Depressão será a doença mental mais incapacitante do mundo até 2020


Segundo a OMS, 300 milhões sofrem do transtorno no planeta; estigma ainda impede buscar por ajuda

Por Camila Tuchlinski
A depressão afeta 11,5 milhões de brasileiros. Foto: Unsplash

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, é celebrado o Dia Internacional da Saúde Mental e o alto número de relatos envolvendo transtornos preocupa. De acordo com dados da OMS, a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos. Até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta, na previsão da Organização Mundial da Saúde. “Globalmente, apenas metade daqueles que precisam de tratamento psiquiátrico recebem ajuda”, afirma Nadège Herdy, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo. Quadros depressivos são as principais causas de suicídio no mundo. O Brasil é campeão de casos de depressão na América Latina. Quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com a doença, segundo dados da OMS. Porém, a psiquiatra Nadège Herdy alerta para o aumento do número de registros de Transtornos de Ansiedade. “Os mais comuns são os transtornos de ansiedade generalizada e síndrome do pânico. Em 2015, 18,6 milhões de pessoas sofriam com transtorno de ansiedade no Brasil”.  Se perguntarmos por aí se as pessoas são ansiosas, a maioria dirá que sim. Porém, para ter o diagnóstico de alguns transtornos de ansiedade não é tão simples. O DSM-V - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - aponta 12 tipos de patologias relacionadas à ansiedade.

No geral, alguns sintomas merecem atenção: sentir medo ou receio, em excesso, de situações que ainda não aconteceram, alterações do sono, tensão muscular, medo de falar em público, medo de lugares fechados ou com grandes aglomerações, inquietações constantes, pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. O ideal, em casos assim, é buscar ajuda de um psicoterapeuta. O psicólogo irá fazer uma série de perguntas sobre seu estado físico e emocional. Na terapia, você terá a oportunidade de falar mais sobre as situações que lhe causam ansiedade, sem julgamentos. Em alguns casos, o psicólogo pode recomendar que você procure um psiquiatra, que irá receitar uma medicação específica para baixar a ansiedade. 

continua após a publicidade
Crescimento do número de casos de transtornos de ansiedade preocupa OMS. Foto: Unsplash

A psiquiatra Nadège Herdy relata que há um aumento na procura por profissionais de saúde mental, mas o preconceito ainda é evidente. “O estigma social ainda é um dos mais importantes e difíceis obstáculos para recuperação e reabilitação das pessoas que sofrem de doença mental. Esses indivíduos, além de precisar lutar contra seus sintomas que muitas vezes interferem na autonomia, independência, qualidade de vida, precisam lutar contra o estigma”, avalia.  A resistência em procurar ajuda em saúde mental pode ser explicada, em parte, pelo preconceito contra as pessoas que têm transtornos. A psicofobia carrega uma herança de séculos de discriminação contra os doentes mentais ao longo da história. Acreditava-se que eles eram 'bruxos' ou 'possuídos por demônios'. Atualmente, Psicologia e Psiquiatria trabalham juntas para desmistificar todas essas questões. “O preconceito, que gera estigma, pode ser combatido com conhecimento. Melhorar o conhecimento gera desmistificação de falsas crenças e estereótipos, fornecendo dados reais acerca da doença e de quem sofre dela. Afinal, as doenças mentais são tratáveis e muitos pacientes se recuperam”, enfatiza a psiquiatra Nadège Herdy.

