Sem fronteiras para a educação


Em quatro Estados, experiências diferentes se destacam quando o propósito é ajudar a melhorar educação com auxílio da tecnologia

Por Juliana Verri Ribeiro

Canais de YouTube com conteúdo de física, matemática e química, além de uma plataforma que reúne várias disciplinas do vestibular. Experiências diferentes, em quatro Estados brasileiros, se destacam quando o propósito é ajudar a melhorar a educação com auxílio da tecnologia.

Sucesso com seu conteúdo de física, o alagoano Ivys Urquiza teve algumas aulas visualizadas mais de 250 mil vezes no YouTube. Seu público-alvoé formado principalmente por estudantes que se preparam para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os tradicionais vestibulares. E a adesão dos alunos ao projeto Física Total é tamanha que Urquiza está agora investindo em um aplicativo para smartphones sobre a disciplina. “A ideia é ter a convergência de todos os vídeos e informações do site, além do conteúdo do Facebook e do nosso canal”, explica Urquiza. Segundo o professor, o aplicativo está em fase de testes e deve estar disponível no primeiro bimestre de 2015.

Além de vídeos e textos, a ferramenta contará com uma programação por meio de rádio e uma biblioteca de fórmulas. “Ao pesquisar a fórmula, automaticamente o estudante terá acesso a um vídeo personalizado para orientá-lo, ao Facebook, ao site ou a qualquer outro conteúdo que ofereça maior compreensão.” No rádio, a versão podcast será a responsável por trazer dicas sobre o Enem e os vestibulares mais concorridos, com informações sobre o calendário e os locais de prova.

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Idealizador do canal Química em Ação, o goiano Paulo Valim se propõe a mostrar a disciplina no cotidiano, de forma mais acessível. “Sempre vi que muitas coisas em química, por serem tão microscópicas e longe da realidade de um aluno de 15 anos, causavam a má compreensão de uma série de fenômenos”, explica. “Assim, as pessoas conseguem associar a química ao que acontece à nossa volta e até mesmo cuidar melhor do planeta.”

Valim, no entanto, faz um alerta: o sucesso desses canais depende principalmente da vontade do aluno - e não somente das explicações do professor. “Se ele vem de fato atrás do conhecimento, o desempenho é outro.”

Também entusiasta do uso da tecnologia na educação, o paulistano César Medeiros, mais conhecido como Nerckie pelos que acompanham a plataforma Vestibulândia, diz que as novas ferramentas dão aos professores recursos como gráficos e animações em 3D, que facilitam a compreensão dos alunos. “O ensino presencial possui vantagens, como a interatividade, mas também desvantagens. Usando apenas a lousa, o professor muitas vezes fica impedido de ser plenamente claro”, afirma Medeiros, que atualmente vive em Santa Catarina. Ele salienta, porém, que as máquinas nunca poderão substituir um professor. “A tecnologia complementa, socializa, mas o trabalho intelectual, em qualquer caso, sempre será feito pelo educador.”

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E vários deles passaram de fato a utilizar essas plataformas, como mostra uma pesquisa recente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br). O trabalho constatou que 61% dos professores da rede pública de ensino utilizaram, em 2013, videoaulas da internet para auxiliar seus alunos em sala de aula e 96% contaram com conteúdos da internet para preparar as aulas.

Por trás do sucesso Matemática Rio, com cerca de 350 mil visualizações por mês, Rafael Procópio se entusiasma com o alcance de seu conteúdo. “Com o canal ‘Matemática Rio’, consigo dar aulas em um único dia mais do que daria em minha vida toda.” Ele acredita que os docentes precisam ser apoiados em suas iniciativas criativas. 

Da esquerda para a direita: Leon Domarco Botão (Unimep), Rafaela Tavares Kawasaki (Unitoledo), Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil, Natasha Kawanishi Mazzaro (PUC-SP), Ricardo Rossetto, Juliana Verri Ribeiro (Unitau), Lucas Gabriel Santiago Rangel (Faat), Roberto Gazzi, diretor de Desenvolvimento Editorial do Grupo Estado, e Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado. Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO
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Aluna da Unitau, Juliana Verri Ribeiro foi finalista do 9º Prêmio Santander Jovem Jornalista

A fase final e a cerimônia de premiação ocorreram na segunda-feira, na sede do banco, com a participação dos diretores de Conteúdo e Desenvolvimento Editorial do Grupo Estado, Ricardo Gandour e Roberto Gazzi, respectivamente, e de Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil.Rossetto e os outros cinco universitários finalistas - Leon Domarco Botão (Unimep), Rafaela Tavares Kawasaki (Unitoledo), Natasha Kawanishi Mazzaro (PUC-SP), Juliana Verri Ribeiro (Unitau) e Lucas Gabriel Santiago Rangel (Faat) - receberam laptops e garantiram a publicação de suas matérias. A reportagem do vencedor também está hoje no jornal O Estado de S. Paulo. 

