Quais os sinais de que o casamento chegou ao fim?


Um divórcio nunca é fácil, mas existem sinais e atitudes que podem evitar ou facilitar o término

Por Redação
Ninguém se casa pensando em separar, mas o que os dados mostram é que o divórcio é cada vez mais frequente no Brasil. Quais são os sinais de que a relação não está bem? Foto: Envato Elements/Banco de Imagens

Casamentos acabam. Alguns, inesperadamente. Outros, levam meses, até anos, para que o fim seja concretizado. Em alguns casos, o divórcio não é uma surpresa. Mas há casais que convivem com incômodos sorrateiros até se surpreenderem com a dimensão dos próprios problemas. Mas, afinal, como identificar que um casamento está prestes a acabar?

A resposta não é fácil e muita gente ainda tenta desvendá-la.

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No Brasil, os divórcios cresceram 8,6% entre 2022 e 2021. Isso significa que 420 mil casais se separaram de forma judicial ou extrajudicial em apenas um ano, conforme os últimos dados sobre o assunto do IBGE.

Perdeu-se o estigma de que a separação é um grave pecado”, explica a psicóloga e terapeuta Alessandra Assis, com mais de 30 anos de experiência em consultórios. Segundo ela, o fim, na verdade, pode ter a ver com o começo da relação.

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Motivos da crise

“Quando nos casamos, trazemos conosco nossos anseios armazenados no inconsciente, nossa história de vida, nossas fantasias e sonhos. Com isso, criamos um ‘contrato oculto’ nas relações do qual o parceiro não tem acesso”, explica Assis.

Ela afirma que as expectativas podem instalar a crise conjugal que leva ao divórcio. “Nem sempre o outro vai saber quais são suas expectativas e o que estava escrito no ‘contrato oculto’”, diz a especialista.

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O desgaste, então, se apropria do relacionamento. O diálogo e a cumplicidade diminuem. A paciência com o outro é encurtada. Consequentemente, o desejo sexual se perde em meio à convivência com os deveres cotidianos. Quando se percebe, já é difícil remediar as rachaduras.

Sinais comuns de um divórcio eminente

  • Excesso de críticas: críticas constantes, sarcasmo ou a completa falta de diálogo.
  • Indiferença: falta de interesse ou preocupação com o bem-estar do parceiro.
  • Isolamento: preferir passar mais tempo longe do parceiro e evitar interações.
  • Ausência de intimidade: a falta de sexo intensifica o distanciamento emocional, causa frustração e baixa autoestima.
  • Infidelidade: quando um descumpre os acordos afetivos e sexuais da relação.
  • Infidelidade patrimonial: quando um passa a esconder bens e dívidas do companheiro.
  • Agressividade: interações que levam a discussões cada vez mais agressivas e desrespeitosas.
  • Perda de esperança: a sensação de “não há mais o que fazer” para consertar os problemas.
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Como evitar o fim?

O relacionamento é formado por um casal, mas é importante rememorar os próprios princípios e cuidados individuais. Assim, fica mais fácil mitigar os problemas pelo caminho. É o que recomenda a psicanalista Patrícia Strebinger, especialista no assunto.

Segundo ela, nessa etapa haverá uma enxurrada de opiniões de amigos e familiares. Alguns conselhos darão uma dimensão mais realista e reconfortante sobre o momento, mas outras opiniões podem gerar conclusões precipitadas.

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Uma boa saída é unir os laços afetivos à ajuda profissional, como psicólogos e psicoterapeutas - e começar um diálogo honesto consigo mesmo.

“Antes de decidir, considere buscar terapia de casal ou aconselhamento individual. Essas formas de apoio podem ajudar a esclarecer questões, fortalecer a comunicação e explorar todas as possibilidades de resolução”, diz.

Demonstrar que está cuidando da própria saúde mental pode estimular o parceiro a também identificar os problemas - e, principalmente, a correr atrás do prejuízo sozinho ou em casal. Esses cuidados podem tomar tempo, mas o tempo será essencial para visualizar com mais clareza e paciência a trajetória do casamento.

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Como saber se devo terminar o casamento?

