Dia Mundial da Audição: lazer pode virar problema se som for muito alto


Organizações internacionais recomendam novo padrão para reduzir perda auditiva entre jovens

Por Ludimila Honorato
Audição de mais de umbilhão de jovens está ameaçada. Foto: StockSnap/Pixabay

Você sai de casa para trabalhar, estudar ou correr e coloca fones de ouvido para escutar uma música ou um podcast. Você chega ao seu destino e continua com fones, às vezes para se concentrar melhor. Na volta, a mesma coisa. Esse comportamento tem preocupado organizações internacionais, que recomendam novos padrões para uso e fabricação de dispositivos de áudio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas entre 12 e 35 anos correm risco de perder a audição devido à exposição prolongada e excessiva a sons altos, algo que o órgão chama de escuta insegura.

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Paulo Bedê Miranda, otorrinolaringologista do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), explica que, no século 20, vários estudos mostraram o impacto dos ruídos nas pessoas. No começo do século 21, a OMS começou a estabelecer recomendações, principalmente em relação ao ruído ocupacional [no trabalho] e em comunidades, pelo barulho de carros, construção civil, ferrovias.

"Nesses últimos anos, vem aumentando o número desses dispositivos individuais [smartphones]. Se você considerar que numa cidade como São Paulo o trabalhador leva, em média, três horas no transporte, é muita coisa [ficar esse tempo com fone]", diz o médico.

O especialista afirma que, hoje em dia, a maior preocupação é da audição recreativa, como o som alto de festas e baladas. Fazendo um comparativo com as recomendações para o trabalhador, Miranda também faz uma indicação para os jovens que frequentam espaços barulhentos.

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Na balada, não tenho como saber o impacto sonoro, mas recomendo que a pessoa fique longe da fonte sonora, no caso as caixas de som, e se o som for muito alto, que ela saia do ambiente a cada duas horas por 15 minutos", orienta.

Em comparação com um ambiente aberto, o impacto dos fones de ouvido pode ser maior por conta do som direcionado, mas depende da intensidade. "O novo padrão que se está tentando estabelecer vai permitir que o próprio aparelho dose esse volume", diz o médico.

A OMS faz um alerta para que haja controle dos pais sobre o volume do som que os filhos escutam. Foto: Victoria_Borodinova/Pixabay
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 OMS, junto com a União Internacional de Telecomunicações, fez as recomendações para os fabricantes de dispositivos a fim de que os aparelhos incluam funções de alerta. A ideia é que exista a função 'permissão de som', com um software que rastreia o nível e a duração de exposição do usuário.

Outra indicação é que os aparelhos individuais tenham a opção de limitar o volume, além da redução automática. "Essa tentativa da organização mundial conta muito com a vontade de empresas e produtores de dispositivos. Mas a pessoa precisa saber que aquilo pode impactá-la, controlar e não deixar que aquilo traga problemas de audição e compreensão, porque essa perda não tem como recuperar", afirma o otorrino.

Uma recomendação importante da organização é o controle dos pais sobre o volume dos sons que os filhos escutam. "Pode haver perda auditiva precoce, que é a consequência direta mais evidente. Mas o impacto do volume alto causa uma série de outros problemas, como fonoaudiológicos e comportamentais", diz Miranda.

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Com base nos estudos e nas recomendações dos órgãos internacionais, cabe aos fabricantes de adaptar ou não. Além disso, o especialista afirma que cabe também aos governos uma normatização para que isso seja possível. À sociedade, vale o alerta de conscientização para perceber que o volume alto é prejudicial em longo prazo.

Audição de mais de umbilhão de jovens está ameaçada. Foto: StockSnap/Pixabay

Você sai de casa para trabalhar, estudar ou correr e coloca fones de ouvido para escutar uma música ou um podcast. Você chega ao seu destino e continua com fones, às vezes para se concentrar melhor. Na volta, a mesma coisa. Esse comportamento tem preocupado organizações internacionais, que recomendam novos padrões para uso e fabricação de dispositivos de áudio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas entre 12 e 35 anos correm risco de perder a audição devido à exposição prolongada e excessiva a sons altos, algo que o órgão chama de escuta insegura.

Paulo Bedê Miranda, otorrinolaringologista do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), explica que, no século 20, vários estudos mostraram o impacto dos ruídos nas pessoas. No começo do século 21, a OMS começou a estabelecer recomendações, principalmente em relação ao ruído ocupacional [no trabalho] e em comunidades, pelo barulho de carros, construção civil, ferrovias.

"Nesses últimos anos, vem aumentando o número desses dispositivos individuais [smartphones]. Se você considerar que numa cidade como São Paulo o trabalhador leva, em média, três horas no transporte, é muita coisa [ficar esse tempo com fone]", diz o médico.

O especialista afirma que, hoje em dia, a maior preocupação é da audição recreativa, como o som alto de festas e baladas. Fazendo um comparativo com as recomendações para o trabalhador, Miranda também faz uma indicação para os jovens que frequentam espaços barulhentos.

