Opinião|Como criar filhos atuantes na família


Até 6 anos, eu faço e ele ajuda; acima dos 6, ele faz e eu ajudo; na adolescência, ele faz e eu tutelo

Por Rosely Sayão

Temos lido diversas reportagens e artigos a respeito da exaustão de mulheres que realizam trabalho remunerado e são mães. Hoje quero conversar sobre como essa sobrecarga pode diminuir um pouco – bem pouco – para a mulher, dependendo do que se ensina aos filhos, ao mesmo tempo em que os mais novos aprendem a serem mais colaborativos em família.

Você deve saber que, independentemente de classe social, em geral os filhos são, hoje, criados com muitas regalias e poucas obrigações. Queremos ver nossos filhos felizes, e compromissos e responsabilidades familiares não combinam com isso, não é?

Crianças devem ser cobradas pelo pais de acordo com cada etapa de desenvolvimento Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 29/05/2019
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Resultado: os filhos, sejam eles crianças ou adolescentes, não aprenderam a poupar seus pais em nada. E poderiam. Vejam dois exemplos que testemunhei.

No primeiro caso, eram três filhos entre 8 e 11 anos, todos meninos. A mãe havia perdido sua melhor amiga e estava em luto, muito triste. As crianças continuavam com suas demandas que sempre começam com “Mãe, ...!” e foram chamadas para uma breve conversa. A mãe contou da tristeza que estava sentindo e pediu aos filhos que tentassem passar alguns dias pedindo pouco a ela. A reação foi incrível: um deles a abraçou, outro a beijou e nas horas em que lá estive, não ouvi um “Mãe” sequer.

No segundo caso, que me foi contado pela mãe, um adolescente que cursava o primeiro ano da faculdade era acordado e levado à escola diariamente por ela. Essa mãe ficou doente e, pasmem, o filho disse que a doença não era tão séria que ela poderia continuar mesmo assim. Uau! Não é apenas para ajudar a mãe em casa que os filhos devem aprender a realizar tarefas domésticas: é para entender a importância de seu lugar no grupo familiar.

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É importante que eles aprendam e sejam cobrados do que a etapa de desenvolvimento em que estão permite. Assim, crianças com até 6 anos, aprendem a cumprir tarefas domésticas apenas ajudando a mãe, ou o pai. Não adianta dizer que ela precisa sempre guardar seus brinquedos. A melhor atitude é: “Seus brinquedos estão espalhados, vem me ajudar a guardar”.

Crianças a partir dos 7, mais ou menos, já podem realizar tarefas, mas ajudadas pelos pais. Exemplo: “Suas roupas estão fora de lugar, vamos lá que eu ajudo você a organizar.” Já o adolescente tem condições de se responsabilizar sozinho pela tarefa e pelo compromisso, mas a tutela dos pais ainda é necessária. Essa é uma equação bem útil aos pais: “com até seis anos, eu faço e ela ajuda; acima dos seis, ela faz e eu ajudo; na adolescência, ele faz e eu tutelo”. Experimente!

Temos lido diversas reportagens e artigos a respeito da exaustão de mulheres que realizam trabalho remunerado e são mães. Hoje quero conversar sobre como essa sobrecarga pode diminuir um pouco – bem pouco – para a mulher, dependendo do que se ensina aos filhos, ao mesmo tempo em que os mais novos aprendem a serem mais colaborativos em família.

Você deve saber que, independentemente de classe social, em geral os filhos são, hoje, criados com muitas regalias e poucas obrigações. Queremos ver nossos filhos felizes, e compromissos e responsabilidades familiares não combinam com isso, não é?

Crianças devem ser cobradas pelo pais de acordo com cada etapa de desenvolvimento Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 29/05/2019

Resultado: os filhos, sejam eles crianças ou adolescentes, não aprenderam a poupar seus pais em nada. E poderiam. Vejam dois exemplos que testemunhei.

No primeiro caso, eram três filhos entre 8 e 11 anos, todos meninos. A mãe havia perdido sua melhor amiga e estava em luto, muito triste. As crianças continuavam com suas demandas que sempre começam com “Mãe, ...!” e foram chamadas para uma breve conversa. A mãe contou da tristeza que estava sentindo e pediu aos filhos que tentassem passar alguns dias pedindo pouco a ela. A reação foi incrível: um deles a abraçou, outro a beijou e nas horas em que lá estive, não ouvi um “Mãe” sequer.

No segundo caso, que me foi contado pela mãe, um adolescente que cursava o primeiro ano da faculdade era acordado e levado à escola diariamente por ela. Essa mãe ficou doente e, pasmem, o filho disse que a doença não era tão séria que ela poderia continuar mesmo assim. Uau! Não é apenas para ajudar a mãe em casa que os filhos devem aprender a realizar tarefas domésticas: é para entender a importância de seu lugar no grupo familiar.

É importante que eles aprendam e sejam cobrados do que a etapa de desenvolvimento em que estão permite. Assim, crianças com até 6 anos, aprendem a cumprir tarefas domésticas apenas ajudando a mãe, ou o pai. Não adianta dizer que ela precisa sempre guardar seus brinquedos. A melhor atitude é: “Seus brinquedos estão espalhados, vem me ajudar a guardar”.

Crianças a partir dos 7, mais ou menos, já podem realizar tarefas, mas ajudadas pelos pais. Exemplo: “Suas roupas estão fora de lugar, vamos lá que eu ajudo você a organizar.” Já o adolescente tem condições de se responsabilizar sozinho pela tarefa e pelo compromisso, mas a tutela dos pais ainda é necessária. Essa é uma equação bem útil aos pais: “com até seis anos, eu faço e ela ajuda; acima dos seis, ela faz e eu ajudo; na adolescência, ele faz e eu tutelo”. Experimente!