As terapeutas costumam usar um termo para definir a sensação de ter todas as possibilidades esgotadas para salvar o relacionamento: sentir-se viúvo do parceiro. Ou seja, quando se cria o hábito, às vezes doloroso ou indiferente, de que se está sozinho.

Os planos para o futuro mínguam. Os objetivos em comum são esquecidos e a convivência se torna um fardo. Esgotados os recursos buscados para fechar as arestas, as terapeutas recomendam que o melhor para os dois seja colocar um fim no relacionamento.

Um sinal mais enfático para o divórcio são agressões psicológicas e físicas. “Qualquer forma de abuso, seja emocional, físico ou psicológico, é decisiva para o fim”, diz.

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Decidi que quero me divorciar

A decisão pelo divórcio será uma etapa complexa e envolve aspectos emocionais, mas também práticos, como questões financeiras e legais. É importante ter algumas questões em mente:

  • Como será a divisão dos bens?
  • Como será o cuidado com os filhos?
  • Como será o cuidado com os pets?

A etapa vai exigir maturidade do casal, explica a terapeuta Patrícia.

Primeiro, na fase sentimental. Caso haja filhos, ela aconselha evitar ruídos na comunicação e relatar os mesmos motivos. “Ao tomar a decisão, os pais devem estar juntos para comunicar aos filhos, evitando controvérsias”, diz.

Também será importante fazer uma consulta a um advogado, sentar à mesa e formalizar as questões financeiras e familiares que estarão em aberto. “Ele poderá ajudar a entender seus direitos e garantir uma transição suave e objetiva”, explica.

“Acima de tudo, o respeito mútuo é essencial. Um término respeitoso e amigável pode minimizar o sofrimento e facilitar o processo de separação. Paciência consigo mesmo e com o parceiro durante essa fase é crucial, reconhecendo que é um processo que leva tempo”, conclui.

Ninguém se casa pensando em separar, mas o que os dados mostram é que o divórcio é cada vez mais frequente no Brasil. Quais são os sinais de que a relação não está bem? Foto: Envato Elements/Banco de Imagens

Casamentos acabam. Alguns, inesperadamente. Outros, levam meses, até anos, para que o fim seja concretizado. Em alguns casos, o divórcio não é uma surpresa. Mas há casais que convivem com incômodos sorrateiros até se surpreenderem com a dimensão dos próprios problemas. Mas, afinal, como identificar que um casamento está prestes a acabar?

A resposta não é fácil e muita gente ainda tenta desvendá-la.

No Brasil, os divórcios cresceram 8,6% entre 2022 e 2021. Isso significa que 420 mil casais se separaram de forma judicial ou extrajudicial em apenas um ano, conforme os últimos dados sobre o assunto do IBGE.

Perdeu-se o estigma de que a separação é um grave pecado”, explica a psicóloga e terapeuta Alessandra Assis, com mais de 30 anos de experiência em consultórios. Segundo ela, o fim, na verdade, pode ter a ver com o começo da relação.

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Motivos da crise

“Quando nos casamos, trazemos conosco nossos anseios armazenados no inconsciente, nossa história de vida, nossas fantasias e sonhos. Com isso, criamos um ‘contrato oculto’ nas relações do qual o parceiro não tem acesso”, explica Assis.

Ela afirma que as expectativas podem instalar a crise conjugal que leva ao divórcio. “Nem sempre o outro vai saber quais são suas expectativas e o que estava escrito no ‘contrato oculto’”, diz a especialista.

O desgaste, então, se apropria do relacionamento. O diálogo e a cumplicidade diminuem. A paciência com o outro é encurtada. Consequentemente, o desejo sexual se perde em meio à convivência com os deveres cotidianos. Quando se percebe, já é difícil remediar as rachaduras.

Sinais comuns de um divórcio eminente

  • Excesso de críticas: críticas constantes, sarcasmo ou a completa falta de diálogo.
  • Indiferença: falta de interesse ou preocupação com o bem-estar do parceiro.
  • Isolamento: preferir passar mais tempo longe do parceiro e evitar interações.
  • Ausência de intimidade: a falta de sexo intensifica o distanciamento emocional, causa frustração e baixa autoestima.
  • Infidelidade: quando um descumpre os acordos afetivos e sexuais da relação.
  • Infidelidade patrimonial: quando um passa a esconder bens e dívidas do companheiro.
  • Agressividade: interações que levam a discussões cada vez mais agressivas e desrespeitosas.
  • Perda de esperança: a sensação de “não há mais o que fazer” para consertar os problemas.

