Especialistas refletem sobre o uso de disco menstrual para facilitar a gravidez


Dispositivo pode ter características semelhantes ao copo de concepção, mas requer atenção quanto ao uso para tal finalidade

Por Ingrid Rodrigues
Idade é um dos pricipais fatores de infertilidade nas mulheres. Foto: Pexels

Engravidar pode ser um desejo comum. No entanto, o adiamento da maternidade é um dos principais fatores que dificultam a gestação. Segundo a ginecologista especialista em reprodução humana e atendimento especializado e sócia-fundadora da Clínica Hope, Amanda Volpato, “a probabilidade de uma mulher engravidar por mês quando tem 35 anos é em torno de 20% a 25%, após essa idade a porcentagem vai diminuindo mais rapidamente; por volta dos 36, será em torno de 15% de chance, e para quem tem 40 anos ou mais, será em torno de 5%”. 

A infertilidade é baseada na dificuldade de engravidar no período de um ano mantendo relações sexuais sem métodos contraceptivos. Nesses casos, algumas alternativas de reprodução assistida, em clínicas especializadas, podem ajudar, como fertilização in vitro (FIV) e inseminação intrauterina. Contudo, custear tais opções pode ser um empecilho para alguns casais e, por isso, técnicas naturais podem ser a busca para a solução.

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Pouco conhecido no Brasil, o copo de concepção promete auxiliar mulheres que desejam engravidar mais rápido naturalmente. Conforme a proposta, o produto em formato de copo deve ser inserido no canal vaginal após o sexo sem contracepção, para que o esperma seja “empurrado” até o colo do útero. Segundo uma pesquisa com 201 mulheres, realizada pela marca britânica Ferti Lily, a alternativa melhora em 48% as chances de gravidez, aumentando em 300% a concentração de espermatozoide no colo do útero.

Alternativa ao copo de concepção no Brasil

Disco menstrual deve ser encaixado no colo do útero para coletar o sangue menstrual. Foto: Inciclo
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No Brasil, uma aposta semelhante ao copo de concepção é o disco menstrual, formulado para coletar o sangue menstrual, possibilitando, ainda, as práticas sexuais sem contato com o sangue do período e sem desconforto, visto que sua forma também se encaixa em volta do colo do útero. Mariana Betioli, obstetriz, especialista em saúde intima e CEO da Inciclo, primeira marca de coletores menstruais do País, acredita que os discos possam ser utilizados com finalidade de facilitar a gravidez.

Para seguir a proposta do copo de concepção, ela recomenda que a ejaculação seja feita diretamente no disco menstrual ou durante o sexo e, em seguida, o dispositivo seja inserido. “Muitos espermatozoides acabam descendo pelo canal vaginal por conta da gravidade e morrem na tentativa de chegar ao útero. Com o disco funcionando como uma barreira, o caminho a ser percorrido é menor e a vida deles é um pouco maior, o que ajuda no processo”, explica. 

Mariana defende o método de Fertilidade Consciente, que se utiliza do conhecimento do próprio corpo para que a mulher identifique seu período fértil. Assim, ela ressalta ser “preciso estar próximo da ovulação para poder contar com auxílio do disco para engravidar”. 

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Especialista em reprodução humana alerta

Após analisar o estudo publicado pela Ferti Lily, a especialista em reprodução humana Amanda Volpato observa: “tem que tomar um pouco de cuidado porque, na verdade, o grupo de mulheres que participaram são de jovens que têm em torno de 30 anos. Se formos analisar as chances de gravidez em uma mulher abaixo de 35 anos tentando engravidar naturalmente, tendo relação nos períodos férteis durante três meses consecutivos, a probabilidade de engravidar é praticamente de 57%.”

A médica destaca, ainda, que espermatozoides de boa qualidade têm capacidade de chegar rapidamente até a trompa, sem necessidade de auxílio, como proposto pelo copo de concepção. Além disso, discorda sobre o uso do disco menstrual para tal finalidade. “O dispositivo foi criado para acumular a menstruação, então não daria para fazer a função do copo de concepção de levar os espermatozoides para mais perto das trompas”, justifica.

