pobre em seus hospitais universitários de excelência.

Como resposta, incrivelmente, o governo federal cortou verbas. A precariedade das universidades federais é tamanha que faltam professores, não se moderniza mais laboratórios e o dinheiro para pesquisas é ínfimo.

A USP e outras instituições estaduais também perderam dinheiro com a redução do ICMS (o orçamento delas vem desse imposto). E com o consequente veto do presidente, que impediu que Estados fossem compensados por perdas ao reduzir o preço do combustível.

“Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior ao abrir o ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco no dia 11. Empresários, artistas, sindicalistas, estudantes aplaudiram de pé.

É emblemático também que as universidades, representadas pela USP, assumam essa liderança bem no momento em que se abriram para diversidade. A universidade pública brasileira, tão elitista até pouco tempo, hoje tem mais alunos pretos, indígenas, pobres.

Depois de dez anos de política de cotas e outras iniciativas de inclusão, 70,2% dos estudantes das federais vivem com renda mensal familiar de 1,5 salário mínimo. Na USP, mais da metade dos calouros estudou em escola pública.

Há coerência no posicionamento e no protagonismo das universidades nas manifestações do dia 11. Só existe democracia quando ela é para todos.

É coerente também com a história da USP, que foi criada em 1934 por um grupo de paulistas que acreditava que a educação e a ciência eram a base para uma sociedade mais desenvolvida, mais humana, mais democrática. Os atos da semana passada fizeram lembrar a frase escrita nos anos 1930 no brasão da universidade, em latim: “pela ciência, vencerás”.

*É REPÓRTER ESPECIAL DO ‘ESTADO’ E FUNDADORA DA ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS DE EDUCAÇÃO (JEDUCA)

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