Como evitar o fim?

O relacionamento é formado por um casal, mas é importante rememorar os próprios princípios e cuidados individuais. Assim, fica mais fácil mitigar os problemas pelo caminho. É o que recomenda a psicanalista Patrícia Strebinger, especialista no assunto.

Segundo ela, nessa etapa haverá uma enxurrada de opiniões de amigos e familiares. Alguns conselhos darão uma dimensão mais realista e reconfortante sobre o momento, mas outras opiniões podem gerar conclusões precipitadas.

Uma boa saída é unir os laços afetivos à ajuda profissional, como psicólogos e psicoterapeutas - e começar um diálogo honesto consigo mesmo.

“Antes de decidir, considere buscar terapia de casal ou aconselhamento individual. Essas formas de apoio podem ajudar a esclarecer questões, fortalecer a comunicação e explorar todas as possibilidades de resolução”, diz.

Demonstrar que está cuidando da própria saúde mental pode estimular o parceiro a também identificar os problemas - e, principalmente, a correr atrás do prejuízo sozinho ou em casal. Esses cuidados podem tomar tempo, mas o tempo será essencial para visualizar com mais clareza e paciência a trajetória do casamento.

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Como saber se devo terminar o casamento?

As terapeutas costumam usar um termo para definir a sensação de ter todas as possibilidades esgotadas para salvar o relacionamento: sentir-se viúvo do parceiro. Ou seja, quando se cria o hábito, às vezes doloroso ou indiferente, de que se está sozinho.

Os planos para o futuro mínguam. Os objetivos em comum são esquecidos e a convivência se torna um fardo. Esgotados os recursos buscados para fechar as arestas, as terapeutas recomendam que o melhor para os dois seja colocar um fim no relacionamento.

Um sinal mais enfático para o divórcio são agressões psicológicas e físicas. “Qualquer forma de abuso, seja emocional, físico ou psicológico, é decisiva para o fim”, diz.

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Decidi que quero me divorciar

A decisão pelo divórcio será uma etapa complexa e envolve aspectos emocionais, mas também práticos, como questões financeiras e legais. É importante ter algumas questões em mente:

  • Como será a divisão dos bens?
  • Como será o cuidado com os filhos?
  • Como será o cuidado com os pets?

A etapa vai exigir maturidade do casal, explica a terapeuta Patrícia.

Primeiro, na fase sentimental. Caso haja filhos, ela aconselha evitar ruídos na comunicação e relatar os mesmos motivos. “Ao tomar a decisão, os pais devem estar juntos para comunicar aos filhos, evitando controvérsias”, diz.

Também será importante fazer uma consulta a um advogado, sentar à mesa e formalizar as questões financeiras e familiares que estarão em aberto. “Ele poderá ajudar a entender seus direitos e garantir uma transição suave e objetiva”, explica.

“Acima de tudo, o respeito mútuo é essencial. Um término respeitoso e amigável pode minimizar o sofrimento e facilitar o processo de separação. Paciência consigo mesmo e com o parceiro durante essa fase é crucial, reconhecendo que é um processo que leva tempo”, conclui.

Ninguém se casa pensando em separar, mas o que os dados mostram é que o divórcio é cada vez mais frequente no Brasil. Quais são os sinais de que a relação não está bem? Foto: Envato Elements/Banco de Imagens

Casamentos acabam. Alguns, inesperadamente. Outros, levam meses, até anos, para que o fim seja concretizado. Em alguns casos, o divórcio não é uma surpresa. Mas há casais que convivem com incômodos sorrateiros até se surpreenderem com a dimensão dos próprios problemas. Mas, afinal, como identificar que um casamento está prestes a acabar?

A resposta não é fácil e muita gente ainda tenta desvendá-la.

