Os treinos metabólicos são definidos como atividades físicas que permitem ao organismo continuar efetuando reações químicas benéficas ao praticante mesmo após a conclusão do exercício. Dessa forma, são ideais para os atletas que desejam melhorar o rendimento da atividade sem a necessidade de um maior tempo de exercício.
O professor de educação física Vinicius Hirota, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, discutiu o assunto em entrevista ao programa Rota Saudável, da Rádio Estadão. “A ideia central é causar efeitos crônicos no organismo do praticante para que ele continue a queimar calorias mesmo após o treino, prolongando os benefícios”, afirma.
O primeiro passo para quem deseja se engajar nos treinos metabólicos é ganhar condicionamento físico. “Depois que a pessoa estiver com o organismo preparado, aumentamos a intensidade dos exercícios. Então, juntamente com mudanças na rotina alimentar e o acompanhamento de um profissional, o metabolismo começa a se comportar de maneira diferenciada”, comenta Hirota.
Segundo o especialista, se aliados a uma alimentação saudável e um estilo de vida regrado, “os exercícios metabólicos podem, no longo prazo, acelerar de fato o metabolismo do indivíduo, tornando-o menos suscetível a engordar”, explica.
Para que o metabolismo funcione da maneira mais eficiente para o praticante, as atividades físicas devem ser realizadas com periodicidade predeterminada. De acordo com Hirota, “é por isso que o acompanhamento de um profissional é tão importante. É necessário que se tenha uma planilha de treinos para o corpo se acostumar com aquela rotina”.
Um ponto destacado pelo professor é que, ao contrário do pensamento presente em várias academias, nem toda queima de caloria leva ao emagrecimento. “Muitas vezes, quando a intensidade do exercício se torna muito elevada, o organismo passa a queimar outras reservas energéticas. Em vez de eliminar gordura, o indivíduo acaba perdendo massa magra”, adverte.