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Para quem está tentando engravidar, Amanda também recomenda ficar atenta ao ciclo menstrual, a fim de identificar a ovulação e ter relações sexuais no período fértil. Após um ano de tentativas falhas, vale consultar um médico especialista em reprodução humana.

Idade é um dos pricipais fatores de infertilidade nas mulheres. Foto: Pexels

Engravidar pode ser um desejo comum. No entanto, o adiamento da maternidade é um dos principais fatores que dificultam a gestação. Segundo a ginecologista especialista em reprodução humana e atendimento especializado e sócia-fundadora da Clínica Hope, Amanda Volpato, “a probabilidade de uma mulher engravidar por mês quando tem 35 anos é em torno de 20% a 25%, após essa idade a porcentagem vai diminuindo mais rapidamente; por volta dos 36, será em torno de 15% de chance, e para quem tem 40 anos ou mais, será em torno de 5%”. 

A infertilidade é baseada na dificuldade de engravidar no período de um ano mantendo relações sexuais sem métodos contraceptivos. Nesses casos, algumas alternativas de reprodução assistida, em clínicas especializadas, podem ajudar, como fertilização in vitro (FIV) e inseminação intrauterina. Contudo, custear tais opções pode ser um empecilho para alguns casais e, por isso, técnicas naturais podem ser a busca para a solução.

Pouco conhecido no Brasil, o copo de concepção promete auxiliar mulheres que desejam engravidar mais rápido naturalmente. Conforme a proposta, o produto em formato de copo deve ser inserido no canal vaginal após o sexo sem contracepção, para que o esperma seja “empurrado” até o colo do útero. Segundo uma pesquisa com 201 mulheres, realizada pela marca britânica Ferti Lily, a alternativa melhora em 48% as chances de gravidez, aumentando em 300% a concentração de espermatozoide no colo do útero.

Alternativa ao copo de concepção no Brasil

Disco menstrual deve ser encaixado no colo do útero para coletar o sangue menstrual. Foto: Inciclo

No Brasil, uma aposta semelhante ao copo de concepção é o disco menstrual, formulado para coletar o sangue menstrual, possibilitando, ainda, as práticas sexuais sem contato com o sangue do período e sem desconforto, visto que sua forma também se encaixa em volta do colo do útero. Mariana Betioli, obstetriz, especialista em saúde intima e CEO da Inciclo, primeira marca de coletores menstruais do País, acredita que os discos possam ser utilizados com finalidade de facilitar a gravidez.

Para seguir a proposta do copo de concepção, ela recomenda que a ejaculação seja feita diretamente no disco menstrual ou durante o sexo e, em seguida, o dispositivo seja inserido. “Muitos espermatozoides acabam descendo pelo canal vaginal por conta da gravidade e morrem na tentativa de chegar ao útero. Com o disco funcionando como uma barreira, o caminho a ser percorrido é menor e a vida deles é um pouco maior, o que ajuda no processo”, explica. 

Mariana defende o método de Fertilidade Consciente, que se utiliza do conhecimento do próprio corpo para que a mulher identifique seu período fértil. Assim, ela ressalta ser “preciso estar próximo da ovulação para poder contar com auxílio do disco para engravidar”. 

Especialista em reprodução humana alerta

Após analisar o estudo publicado pela Ferti Lily, a especialista em reprodução humana Amanda Volpato observa: “tem que tomar um pouco de cuidado porque, na verdade, o grupo de mulheres que participaram são de jovens que têm em torno de 30 anos. Se formos analisar as chances de gravidez em uma mulher abaixo de 35 anos tentando engravidar naturalmente, tendo relação nos períodos férteis durante três meses consecutivos, a probabilidade de engravidar é praticamente de 57%.”

A médica destaca, ainda, que espermatozoides de boa qualidade têm capacidade de chegar rapidamente até a trompa, sem necessidade de auxílio, como proposto pelo copo de concepção. Além disso, discorda sobre o uso do disco menstrual para tal finalidade. “O dispositivo foi criado para acumular a menstruação, então não daria para fazer a função do copo de concepção de levar os espermatozoides para mais perto das trompas”, justifica.

Para quem está tentando engravidar, Amanda também recomenda ficar atenta ao ciclo menstrual, a fim de identificar a ovulação e ter relações sexuais no período fértil. Após um ano de tentativas falhas, vale consultar um médico especialista em reprodução humana.

