Seria o mau hálito um problema social?


Como lidar com um problema que muitos têm, poucos sabem e menos ainda têm coragem de dizer?

Por André Carlos Zorzi
 Foto: Reprodução

Em geral, todos conhecem alguém que possua mau hálito, mas nem tantos conhecem uma pessoa que já tenha alertado outra sobre o problema. O tema, por vezes, extrapola os limites da saúde e afeta a vida social de quem sofre do problema pelos mais diversos motivos, como falta de higienização, problemas bucais, estomacais, e até respiratórios.

"O mau hálito é um problema social não discutido, porque envolve o dogma de você entrar na intimidade de outra pessoa. Dessa forma, a maioria das pessoas que tem mau hálito, não sabem que tem", explica Giuseppe Romito, professor titular da disciplina de periodontia da USP.

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O problema pode gerar diversas situações difíceis na vida de uma pessoa, como o bullying na vida escolar, a dificuldade para encontrar um parceiro amoroso, ou até mesmo um emprego. Isso faz com que algumas pessoas acabem criando um certo receio além da conta em relação ao tema.

Ricardo Barbuti, médico assistente do departamento de gastroenterologia do Hospital das Clínicas, comenta que muitos possuem a chamada halitose psicogênica. "O paciente acha que tem o problema, quando, na verdade, não tem. É uma 'falsa' halitose", explica.

Para a constatação do mau hálito, o ideal é que o paciente procure primeiro um dentista, para tratar problemas como cáries e infeccções na gengiva, ou língua. Caso não se resolva, deve-se procurar atendimento médico, "descendo" por amígdalas, esôfago e estômago.

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"Cerca de 90% das causas são orais. Dos 10% que sobram, cerca de 70% são causas otorrinolaringológicas. Aí vêm outras, como estômago, esôfago e até intestinais", comenta Barbuti.

Problemas como refluxo, rinite, sinuzite e outras alterações infecciosas no pulmão ou amígdalas também podem ser responsáveis por causar mau hálito. É possível que até mesmo a produção de alguns gases seja absorvida pelo intestino, e eliminada pela respiração.

Outras doenças também podem trazer halitoses típicas, como o diabetes ou o tabagismo. "Tem o próprio odor do cigarro, que pré-dispõe a formação de tártaros, interfere diretamente na incidência de refluxo, aumenta a produção de ácido no estômago, o que pode piorar o quadro do paciente", complementa Ricardo.

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Para a detectar o mau hálito, existem duas maneiras: uma é através de um halímetro, aparelho no qual é possível identificar o tipo de gás emitido pela boca do paciente, e ajudar a atribuir uma origem a ele. A segunda é através de um nariz treinado.

"Por incrível que pareça, é a melhor forma de medir mau hálito. É uma técnica em que você treina o nariz justamente para cheirar o hálito de outra pessoa. Não é a coisa mais agradável, mas é a mais confiável", relata Giuseppe.

É importante ressaltar que não há causas de mau hálito que sejam irreversíveis. O problema, muitas vezes, é fazer com que a pessoa tenha ciência do problema. "Para mudar a situação, é absolutamente simples. Seja honesto e fale para a pessoa que tem mau hálito", opina Romito.

 Foto: Reprodução

Em geral, todos conhecem alguém que possua mau hálito, mas nem tantos conhecem uma pessoa que já tenha alertado outra sobre o problema. O tema, por vezes, extrapola os limites da saúde e afeta a vida social de quem sofre do problema pelos mais diversos motivos, como falta de higienização, problemas bucais, estomacais, e até respiratórios.

"O mau hálito é um problema social não discutido, porque envolve o dogma de você entrar na intimidade de outra pessoa. Dessa forma, a maioria das pessoas que tem mau hálito, não sabem que tem", explica Giuseppe Romito, professor titular da disciplina de periodontia da USP.

O problema pode gerar diversas situações difíceis na vida de uma pessoa, como o bullying na vida escolar, a dificuldade para encontrar um parceiro amoroso, ou até mesmo um emprego. Isso faz com que algumas pessoas acabem criando um certo receio além da conta em relação ao tema.

Ricardo Barbuti, médico assistente do departamento de gastroenterologia do Hospital das Clínicas, comenta que muitos possuem a chamada halitose psicogênica. "O paciente acha que tem o problema, quando, na verdade, não tem. É uma 'falsa' halitose", explica.

