Será que sua dieta saudável poderia me fazer engordar?


Há muito tempo que as pessoas reagem de maneira diferente a determinados alimentos em razão dos seus genes, de sua saúde passada ou de outros fatores

Por David S. Ludwig
 Foto: Marie Mirgaine/ NYT

Algumas pessoas comem uma quantidade mínima de gordura a fim de perderem peso e se manterem saudáveis, enquanto outras evitam carboidratos. A dieta vegana (sem nenhum produto animal) e a dieta paleolítica (com muitos produtos animais) têm seguidores entusiastas. Uma dieta popular encoraja a jejuar intermitentemente, outra a fazer pequenas refeições frequentes. Qual delas é a certa?

Talvez todas , segundo o novo campo da "nutrição personalizada".

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Este mês, falou-se com grande entusiasmo de um estudo realizado em Israel sobre nutrição personalizada. "Este estudo subverte tudo o que julgávamos conhecer a respeito de 'alimentos saudáveis'", dizia uma manchete. O estudo sugeria que os que se submetem a dietas podem estar comendo erroneamente grandes quantidades de certos alimentos, como os tomates, que são benéficos para a maioria das pessoas, mas ruins para outras. E levantava a possibilidade de que uma abordagem individualizada da nutrição poderia suplantar as diretrizes nacionais estabelecidas para a sociedade como um todo.

A medicina personalizada já é amplamente usada na prática clínica. Sabemos que os efeitos de alguns medicamentos variam de uma pessoa para outra, e que a análise genética dos tumores pode ajudar os médicos a selecionar o melhor tratamento contra o câncer para determinado paciente. Apesar do recente estardalhaço, também sabemos há muito tempo que as pessoas reagem de maneira diferente a determinados alimentos em razão dos seus genes, de sua saúde passada ou de outros fatores.

O que isto significa no caso da obesidade, o mais importante problema alimentar hoje?

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Infelizmente, as dietas comuns não produzem uma perda significativa de peso no longo prazo. E os resultados médios mascaram uma enorme variabilidade de um indivíduo para outro. Por exemplo, enquanto um teste clínico divulgado em 2005, realizado com 160 adultos escolhidos aleatoriamente entre seguidores das dietas Atkins, Ornish, Vigilantes do Peso e Zone apresentou depois de um ano resultados modestos em todos os grupos, alguns indivíduos pertencentes a estes grupos experimentaram mudanças de peso que variaram de uma perda a partir de cerca de 17 quilogramas para um ganho de 5 quilos ou mais.

Esta variação costuma ser atribuída ao comportamento. Algumas pessoas se sentem mais motivadas a seguir a dieta que lhes foi prescrita do que outras. Mas suponhamos que as que obtiveram escassos resultados com a dieta Ornish de baixo teor de gordura, tivessem se dado bem com a dieta Atkins de baixo teor de carboidratos por causa de sua constituição biológica, e vice-versa? Se soubéssemos disso antecipadamente, poderíamos prescrever a todos a dieta mais adequada para cada indivíduo.

É isto que o estudo israelense quis explorar. Os pesquisadores do Weizmann Institute of Science usaram aparelhos especializados para monitorar continuamente o nível do açúcar no sangue de 800 adultos. Os dados mostraram que depois das refeições este nível apresentava variações entre os participantes que não podiam ser explicadas unicamente por aquilo que eles haviam consumido. Os pesquisadores criaram um algoritmo que levava em conta muitas características não relacionadas à dieta - como peso corporal, açúcar no sangue na primeira medição pela manhã e até mesmo o tipo de bactérias nos intestinos - a fim de prever com maior precisão o que aconteceria com o açúcar no sangue depois que determinada pessoa comesse um alimento específico.

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Como uma elevada taxa de açúcar no sangue depois de comer está fortemente associada ao risco de diabete Tipo 2 e a alguma doença cardíaca, os resultados do estudo levaram a pensar se um aplicativo poderá algum dia nos ajudar a prevenir doenças crônicas. Você deveria comer tomate, maçã ou chocolate? Entre no programa com suas características e receberá uma prescrição individualizada visando uma saúde ótima.

