Opinião|Que tal mudar a rotina de brincadeiras das crianças? Em vez de paredes, natureza!


No Dia Mundial do Brincar, vale notar que nosso estilo de vida afasta crianças da natureza

Por Rosely Sayão

Anos atrás visitei Reggio Emilia, na Itália, para conhecer o sistema educacional e as metodologias utilizadas lá, referência mundial na educação de crianças na primeira infância. A primeira característica que me chamou muito a atenção foi a não separação do prédio escolar com o entorno. Em lugar de paredes, havia vidros de modo a integrar natureza e/ou rua com a escola. Na parte interna, notei muitas plantas, água e terra à vontade para as crianças usarem em brincadeiras. Nos locais em que ficavam disponíveis objetos para os alunos usarem, muitas folhas secas, pedras e galhos. Deu para perceber a importância que os educadores dão à relação da criança com a natureza.

Nos Estados Unidos, muitos médicos pediatras têm receitado relacionamento frequente com a natureza para crianças que apresentam alguns sintomas de mal-estar físico e/ou mental. Em nosso país, esse movimento começou, ainda que timidamente. Como hoje é o Dia Mundial do Brincar, temos a oportunidade de refletir o quanto temos privado as crianças desse contato íntimo com a natureza. Muitas famílias e escolas não dão prioridade a essa relação.

Ao pensarmos nas crianças e nos contextos em que passam a maior parte do tempo, iremos constatar que elas vivem fechadas em locais com paredes, e usam muito de seu tempo manuseando aparelhos tecnológicos. Na escola, esse panorama se repete. Pés na terra, no barro ou na água? Não são muitas as crianças que têm essa experiência, não é verdade? As que moram em edifícios em que há jardim com grama e plantas, por exemplo, não podem desfrutar disso, a não ser com o olhar: a fatídica placa “Proibido pisar na grama” é onipresente nesses espaços.

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O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil Foto: Hannah Beier/Reuters

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Temos parques? Temos: em geral abandonados, sujos, maltratados, que não permitem que os pais levem seus filhos para lá brincar.

Nossas escolas têm espaços abertos sem cimento? Diversas possuem, mas alunos só podem usar em sua meia hora de recreio. Aulas ao ar livre? Aqui ou acolá, algumas poucas.

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As brincadeiras com a natureza permitem que a criança aprenda a avaliar riscos, desfrute com alegria desse contato, desenvolva seu esquema corporal com harmonia, aprenda a respeitar os seres vivos, entre tantas outras coisas. Que tal aproveitar este dia para começar a mudar a rotina do brincar das crianças? Em vez de paredes, cimentos e tecnologia, natureza!

Anos atrás visitei Reggio Emilia, na Itália, para conhecer o sistema educacional e as metodologias utilizadas lá, referência mundial na educação de crianças na primeira infância. A primeira característica que me chamou muito a atenção foi a não separação do prédio escolar com o entorno. Em lugar de paredes, havia vidros de modo a integrar natureza e/ou rua com a escola. Na parte interna, notei muitas plantas, água e terra à vontade para as crianças usarem em brincadeiras. Nos locais em que ficavam disponíveis objetos para os alunos usarem, muitas folhas secas, pedras e galhos. Deu para perceber a importância que os educadores dão à relação da criança com a natureza.

Nos Estados Unidos, muitos médicos pediatras têm receitado relacionamento frequente com a natureza para crianças que apresentam alguns sintomas de mal-estar físico e/ou mental. Em nosso país, esse movimento começou, ainda que timidamente. Como hoje é o Dia Mundial do Brincar, temos a oportunidade de refletir o quanto temos privado as crianças desse contato íntimo com a natureza. Muitas famílias e escolas não dão prioridade a essa relação.

Ao pensarmos nas crianças e nos contextos em que passam a maior parte do tempo, iremos constatar que elas vivem fechadas em locais com paredes, e usam muito de seu tempo manuseando aparelhos tecnológicos. Na escola, esse panorama se repete. Pés na terra, no barro ou na água? Não são muitas as crianças que têm essa experiência, não é verdade? As que moram em edifícios em que há jardim com grama e plantas, por exemplo, não podem desfrutar disso, a não ser com o olhar: a fatídica placa “Proibido pisar na grama” é onipresente nesses espaços.

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil Foto: Hannah Beier/Reuters

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Temos parques? Temos: em geral abandonados, sujos, maltratados, que não permitem que os pais levem seus filhos para lá brincar.

Nossas escolas têm espaços abertos sem cimento? Diversas possuem, mas alunos só podem usar em sua meia hora de recreio. Aulas ao ar livre? Aqui ou acolá, algumas poucas.

As brincadeiras com a natureza permitem que a criança aprenda a avaliar riscos, desfrute com alegria desse contato, desenvolva seu esquema corporal com harmonia, aprenda a respeitar os seres vivos, entre tantas outras coisas. Que tal aproveitar este dia para começar a mudar a rotina do brincar das crianças? Em vez de paredes, cimentos e tecnologia, natureza!

