Mais uma universidade federal aprova cotas para pessoas trans; veja como vai funcionar


Medida estabelece a reserva de 2% das vagas em todas as modalidades de ingresso nos cursos de graduação da instituição de ensino

Por Renata Okumura
Atualização:

A Universidade de Brasília (UnB) terá cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. A decisão foi aprovada na quinta-feira, 17, pela instituição de ensino.

A medida estabelece a reserva de 2% das vagas em todas as modalidades de ingresso na graduação – o que equivale a aproximadamente uma vaga por curso – já a partir dos próximos editais de seleção.

“O objetivo é ampliar a entrada de grupos minoritários que se identificam como pessoas trans, sejam travestis, mulheres trans, homens trans, transmasculinos ou pessoas não binárias”, afirma a instituição.

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Com a decisão, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) na quinta-feira, a UnB se torna a 11.ª universidade federal a implementar a política inclusiva para a comunidade LGBTQIA+, segundo a instituição.

A Universidade de Brasília (UnB) terá cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. Foto: Luis Gustavo Prado/Instagram/@unb_oficial

“Este é um momento histórico para a nossa universidade e para o Distrito Federal. A UnB, na sua tradição, tendo sido pioneira na aprovação das cotas para pessoas negras, ainda em 2003 e, depois, na aprovação das cotas étnico-raciais na pós-graduação, em 2020, agora avança com as cotas trans na graduação”, disse o vice-reitor Enrique Huelva, que presidiu a reunião de aprovação da nova resolução.

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A expectativa é que as cotas entrem em vigor no vestibular de agosto de 2025, para ingresso no primeiro semestre de 2026. Outras modalidades de ingresso, como o edital específico da UnB para quem presta o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também devem contemplar as cotas trans.

“A pessoa que optar pela cota ocupará a vaga destinada à ação afirmativa apenas no caso de não alcançar classificação na ampla concorrência e não havendo pessoa trans aprovada na modalidade da ação afirmativa em questão, as vagas remanescentes serão destinadas à ampla concorrência”, explicou o decano de Ensino de Graduação da UnB, Diêgo Madureira.

Outros exemplos

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Em setembro deste ano, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também divulgou que terá vagas reservadas para pessoas trans nos cursos de graduação a partir do próximo vestibular, e também nos programas de pós-graduação.

Na ocasião, a proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consu), órgão máximo da instituição. A resolução aprovada prevê que pelo menos 2% das vagas oferecidas em cada curso de graduação, por turno, serão reservados às pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis).

A Universidade Federal do ABC (UFABC), por exemplo, aprovou cotas de ingresso para pessoas trans desde o processo seletivo de 2019 e destina uma porcentagem de vagas para a comunidade trans, respeitando os diferentes perfis de vulnerabilidade aos quais esta população está sujeita.

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“Temos realizado ações no sentido de reeducar a comunidade acadêmica para o acolhimento e respeito à diversidade. Continuamos trabalhando para o aumento desse número anualmente e também para a permanência e o sucesso das pessoas trans na UFABC”, afirma a instituição por meio de comunicado feito pela Pró-Reitoria.

Desde 2019, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) também reserva cotas para pessoas trans na graduação. A iniciativa teve o apoio massivo do movimento estudantil e da Comissão de Políticas Afirmativas, de acordo com a instituição de ensino. / COM AGÊNCIA BRASIL

A Universidade de Brasília (UnB) terá cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. A decisão foi aprovada na quinta-feira, 17, pela instituição de ensino.

A medida estabelece a reserva de 2% das vagas em todas as modalidades de ingresso na graduação – o que equivale a aproximadamente uma vaga por curso – já a partir dos próximos editais de seleção.

“O objetivo é ampliar a entrada de grupos minoritários que se identificam como pessoas trans, sejam travestis, mulheres trans, homens trans, transmasculinos ou pessoas não binárias”, afirma a instituição.

Com a decisão, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) na quinta-feira, a UnB se torna a 11.ª universidade federal a implementar a política inclusiva para a comunidade LGBTQIA+, segundo a instituição.

A Universidade de Brasília (UnB) terá cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. Foto: Luis Gustavo Prado/Instagram/@unb_oficial

“Este é um momento histórico para a nossa universidade e para o Distrito Federal. A UnB, na sua tradição, tendo sido pioneira na aprovação das cotas para pessoas negras, ainda em 2003 e, depois, na aprovação das cotas étnico-raciais na pós-graduação, em 2020, agora avança com as cotas trans na graduação”, disse o vice-reitor Enrique Huelva, que presidiu a reunião de aprovação da nova resolução.

A expectativa é que as cotas entrem em vigor no vestibular de agosto de 2025, para ingresso no primeiro semestre de 2026. Outras modalidades de ingresso, como o edital específico da UnB para quem presta o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também devem contemplar as cotas trans.

