Amamentação: dificuldades e dicas para estimular a produção de leite


Especialista diz que estresse, dores e até mesmo o desejo intenso de amamentar podem inibir o processo

Por Ludimila Honorato
Após imunizadas com vacinas contra a covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos. Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Amamentar é um dos períodos de maior ligação entre mãe e filho, pois o contato físico implica em diversas reações emocionais, geralmente positivas, e psicológicas. Mas, às vezes, amamentar pode ser difícil, causar dor e frustração, como relatou a atriz Thaís Fersoza em seu canal no Youtube.

Há diversos fatores que levam mães a não conseguirem alimentar seus filhos. Além da questão biológica, há ainda o quadro social, emocional e cultural, explica Elsa Giugliani, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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A especialista diz que, do ponto de vista biológico, são poucas as mulheres que não conseguem amamentar. Porém, o estresse, dores, baixa autoestima e até o desejo intenso de querer amamentar podem inibir o processo de descida do leite.

Segundo ela, a percepção de pouco leite ou ausência total é complicada. "A descida do leite pode demorar quando, por exemplo, a mulher faz cesárea ou passou por cirurgia de mama. Pode ser também severa insuficiência de tecido mamário, que não produz ou produz pouco leite", afirma.

Como a produção de leite se dá conforme o esvaziamento da mama, qualquer fator que dificulte o processo faz o cérebro entender que não é mais necessário produzi-lo.

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O fato é que cada caso precisa ser analisado. O que vai definir é o acompanhamento da criança e o ambiente em que mãe e filho estão inseridos. Exames e a observação da técnica utilizada para amamentar podem identificar o possível problema.

Recomendações. Embora exista a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) do aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses de vida da criança, Elsa diz que, por diversos fatores, menos de 10% das mães no Brasil conseguem fazer isso.

Algumas mães começam a introduzir sucos, frutas e papinhas após esse período, ou antes, mas alguns itens não são aconselháveis. Recentemente, a Academia Americana de Pediatria deixou de recomendar o consumo de sucos de frutas antes do primeiro ano de vida devido à quantidade excessiva de açúcar.

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Caso o leite que a mãe fornece seja insuficiente, Elsa diz que é obrigação do pediatra suplementar a alimentação. "Qualquer grau de desnutrição pode afetar o desenvolvimento da criança, inclusive cognitivo", afirma. O ideal seria fornecer o alimento disponível nos bancos de leite, mas a demanda, geralmente, é para bebês prematuros que estão em tratamento intensivo, diz a especialista.

O mais recomendado, então, são as fórmulas infantis, nada de leite de vaca. "Por ser extremamente rico em proteínas, a ingestão do leite de vaca pode provocar diversos distúrbios no sistema gastrointestinal da criança, que ainda não está preparada para digerir tal alimento", diz a nutricionista Joanna Carollo.

A amamentação em horários regulares só é aconselhável quando o bebê é prematuro, não chora quando está com fome ou tem dificuldades para mamar. Nos demais casos, em que a criança é saudável e não há problemas, Elsa recomenda a amamentação por livre demanda, ou seja, sempre que o bebê pedir.

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Agora, o que na verdade não é uma opção, principalmente do ponto de vista da saúde pública, é a amamentação cruzada, ou seja, quando outra mulher, que não a própria mãe, amamenta o bebê. "É contraindicada devido ao risco de passar doenças infecciosas, tanto para o bebê quanto para a mulher", explica Elsa. A amamentação cruzada só é aceitável em casos excepcionais, como quando bebês são encontrados em situações críticas e não têm a mãe por perto.

Estimulação. Algumas mães usam técnicas para estimular a produção de leite. Thaís Fersoza comenta que tomava chás, mas Elsa diz que não há comprovação científica sobre a eficácia de qualquer bebida ou alimento para aumentar a produção do leite materno. "Tem muita crença e teoria. Só o fato de a mulher acreditar que vai melhorar, a confiança dela aumenta e pode influenciar positivamente", diz.

Outra opção citada pela atriz é a relactação. Elsa explica que essa é uma técnica utilizada quando a mulher parou de amamentar e quer voltar. Por meio de uma sonda flexível, com uma ponta conectada a um recipiente com leite e a outra no mamilo da mãe, o bebê suga o leite artificial ao mamar no peito.

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A especialista dá algumas dicas que podem aumentar a produção de leite: - Amamentar muitas vezes ao dia: quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. - Fazer massagem na mama; - Fazer compressas mornas; - Repousar sempre que possível. Quando a mulher dorme, o nível de prolactina aumenta, que é o hormônio que induz a produção do leite; - Ingerir líquidos, mas não tomar água em excesso, apenas o suficiente para saciar bem a sede; - Ter uma boa alimentação; - Não fumar.