No Brasil, os divórcios cresceram 8,6% entre 2022 e 2021. Isso significa que 420 mil casais se separaram de forma judicial ou extrajudicial em apenas um ano, conforme os últimos dados sobre o assunto do IBGE.

Perdeu-se o estigma de que a separação é um grave pecado”, explica a psicóloga e terapeuta Alessandra Assis, com mais de 30 anos de experiência em consultórios. Segundo ela, o fim, na verdade, pode ter a ver com o começo da relação.

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Motivos da crise

“Quando nos casamos, trazemos conosco nossos anseios armazenados no inconsciente, nossa história de vida, nossas fantasias e sonhos. Com isso, criamos um ‘contrato oculto’ nas relações do qual o parceiro não tem acesso”, explica Assis.

Ela afirma que as expectativas podem instalar a crise conjugal que leva ao divórcio. “Nem sempre o outro vai saber quais são suas expectativas e o que estava escrito no ‘contrato oculto’”, diz a especialista.

O desgaste, então, se apropria do relacionamento. O diálogo e a cumplicidade diminuem. A paciência com o outro é encurtada. Consequentemente, o desejo sexual se perde em meio à convivência com os deveres cotidianos. Quando se percebe, já é difícil remediar as rachaduras.

Sinais comuns de um divórcio eminente

  • Excesso de críticas: críticas constantes, sarcasmo ou a completa falta de diálogo.
  • Indiferença: falta de interesse ou preocupação com o bem-estar do parceiro.
  • Isolamento: preferir passar mais tempo longe do parceiro e evitar interações.
  • Ausência de intimidade: a falta de sexo intensifica o distanciamento emocional, causa frustração e baixa autoestima.
  • Infidelidade: quando um descumpre os acordos afetivos e sexuais da relação.
  • Infidelidade patrimonial: quando um passa a esconder bens e dívidas do companheiro.
  • Agressividade: interações que levam a discussões cada vez mais agressivas e desrespeitosas.
  • Perda de esperança: a sensação de “não há mais o que fazer” para consertar os problemas.

Como evitar o fim?

O relacionamento é formado por um casal, mas é importante rememorar os próprios princípios e cuidados individuais. Assim, fica mais fácil mitigar os problemas pelo caminho. É o que recomenda a psicanalista Patrícia Strebinger, especialista no assunto.

Segundo ela, nessa etapa haverá uma enxurrada de opiniões de amigos e familiares. Alguns conselhos darão uma dimensão mais realista e reconfortante sobre o momento, mas outras opiniões podem gerar conclusões precipitadas.

Uma boa saída é unir os laços afetivos à ajuda profissional, como psicólogos e psicoterapeutas - e começar um diálogo honesto consigo mesmo.

“Antes de decidir, considere buscar terapia de casal ou aconselhamento individual. Essas formas de apoio podem ajudar a esclarecer questões, fortalecer a comunicação e explorar todas as possibilidades de resolução”, diz.

Demonstrar que está cuidando da própria saúde mental pode estimular o parceiro a também identificar os problemas - e, principalmente, a correr atrás do prejuízo sozinho ou em casal. Esses cuidados podem tomar tempo, mas o tempo será essencial para visualizar com mais clareza e paciência a trajetória do casamento.

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Como saber se devo terminar o casamento?

As terapeutas costumam usar um termo para definir a sensação de ter todas as possibilidades esgotadas para salvar o relacionamento: sentir-se viúvo do parceiro. Ou seja, quando se cria o hábito, às vezes doloroso ou indiferente, de que se está sozinho.

Os planos para o futuro mínguam. Os objetivos em comum são esquecidos e a convivência se torna um fardo. Esgotados os recursos buscados para fechar as arestas, as terapeutas recomendam que o melhor para os dois seja colocar um fim no relacionamento.

Um sinal mais enfático para o divórcio são agressões psicológicas e físicas. “Qualquer forma de abuso, seja emocional, físico ou psicológico, é decisiva para o fim”, diz.

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Decidi que quero me divorciar

A decisão pelo divórcio será uma etapa complexa e envolve aspectos emocionais, mas também práticos, como questões financeiras e legais. É importante ter algumas questões em mente:

  • Como será a divisão dos bens?
  • Como será o cuidado com os filhos?
  • Como será o cuidado com os pets?

