Exercícios físicos e alongamentos fazem com que as dores nas costas melhorem. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial já teve ou ainda terá alguma ocorrência deste problema – e muitos não sabem que ele pode ser facilmente solucionado.
Os exercícios são eficazes contra a obesidade e ajudam a evitar o excesso de peso acima da cintura, o que diminui a incidência de dores e desgastes nas costas. Também contribuem para a saúde do disco intervertebral. “O movimento da coluna é importante para manter o equilíbrio biológico do disco, que, quando gasta, pode causar hérnia”, explica o ortopedista Wilson Dratcu, em entrevista ao programa Rota Saudável da Rádio Estadão.
As atividades também são importantes para melhorar a postura, equilibrando mecanicamente a coluna. Por isso, além de teste ergométrico e exame de sangue, é necessário realizar uma avaliação postural antes de começar a frequentar a academia. “Não dá pra colocar todo mundo fazendo o mesmo tipo de atividade”, comenta. Algumas pessoas podem precisar de determinados exercícios, enquanto outras podem vir a ser privadas de certos esforços.
Entre uma das principais causas deste problema está o estresse: "é um fator importante e piora qualquer tipo de dor". O sedentarismo e a vida urbana são outras razões que explicam a ocorrência deste mal, já que ambas diminuem a movimentação do corpo. "Quando a pessoa fica no escritório, muitas horas sentada na frente de um computador, sem se movimentar, isso a predispõe a desenvolver problemas assim", declara.
Além disso, pessoas sedentárias não estimulam a musculatura, que tende a perder a força, deixando de manter o alinhamento vertebral. "Outro aspecto importante também é flexibilidade, alongamento, principalmente a musculatura extratibial, que sai da bacia e vai para a perna. Ela acaba se acomodando em um comprimento mais retraído e provoca um vício postural", explica.
Enquanto alguns grupos musculares devem ser fortalecidos, outros devem ser alongados. Antes de estabelecer um programa adequado de tratamento, é necessário examinar caso a caso. "Às vezes, a pessoa precisa emagrecer um pouco mais, ou fazer mais atividade aeróbica, ou até precisa de um controle nutricional”, adiciona.
Por fim, o fato de as pessoas terem hérnia não as impede de praticar atividades físicas nem as condena ao sedentarismo. “Existem vários tipos de hérnia e cada uma se comporta de uma determinada maneira”, argumenta. Com algumas restrições de exercícios para casos mais graves, as atividades podem ser realizadas normalmente.