Após imunizadas com vacinas contra a covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos. Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Amamentar é um dos períodos de maior ligação entre mãe e filho, pois o contato físico implica em diversas reações emocionais, geralmente positivas, e psicológicas. Mas, às vezes, amamentar pode ser difícil, causar dor e frustração, como relatou a atriz Thaís Fersoza em seu canal no Youtube.

Há diversos fatores que levam mães a não conseguirem alimentar seus filhos. Além da questão biológica, há ainda o quadro social, emocional e cultural, explica Elsa Giugliani, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A especialista diz que, do ponto de vista biológico, são poucas as mulheres que não conseguem amamentar. Porém, o estresse, dores, baixa autoestima e até o desejo intenso de querer amamentar podem inibir o processo de descida do leite.

Segundo ela, a percepção de pouco leite ou ausência total é complicada. "A descida do leite pode demorar quando, por exemplo, a mulher faz cesárea ou passou por cirurgia de mama. Pode ser também severa insuficiência de tecido mamário, que não produz ou produz pouco leite", afirma.

Como a produção de leite se dá conforme o esvaziamento da mama, qualquer fator que dificulte o processo faz o cérebro entender que não é mais necessário produzi-lo.

O fato é que cada caso precisa ser analisado. O que vai definir é o acompanhamento da criança e o ambiente em que mãe e filho estão inseridos. Exames e a observação da técnica utilizada para amamentar podem identificar o possível problema.

Recomendações. Embora exista a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) do aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses de vida da criança, Elsa diz que, por diversos fatores, menos de 10% das mães no Brasil conseguem fazer isso.

Algumas mães começam a introduzir sucos, frutas e papinhas após esse período, ou antes, mas alguns itens não são aconselháveis. Recentemente, a Academia Americana de Pediatria deixou de recomendar o consumo de sucos de frutas antes do primeiro ano de vida devido à quantidade excessiva de açúcar.

Caso o leite que a mãe fornece seja insuficiente, Elsa diz que é obrigação do pediatra suplementar a alimentação. "Qualquer grau de desnutrição pode afetar o desenvolvimento da criança, inclusive cognitivo", afirma. O ideal seria fornecer o alimento disponível nos bancos de leite, mas a demanda, geralmente, é para bebês prematuros que estão em tratamento intensivo, diz a especialista.

O mais recomendado, então, são as fórmulas infantis, nada de leite de vaca. "Por ser extremamente rico em proteínas, a ingestão do leite de vaca pode provocar diversos distúrbios no sistema gastrointestinal da criança, que ainda não está preparada para digerir tal alimento", diz a nutricionista Joanna Carollo.

A amamentação em horários regulares só é aconselhável quando o bebê é prematuro, não chora quando está com fome ou tem dificuldades para mamar. Nos demais casos, em que a criança é saudável e não há problemas, Elsa recomenda a amamentação por livre demanda, ou seja, sempre que o bebê pedir.

Agora, o que na verdade não é uma opção, principalmente do ponto de vista da saúde pública, é a amamentação cruzada, ou seja, quando outra mulher, que não a própria mãe, amamenta o bebê. "É contraindicada devido ao risco de passar doenças infecciosas, tanto para o bebê quanto para a mulher", explica Elsa. A amamentação cruzada só é aceitável em casos excepcionais, como quando bebês são encontrados em situações críticas e não têm a mãe por perto.

Estimulação. Algumas mães usam técnicas para estimular a produção de leite. Thaís Fersoza comenta que tomava chás, mas Elsa diz que não há comprovação científica sobre a eficácia de qualquer bebida ou alimento para aumentar a produção do leite materno. "Tem muita crença e teoria. Só o fato de a mulher acreditar que vai melhorar, a confiança dela aumenta e pode influenciar positivamente", diz.

Outra opção citada pela atriz é a relactação. Elsa explica que essa é uma técnica utilizada quando a mulher parou de amamentar e quer voltar. Por meio de uma sonda flexível, com uma ponta conectada a um recipiente com leite e a outra no mamilo da mãe, o bebê suga o leite artificial ao mamar no peito.

A especialista dá algumas dicas que podem aumentar a produção de leite: - Amamentar muitas vezes ao dia: quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. - Fazer massagem na mama; - Fazer compressas mornas; - Repousar sempre que possível. Quando a mulher dorme, o nível de prolactina aumenta, que é o hormônio que induz a produção do leite; - Ingerir líquidos, mas não tomar água em excesso, apenas o suficiente para saciar bem a sede; - Ter uma boa alimentação; - Não fumar.