A etapa vai exigir maturidade do casal, explica a terapeuta Patrícia.

Primeiro, na fase sentimental. Caso haja filhos, ela aconselha evitar ruídos na comunicação e relatar os mesmos motivos. “Ao tomar a decisão, os pais devem estar juntos para comunicar aos filhos, evitando controvérsias”, diz.

Também será importante fazer uma consulta a um advogado, sentar à mesa e formalizar as questões financeiras e familiares que estarão em aberto. “Ele poderá ajudar a entender seus direitos e garantir uma transição suave e objetiva”, explica.

“Acima de tudo, o respeito mútuo é essencial. Um término respeitoso e amigável pode minimizar o sofrimento e facilitar o processo de separação. Paciência consigo mesmo e com o parceiro durante essa fase é crucial, reconhecendo que é um processo que leva tempo”, conclui.

Ninguém se casa pensando em separar, mas o que os dados mostram é que o divórcio é cada vez mais frequente no Brasil. Quais são os sinais de que a relação não está bem? Foto: Envato Elements/Banco de Imagens

Casamentos acabam. Alguns, inesperadamente. Outros, levam meses, até anos, para que o fim seja concretizado. Em alguns casos, o divórcio não é uma surpresa. Mas há casais que convivem com incômodos sorrateiros até se surpreenderem com a dimensão dos próprios problemas. Mas, afinal, como identificar que um casamento está prestes a acabar?

A resposta não é fácil e muita gente ainda tenta desvendá-la.

No Brasil, os divórcios cresceram 8,6% entre 2022 e 2021. Isso significa que 420 mil casais se separaram de forma judicial ou extrajudicial em apenas um ano, conforme os últimos dados sobre o assunto do IBGE.

Perdeu-se o estigma de que a separação é um grave pecado”, explica a psicóloga e terapeuta Alessandra Assis, com mais de 30 anos de experiência em consultórios. Segundo ela, o fim, na verdade, pode ter a ver com o começo da relação.

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Motivos da crise

“Quando nos casamos, trazemos conosco nossos anseios armazenados no inconsciente, nossa história de vida, nossas fantasias e sonhos. Com isso, criamos um ‘contrato oculto’ nas relações do qual o parceiro não tem acesso”, explica Assis.

Ela afirma que as expectativas podem instalar a crise conjugal que leva ao divórcio. “Nem sempre o outro vai saber quais são suas expectativas e o que estava escrito no ‘contrato oculto’”, diz a especialista.

O desgaste, então, se apropria do relacionamento. O diálogo e a cumplicidade diminuem. A paciência com o outro é encurtada. Consequentemente, o desejo sexual se perde em meio à convivência com os deveres cotidianos. Quando se percebe, já é difícil remediar as rachaduras.

Sinais comuns de um divórcio eminente

  • Excesso de críticas: críticas constantes, sarcasmo ou a completa falta de diálogo.
  • Indiferença: falta de interesse ou preocupação com o bem-estar do parceiro.
  • Isolamento: preferir passar mais tempo longe do parceiro e evitar interações.
  • Ausência de intimidade: a falta de sexo intensifica o distanciamento emocional, causa frustração e baixa autoestima.
  • Infidelidade: quando um descumpre os acordos afetivos e sexuais da relação.
  • Infidelidade patrimonial: quando um passa a esconder bens e dívidas do companheiro.
  • Agressividade: interações que levam a discussões cada vez mais agressivas e desrespeitosas.
  • Perda de esperança: a sensação de “não há mais o que fazer” para consertar os problemas.

Como evitar o fim?

O relacionamento é formado por um casal, mas é importante rememorar os próprios princípios e cuidados individuais. Assim, fica mais fácil mitigar os problemas pelo caminho. É o que recomenda a psicanalista Patrícia Strebinger, especialista no assunto.

Segundo ela, nessa etapa haverá uma enxurrada de opiniões de amigos e familiares. Alguns conselhos darão uma dimensão mais realista e reconfortante sobre o momento, mas outras opiniões podem gerar conclusões precipitadas.

