As universidade brasileiras perderam espaço no ranking das 50 melhores instituições de ensino superior dos países emergentes, os chamados Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), segundo classificação da consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS). Aparecem na lista de 2015 nove universidades brasileiras, uma a menos do que na edição de 2014. A China continua dominando as primeiras posições, assim como ocorreu no ano passado.
A única instituição do País que apresentou melhora no ranking foi a Universidade Estadual Paulista (Unesp), que passou de 30.ª, em 2014, para 27.ª mais bem posicionada na relação de 2015. A Universidade de São Paulo (USP) foi mais uma vez a mais bem colocada instituição de ensino superior e pesquisa do Brasil, na 9.ª posição. A USP, no entanto, caiu duas posições em relação a 2014.
Na sequência, na 12.ª posição, aparece a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No mesmo ranqueamento, referente a 2014, a Unicamp aparecia em 9.º lugar.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que em 2014 aparecia na 44.ª posição, não consta entre as 50 melhores desse grupo neste ano.
A chinesa Tsinghua, de Pequim, aparece na primeira colocação – que mantém desde 2013. Fundada em 1911, a Tsinghua é a 47.ª melhor universidade no ranking mundial da QS e a 11.ª em lista só com instituições asiáticas.
A China tem 22 universidades entre as 50 melhores dos Brics, dominando as três primeiras posições. Em segundo está a universidade Peking e, na sequência, a Fundan. A universidade russa Lomonosov Moscow aparece em quarto.
Além das três estaduais de São Paulo, aparecem entre as 50 melhores dos Brics quatro federais e duas particulares, as Pontifícias Universidades Católicas (PUC) de São Paulo e do Rio, ambas na 47.ª posição em 2015.
Critérios. O ranking QS é elaborado com base em oito indicadores de desempenho: reputação no meio acadêmico, no mercado de trabalho, taxas de professores por aluno, de professores com doutorado, de artigos indexados por professor, citações por artigo, taxa de professores estrangeiros e taxa de estudantes estrangeiros.
Os dois últimos quesitos, que em geral desfavorecem as universidades brasileiras, respondem por 5% do cálculo. Metade dele leva em conta a reputação no meio acadêmico (30%) e no mercado de trabalho (20%).
O coordenador-geral da Unicamp, Alvaro Penteado Crósta, chamou a atenção para o desempenho chinês. “Os governos dos demais países que compõem os Brics devem olhar com atenção o que vem sendo feito na China, se quiserem que suas universidades mantenham ou conquistem posições melhores no cenário acadêmico internacional”, afirmou em nota. O reitor da USP, Marco Antonio Zago, comemorou a posição da instituição: “Os resultados são convergentes com os de outros rankings que revelam que a USP ocupa posição de destaque entre mais de 16 mil universidades do mundo”.