Após imunizadas com vacinas contra a covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos. Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Amamentar é um dos períodos de maior ligação entre mãe e filho, pois o contato físico implica em diversas reações emocionais, geralmente positivas, e psicológicas. Mas, às vezes, amamentar pode ser difícil, causar dor e frustração, como relatou a atriz Thaís Fersoza em seu canal no Youtube.

Há diversos fatores que levam mães a não conseguirem alimentar seus filhos. Além da questão biológica, há ainda o quadro social, emocional e cultural, explica Elsa Giugliani, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A especialista diz que, do ponto de vista biológico, são poucas as mulheres que não conseguem amamentar. Porém, o estresse, dores, baixa autoestima e até o desejo intenso de querer amamentar podem inibir o processo de descida do leite.

Segundo ela, a percepção de pouco leite ou ausência total é complicada. "A descida do leite pode demorar quando, por exemplo, a mulher faz cesárea ou passou por cirurgia de mama. Pode ser também severa insuficiência de tecido mamário, que não produz ou produz pouco leite", afirma.

Como a produção de leite se dá conforme o esvaziamento da mama, qualquer fator que dificulte o processo faz o cérebro entender que não é mais necessário produzi-lo.

O fato é que cada caso precisa ser analisado. O que vai definir é o acompanhamento da criança e o ambiente em que mãe e filho estão inseridos. Exames e a observação da técnica utilizada para amamentar podem identificar o possível problema.

Recomendações. Embora exista a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) do aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses de vida da criança, Elsa diz que, por diversos fatores, menos de 10% das mães no Brasil conseguem fazer isso.

Algumas mães começam a introduzir sucos, frutas e papinhas após esse período, ou antes, mas alguns itens não são aconselháveis. Recentemente, a Academia Americana de Pediatria deixou de recomendar o consumo de sucos de frutas antes do primeiro ano de vida devido à quantidade excessiva de açúcar.

Caso o leite que a mãe fornece seja insuficiente, Elsa diz que é obrigação do pediatra suplementar a alimentação. "Qualquer grau de desnutrição pode afetar o desenvolvimento da criança, inclusive cognitivo", afirma. O ideal seria fornecer o alimento disponível nos bancos de leite, mas a demanda, geralmente, é para bebês prematuros que estão em tratamento intensivo, diz a especialista.

O mais recomendado, então, são as fórmulas infantis, nada de leite de vaca. "Por ser extremamente rico em proteínas, a ingestão do leite de vaca pode provocar diversos distúrbios no sistema gastrointestinal da criança, que ainda não está preparada para digerir tal alimento", diz a nutricionista Joanna Carollo.

A amamentação em horários regulares só é aconselhável quando o bebê é prematuro, não chora quando está com fome ou tem dificuldades para mamar. Nos demais casos, em que a criança é saudável e não há problemas, Elsa recomenda a amamentação por livre demanda, ou seja, sempre que o bebê pedir.

Agora, o que na verdade não é uma opção, principalmente do ponto de vista da saúde pública, é a amamentação cruzada, ou seja, quando outra mulher, que não a própria mãe, amamenta o bebê. "É contraindicada devido ao risco de passar doenças infecciosas, tanto para o bebê quanto para a mulher", explica Elsa. A amamentação cruzada só é aceitável em casos excepcionais, como quando bebês são encontrados em situações críticas e não têm a mãe por perto.

Estimulação. Algumas mães usam técnicas para estimular a produção de leite. Thaís Fersoza comenta que tomava chás, mas Elsa diz que não há comprovação científica sobre a eficácia de qualquer bebida ou alimento para aumentar a produção do leite materno. "Tem muita crença e teoria. Só o fato de a mulher acreditar que vai melhorar, a confiança dela aumenta e pode influenciar positivamente", diz.

Outra opção citada pela atriz é a relactação. Elsa explica que essa é uma técnica utilizada quando a mulher parou de amamentar e quer voltar. Por meio de uma sonda flexível, com uma ponta conectada a um recipiente com leite e a outra no mamilo da mãe, o bebê suga o leite artificial ao mamar no peito.

A especialista dá algumas dicas que podem aumentar a produção de leite: - Amamentar muitas vezes ao dia: quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. - Fazer massagem na mama; - Fazer compressas mornas; - Repousar sempre que possível. Quando a mulher dorme, o nível de prolactina aumenta, que é o hormônio que induz a produção do leite; - Ingerir líquidos, mas não tomar água em excesso, apenas o suficiente para saciar bem a sede; - Ter uma boa alimentação; - Não fumar.