VEJA TAMBÉM: Relembre artistas que já falaram abertamente sobre saúde mental

continua após a publicidade

Relembre artistas que já falaram abertamente sobre saúde mental

1 | 11

Fábio de Melo

Foto: Instagram / @pefabiodemelo
2 | 11

Lady Gaga

Foto: Reuters
3 | 11

Demi Lovato

Foto: REUTERS/Danny Moloshok
4 | 11

Amanda Seyfried

Foto: Reprodução/ Instagram
5 | 11

Zayn Malik

Foto: Reprodução/Twitter
6 | 11

Selena Gomez

Foto: Reprodução/Youtube
7 | 11

Rita Ora

Foto: Reprodução/Instagram
8 | 11

Kesha

Foto: Reprodução/Instagram
9 | 11

Lucas Lucco

Foto: Divulgação|Globo
10 | 11

Daiana Garbin

Foto: Reprodução/YouTube
11 | 11

Cara Delevingne

Foto: Bang Showbiz
A depressão afeta 11,5 milhões de brasileiros. Foto: Unsplash

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, é celebrado o Dia Internacional da Saúde Mental e o alto número de relatos envolvendo transtornos preocupa. De acordo com dados da OMS, a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos. Até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta, na previsão da Organização Mundial da Saúde. “Globalmente, apenas metade daqueles que precisam de tratamento psiquiátrico recebem ajuda”, afirma Nadège Herdy, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo. Quadros depressivos são as principais causas de suicídio no mundo. O Brasil é campeão de casos de depressão na América Latina. Quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com a doença, segundo dados da OMS. Porém, a psiquiatra Nadège Herdy alerta para o aumento do número de registros de Transtornos de Ansiedade. “Os mais comuns são os transtornos de ansiedade generalizada e síndrome do pânico. Em 2015, 18,6 milhões de pessoas sofriam com transtorno de ansiedade no Brasil”.  Se perguntarmos por aí se as pessoas são ansiosas, a maioria dirá que sim. Porém, para ter o diagnóstico de alguns transtornos de ansiedade não é tão simples. O DSM-V - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - aponta 12 tipos de patologias relacionadas à ansiedade.

No geral, alguns sintomas merecem atenção: sentir medo ou receio, em excesso, de situações que ainda não aconteceram, alterações do sono, tensão muscular, medo de falar em público, medo de lugares fechados ou com grandes aglomerações, inquietações constantes, pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. O ideal, em casos assim, é buscar ajuda de um psicoterapeuta. O psicólogo irá fazer uma série de perguntas sobre seu estado físico e emocional. Na terapia, você terá a oportunidade de falar mais sobre as situações que lhe causam ansiedade, sem julgamentos. Em alguns casos, o psicólogo pode recomendar que você procure um psiquiatra, que irá receitar uma medicação específica para baixar a ansiedade. 

Crescimento do número de casos de transtornos de ansiedade preocupa OMS. Foto: Unsplash

A psiquiatra Nadège Herdy relata que há um aumento na procura por profissionais de saúde mental, mas o preconceito ainda é evidente. “O estigma social ainda é um dos mais importantes e difíceis obstáculos para recuperação e reabilitação das pessoas que sofrem de doença mental. Esses indivíduos, além de precisar lutar contra seus sintomas que muitas vezes interferem na autonomia, independência, qualidade de vida, precisam lutar contra o estigma”, avalia.  A resistência em procurar ajuda em saúde mental pode ser explicada, em parte, pelo preconceito contra as pessoas que têm transtornos. A psicofobia carrega uma herança de séculos de discriminação contra os doentes mentais ao longo da história. Acreditava-se que eles eram 'bruxos' ou 'possuídos por demônios'. Atualmente, Psicologia e Psiquiatria trabalham juntas para desmistificar todas essas questões. “O preconceito, que gera estigma, pode ser combatido com conhecimento. Melhorar o conhecimento gera desmistificação de falsas crenças e estereótipos, fornecendo dados reais acerca da doença e de quem sofre dela. Afinal, as doenças mentais são tratáveis e muitos pacientes se recuperam”, enfatiza a psiquiatra Nadège Herdy.

