Vamos combinar de não dar celular para os filhos até os 14 anos?


Movimento ‘Desconecta’ propõe acordo coletivo; mobilização pode ajudar a influenciar políticas públicas para regulamentar o uso e os conteúdos das redes sociais

Por Renata Cafardo
Atualização:

E se a gente combinar de não dar celular para os filhos até os 14 anos e só permitir redes sociais depois dos 16? Essa foi a ideia de um grupo de mães de uma escola particular de São Paulo em abril. Mas o que era um combinado de uma sala chegou, em dois meses, a 18 Estados e mais de 300 escolas públicas e particulares do País.

A ideia, claro. Muita gente tem compartilhado a reflexão, mas ainda não é possível saber se o acordo proposto pelo movimento Desconecta vai, de fato, ser colocado em prática nas casas e pelas famílias. Ele já tem o mérito, no entanto, de lembrar que educação é algo coletivo, responsabilidade de todos. E que uma maior conscientização pode levar a mudanças práticas.

O movimento se baseou em inúmeras evidências de pesquisas que ganharam força nos últimos anos sobre os danos a crianças e adolescentes do smartphone e das redes sociais.

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Já há algumas iniciativas de proibição de celulares nas escolas no Brasil e no mundo Foto: Budimir Jevtic - stock.adobe.com

Há prejuízos de aprendizagem, concentração, foco, alertados por relatórios recentes da Unesco. Também graves consequências à saúde mental, com aumento do vício, ansiedade, depressão, automutilação e suicídios, evidenciados em dezenas de estudos.

Mas a discussão não se limita a tempo de tela, existe ainda a exposição a conteúdos claramente inapropriados como pornografia, assédio sexual, comunidades radicais e violências.

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Muitas dessas constatações - com as recomendações de como agir e em qual idade específica permitir o uso, por causa do desenvolvimento cerebral - foram organizadas no best seller A Geração Ansiosa, do psicólogo americano Jonathan Haidt. O livro será lançado no Brasil em julho (Companhia das Letras), mas já virou sensação mundial.

Lá fora, no entanto, essa preocupação toda tem reverberado em regulamentações. Muitos países europeus e Estados americanos passaram leis que proíbem o celular em escolas, o ambiente crucial para aprendizagem e interação social que claramente já sofre impactos com as novas tecnologias.

A União Europeia também aprovou códigos de design apropriado para crianças em redes sociais. Nova York discute uma lei que impede que as plataformas usem algoritmos em conteúdos infantis.

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No Brasil, as poucas iniciativas focam ainda apenas no ambiente escolar. A rede de ensino municipal do Rio proibiu os celulares, São Paulo tem um projeto de lei, da deputada Marina Helou (Rede), sendo discutido na Assembleia.

Mas o chamado PL das Fake News, que incluía também responsabilização das plataformas em conteúdos para crianças e mais ferramentas de controle parental, foi abandonado no Congresso Nacional por falta de consenso e pressão das empresas de tecnologia.

Movimentos de famílias são louváveis, mas difícil deixar somente nas mãos de pais e mães essa luta que é uma das maiores da vida contemporânea. Ainda mais em um País tão desigual, com realidades sociais e habilidades diversas para lidar com a tecnologia e com a educação dos filhos.

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A mobilização precisa ser um motor para que o Estado brasileiro garanta, por meio de políticas públicas, que as empresas de tecnologia e toda a sociedade parem de se eximir de cuidar das crianças e jovens.

E se a gente combinar de não dar celular para os filhos até os 14 anos e só permitir redes sociais depois dos 16? Essa foi a ideia de um grupo de mães de uma escola particular de São Paulo em abril. Mas o que era um combinado de uma sala chegou, em dois meses, a 18 Estados e mais de 300 escolas públicas e particulares do País.

A ideia, claro. Muita gente tem compartilhado a reflexão, mas ainda não é possível saber se o acordo proposto pelo movimento Desconecta vai, de fato, ser colocado em prática nas casas e pelas famílias. Ele já tem o mérito, no entanto, de lembrar que educação é algo coletivo, responsabilidade de todos. E que uma maior conscientização pode levar a mudanças práticas.

O movimento se baseou em inúmeras evidências de pesquisas que ganharam força nos últimos anos sobre os danos a crianças e adolescentes do smartphone e das redes sociais.