Após imunizadas com vacinas contra a covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos. Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Amamentar é um dos períodos de maior ligação entre mãe e filho, pois o contato físico implica em diversas reações emocionais, geralmente positivas, e psicológicas. Mas, às vezes, amamentar pode ser difícil, causar dor e frustração, como relatou a atriz Thaís Fersoza em seu canal no Youtube.

Há diversos fatores que levam mães a não conseguirem alimentar seus filhos. Além da questão biológica, há ainda o quadro social, emocional e cultural, explica Elsa Giugliani, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A especialista diz que, do ponto de vista biológico, são poucas as mulheres que não conseguem amamentar. Porém, o estresse, dores, baixa autoestima e até o desejo intenso de querer amamentar podem inibir o processo de descida do leite.

Segundo ela, a percepção de pouco leite ou ausência total é complicada. "A descida do leite pode demorar quando, por exemplo, a mulher faz cesárea ou passou por cirurgia de mama. Pode ser também severa insuficiência de tecido mamário, que não produz ou produz pouco leite", afirma.

Como a produção de leite se dá conforme o esvaziamento da mama, qualquer fator que dificulte o processo faz o cérebro entender que não é mais necessário produzi-lo.

O fato é que cada caso precisa ser analisado. O que vai definir é o acompanhamento da criança e o ambiente em que mãe e filho estão inseridos. Exames e a observação da técnica utilizada para amamentar podem identificar o possível problema.

Recomendações. Embora exista a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) do aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses de vida da criança, Elsa diz que, por diversos fatores, menos de 10% das mães no Brasil conseguem fazer isso.

Algumas mães começam a introduzir sucos, frutas e papinhas após esse período, ou antes, mas alguns itens não são aconselháveis. Recentemente, a Academia Americana de Pediatria deixou de recomendar o consumo de sucos de frutas antes do primeiro ano de vida devido à quantidade excessiva de açúcar.

Caso o leite que a mãe fornece seja insuficiente, Elsa diz que é obrigação do pediatra suplementar a alimentação. "Qualquer grau de desnutrição pode afetar o desenvolvimento da criança, inclusive cognitivo", afirma. O ideal seria fornecer o alimento disponível nos bancos de leite, mas a demanda, geralmente, é para bebês prematuros que estão em tratamento intensivo, diz a especialista.

O mais recomendado, então, são as fórmulas infantis, nada de leite de vaca. "Por ser extremamente rico em proteínas, a ingestão do leite de vaca pode provocar diversos distúrbios no sistema gastrointestinal da criança, que ainda não está preparada para digerir tal alimento", diz a nutricionista Joanna Carollo.

A amamentação em horários regulares só é aconselhável quando o bebê é prematuro, não chora quando está com fome ou tem dificuldades para mamar. Nos demais casos, em que a criança é saudável e não há problemas, Elsa recomenda a amamentação por livre demanda, ou seja, sempre que o bebê pedir.

Agora, o que na verdade não é uma opção, principalmente do ponto de vista da saúde pública, é a amamentação cruzada, ou seja, quando outra mulher, que não a própria mãe, amamenta o bebê. "É contraindicada devido ao risco de passar doenças infecciosas, tanto para o bebê quanto para a mulher", explica Elsa. A amamentação cruzada só é aceitável em casos excepcionais, como quando bebês são encontrados em situações críticas e não têm a mãe por perto.

Estimulação. Algumas mães usam técnicas para estimular a produção de leite. Thaís Fersoza comenta que tomava chás, mas Elsa diz que não há comprovação científica sobre a eficácia de qualquer bebida ou alimento para aumentar a produção do leite materno. "Tem muita crença e teoria. Só o fato de a mulher acreditar que vai melhorar, a confiança dela aumenta e pode influenciar positivamente", diz.

Outra opção citada pela atriz é a relactação. Elsa explica que essa é uma técnica utilizada quando a mulher parou de amamentar e quer voltar. Por meio de uma sonda flexível, com uma ponta conectada a um recipiente com leite e a outra no mamilo da mãe, o bebê suga o leite artificial ao mamar no peito.

A especialista dá algumas dicas que podem aumentar a produção de leite: - Amamentar muitas vezes ao dia: quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. - Fazer massagem na mama; - Fazer compressas mornas; - Repousar sempre que possível. Quando a mulher dorme, o nível de prolactina aumenta, que é o hormônio que induz a produção do leite; - Ingerir líquidos, mas não tomar água em excesso, apenas o suficiente para saciar bem a sede; - Ter uma boa alimentação; - Não fumar.