Temos lido diversas reportagens e artigos a respeito da exaustão de mulheres que realizam trabalho remunerado e são mães. Hoje quero conversar sobre como essa sobrecarga pode diminuir um pouco – bem pouco – para a mulher, dependendo do que se ensina aos filhos, ao mesmo tempo em que os mais novos aprendem a serem mais colaborativos em família.

Você deve saber que, independentemente de classe social, em geral os filhos são, hoje, criados com muitas regalias e poucas obrigações. Queremos ver nossos filhos felizes, e compromissos e responsabilidades familiares não combinam com isso, não é?

Crianças devem ser cobradas pelo pais de acordo com cada etapa de desenvolvimento Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 29/05/2019

Resultado: os filhos, sejam eles crianças ou adolescentes, não aprenderam a poupar seus pais em nada. E poderiam. Vejam dois exemplos que testemunhei.

No primeiro caso, eram três filhos entre 8 e 11 anos, todos meninos. A mãe havia perdido sua melhor amiga e estava em luto, muito triste. As crianças continuavam com suas demandas que sempre começam com “Mãe, ...!” e foram chamadas para uma breve conversa. A mãe contou da tristeza que estava sentindo e pediu aos filhos que tentassem passar alguns dias pedindo pouco a ela. A reação foi incrível: um deles a abraçou, outro a beijou e nas horas em que lá estive, não ouvi um “Mãe” sequer.

No segundo caso, que me foi contado pela mãe, um adolescente que cursava o primeiro ano da faculdade era acordado e levado à escola diariamente por ela. Essa mãe ficou doente e, pasmem, o filho disse que a doença não era tão séria que ela poderia continuar mesmo assim. Uau! Não é apenas para ajudar a mãe em casa que os filhos devem aprender a realizar tarefas domésticas: é para entender a importância de seu lugar no grupo familiar.

É importante que eles aprendam e sejam cobrados do que a etapa de desenvolvimento em que estão permite. Assim, crianças com até 6 anos, aprendem a cumprir tarefas domésticas apenas ajudando a mãe, ou o pai. Não adianta dizer que ela precisa sempre guardar seus brinquedos. A melhor atitude é: “Seus brinquedos estão espalhados, vem me ajudar a guardar”.

Crianças a partir dos 7, mais ou menos, já podem realizar tarefas, mas ajudadas pelos pais. Exemplo: “Suas roupas estão fora de lugar, vamos lá que eu ajudo você a organizar.” Já o adolescente tem condições de se responsabilizar sozinho pela tarefa e pelo compromisso, mas a tutela dos pais ainda é necessária. Essa é uma equação bem útil aos pais: “com até seis anos, eu faço e ela ajuda; acima dos seis, ela faz e eu ajudo; na adolescência, ele faz e eu tutelo”. Experimente!

Temos lido diversas reportagens e artigos a respeito da exaustão de mulheres que realizam trabalho remunerado e são mães. Hoje quero conversar sobre como essa sobrecarga pode diminuir um pouco – bem pouco – para a mulher, dependendo do que se ensina aos filhos, ao mesmo tempo em que os mais novos aprendem a serem mais colaborativos em família.

Você deve saber que, independentemente de classe social, em geral os filhos são, hoje, criados com muitas regalias e poucas obrigações. Queremos ver nossos filhos felizes, e compromissos e responsabilidades familiares não combinam com isso, não é?

Crianças devem ser cobradas pelo pais de acordo com cada etapa de desenvolvimento Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 29/05/2019

Resultado: os filhos, sejam eles crianças ou adolescentes, não aprenderam a poupar seus pais em nada. E poderiam. Vejam dois exemplos que testemunhei.

No primeiro caso, eram três filhos entre 8 e 11 anos, todos meninos. A mãe havia perdido sua melhor amiga e estava em luto, muito triste. As crianças continuavam com suas demandas que sempre começam com “Mãe, ...!” e foram chamadas para uma breve conversa. A mãe contou da tristeza que estava sentindo e pediu aos filhos que tentassem passar alguns dias pedindo pouco a ela. A reação foi incrível: um deles a abraçou, outro a beijou e nas horas em que lá estive, não ouvi um “Mãe” sequer.

No segundo caso, que me foi contado pela mãe, um adolescente que cursava o primeiro ano da faculdade era acordado e levado à escola diariamente por ela. Essa mãe ficou doente e, pasmem, o filho disse que a doença não era tão séria que ela poderia continuar mesmo assim. Uau! Não é apenas para ajudar a mãe em casa que os filhos devem aprender a realizar tarefas domésticas: é para entender a importância de seu lugar no grupo familiar.

É importante que eles aprendam e sejam cobrados do que a etapa de desenvolvimento em que estão permite. Assim, crianças com até 6 anos, aprendem a cumprir tarefas domésticas apenas ajudando a mãe, ou o pai. Não adianta dizer que ela precisa sempre guardar seus brinquedos. A melhor atitude é: “Seus brinquedos estão espalhados, vem me ajudar a guardar”.

Crianças a partir dos 7, mais ou menos, já podem realizar tarefas, mas ajudadas pelos pais. Exemplo: “Suas roupas estão fora de lugar, vamos lá que eu ajudo você a organizar.” Já o adolescente tem condições de se responsabilizar sozinho pela tarefa e pelo compromisso, mas a tutela dos pais ainda é necessária. Essa é uma equação bem útil aos pais: “com até seis anos, eu faço e ela ajuda; acima dos seis, ela faz e eu ajudo; na adolescência, ele faz e eu tutelo”. Experimente!

Opinião por Rosely Sayão

É psicóloga, consultora educacional e autora do livro "Educação sem Blá-blá-blá"

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