Na balada, não tenho como saber o impacto sonoro, mas recomendo que a pessoa fique longe da fonte sonora, no caso as caixas de som, e se o som for muito alto, que ela saia do ambiente a cada duas horas por 15 minutos", orienta.

Em comparação com um ambiente aberto, o impacto dos fones de ouvido pode ser maior por conta do som direcionado, mas depende da intensidade. "O novo padrão que se está tentando estabelecer vai permitir que o próprio aparelho dose esse volume", diz o médico.

A OMS faz um alerta para que haja controle dos pais sobre o volume do som que os filhos escutam. Foto: Victoria_Borodinova/Pixabay

 OMS, junto com a União Internacional de Telecomunicações, fez as recomendações para os fabricantes de dispositivos a fim de que os aparelhos incluam funções de alerta. A ideia é que exista a função 'permissão de som', com um software que rastreia o nível e a duração de exposição do usuário.

Outra indicação é que os aparelhos individuais tenham a opção de limitar o volume, além da redução automática. "Essa tentativa da organização mundial conta muito com a vontade de empresas e produtores de dispositivos. Mas a pessoa precisa saber que aquilo pode impactá-la, controlar e não deixar que aquilo traga problemas de audição e compreensão, porque essa perda não tem como recuperar", afirma o otorrino.

Uma recomendação importante da organização é o controle dos pais sobre o volume dos sons que os filhos escutam. "Pode haver perda auditiva precoce, que é a consequência direta mais evidente. Mas o impacto do volume alto causa uma série de outros problemas, como fonoaudiológicos e comportamentais", diz Miranda.

Com base nos estudos e nas recomendações dos órgãos internacionais, cabe aos fabricantes de adaptar ou não. Além disso, o especialista afirma que cabe também aos governos uma normatização para que isso seja possível. À sociedade, vale o alerta de conscientização para perceber que o volume alto é prejudicial em longo prazo.

Audição de mais de umbilhão de jovens está ameaçada. Foto: StockSnap/Pixabay

Você sai de casa para trabalhar, estudar ou correr e coloca fones de ouvido para escutar uma música ou um podcast. Você chega ao seu destino e continua com fones, às vezes para se concentrar melhor. Na volta, a mesma coisa. Esse comportamento tem preocupado organizações internacionais, que recomendam novos padrões para uso e fabricação de dispositivos de áudio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas entre 12 e 35 anos correm risco de perder a audição devido à exposição prolongada e excessiva a sons altos, algo que o órgão chama de escuta insegura.

Paulo Bedê Miranda, otorrinolaringologista do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), explica que, no século 20, vários estudos mostraram o impacto dos ruídos nas pessoas. No começo do século 21, a OMS começou a estabelecer recomendações, principalmente em relação ao ruído ocupacional [no trabalho] e em comunidades, pelo barulho de carros, construção civil, ferrovias.

"Nesses últimos anos, vem aumentando o número desses dispositivos individuais [smartphones]. Se você considerar que numa cidade como São Paulo o trabalhador leva, em média, três horas no transporte, é muita coisa [ficar esse tempo com fone]", diz o médico.

O especialista afirma que, hoje em dia, a maior preocupação é da audição recreativa, como o som alto de festas e baladas. Fazendo um comparativo com as recomendações para o trabalhador, Miranda também faz uma indicação para os jovens que frequentam espaços barulhentos.

Na balada, não tenho como saber o impacto sonoro, mas recomendo que a pessoa fique longe da fonte sonora, no caso as caixas de som, e se o som for muito alto, que ela saia do ambiente a cada duas horas por 15 minutos", orienta.

Em comparação com um ambiente aberto, o impacto dos fones de ouvido pode ser maior por conta do som direcionado, mas depende da intensidade. "O novo padrão que se está tentando estabelecer vai permitir que o próprio aparelho dose esse volume", diz o médico.

A OMS faz um alerta para que haja controle dos pais sobre o volume do som que os filhos escutam. Foto: Victoria_Borodinova/Pixabay

 OMS, junto com a União Internacional de Telecomunicações, fez as recomendações para os fabricantes de dispositivos a fim de que os aparelhos incluam funções de alerta. A ideia é que exista a função 'permissão de som', com um software que rastreia o nível e a duração de exposição do usuário.

Outra indicação é que os aparelhos individuais tenham a opção de limitar o volume, além da redução automática. "Essa tentativa da organização mundial conta muito com a vontade de empresas e produtores de dispositivos. Mas a pessoa precisa saber que aquilo pode impactá-la, controlar e não deixar que aquilo traga problemas de audição e compreensão, porque essa perda não tem como recuperar", afirma o otorrino.

Uma recomendação importante da organização é o controle dos pais sobre o volume dos sons que os filhos escutam. "Pode haver perda auditiva precoce, que é a consequência direta mais evidente. Mas o impacto do volume alto causa uma série de outros problemas, como fonoaudiológicos e comportamentais", diz Miranda.

Com base nos estudos e nas recomendações dos órgãos internacionais, cabe aos fabricantes de adaptar ou não. Além disso, o especialista afirma que cabe também aos governos uma normatização para que isso seja possível. À sociedade, vale o alerta de conscientização para perceber que o volume alto é prejudicial em longo prazo.

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