USP e Unicamp caem em ranking internacional


Brasil não tem representantes no top 200, mas segue como o melhor colocado da América Latina

Por Victor Vieira

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caíram no ranking de melhores instituições do mundo, segundo lista da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das mais importantes na avaliação do ensino superior. As posições foram divulgada ontem. É o pior desempenho das duas nas últimas cinco edições do ranking. 

USP é a melhor da América Latina no ranking Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

A USP está no grupo entre 251 e 300 melhores universidades. Depois da posição 200, as instituições são organizadas em faixas de classificação, e não pela posição exata. Na edição anterior, a USP estava no grupo 201-225 e chegou a ocupar o 158.º lugar em 2012. Apesar da queda, a universidade segue como a melhor da América Latina. Já a Unicamp saiu da faixa 301-350 das melhores universidades e migrou para o grupo das 351-400. Em 2012, havia alcançado o grupo do 251º ao 275º lugar.

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Nas últimas cinco edições, o ranking trazia as 400 melhores escolas de ensino superior do mundo. Neste ano, o levantamento reúne as 800 melhores escolas de ensino superior, de 70 países. Com isso, outras 15 brasileiras estão na lista. Além da Universidade Estadual Paulista (Unesp), há dez federais, três unidades da Pontifícia Universidade Católica (PUCs) e outra estadual. A maioria fica na faixa entre 600.º e 800.º.

No topo do ranking está a California Institute of Technology (Caltech), pelo quinto ano consecutivo. O top 10 é dominado pelos Estados Unidos, com seis representantes. Os outros países na elite são o Reino Unido, com três instituições, e a Suíça, com uma.

Melhores universidades THE 2016-2016

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Melhores universidades THE 2015-2016

Foto: DIVULGAÇÃO
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Para avaliar as universidades, a THE considera, entre outros fatores, o número de citações de pesquisa, o grau de titulação dos professores, a transferência de conhecimento para a sociedade e o nível de internacionalização. </IP>Além do número maior de universidades, neste ano houve refinamento de parte dos critérios. 

Posicionamento. Em nota, a Unicamp disse que analisa “o resultado levando em conta a mudança de critérios adotada pelo ranking da THE”. As alterações, diz a reitoria, “tornam qualquer comparação desses resultados em relação aos rankings anteriores pouco significativa”.

A Unicamp ainda destacou que é a segunda melhor brasileira no ranking e, nos quesitos qualidade de ensino e pesquisa, figura entre as 150 melhores do mundo. Ainda disse que a crise financeira das três universidades estaduais paulistas não afetou o resultado, já que o levantamento usa dados de 2013, “quando a conjuntura econômica era diversa da atual”. Procurada, a reitoria da USP não quis comentar o resultado.

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Alerta. Comparado a outros emergentes, o desempenho brasileiro no ranking é mais fraco. A China, por exemplo, tem 37 representantes no top 800 – mais que o dobro do Brasil. Segundo Phil Baty, editor da THE, o governo deverá “trabalhar mais forte para competir com outras economias emergentes”, o que significa aumentar investimentos no setor.

“Não há dúvida de que as universidades brasileiras sofrem com um sistema severamente burocrático”, diz. Para Baty, a queda de USP e Unicamp também se deve ao número maior de universidades listadas neste ano.

“Não houve piora do Brasil, mas as outras estão avançando em ritmo mais rápido”, explica Leandro Tessler, especialista em ensino superior da Unicamp. “Ainda estamos acordando de muitos anos de isolamento acadêmico internacional.”

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Uma surpresa, diz, é a ausência de mais brasileiras acima do 600.º lugar. “A baixa internacionalização prejudica. Não temos aulas em inglês e aqui há poucos alunos estrangeiros.”

E a crise econômica, com os cortes de verbas para o setor, ainda pode prejudicar o País. “Mas isso demora alguns anos para aparecer nos rankings”, diz o especialista da Unicamp.

 

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caíram no ranking de melhores instituições do mundo, segundo lista da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das mais importantes na avaliação do ensino superior. As posições foram divulgada ontem. É o pior desempenho das duas nas últimas cinco edições do ranking. 

USP é a melhor da América Latina no ranking Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

A USP está no grupo entre 251 e 300 melhores universidades. Depois da posição 200, as instituições são organizadas em faixas de classificação, e não pela posição exata. Na edição anterior, a USP estava no grupo 201-225 e chegou a ocupar o 158.º lugar em 2012. Apesar da queda, a universidade segue como a melhor da América Latina. Já a Unicamp saiu da faixa 301-350 das melhores universidades e migrou para o grupo das 351-400. Em 2012, havia alcançado o grupo do 251º ao 275º lugar.

Nas últimas cinco edições, o ranking trazia as 400 melhores escolas de ensino superior do mundo. Neste ano, o levantamento reúne as 800 melhores escolas de ensino superior, de 70 países. Com isso, outras 15 brasileiras estão na lista. Além da Universidade Estadual Paulista (Unesp), há dez federais, três unidades da Pontifícia Universidade Católica (PUCs) e outra estadual. A maioria fica na faixa entre 600.º e 800.º.