Uma boa saída é unir os laços afetivos à ajuda profissional, como psicólogos e psicoterapeutas - e começar um diálogo honesto consigo mesmo.

“Antes de decidir, considere buscar terapia de casal ou aconselhamento individual. Essas formas de apoio podem ajudar a esclarecer questões, fortalecer a comunicação e explorar todas as possibilidades de resolução”, diz.

Demonstrar que está cuidando da própria saúde mental pode estimular o parceiro a também identificar os problemas - e, principalmente, a correr atrás do prejuízo sozinho ou em casal. Esses cuidados podem tomar tempo, mas o tempo será essencial para visualizar com mais clareza e paciência a trajetória do casamento.

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Como saber se devo terminar o casamento?

As terapeutas costumam usar um termo para definir a sensação de ter todas as possibilidades esgotadas para salvar o relacionamento: sentir-se viúvo do parceiro. Ou seja, quando se cria o hábito, às vezes doloroso ou indiferente, de que se está sozinho.

Os planos para o futuro mínguam. Os objetivos em comum são esquecidos e a convivência se torna um fardo. Esgotados os recursos buscados para fechar as arestas, as terapeutas recomendam que o melhor para os dois seja colocar um fim no relacionamento.

Um sinal mais enfático para o divórcio são agressões psicológicas e físicas. “Qualquer forma de abuso, seja emocional, físico ou psicológico, é decisiva para o fim”, diz.

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Decidi que quero me divorciar

A decisão pelo divórcio será uma etapa complexa e envolve aspectos emocionais, mas também práticos, como questões financeiras e legais. É importante ter algumas questões em mente:

  • Como será a divisão dos bens?
  • Como será o cuidado com os filhos?
  • Como será o cuidado com os pets?

A etapa vai exigir maturidade do casal, explica a terapeuta Patrícia.

Primeiro, na fase sentimental. Caso haja filhos, ela aconselha evitar ruídos na comunicação e relatar os mesmos motivos. “Ao tomar a decisão, os pais devem estar juntos para comunicar aos filhos, evitando controvérsias”, diz.

Também será importante fazer uma consulta a um advogado, sentar à mesa e formalizar as questões financeiras e familiares que estarão em aberto. “Ele poderá ajudar a entender seus direitos e garantir uma transição suave e objetiva”, explica.

“Acima de tudo, o respeito mútuo é essencial. Um término respeitoso e amigável pode minimizar o sofrimento e facilitar o processo de separação. Paciência consigo mesmo e com o parceiro durante essa fase é crucial, reconhecendo que é um processo que leva tempo”, conclui.

Ninguém se casa pensando em separar, mas o que os dados mostram é que o divórcio é cada vez mais frequente no Brasil. Quais são os sinais de que a relação não está bem? Foto: Envato Elements/Banco de Imagens

Casamentos acabam. Alguns, inesperadamente. Outros, levam meses, até anos, para que o fim seja concretizado. Em alguns casos, o divórcio não é uma surpresa. Mas há casais que convivem com incômodos sorrateiros até se surpreenderem com a dimensão dos próprios problemas. Mas, afinal, como identificar que um casamento está prestes a acabar?

A resposta não é fácil e muita gente ainda tenta desvendá-la.

No Brasil, os divórcios cresceram 8,6% entre 2022 e 2021. Isso significa que 420 mil casais se separaram de forma judicial ou extrajudicial em apenas um ano, conforme os últimos dados sobre o assunto do IBGE.

Perdeu-se o estigma de que a separação é um grave pecado”, explica a psicóloga e terapeuta Alessandra Assis, com mais de 30 anos de experiência em consultórios. Segundo ela, o fim, na verdade, pode ter a ver com o começo da relação.

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Motivos da crise

“Quando nos casamos, trazemos conosco nossos anseios armazenados no inconsciente, nossa história de vida, nossas fantasias e sonhos. Com isso, criamos um ‘contrato oculto’ nas relações do qual o parceiro não tem acesso”, explica Assis.

Ela afirma que as expectativas podem instalar a crise conjugal que leva ao divórcio. “Nem sempre o outro vai saber quais são suas expectativas e o que estava escrito no ‘contrato oculto’”, diz a especialista.