Anos atrás visitei Reggio Emilia, na Itália, para conhecer o sistema educacional e as metodologias utilizadas lá, referência mundial na educação de crianças na primeira infância. A primeira característica que me chamou muito a atenção foi a não separação do prédio escolar com o entorno. Em lugar de paredes, havia vidros de modo a integrar natureza e/ou rua com a escola. Na parte interna, notei muitas plantas, água e terra à vontade para as crianças usarem em brincadeiras. Nos locais em que ficavam disponíveis objetos para os alunos usarem, muitas folhas secas, pedras e galhos. Deu para perceber a importância que os educadores dão à relação da criança com a natureza.

Nos Estados Unidos, muitos médicos pediatras têm receitado relacionamento frequente com a natureza para crianças que apresentam alguns sintomas de mal-estar físico e/ou mental. Em nosso país, esse movimento começou, ainda que timidamente. Como hoje é o Dia Mundial do Brincar, temos a oportunidade de refletir o quanto temos privado as crianças desse contato íntimo com a natureza. Muitas famílias e escolas não dão prioridade a essa relação.

Ao pensarmos nas crianças e nos contextos em que passam a maior parte do tempo, iremos constatar que elas vivem fechadas em locais com paredes, e usam muito de seu tempo manuseando aparelhos tecnológicos. Na escola, esse panorama se repete. Pés na terra, no barro ou na água? Não são muitas as crianças que têm essa experiência, não é verdade? As que moram em edifícios em que há jardim com grama e plantas, por exemplo, não podem desfrutar disso, a não ser com o olhar: a fatídica placa “Proibido pisar na grama” é onipresente nesses espaços.

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil Foto: Hannah Beier/Reuters

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Temos parques? Temos: em geral abandonados, sujos, maltratados, que não permitem que os pais levem seus filhos para lá brincar.

Nossas escolas têm espaços abertos sem cimento? Diversas possuem, mas alunos só podem usar em sua meia hora de recreio. Aulas ao ar livre? Aqui ou acolá, algumas poucas.

As brincadeiras com a natureza permitem que a criança aprenda a avaliar riscos, desfrute com alegria desse contato, desenvolva seu esquema corporal com harmonia, aprenda a respeitar os seres vivos, entre tantas outras coisas. Que tal aproveitar este dia para começar a mudar a rotina do brincar das crianças? Em vez de paredes, cimentos e tecnologia, natureza!

Anos atrás visitei Reggio Emilia, na Itália, para conhecer o sistema educacional e as metodologias utilizadas lá, referência mundial na educação de crianças na primeira infância. A primeira característica que me chamou muito a atenção foi a não separação do prédio escolar com o entorno. Em lugar de paredes, havia vidros de modo a integrar natureza e/ou rua com a escola. Na parte interna, notei muitas plantas, água e terra à vontade para as crianças usarem em brincadeiras. Nos locais em que ficavam disponíveis objetos para os alunos usarem, muitas folhas secas, pedras e galhos. Deu para perceber a importância que os educadores dão à relação da criança com a natureza.

Nos Estados Unidos, muitos médicos pediatras têm receitado relacionamento frequente com a natureza para crianças que apresentam alguns sintomas de mal-estar físico e/ou mental. Em nosso país, esse movimento começou, ainda que timidamente. Como hoje é o Dia Mundial do Brincar, temos a oportunidade de refletir o quanto temos privado as crianças desse contato íntimo com a natureza. Muitas famílias e escolas não dão prioridade a essa relação.

Ao pensarmos nas crianças e nos contextos em que passam a maior parte do tempo, iremos constatar que elas vivem fechadas em locais com paredes, e usam muito de seu tempo manuseando aparelhos tecnológicos. Na escola, esse panorama se repete. Pés na terra, no barro ou na água? Não são muitas as crianças que têm essa experiência, não é verdade? As que moram em edifícios em que há jardim com grama e plantas, por exemplo, não podem desfrutar disso, a não ser com o olhar: a fatídica placa “Proibido pisar na grama” é onipresente nesses espaços.

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil Foto: Hannah Beier/Reuters

O fato é que com nosso estilo de vida urbano estamos cada vez mais distantes dos elementos da natureza, e isso pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Temos parques? Temos: em geral abandonados, sujos, maltratados, que não permitem que os pais levem seus filhos para lá brincar.

Nossas escolas têm espaços abertos sem cimento? Diversas possuem, mas alunos só podem usar em sua meia hora de recreio. Aulas ao ar livre? Aqui ou acolá, algumas poucas.

As brincadeiras com a natureza permitem que a criança aprenda a avaliar riscos, desfrute com alegria desse contato, desenvolva seu esquema corporal com harmonia, aprenda a respeitar os seres vivos, entre tantas outras coisas. Que tal aproveitar este dia para começar a mudar a rotina do brincar das crianças? Em vez de paredes, cimentos e tecnologia, natureza!

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Opinião por Rosely Sayão

É psicóloga, consultora educacional e autora do livro "Educação sem Blá-blá-blá"

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