No topo do ranking está a California Institute of Technology (Caltech), pelo quinto ano consecutivo. O top 10 é dominado pelos Estados Unidos, com seis representantes. Os outros países na elite são o Reino Unido, com três instituições, e a Suíça, com uma.

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Para avaliar as universidades, a THE considera, entre outros fatores, o número de citações de pesquisa, o grau de titulação dos professores, a transferência de conhecimento para a sociedade e o nível de internacionalização. </IP>Além do número maior de universidades, neste ano houve refinamento de parte dos critérios. 

Posicionamento. Em nota, a Unicamp disse que analisa “o resultado levando em conta a mudança de critérios adotada pelo ranking da THE”. As alterações, diz a reitoria, “tornam qualquer comparação desses resultados em relação aos rankings anteriores pouco significativa”.

A Unicamp ainda destacou que é a segunda melhor brasileira no ranking e, nos quesitos qualidade de ensino e pesquisa, figura entre as 150 melhores do mundo. Ainda disse que a crise financeira das três universidades estaduais paulistas não afetou o resultado, já que o levantamento usa dados de 2013, “quando a conjuntura econômica era diversa da atual”. Procurada, a reitoria da USP não quis comentar o resultado.

Alerta. Comparado a outros emergentes, o desempenho brasileiro no ranking é mais fraco. A China, por exemplo, tem 37 representantes no top 800 – mais que o dobro do Brasil. Segundo Phil Baty, editor da THE, o governo deverá “trabalhar mais forte para competir com outras economias emergentes”, o que significa aumentar investimentos no setor.

“Não há dúvida de que as universidades brasileiras sofrem com um sistema severamente burocrático”, diz. Para Baty, a queda de USP e Unicamp também se deve ao número maior de universidades listadas neste ano.

“Não houve piora do Brasil, mas as outras estão avançando em ritmo mais rápido”, explica Leandro Tessler, especialista em ensino superior da Unicamp. “Ainda estamos acordando de muitos anos de isolamento acadêmico internacional.”

Uma surpresa, diz, é a ausência de mais brasileiras acima do 600.º lugar. “A baixa internacionalização prejudica. Não temos aulas em inglês e aqui há poucos alunos estrangeiros.”

E a crise econômica, com os cortes de verbas para o setor, ainda pode prejudicar o País. “Mas isso demora alguns anos para aparecer nos rankings”, diz o especialista da Unicamp.

 

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caíram no ranking de melhores instituições do mundo, segundo lista da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das mais importantes na avaliação do ensino superior. As posições foram divulgada ontem. É o pior desempenho das duas nas últimas cinco edições do ranking. 

USP é a melhor da América Latina no ranking Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

A USP está no grupo entre 251 e 300 melhores universidades. Depois da posição 200, as instituições são organizadas em faixas de classificação, e não pela posição exata. Na edição anterior, a USP estava no grupo 201-225 e chegou a ocupar o 158.º lugar em 2012. Apesar da queda, a universidade segue como a melhor da América Latina. Já a Unicamp saiu da faixa 301-350 das melhores universidades e migrou para o grupo das 351-400. Em 2012, havia alcançado o grupo do 251º ao 275º lugar.

Nas últimas cinco edições, o ranking trazia as 400 melhores escolas de ensino superior do mundo. Neste ano, o levantamento reúne as 800 melhores escolas de ensino superior, de 70 países. Com isso, outras 15 brasileiras estão na lista. Além da Universidade Estadual Paulista (Unesp), há dez federais, três unidades da Pontifícia Universidade Católica (PUCs) e outra estadual. A maioria fica na faixa entre 600.º e 800.º.

No topo do ranking está a California Institute of Technology (Caltech), pelo quinto ano consecutivo. O top 10 é dominado pelos Estados Unidos, com seis representantes. Os outros países na elite são o Reino Unido, com três instituições, e a Suíça, com uma.

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Para avaliar as universidades, a THE considera, entre outros fatores, o número de citações de pesquisa, o grau de titulação dos professores, a transferência de conhecimento para a sociedade e o nível de internacionalização. </IP>Além do número maior de universidades, neste ano houve refinamento de parte dos critérios. 

Posicionamento. Em nota, a Unicamp disse que analisa “o resultado levando em conta a mudança de critérios adotada pelo ranking da THE”. As alterações, diz a reitoria, “tornam qualquer comparação desses resultados em relação aos rankings anteriores pouco significativa”.

A Unicamp ainda destacou que é a segunda melhor brasileira no ranking e, nos quesitos qualidade de ensino e pesquisa, figura entre as 150 melhores do mundo. Ainda disse que a crise financeira das três universidades estaduais paulistas não afetou o resultado, já que o levantamento usa dados de 2013, “quando a conjuntura econômica era diversa da atual”. Procurada, a reitoria da USP não quis comentar o resultado.