“A pessoa que optar pela cota ocupará a vaga destinada à ação afirmativa apenas no caso de não alcançar classificação na ampla concorrência e não havendo pessoa trans aprovada na modalidade da ação afirmativa em questão, as vagas remanescentes serão destinadas à ampla concorrência”, explicou o decano de Ensino de Graduação da UnB, Diêgo Madureira.

Outros exemplos

Em setembro deste ano, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também divulgou que terá vagas reservadas para pessoas trans nos cursos de graduação a partir do próximo vestibular, e também nos programas de pós-graduação.

Na ocasião, a proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consu), órgão máximo da instituição. A resolução aprovada prevê que pelo menos 2% das vagas oferecidas em cada curso de graduação, por turno, serão reservados às pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis).

A Universidade Federal do ABC (UFABC), por exemplo, aprovou cotas de ingresso para pessoas trans desde o processo seletivo de 2019 e destina uma porcentagem de vagas para a comunidade trans, respeitando os diferentes perfis de vulnerabilidade aos quais esta população está sujeita.

“Temos realizado ações no sentido de reeducar a comunidade acadêmica para o acolhimento e respeito à diversidade. Continuamos trabalhando para o aumento desse número anualmente e também para a permanência e o sucesso das pessoas trans na UFABC”, afirma a instituição por meio de comunicado feito pela Pró-Reitoria.

Desde 2019, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) também reserva cotas para pessoas trans na graduação. A iniciativa teve o apoio massivo do movimento estudantil e da Comissão de Políticas Afirmativas, de acordo com a instituição de ensino. / COM AGÊNCIA BRASIL

A Universidade de Brasília (UnB) terá cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. A decisão foi aprovada na quinta-feira, 17, pela instituição de ensino.

A medida estabelece a reserva de 2% das vagas em todas as modalidades de ingresso na graduação – o que equivale a aproximadamente uma vaga por curso – já a partir dos próximos editais de seleção.

“O objetivo é ampliar a entrada de grupos minoritários que se identificam como pessoas trans, sejam travestis, mulheres trans, homens trans, transmasculinos ou pessoas não binárias”, afirma a instituição.

Com a decisão, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) na quinta-feira, a UnB se torna a 11.ª universidade federal a implementar a política inclusiva para a comunidade LGBTQIA+, segundo a instituição.

A Universidade de Brasília (UnB) terá cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. Foto: Luis Gustavo Prado/Instagram/@unb_oficial

“Este é um momento histórico para a nossa universidade e para o Distrito Federal. A UnB, na sua tradição, tendo sido pioneira na aprovação das cotas para pessoas negras, ainda em 2003 e, depois, na aprovação das cotas étnico-raciais na pós-graduação, em 2020, agora avança com as cotas trans na graduação”, disse o vice-reitor Enrique Huelva, que presidiu a reunião de aprovação da nova resolução.

A expectativa é que as cotas entrem em vigor no vestibular de agosto de 2025, para ingresso no primeiro semestre de 2026. Outras modalidades de ingresso, como o edital específico da UnB para quem presta o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também devem contemplar as cotas trans.

“A pessoa que optar pela cota ocupará a vaga destinada à ação afirmativa apenas no caso de não alcançar classificação na ampla concorrência e não havendo pessoa trans aprovada na modalidade da ação afirmativa em questão, as vagas remanescentes serão destinadas à ampla concorrência”, explicou o decano de Ensino de Graduação da UnB, Diêgo Madureira.

Outros exemplos

Em setembro deste ano, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também divulgou que terá vagas reservadas para pessoas trans nos cursos de graduação a partir do próximo vestibular, e também nos programas de pós-graduação.

Na ocasião, a proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consu), órgão máximo da instituição. A resolução aprovada prevê que pelo menos 2% das vagas oferecidas em cada curso de graduação, por turno, serão reservados às pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis).

A Universidade Federal do ABC (UFABC), por exemplo, aprovou cotas de ingresso para pessoas trans desde o processo seletivo de 2019 e destina uma porcentagem de vagas para a comunidade trans, respeitando os diferentes perfis de vulnerabilidade aos quais esta população está sujeita.

“Temos realizado ações no sentido de reeducar a comunidade acadêmica para o acolhimento e respeito à diversidade. Continuamos trabalhando para o aumento desse número anualmente e também para a permanência e o sucesso das pessoas trans na UFABC”, afirma a instituição por meio de comunicado feito pela Pró-Reitoria.

Desde 2019, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) também reserva cotas para pessoas trans na graduação. A iniciativa teve o apoio massivo do movimento estudantil e da Comissão de Políticas Afirmativas, de acordo com a instituição de ensino. / COM AGÊNCIA BRASIL

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