Confira os textos de todos os finalistas: 

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Canais de YouTube com conteúdo de física, matemática e química, além de uma plataforma que reúne várias disciplinas do vestibular. Experiências diferentes, em quatro Estados brasileiros, se destacam quando o propósito é ajudar a melhorar a educação com auxílio da tecnologia.

Sucesso com seu conteúdo de física, o alagoano Ivys Urquiza teve algumas aulas visualizadas mais de 250 mil vezes no YouTube. Seu público-alvoé formado principalmente por estudantes que se preparam para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os tradicionais vestibulares. E a adesão dos alunos ao projeto Física Total é tamanha que Urquiza está agora investindo em um aplicativo para smartphones sobre a disciplina. “A ideia é ter a convergência de todos os vídeos e informações do site, além do conteúdo do Facebook e do nosso canal”, explica Urquiza. Segundo o professor, o aplicativo está em fase de testes e deve estar disponível no primeiro bimestre de 2015.

Além de vídeos e textos, a ferramenta contará com uma programação por meio de rádio e uma biblioteca de fórmulas. “Ao pesquisar a fórmula, automaticamente o estudante terá acesso a um vídeo personalizado para orientá-lo, ao Facebook, ao site ou a qualquer outro conteúdo que ofereça maior compreensão.” No rádio, a versão podcast será a responsável por trazer dicas sobre o Enem e os vestibulares mais concorridos, com informações sobre o calendário e os locais de prova.

Idealizador do canal Química em Ação, o goiano Paulo Valim se propõe a mostrar a disciplina no cotidiano, de forma mais acessível. “Sempre vi que muitas coisas em química, por serem tão microscópicas e longe da realidade de um aluno de 15 anos, causavam a má compreensão de uma série de fenômenos”, explica. “Assim, as pessoas conseguem associar a química ao que acontece à nossa volta e até mesmo cuidar melhor do planeta.”

Valim, no entanto, faz um alerta: o sucesso desses canais depende principalmente da vontade do aluno - e não somente das explicações do professor. “Se ele vem de fato atrás do conhecimento, o desempenho é outro.”

Também entusiasta do uso da tecnologia na educação, o paulistano César Medeiros, mais conhecido como Nerckie pelos que acompanham a plataforma Vestibulândia, diz que as novas ferramentas dão aos professores recursos como gráficos e animações em 3D, que facilitam a compreensão dos alunos. “O ensino presencial possui vantagens, como a interatividade, mas também desvantagens. Usando apenas a lousa, o professor muitas vezes fica impedido de ser plenamente claro”, afirma Medeiros, que atualmente vive em Santa Catarina. Ele salienta, porém, que as máquinas nunca poderão substituir um professor. “A tecnologia complementa, socializa, mas o trabalho intelectual, em qualquer caso, sempre será feito pelo educador.”

E vários deles passaram de fato a utilizar essas plataformas, como mostra uma pesquisa recente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br). O trabalho constatou que 61% dos professores da rede pública de ensino utilizaram, em 2013, videoaulas da internet para auxiliar seus alunos em sala de aula e 96% contaram com conteúdos da internet para preparar as aulas.

Por trás do sucesso Matemática Rio, com cerca de 350 mil visualizações por mês, Rafael Procópio se entusiasma com o alcance de seu conteúdo. “Com o canal ‘Matemática Rio’, consigo dar aulas em um único dia mais do que daria em minha vida toda.” Ele acredita que os docentes precisam ser apoiados em suas iniciativas criativas. 