Controlar o nível de glicemia não é a única maneira de prever a predisposição de um indivíduo para problemas relacionados à obesidade. A insulina talvez seja um elemento determinante ainda mais potente. O pâncreas secreta insulina depois que comemos, e este hormônio direciona as calorias para pontos de armazenamento no fígado, músculos e tecido adiposo. Poucas horas mais tarde, os níveis de insulina caem, e as calorias retornam à corrente sanguínea para serem usadas pelo corpo. É por isso que as pessoas com diabete Tipo 1 que recebem insulina em excesso ganharão peso, enquanto as tratadas com uma quantidade menor perdem peso, independentemente da quantidade que comem.

A quantidade e o momento da secreção da insulina depois de uma refeição diferem substancialmente de pessoa para pessoa. Para avaliar esta diferença, os pesquisadores dão aos voluntários uma garrafa de glicose para beber e medem seus níveis de insulina 30 minutos mais tarde - o teste se chama nível de "insulina-30".

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Num estudo publicado em 2007 na JAMA, eu e minha colega Cara B. Ebbeling prescrevemos aleatoriamente a jovens adultos dietas de 18 meses de baixo teor de gordura ou de carboidratos processados de rápida digestão (uma dieta de baixa "carga glicêmica"). Constatamos que indivíduos com elevado nível de insulina-30 se sentiam melhor com uma dieta de baixa carga glicêmica e perderam cinco quilos a mais do que com a dieta de baixo teor de gordura. O que sugere que as pessoas com esta característica deveriam realmente se preocupar em cortar os carboidratos muito processados de sua dieta. Por outro lado, indivíduos com insulina-30 baixa perderam mais ou menos o mesmo peso em ambas as dietas.

Em outro estudo, publicado na edição deste mês da revista Obesity, constatamos que as pessoas com insulina-30 elevada perderam mais músculos e menos gordura numa dieta comum de baixas calorias. Seu metabolismo também funcionou mais devagar quando perderam peso, o que implica que provavelmente a recuperarão se deu a longo prazo.

A boa notícia é que a predisposição de uma pessoa a ganhar peso talvez não seja uma regra férrea. Depois de seguir por um mês uma dieta de baixo teor de carboidratos, os que tinham insulina elevada conseguiram tolerar mais carboidratos sem que seu metabolismo diminuísse o ritmo a este ponto (embora não saibamos por quanto tempo este efeito protetor durará).

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Tradução de Anna Capovilla

Tabus da nutrição

1 | 9

Café

Foto: Jen/ Creative Commons
2 | 9

Café

Foto: Mike Bitzenhofer/ Creative Commons
3 | 9

Ovo

Foto: Daniel Novta/ Creative Commons
4 | 9

Ovo

Foto: S-G/ Creative Commons
5 | 9

Chocolate

Foto: Lee McCoy/ Creative Commons
6 | 9

Chocolate

Foto: Russellstreet/ Creative Commons
7 | 9

Manteiga

Foto: David Masters/ Creative Commons
8 | 9

Cerveja

Foto: Alan Levine/ Creative Commons
9 | 9

Cerveja

Foto: Quinn Dombrowski/ Creative Commons
 Foto: Marie Mirgaine/ NYT

Algumas pessoas comem uma quantidade mínima de gordura a fim de perderem peso e se manterem saudáveis, enquanto outras evitam carboidratos. A dieta vegana (sem nenhum produto animal) e a dieta paleolítica (com muitos produtos animais) têm seguidores entusiastas. Uma dieta popular encoraja a jejuar intermitentemente, outra a fazer pequenas refeições frequentes. Qual delas é a certa?

Talvez todas , segundo o novo campo da "nutrição personalizada".

Este mês, falou-se com grande entusiasmo de um estudo realizado em Israel sobre nutrição personalizada. "Este estudo subverte tudo o que julgávamos conhecer a respeito de 'alimentos saudáveis'", dizia uma manchete. O estudo sugeria que os que se submetem a dietas podem estar comendo erroneamente grandes quantidades de certos alimentos, como os tomates, que são benéficos para a maioria das pessoas, mas ruins para outras. E levantava a possibilidade de que uma abordagem individualizada da nutrição poderia suplantar as diretrizes nacionais estabelecidas para a sociedade como um todo.