Idade é um dos pricipais fatores de infertilidade nas mulheres. Foto: Pexels

Engravidar pode ser um desejo comum. No entanto, o adiamento da maternidade é um dos principais fatores que dificultam a gestação. Segundo a ginecologista especialista em reprodução humana e atendimento especializado e sócia-fundadora da Clínica Hope, Amanda Volpato, “a probabilidade de uma mulher engravidar por mês quando tem 35 anos é em torno de 20% a 25%, após essa idade a porcentagem vai diminuindo mais rapidamente; por volta dos 36, será em torno de 15% de chance, e para quem tem 40 anos ou mais, será em torno de 5%”. 

A infertilidade é baseada na dificuldade de engravidar no período de um ano mantendo relações sexuais sem métodos contraceptivos. Nesses casos, algumas alternativas de reprodução assistida, em clínicas especializadas, podem ajudar, como fertilização in vitro (FIV) e inseminação intrauterina. Contudo, custear tais opções pode ser um empecilho para alguns casais e, por isso, técnicas naturais podem ser a busca para a solução.

Pouco conhecido no Brasil, o copo de concepção promete auxiliar mulheres que desejam engravidar mais rápido naturalmente. Conforme a proposta, o produto em formato de copo deve ser inserido no canal vaginal após o sexo sem contracepção, para que o esperma seja “empurrado” até o colo do útero. Segundo uma pesquisa com 201 mulheres, realizada pela marca britânica Ferti Lily, a alternativa melhora em 48% as chances de gravidez, aumentando em 300% a concentração de espermatozoide no colo do útero.

Alternativa ao copo de concepção no Brasil

Disco menstrual deve ser encaixado no colo do útero para coletar o sangue menstrual. Foto: Inciclo

No Brasil, uma aposta semelhante ao copo de concepção é o disco menstrual, formulado para coletar o sangue menstrual, possibilitando, ainda, as práticas sexuais sem contato com o sangue do período e sem desconforto, visto que sua forma também se encaixa em volta do colo do útero. Mariana Betioli, obstetriz, especialista em saúde intima e CEO da Inciclo, primeira marca de coletores menstruais do País, acredita que os discos possam ser utilizados com finalidade de facilitar a gravidez.

Para seguir a proposta do copo de concepção, ela recomenda que a ejaculação seja feita diretamente no disco menstrual ou durante o sexo e, em seguida, o dispositivo seja inserido. “Muitos espermatozoides acabam descendo pelo canal vaginal por conta da gravidade e morrem na tentativa de chegar ao útero. Com o disco funcionando como uma barreira, o caminho a ser percorrido é menor e a vida deles é um pouco maior, o que ajuda no processo”, explica. 

Mariana defende o método de Fertilidade Consciente, que se utiliza do conhecimento do próprio corpo para que a mulher identifique seu período fértil. Assim, ela ressalta ser “preciso estar próximo da ovulação para poder contar com auxílio do disco para engravidar”. 

Especialista em reprodução humana alerta

Após analisar o estudo publicado pela Ferti Lily, a especialista em reprodução humana Amanda Volpato observa: “tem que tomar um pouco de cuidado porque, na verdade, o grupo de mulheres que participaram são de jovens que têm em torno de 30 anos. Se formos analisar as chances de gravidez em uma mulher abaixo de 35 anos tentando engravidar naturalmente, tendo relação nos períodos férteis durante três meses consecutivos, a probabilidade de engravidar é praticamente de 57%.”

A médica destaca, ainda, que espermatozoides de boa qualidade têm capacidade de chegar rapidamente até a trompa, sem necessidade de auxílio, como proposto pelo copo de concepção. Além disso, discorda sobre o uso do disco menstrual para tal finalidade. “O dispositivo foi criado para acumular a menstruação, então não daria para fazer a função do copo de concepção de levar os espermatozoides para mais perto das trompas”, justifica.

Para quem está tentando engravidar, Amanda também recomenda ficar atenta ao ciclo menstrual, a fim de identificar a ovulação e ter relações sexuais no período fértil. Após um ano de tentativas falhas, vale consultar um médico especialista em reprodução humana.

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