Alerta. Comparado a outros emergentes, o desempenho brasileiro no ranking é mais fraco. A China, por exemplo, tem 37 representantes no top 800 – mais que o dobro do Brasil. Segundo Phil Baty, editor da THE, o governo deverá “trabalhar mais forte para competir com outras economias emergentes”, o que significa aumentar investimentos no setor.

“Não há dúvida de que as universidades brasileiras sofrem com um sistema severamente burocrático”, diz. Para Baty, a queda de USP e Unicamp também se deve ao número maior de universidades listadas neste ano.

“Não houve piora do Brasil, mas as outras estão avançando em ritmo mais rápido”, explica Leandro Tessler, especialista em ensino superior da Unicamp. “Ainda estamos acordando de muitos anos de isolamento acadêmico internacional.”

Uma surpresa, diz, é a ausência de mais brasileiras acima do 600.º lugar. “A baixa internacionalização prejudica. Não temos aulas em inglês e aqui há poucos alunos estrangeiros.”

E a crise econômica, com os cortes de verbas para o setor, ainda pode prejudicar o País. “Mas isso demora alguns anos para aparecer nos rankings”, diz o especialista da Unicamp.

 

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caíram no ranking de melhores instituições do mundo, segundo lista da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das mais importantes na avaliação do ensino superior. As posições foram divulgada ontem. É o pior desempenho das duas nas últimas cinco edições do ranking. 

USP é a melhor da América Latina no ranking Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

A USP está no grupo entre 251 e 300 melhores universidades. Depois da posição 200, as instituições são organizadas em faixas de classificação, e não pela posição exata. Na edição anterior, a USP estava no grupo 201-225 e chegou a ocupar o 158.º lugar em 2012. Apesar da queda, a universidade segue como a melhor da América Latina. Já a Unicamp saiu da faixa 301-350 das melhores universidades e migrou para o grupo das 351-400. Em 2012, havia alcançado o grupo do 251º ao 275º lugar.

Nas últimas cinco edições, o ranking trazia as 400 melhores escolas de ensino superior do mundo. Neste ano, o levantamento reúne as 800 melhores escolas de ensino superior, de 70 países. Com isso, outras 15 brasileiras estão na lista. Além da Universidade Estadual Paulista (Unesp), há dez federais, três unidades da Pontifícia Universidade Católica (PUCs) e outra estadual. A maioria fica na faixa entre 600.º e 800.º.

No topo do ranking está a California Institute of Technology (Caltech), pelo quinto ano consecutivo. O top 10 é dominado pelos Estados Unidos, com seis representantes. Os outros países na elite são o Reino Unido, com três instituições, e a Suíça, com uma.

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Para avaliar as universidades, a THE considera, entre outros fatores, o número de citações de pesquisa, o grau de titulação dos professores, a transferência de conhecimento para a sociedade e o nível de internacionalização. </IP>Além do número maior de universidades, neste ano houve refinamento de parte dos critérios. 

Posicionamento. Em nota, a Unicamp disse que analisa “o resultado levando em conta a mudança de critérios adotada pelo ranking da THE”. As alterações, diz a reitoria, “tornam qualquer comparação desses resultados em relação aos rankings anteriores pouco significativa”.

A Unicamp ainda destacou que é a segunda melhor brasileira no ranking e, nos quesitos qualidade de ensino e pesquisa, figura entre as 150 melhores do mundo. Ainda disse que a crise financeira das três universidades estaduais paulistas não afetou o resultado, já que o levantamento usa dados de 2013, “quando a conjuntura econômica era diversa da atual”. Procurada, a reitoria da USP não quis comentar o resultado.

Alerta. Comparado a outros emergentes, o desempenho brasileiro no ranking é mais fraco. A China, por exemplo, tem 37 representantes no top 800 – mais que o dobro do Brasil. Segundo Phil Baty, editor da THE, o governo deverá “trabalhar mais forte para competir com outras economias emergentes”, o que significa aumentar investimentos no setor.

“Não há dúvida de que as universidades brasileiras sofrem com um sistema severamente burocrático”, diz. Para Baty, a queda de USP e Unicamp também se deve ao número maior de universidades listadas neste ano.

“Não houve piora do Brasil, mas as outras estão avançando em ritmo mais rápido”, explica Leandro Tessler, especialista em ensino superior da Unicamp. “Ainda estamos acordando de muitos anos de isolamento acadêmico internacional.”

Uma surpresa, diz, é a ausência de mais brasileiras acima do 600.º lugar. “A baixa internacionalização prejudica. Não temos aulas em inglês e aqui há poucos alunos estrangeiros.”

E a crise econômica, com os cortes de verbas para o setor, ainda pode prejudicar o País. “Mas isso demora alguns anos para aparecer nos rankings”, diz o especialista da Unicamp.

 

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