A medicina personalizada já é amplamente usada na prática clínica. Sabemos que os efeitos de alguns medicamentos variam de uma pessoa para outra, e que a análise genética dos tumores pode ajudar os médicos a selecionar o melhor tratamento contra o câncer para determinado paciente. Apesar do recente estardalhaço, também sabemos há muito tempo que as pessoas reagem de maneira diferente a determinados alimentos em razão dos seus genes, de sua saúde passada ou de outros fatores.

O que isto significa no caso da obesidade, o mais importante problema alimentar hoje?

Infelizmente, as dietas comuns não produzem uma perda significativa de peso no longo prazo. E os resultados médios mascaram uma enorme variabilidade de um indivíduo para outro. Por exemplo, enquanto um teste clínico divulgado em 2005, realizado com 160 adultos escolhidos aleatoriamente entre seguidores das dietas Atkins, Ornish, Vigilantes do Peso e Zone apresentou depois de um ano resultados modestos em todos os grupos, alguns indivíduos pertencentes a estes grupos experimentaram mudanças de peso que variaram de uma perda a partir de cerca de 17 quilogramas para um ganho de 5 quilos ou mais.

Esta variação costuma ser atribuída ao comportamento. Algumas pessoas se sentem mais motivadas a seguir a dieta que lhes foi prescrita do que outras. Mas suponhamos que as que obtiveram escassos resultados com a dieta Ornish de baixo teor de gordura, tivessem se dado bem com a dieta Atkins de baixo teor de carboidratos por causa de sua constituição biológica, e vice-versa? Se soubéssemos disso antecipadamente, poderíamos prescrever a todos a dieta mais adequada para cada indivíduo.

É isto que o estudo israelense quis explorar. Os pesquisadores do Weizmann Institute of Science usaram aparelhos especializados para monitorar continuamente o nível do açúcar no sangue de 800 adultos. Os dados mostraram que depois das refeições este nível apresentava variações entre os participantes que não podiam ser explicadas unicamente por aquilo que eles haviam consumido. Os pesquisadores criaram um algoritmo que levava em conta muitas características não relacionadas à dieta - como peso corporal, açúcar no sangue na primeira medição pela manhã e até mesmo o tipo de bactérias nos intestinos - a fim de prever com maior precisão o que aconteceria com o açúcar no sangue depois que determinada pessoa comesse um alimento específico.

Como uma elevada taxa de açúcar no sangue depois de comer está fortemente associada ao risco de diabete Tipo 2 e a alguma doença cardíaca, os resultados do estudo levaram a pensar se um aplicativo poderá algum dia nos ajudar a prevenir doenças crônicas. Você deveria comer tomate, maçã ou chocolate? Entre no programa com suas características e receberá uma prescrição individualizada visando uma saúde ótima.

Controlar o nível de glicemia não é a única maneira de prever a predisposição de um indivíduo para problemas relacionados à obesidade. A insulina talvez seja um elemento determinante ainda mais potente. O pâncreas secreta insulina depois que comemos, e este hormônio direciona as calorias para pontos de armazenamento no fígado, músculos e tecido adiposo. Poucas horas mais tarde, os níveis de insulina caem, e as calorias retornam à corrente sanguínea para serem usadas pelo corpo. É por isso que as pessoas com diabete Tipo 1 que recebem insulina em excesso ganharão peso, enquanto as tratadas com uma quantidade menor perdem peso, independentemente da quantidade que comem.

A quantidade e o momento da secreção da insulina depois de uma refeição diferem substancialmente de pessoa para pessoa. Para avaliar esta diferença, os pesquisadores dão aos voluntários uma garrafa de glicose para beber e medem seus níveis de insulina 30 minutos mais tarde - o teste se chama nível de "insulina-30".

Num estudo publicado em 2007 na JAMA, eu e minha colega Cara B. Ebbeling prescrevemos aleatoriamente a jovens adultos dietas de 18 meses de baixo teor de gordura ou de carboidratos processados de rápida digestão (uma dieta de baixa "carga glicêmica"). Constatamos que indivíduos com elevado nível de insulina-30 se sentiam melhor com uma dieta de baixa carga glicêmica e perderam cinco quilos a mais do que com a dieta de baixo teor de gordura. O que sugere que as pessoas com esta característica deveriam realmente se preocupar em cortar os carboidratos muito processados de sua dieta. Por outro lado, indivíduos com insulina-30 baixa perderam mais ou menos o mesmo peso em ambas as dietas.