Já há algumas iniciativas de proibição de celulares nas escolas no Brasil e no mundo Foto: Budimir Jevtic - stock.adobe.com

Há prejuízos de aprendizagem, concentração, foco, alertados por relatórios recentes da Unesco. Também graves consequências à saúde mental, com aumento do vício, ansiedade, depressão, automutilação e suicídios, evidenciados em dezenas de estudos.

Mas a discussão não se limita a tempo de tela, existe ainda a exposição a conteúdos claramente inapropriados como pornografia, assédio sexual, comunidades radicais e violências.

Muitas dessas constatações - com as recomendações de como agir e em qual idade específica permitir o uso, por causa do desenvolvimento cerebral - foram organizadas no best seller A Geração Ansiosa, do psicólogo americano Jonathan Haidt. O livro será lançado no Brasil em julho (Companhia das Letras), mas já virou sensação mundial.

Lá fora, no entanto, essa preocupação toda tem reverberado em regulamentações. Muitos países europeus e Estados americanos passaram leis que proíbem o celular em escolas, o ambiente crucial para aprendizagem e interação social que claramente já sofre impactos com as novas tecnologias.

A União Europeia também aprovou códigos de design apropriado para crianças em redes sociais. Nova York discute uma lei que impede que as plataformas usem algoritmos em conteúdos infantis.

No Brasil, as poucas iniciativas focam ainda apenas no ambiente escolar. A rede de ensino municipal do Rio proibiu os celulares, São Paulo tem um projeto de lei, da deputada Marina Helou (Rede), sendo discutido na Assembleia.

Mas o chamado PL das Fake News, que incluía também responsabilização das plataformas em conteúdos para crianças e mais ferramentas de controle parental, foi abandonado no Congresso Nacional por falta de consenso e pressão das empresas de tecnologia.

Movimentos de famílias são louváveis, mas difícil deixar somente nas mãos de pais e mães essa luta que é uma das maiores da vida contemporânea. Ainda mais em um País tão desigual, com realidades sociais e habilidades diversas para lidar com a tecnologia e com a educação dos filhos.

A mobilização precisa ser um motor para que o Estado brasileiro garanta, por meio de políticas públicas, que as empresas de tecnologia e toda a sociedade parem de se eximir de cuidar das crianças e jovens.

E se a gente combinar de não dar celular para os filhos até os 14 anos e só permitir redes sociais depois dos 16? Essa foi a ideia de um grupo de mães de uma escola particular de São Paulo em abril. Mas o que era um combinado de uma sala chegou, em dois meses, a 18 Estados e mais de 300 escolas públicas e particulares do País.

A ideia, claro. Muita gente tem compartilhado a reflexão, mas ainda não é possível saber se o acordo proposto pelo movimento Desconecta vai, de fato, ser colocado em prática nas casas e pelas famílias. Ele já tem o mérito, no entanto, de lembrar que educação é algo coletivo, responsabilidade de todos. E que uma maior conscientização pode levar a mudanças práticas.

O movimento se baseou em inúmeras evidências de pesquisas que ganharam força nos últimos anos sobre os danos a crianças e adolescentes do smartphone e das redes sociais.

Já há algumas iniciativas de proibição de celulares nas escolas no Brasil e no mundo Foto: Budimir Jevtic - stock.adobe.com

Há prejuízos de aprendizagem, concentração, foco, alertados por relatórios recentes da Unesco. Também graves consequências à saúde mental, com aumento do vício, ansiedade, depressão, automutilação e suicídios, evidenciados em dezenas de estudos.

Mas a discussão não se limita a tempo de tela, existe ainda a exposição a conteúdos claramente inapropriados como pornografia, assédio sexual, comunidades radicais e violências.

Muitas dessas constatações - com as recomendações de como agir e em qual idade específica permitir o uso, por causa do desenvolvimento cerebral - foram organizadas no best seller A Geração Ansiosa, do psicólogo americano Jonathan Haidt. O livro será lançado no Brasil em julho (Companhia das Letras), mas já virou sensação mundial.

Lá fora, no entanto, essa preocupação toda tem reverberado em regulamentações. Muitos países europeus e Estados americanos passaram leis que proíbem o celular em escolas, o ambiente crucial para aprendizagem e interação social que claramente já sofre impactos com as novas tecnologias.