Após imunizadas com vacinas contra a covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos. Foto: GABRIELA BILO/ ESTADAO

Amamentar é um dos períodos de maior ligação entre mãe e filho, pois o contato físico implica em diversas reações emocionais, geralmente positivas, e psicológicas. Mas, às vezes, amamentar pode ser difícil, causar dor e frustração, como relatou a atriz Thaís Fersoza em seu canal no Youtube.

Há diversos fatores que levam mães a não conseguirem alimentar seus filhos. Além da questão biológica, há ainda o quadro social, emocional e cultural, explica Elsa Giugliani, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

A especialista diz que, do ponto de vista biológico, são poucas as mulheres que não conseguem amamentar. Porém, o estresse, dores, baixa autoestima e até o desejo intenso de querer amamentar podem inibir o processo de descida do leite.

Segundo ela, a percepção de pouco leite ou ausência total é complicada. "A descida do leite pode demorar quando, por exemplo, a mulher faz cesárea ou passou por cirurgia de mama. Pode ser também severa insuficiência de tecido mamário, que não produz ou produz pouco leite", afirma.

Como a produção de leite se dá conforme o esvaziamento da mama, qualquer fator que dificulte o processo faz o cérebro entender que não é mais necessário produzi-lo.

O fato é que cada caso precisa ser analisado. O que vai definir é o acompanhamento da criança e o ambiente em que mãe e filho estão inseridos. Exames e a observação da técnica utilizada para amamentar podem identificar o possível problema.

Recomendações. Embora exista a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) do aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses de vida da criança, Elsa diz que, por diversos fatores, menos de 10% das mães no Brasil conseguem fazer isso.

Algumas mães começam a introduzir sucos, frutas e papinhas após esse período, ou antes, mas alguns itens não são aconselháveis. Recentemente, a Academia Americana de Pediatria deixou de recomendar o consumo de sucos de frutas antes do primeiro ano de vida devido à quantidade excessiva de açúcar.

Caso o leite que a mãe fornece seja insuficiente, Elsa diz que é obrigação do pediatra suplementar a alimentação. "Qualquer grau de desnutrição pode afetar o desenvolvimento da criança, inclusive cognitivo", afirma. O ideal seria fornecer o alimento disponível nos bancos de leite, mas a demanda, geralmente, é para bebês prematuros que estão em tratamento intensivo, diz a especialista.

O mais recomendado, então, são as fórmulas infantis, nada de leite de vaca. "Por ser extremamente rico em proteínas, a ingestão do leite de vaca pode provocar diversos distúrbios no sistema gastrointestinal da criança, que ainda não está preparada para digerir tal alimento", diz a nutricionista Joanna Carollo.

A amamentação em horários regulares só é aconselhável quando o bebê é prematuro, não chora quando está com fome ou tem dificuldades para mamar. Nos demais casos, em que a criança é saudável e não há problemas, Elsa recomenda a amamentação por livre demanda, ou seja, sempre que o bebê pedir.

Agora, o que na verdade não é uma opção, principalmente do ponto de vista da saúde pública, é a amamentação cruzada, ou seja, quando outra mulher, que não a própria mãe, amamenta o bebê. "É contraindicada devido ao risco de passar doenças infecciosas, tanto para o bebê quanto para a mulher", explica Elsa. A amamentação cruzada só é aceitável em casos excepcionais, como quando bebês são encontrados em situações críticas e não têm a mãe por perto.

Estimulação. Algumas mães usam técnicas para estimular a produção de leite. Thaís Fersoza comenta que tomava chás, mas Elsa diz que não há comprovação científica sobre a eficácia de qualquer bebida ou alimento para aumentar a produção do leite materno. "Tem muita crença e teoria. Só o fato de a mulher acreditar que vai melhorar, a confiança dela aumenta e pode influenciar positivamente", diz.

Outra opção citada pela atriz é a relactação. Elsa explica que essa é uma técnica utilizada quando a mulher parou de amamentar e quer voltar. Por meio de uma sonda flexível, com uma ponta conectada a um recipiente com leite e a outra no mamilo da mãe, o bebê suga o leite artificial ao mamar no peito.

A especialista dá algumas dicas que podem aumentar a produção de leite: - Amamentar muitas vezes ao dia: quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. - Fazer massagem na mama; - Fazer compressas mornas; - Repousar sempre que possível. Quando a mulher dorme, o nível de prolactina aumenta, que é o hormônio que induz a produção do leite; - Ingerir líquidos, mas não tomar água em excesso, apenas o suficiente para saciar bem a sede; - Ter uma boa alimentação; - Não fumar.

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