Em outro estudo, publicado na edição deste mês da revista Obesity, constatamos que as pessoas com insulina-30 elevada perderam mais músculos e menos gordura numa dieta comum de baixas calorias. Seu metabolismo também funcionou mais devagar quando perderam peso, o que implica que provavelmente a recuperarão se deu a longo prazo.

A boa notícia é que a predisposição de uma pessoa a ganhar peso talvez não seja uma regra férrea. Depois de seguir por um mês uma dieta de baixo teor de carboidratos, os que tinham insulina elevada conseguiram tolerar mais carboidratos sem que seu metabolismo diminuísse o ritmo a este ponto (embora não saibamos por quanto tempo este efeito protetor durará).

Tradução de Anna Capovilla

Tabus da nutrição

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Café

Foto: Jen/ Creative Commons
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Café

Foto: Mike Bitzenhofer/ Creative Commons
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Ovo

Foto: Daniel Novta/ Creative Commons
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Ovo

Foto: S-G/ Creative Commons
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Chocolate

Foto: Lee McCoy/ Creative Commons
6 | 9

Chocolate

Foto: Russellstreet/ Creative Commons
7 | 9

Manteiga

Foto: David Masters/ Creative Commons
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Cerveja

Foto: Alan Levine/ Creative Commons
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Cerveja

Foto: Quinn Dombrowski/ Creative Commons
 Foto: Marie Mirgaine/ NYT

Algumas pessoas comem uma quantidade mínima de gordura a fim de perderem peso e se manterem saudáveis, enquanto outras evitam carboidratos. A dieta vegana (sem nenhum produto animal) e a dieta paleolítica (com muitos produtos animais) têm seguidores entusiastas. Uma dieta popular encoraja a jejuar intermitentemente, outra a fazer pequenas refeições frequentes. Qual delas é a certa?

Talvez todas , segundo o novo campo da "nutrição personalizada".

Este mês, falou-se com grande entusiasmo de um estudo realizado em Israel sobre nutrição personalizada. "Este estudo subverte tudo o que julgávamos conhecer a respeito de 'alimentos saudáveis'", dizia uma manchete. O estudo sugeria que os que se submetem a dietas podem estar comendo erroneamente grandes quantidades de certos alimentos, como os tomates, que são benéficos para a maioria das pessoas, mas ruins para outras. E levantava a possibilidade de que uma abordagem individualizada da nutrição poderia suplantar as diretrizes nacionais estabelecidas para a sociedade como um todo.

A medicina personalizada já é amplamente usada na prática clínica. Sabemos que os efeitos de alguns medicamentos variam de uma pessoa para outra, e que a análise genética dos tumores pode ajudar os médicos a selecionar o melhor tratamento contra o câncer para determinado paciente. Apesar do recente estardalhaço, também sabemos há muito tempo que as pessoas reagem de maneira diferente a determinados alimentos em razão dos seus genes, de sua saúde passada ou de outros fatores.

O que isto significa no caso da obesidade, o mais importante problema alimentar hoje?

Infelizmente, as dietas comuns não produzem uma perda significativa de peso no longo prazo. E os resultados médios mascaram uma enorme variabilidade de um indivíduo para outro. Por exemplo, enquanto um teste clínico divulgado em 2005, realizado com 160 adultos escolhidos aleatoriamente entre seguidores das dietas Atkins, Ornish, Vigilantes do Peso e Zone apresentou depois de um ano resultados modestos em todos os grupos, alguns indivíduos pertencentes a estes grupos experimentaram mudanças de peso que variaram de uma perda a partir de cerca de 17 quilogramas para um ganho de 5 quilos ou mais.

Esta variação costuma ser atribuída ao comportamento. Algumas pessoas se sentem mais motivadas a seguir a dieta que lhes foi prescrita do que outras. Mas suponhamos que as que obtiveram escassos resultados com a dieta Ornish de baixo teor de gordura, tivessem se dado bem com a dieta Atkins de baixo teor de carboidratos por causa de sua constituição biológica, e vice-versa? Se soubéssemos disso antecipadamente, poderíamos prescrever a todos a dieta mais adequada para cada indivíduo.