A União Europeia também aprovou códigos de design apropriado para crianças em redes sociais. Nova York discute uma lei que impede que as plataformas usem algoritmos em conteúdos infantis.

No Brasil, as poucas iniciativas focam ainda apenas no ambiente escolar. A rede de ensino municipal do Rio proibiu os celulares, São Paulo tem um projeto de lei, da deputada Marina Helou (Rede), sendo discutido na Assembleia.

Mas o chamado PL das Fake News, que incluía também responsabilização das plataformas em conteúdos para crianças e mais ferramentas de controle parental, foi abandonado no Congresso Nacional por falta de consenso e pressão das empresas de tecnologia.

Movimentos de famílias são louváveis, mas difícil deixar somente nas mãos de pais e mães essa luta que é uma das maiores da vida contemporânea. Ainda mais em um País tão desigual, com realidades sociais e habilidades diversas para lidar com a tecnologia e com a educação dos filhos.

A mobilização precisa ser um motor para que o Estado brasileiro garanta, por meio de políticas públicas, que as empresas de tecnologia e toda a sociedade parem de se eximir de cuidar das crianças e jovens.

E se a gente combinar de não dar celular para os filhos até os 14 anos e só permitir redes sociais depois dos 16? Essa foi a ideia de um grupo de mães de uma escola particular de São Paulo em abril. Mas o que era um combinado de uma sala chegou, em dois meses, a 18 Estados e mais de 300 escolas públicas e particulares do País.

A ideia, claro. Muita gente tem compartilhado a reflexão, mas ainda não é possível saber se o acordo proposto pelo movimento Desconecta vai, de fato, ser colocado em prática nas casas e pelas famílias. Ele já tem o mérito, no entanto, de lembrar que educação é algo coletivo, responsabilidade de todos. E que uma maior conscientização pode levar a mudanças práticas.

O movimento se baseou em inúmeras evidências de pesquisas que ganharam força nos últimos anos sobre os danos a crianças e adolescentes do smartphone e das redes sociais.

Já há algumas iniciativas de proibição de celulares nas escolas no Brasil e no mundo Foto: Budimir Jevtic - stock.adobe.com

Há prejuízos de aprendizagem, concentração, foco, alertados por relatórios recentes da Unesco. Também graves consequências à saúde mental, com aumento do vício, ansiedade, depressão, automutilação e suicídios, evidenciados em dezenas de estudos.

Mas a discussão não se limita a tempo de tela, existe ainda a exposição a conteúdos claramente inapropriados como pornografia, assédio sexual, comunidades radicais e violências.

Muitas dessas constatações - com as recomendações de como agir e em qual idade específica permitir o uso, por causa do desenvolvimento cerebral - foram organizadas no best seller A Geração Ansiosa, do psicólogo americano Jonathan Haidt. O livro será lançado no Brasil em julho (Companhia das Letras), mas já virou sensação mundial.

Lá fora, no entanto, essa preocupação toda tem reverberado em regulamentações. Muitos países europeus e Estados americanos passaram leis que proíbem o celular em escolas, o ambiente crucial para aprendizagem e interação social que claramente já sofre impactos com as novas tecnologias.

A União Europeia também aprovou códigos de design apropriado para crianças em redes sociais. Nova York discute uma lei que impede que as plataformas usem algoritmos em conteúdos infantis.

No Brasil, as poucas iniciativas focam ainda apenas no ambiente escolar. A rede de ensino municipal do Rio proibiu os celulares, São Paulo tem um projeto de lei, da deputada Marina Helou (Rede), sendo discutido na Assembleia.

Mas o chamado PL das Fake News, que incluía também responsabilização das plataformas em conteúdos para crianças e mais ferramentas de controle parental, foi abandonado no Congresso Nacional por falta de consenso e pressão das empresas de tecnologia.

Movimentos de famílias são louváveis, mas difícil deixar somente nas mãos de pais e mães essa luta que é uma das maiores da vida contemporânea. Ainda mais em um País tão desigual, com realidades sociais e habilidades diversas para lidar com a tecnologia e com a educação dos filhos.

A mobilização precisa ser um motor para que o Estado brasileiro garanta, por meio de políticas públicas, que as empresas de tecnologia e toda a sociedade parem de se eximir de cuidar das crianças e jovens.

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