VEJA TAMBÉM: Relembre artistas que já falaram abertamente sobre saúde mental

Relembre artistas que já falaram abertamente sobre saúde mental

1 | 11

Fábio de Melo

Foto: Instagram / @pefabiodemelo
2 | 11

Lady Gaga

Foto: Reuters
3 | 11

Demi Lovato

Foto: REUTERS/Danny Moloshok
4 | 11

Amanda Seyfried

Foto: Reprodução/ Instagram
5 | 11

Zayn Malik

Foto: Reprodução/Twitter
6 | 11

Selena Gomez

Foto: Reprodução/Youtube
7 | 11

Rita Ora

Foto: Reprodução/Instagram
8 | 11

Kesha

Foto: Reprodução/Instagram
9 | 11

Lucas Lucco

Foto: Divulgação|Globo
10 | 11

Daiana Garbin

Foto: Reprodução/YouTube
11 | 11

Cara Delevingne

Foto: Bang Showbiz
A depressão afeta 11,5 milhões de brasileiros. Foto: Unsplash

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, é celebrado o Dia Internacional da Saúde Mental e o alto número de relatos envolvendo transtornos preocupa. De acordo com dados da OMS, a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos. Até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta, na previsão da Organização Mundial da Saúde. “Globalmente, apenas metade daqueles que precisam de tratamento psiquiátrico recebem ajuda”, afirma Nadège Herdy, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo. Quadros depressivos são as principais causas de suicídio no mundo. O Brasil é campeão de casos de depressão na América Latina. Quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com a doença, segundo dados da OMS. Porém, a psiquiatra Nadège Herdy alerta para o aumento do número de registros de Transtornos de Ansiedade. “Os mais comuns são os transtornos de ansiedade generalizada e síndrome do pânico. Em 2015, 18,6 milhões de pessoas sofriam com transtorno de ansiedade no Brasil”.  Se perguntarmos por aí se as pessoas são ansiosas, a maioria dirá que sim. Porém, para ter o diagnóstico de alguns transtornos de ansiedade não é tão simples. O DSM-V - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - aponta 12 tipos de patologias relacionadas à ansiedade.

No geral, alguns sintomas merecem atenção: sentir medo ou receio, em excesso, de situações que ainda não aconteceram, alterações do sono, tensão muscular, medo de falar em público, medo de lugares fechados ou com grandes aglomerações, inquietações constantes, pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos. O ideal, em casos assim, é buscar ajuda de um psicoterapeuta. O psicólogo irá fazer uma série de perguntas sobre seu estado físico e emocional. Na terapia, você terá a oportunidade de falar mais sobre as situações que lhe causam ansiedade, sem julgamentos. Em alguns casos, o psicólogo pode recomendar que você procure um psiquiatra, que irá receitar uma medicação específica para baixar a ansiedade. 

Crescimento do número de casos de transtornos de ansiedade preocupa OMS. Foto: Unsplash

A psiquiatra Nadège Herdy relata que há um aumento na procura por profissionais de saúde mental, mas o preconceito ainda é evidente. “O estigma social ainda é um dos mais importantes e difíceis obstáculos para recuperação e reabilitação das pessoas que sofrem de doença mental. Esses indivíduos, além de precisar lutar contra seus sintomas que muitas vezes interferem na autonomia, independência, qualidade de vida, precisam lutar contra o estigma”, avalia.  A resistência em procurar ajuda em saúde mental pode ser explicada, em parte, pelo preconceito contra as pessoas que têm transtornos. A psicofobia carrega uma herança de séculos de discriminação contra os doentes mentais ao longo da história. Acreditava-se que eles eram 'bruxos' ou 'possuídos por demônios'. Atualmente, Psicologia e Psiquiatria trabalham juntas para desmistificar todas essas questões. “O preconceito, que gera estigma, pode ser combatido com conhecimento. Melhorar o conhecimento gera desmistificação de falsas crenças e estereótipos, fornecendo dados reais acerca da doença e de quem sofre dela. Afinal, as doenças mentais são tratáveis e muitos pacientes se recuperam”, enfatiza a psiquiatra Nadège Herdy.

VEJA TAMBÉM: Relembre artistas que já falaram abertamente sobre saúde mental

Relembre artistas que já falaram abertamente sobre saúde mental

1 | 11

Fábio de Melo

Foto: Instagram / @pefabiodemelo
2 | 11

Lady Gaga

Foto: Reuters
3 | 11

Demi Lovato

Foto: REUTERS/Danny Moloshok
4 | 11

Amanda Seyfried

Foto: Reprodução/ Instagram
5 | 11

Zayn Malik

Foto: Reprodução/Twitter
6 | 11

Selena Gomez

Foto: Reprodução/Youtube
7 | 11

Rita Ora

Foto: Reprodução/Instagram
8 | 11

Kesha

Foto: Reprodução/Instagram
9 | 11

Lucas Lucco

Foto: Divulgação|Globo
10 | 11

Daiana Garbin

Foto: Reprodução/YouTube
11 | 11

Cara Delevingne

Foto: Bang Showbiz

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.