O desgaste, então, se apropria do relacionamento. O diálogo e a cumplicidade diminuem. A paciência com o outro é encurtada. Consequentemente, o desejo sexual se perde em meio à convivência com os deveres cotidianos. Quando se percebe, já é difícil remediar as rachaduras.

Sinais comuns de um divórcio eminente

  • Excesso de críticas: críticas constantes, sarcasmo ou a completa falta de diálogo.
  • Indiferença: falta de interesse ou preocupação com o bem-estar do parceiro.
  • Isolamento: preferir passar mais tempo longe do parceiro e evitar interações.
  • Ausência de intimidade: a falta de sexo intensifica o distanciamento emocional, causa frustração e baixa autoestima.
  • Infidelidade: quando um descumpre os acordos afetivos e sexuais da relação.
  • Infidelidade patrimonial: quando um passa a esconder bens e dívidas do companheiro.
  • Agressividade: interações que levam a discussões cada vez mais agressivas e desrespeitosas.
  • Perda de esperança: a sensação de “não há mais o que fazer” para consertar os problemas.

Como evitar o fim?

O relacionamento é formado por um casal, mas é importante rememorar os próprios princípios e cuidados individuais. Assim, fica mais fácil mitigar os problemas pelo caminho. É o que recomenda a psicanalista Patrícia Strebinger, especialista no assunto.

Segundo ela, nessa etapa haverá uma enxurrada de opiniões de amigos e familiares. Alguns conselhos darão uma dimensão mais realista e reconfortante sobre o momento, mas outras opiniões podem gerar conclusões precipitadas.

Uma boa saída é unir os laços afetivos à ajuda profissional, como psicólogos e psicoterapeutas - e começar um diálogo honesto consigo mesmo.

“Antes de decidir, considere buscar terapia de casal ou aconselhamento individual. Essas formas de apoio podem ajudar a esclarecer questões, fortalecer a comunicação e explorar todas as possibilidades de resolução”, diz.

Demonstrar que está cuidando da própria saúde mental pode estimular o parceiro a também identificar os problemas - e, principalmente, a correr atrás do prejuízo sozinho ou em casal. Esses cuidados podem tomar tempo, mas o tempo será essencial para visualizar com mais clareza e paciência a trajetória do casamento.

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Como saber se devo terminar o casamento?

As terapeutas costumam usar um termo para definir a sensação de ter todas as possibilidades esgotadas para salvar o relacionamento: sentir-se viúvo do parceiro. Ou seja, quando se cria o hábito, às vezes doloroso ou indiferente, de que se está sozinho.

Os planos para o futuro mínguam. Os objetivos em comum são esquecidos e a convivência se torna um fardo. Esgotados os recursos buscados para fechar as arestas, as terapeutas recomendam que o melhor para os dois seja colocar um fim no relacionamento.

Um sinal mais enfático para o divórcio são agressões psicológicas e físicas. “Qualquer forma de abuso, seja emocional, físico ou psicológico, é decisiva para o fim”, diz.

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Decidi que quero me divorciar

A decisão pelo divórcio será uma etapa complexa e envolve aspectos emocionais, mas também práticos, como questões financeiras e legais. É importante ter algumas questões em mente:

  • Como será a divisão dos bens?
  • Como será o cuidado com os filhos?
  • Como será o cuidado com os pets?

A etapa vai exigir maturidade do casal, explica a terapeuta Patrícia.

Primeiro, na fase sentimental. Caso haja filhos, ela aconselha evitar ruídos na comunicação e relatar os mesmos motivos. “Ao tomar a decisão, os pais devem estar juntos para comunicar aos filhos, evitando controvérsias”, diz.

Também será importante fazer uma consulta a um advogado, sentar à mesa e formalizar as questões financeiras e familiares que estarão em aberto. “Ele poderá ajudar a entender seus direitos e garantir uma transição suave e objetiva”, explica.

“Acima de tudo, o respeito mútuo é essencial. Um término respeitoso e amigável pode minimizar o sofrimento e facilitar o processo de separação. Paciência consigo mesmo e com o parceiro durante essa fase é crucial, reconhecendo que é um processo que leva tempo”, conclui.

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