Da esquerda para a direita: Leon Domarco Botão (Unimep), Rafaela Tavares Kawasaki (Unitoledo), Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil, Natasha Kawanishi Mazzaro (PUC-SP), Ricardo Rossetto, Juliana Verri Ribeiro (Unitau), Lucas Gabriel Santiago Rangel (Faat), Roberto Gazzi, diretor de Desenvolvimento Editorial do Grupo Estado, e Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado. Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO

Aluna da Unitau, Juliana Verri Ribeiro foi finalista do 9º Prêmio Santander Jovem Jornalista

A fase final e a cerimônia de premiação ocorreram na segunda-feira, na sede do banco, com a participação dos diretores de Conteúdo e Desenvolvimento Editorial do Grupo Estado, Ricardo Gandour e Roberto Gazzi, respectivamente, e de Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil.Rossetto e os outros cinco universitários finalistas - Leon Domarco Botão (Unimep), Rafaela Tavares Kawasaki (Unitoledo), Natasha Kawanishi Mazzaro (PUC-SP), Juliana Verri Ribeiro (Unitau) e Lucas Gabriel Santiago Rangel (Faat) - receberam laptops e garantiram a publicação de suas matérias. A reportagem do vencedor também está hoje no jornal O Estado de S. Paulo. 

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Sucesso com seu conteúdo de física, o alagoano Ivys Urquiza teve algumas aulas visualizadas mais de 250 mil vezes no YouTube. Seu público-alvoé formado principalmente por estudantes que se preparam para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os tradicionais vestibulares. E a adesão dos alunos ao projeto Física Total é tamanha que Urquiza está agora investindo em um aplicativo para smartphones sobre a disciplina. “A ideia é ter a convergência de todos os vídeos e informações do site, além do conteúdo do Facebook e do nosso canal”, explica Urquiza. Segundo o professor, o aplicativo está em fase de testes e deve estar disponível no primeiro bimestre de 2015.

Além de vídeos e textos, a ferramenta contará com uma programação por meio de rádio e uma biblioteca de fórmulas. “Ao pesquisar a fórmula, automaticamente o estudante terá acesso a um vídeo personalizado para orientá-lo, ao Facebook, ao site ou a qualquer outro conteúdo que ofereça maior compreensão.” No rádio, a versão podcast será a responsável por trazer dicas sobre o Enem e os vestibulares mais concorridos, com informações sobre o calendário e os locais de prova.

Idealizador do canal Química em Ação, o goiano Paulo Valim se propõe a mostrar a disciplina no cotidiano, de forma mais acessível. “Sempre vi que muitas coisas em química, por serem tão microscópicas e longe da realidade de um aluno de 15 anos, causavam a má compreensão de uma série de fenômenos”, explica. “Assim, as pessoas conseguem associar a química ao que acontece à nossa volta e até mesmo cuidar melhor do planeta.”

Valim, no entanto, faz um alerta: o sucesso desses canais depende principalmente da vontade do aluno - e não somente das explicações do professor. “Se ele vem de fato atrás do conhecimento, o desempenho é outro.”

Também entusiasta do uso da tecnologia na educação, o paulistano César Medeiros, mais conhecido como Nerckie pelos que acompanham a plataforma Vestibulândia, diz que as novas ferramentas dão aos professores recursos como gráficos e animações em 3D, que facilitam a compreensão dos alunos. “O ensino presencial possui vantagens, como a interatividade, mas também desvantagens. Usando apenas a lousa, o professor muitas vezes fica impedido de ser plenamente claro”, afirma Medeiros, que atualmente vive em Santa Catarina. Ele salienta, porém, que as máquinas nunca poderão substituir um professor. “A tecnologia complementa, socializa, mas o trabalho intelectual, em qualquer caso, sempre será feito pelo educador.”

E vários deles passaram de fato a utilizar essas plataformas, como mostra uma pesquisa recente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br). O trabalho constatou que 61% dos professores da rede pública de ensino utilizaram, em 2013, videoaulas da internet para auxiliar seus alunos em sala de aula e 96% contaram com conteúdos da internet para preparar as aulas.

Por trás do sucesso Matemática Rio, com cerca de 350 mil visualizações por mês, Rafael Procópio se entusiasma com o alcance de seu conteúdo. “Com o canal ‘Matemática Rio’, consigo dar aulas em um único dia mais do que daria em minha vida toda.” Ele acredita que os docentes precisam ser apoiados em suas iniciativas criativas. 

Da esquerda para a direita: Leon Domarco Botão (Unimep), Rafaela Tavares Kawasaki (Unitoledo), Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil, Natasha Kawanishi Mazzaro (PUC-SP), Ricardo Rossetto, Juliana Verri Ribeiro (Unitau), Lucas Gabriel Santiago Rangel (Faat), Roberto Gazzi, diretor de Desenvolvimento Editorial do Grupo Estado, e Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado. Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO

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