É isto que o estudo israelense quis explorar. Os pesquisadores do Weizmann Institute of Science usaram aparelhos especializados para monitorar continuamente o nível do açúcar no sangue de 800 adultos. Os dados mostraram que depois das refeições este nível apresentava variações entre os participantes que não podiam ser explicadas unicamente por aquilo que eles haviam consumido. Os pesquisadores criaram um algoritmo que levava em conta muitas características não relacionadas à dieta - como peso corporal, açúcar no sangue na primeira medição pela manhã e até mesmo o tipo de bactérias nos intestinos - a fim de prever com maior precisão o que aconteceria com o açúcar no sangue depois que determinada pessoa comesse um alimento específico.

Como uma elevada taxa de açúcar no sangue depois de comer está fortemente associada ao risco de diabete Tipo 2 e a alguma doença cardíaca, os resultados do estudo levaram a pensar se um aplicativo poderá algum dia nos ajudar a prevenir doenças crônicas. Você deveria comer tomate, maçã ou chocolate? Entre no programa com suas características e receberá uma prescrição individualizada visando uma saúde ótima.

Controlar o nível de glicemia não é a única maneira de prever a predisposição de um indivíduo para problemas relacionados à obesidade. A insulina talvez seja um elemento determinante ainda mais potente. O pâncreas secreta insulina depois que comemos, e este hormônio direciona as calorias para pontos de armazenamento no fígado, músculos e tecido adiposo. Poucas horas mais tarde, os níveis de insulina caem, e as calorias retornam à corrente sanguínea para serem usadas pelo corpo. É por isso que as pessoas com diabete Tipo 1 que recebem insulina em excesso ganharão peso, enquanto as tratadas com uma quantidade menor perdem peso, independentemente da quantidade que comem.

A quantidade e o momento da secreção da insulina depois de uma refeição diferem substancialmente de pessoa para pessoa. Para avaliar esta diferença, os pesquisadores dão aos voluntários uma garrafa de glicose para beber e medem seus níveis de insulina 30 minutos mais tarde - o teste se chama nível de "insulina-30".

Num estudo publicado em 2007 na JAMA, eu e minha colega Cara B. Ebbeling prescrevemos aleatoriamente a jovens adultos dietas de 18 meses de baixo teor de gordura ou de carboidratos processados de rápida digestão (uma dieta de baixa "carga glicêmica"). Constatamos que indivíduos com elevado nível de insulina-30 se sentiam melhor com uma dieta de baixa carga glicêmica e perderam cinco quilos a mais do que com a dieta de baixo teor de gordura. O que sugere que as pessoas com esta característica deveriam realmente se preocupar em cortar os carboidratos muito processados de sua dieta. Por outro lado, indivíduos com insulina-30 baixa perderam mais ou menos o mesmo peso em ambas as dietas.

Em outro estudo, publicado na edição deste mês da revista Obesity, constatamos que as pessoas com insulina-30 elevada perderam mais músculos e menos gordura numa dieta comum de baixas calorias. Seu metabolismo também funcionou mais devagar quando perderam peso, o que implica que provavelmente a recuperarão se deu a longo prazo.

A boa notícia é que a predisposição de uma pessoa a ganhar peso talvez não seja uma regra férrea. Depois de seguir por um mês uma dieta de baixo teor de carboidratos, os que tinham insulina elevada conseguiram tolerar mais carboidratos sem que seu metabolismo diminuísse o ritmo a este ponto (embora não saibamos por quanto tempo este efeito protetor durará).

Tradução de Anna Capovilla

Tabus da nutrição

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Café

Foto: Jen/ Creative Commons
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Café

Foto: Mike Bitzenhofer/ Creative Commons
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Ovo

Foto: Daniel Novta/ Creative Commons
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Ovo

Foto: S-G/ Creative Commons
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Chocolate

Foto: Lee McCoy/ Creative Commons
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Chocolate

Foto: Russellstreet/ Creative Commons
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Manteiga

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