Como você costuma lavar suas roupas íntimas? Uma pesquisa feita pela universidade DeVry Metrocamp, de Campinas (SP), constatou que até 10 mil microrganismos podem ser encontrados em roupas íntimas, mesmo depois de lavadas. Foram analisadas 52 peças, sendo 27 novas e 25 usadas, após a lavagem.
Nas peças novas, 85% tiveram crescimento de bactérias e 29%, além das bactérias, apresentaram contaminação por fungos. Nas cuecas, de cinco amostras analisadas, quatro estavam contaminadas, uma delas contendo mais de 100 bactérias. Os microrganismos encontrados foram Staphylococcus saprophyticus e Cândida albicans.
Já as calcinhas, todas as 14 amostras estavam contaminadas. Em uma delas, foram encontradas 250 bactérias,e a Staphylococcus aureus foi a mais comum. Também foram analisadas cinco peças íntimas infantis, que mostraram contaminação em 90% dos casos.
Nas peças usadas, 92% das amostras estavam contaminadas com microrganismos e nos sutiãs foram encontradas as bactérias E. coli, Candida krusei e proteus mirabilis, que são relacionadas a infecções urinárias, de pele, intestinal e de garganta. Já nas calcinhas e cuecas, foram encontradas as bactérias E. coli, K. pneumoniae, Acinetobacter baumani, S. saprophyticus, S. aureus, Proteus mirabilis e Cândida.
"Os microrganismos encontrados são provenientes do ambiente e chegam às peças íntimas através da água usada na lavagem, do ar, do ambiente doméstico, quando ficam guardadas em gavetas sem higienização e também pelo próprio usuário", explica Rosana Siqueira, bióloga especializada em microbiologia e pesquisadora responsável pelo estudo.
Segundo a pesquisadora, o ideal é que as peças sejam lavadas, passadas com ferro sem vapor e guardadas em local limpo e arejado. Além disso, ela indica usar sabão neutro e não deixar as roupas íntimas secarem no banheiro.