Para a constatação do mau hálito, o ideal é que o paciente procure primeiro um dentista, para tratar problemas como cáries e infeccções na gengiva, ou língua. Caso não se resolva, deve-se procurar atendimento médico, "descendo" por amígdalas, esôfago e estômago.

"Cerca de 90% das causas são orais. Dos 10% que sobram, cerca de 70% são causas otorrinolaringológicas. Aí vêm outras, como estômago, esôfago e até intestinais", comenta Barbuti.

Problemas como refluxo, rinite, sinuzite e outras alterações infecciosas no pulmão ou amígdalas também podem ser responsáveis por causar mau hálito. É possível que até mesmo a produção de alguns gases seja absorvida pelo intestino, e eliminada pela respiração.

Outras doenças também podem trazer halitoses típicas, como o diabetes ou o tabagismo. "Tem o próprio odor do cigarro, que pré-dispõe a formação de tártaros, interfere diretamente na incidência de refluxo, aumenta a produção de ácido no estômago, o que pode piorar o quadro do paciente", complementa Ricardo.

Para a detectar o mau hálito, existem duas maneiras: uma é através de um halímetro, aparelho no qual é possível identificar o tipo de gás emitido pela boca do paciente, e ajudar a atribuir uma origem a ele. A segunda é através de um nariz treinado.

"Por incrível que pareça, é a melhor forma de medir mau hálito. É uma técnica em que você treina o nariz justamente para cheirar o hálito de outra pessoa. Não é a coisa mais agradável, mas é a mais confiável", relata Giuseppe.

É importante ressaltar que não há causas de mau hálito que sejam irreversíveis. O problema, muitas vezes, é fazer com que a pessoa tenha ciência do problema. "Para mudar a situação, é absolutamente simples. Seja honesto e fale para a pessoa que tem mau hálito", opina Romito.

 Foto: Reprodução

Em geral, todos conhecem alguém que possua mau hálito, mas nem tantos conhecem uma pessoa que já tenha alertado outra sobre o problema. O tema, por vezes, extrapola os limites da saúde e afeta a vida social de quem sofre do problema pelos mais diversos motivos, como falta de higienização, problemas bucais, estomacais, e até respiratórios.

"O mau hálito é um problema social não discutido, porque envolve o dogma de você entrar na intimidade de outra pessoa. Dessa forma, a maioria das pessoas que tem mau hálito, não sabem que tem", explica Giuseppe Romito, professor titular da disciplina de periodontia da USP.

O problema pode gerar diversas situações difíceis na vida de uma pessoa, como o bullying na vida escolar, a dificuldade para encontrar um parceiro amoroso, ou até mesmo um emprego. Isso faz com que algumas pessoas acabem criando um certo receio além da conta em relação ao tema.

Ricardo Barbuti, médico assistente do departamento de gastroenterologia do Hospital das Clínicas, comenta que muitos possuem a chamada halitose psicogênica. "O paciente acha que tem o problema, quando, na verdade, não tem. É uma 'falsa' halitose", explica.

Para a constatação do mau hálito, o ideal é que o paciente procure primeiro um dentista, para tratar problemas como cáries e infeccções na gengiva, ou língua. Caso não se resolva, deve-se procurar atendimento médico, "descendo" por amígdalas, esôfago e estômago.

"Cerca de 90% das causas são orais. Dos 10% que sobram, cerca de 70% são causas otorrinolaringológicas. Aí vêm outras, como estômago, esôfago e até intestinais", comenta Barbuti.

Problemas como refluxo, rinite, sinuzite e outras alterações infecciosas no pulmão ou amígdalas também podem ser responsáveis por causar mau hálito. É possível que até mesmo a produção de alguns gases seja absorvida pelo intestino, e eliminada pela respiração.

Outras doenças também podem trazer halitoses típicas, como o diabetes ou o tabagismo. "Tem o próprio odor do cigarro, que pré-dispõe a formação de tártaros, interfere diretamente na incidência de refluxo, aumenta a produção de ácido no estômago, o que pode piorar o quadro do paciente", complementa Ricardo.

Para a detectar o mau hálito, existem duas maneiras: uma é através de um halímetro, aparelho no qual é possível identificar o tipo de gás emitido pela boca do paciente, e ajudar a atribuir uma origem a ele. A segunda é através de um nariz treinado.

"Por incrível que pareça, é a melhor forma de medir mau hálito. É uma técnica em que você treina o nariz justamente para cheirar o hálito de outra pessoa. Não é a coisa mais agradável, mas é a mais confiável", relata Giuseppe.

É importante ressaltar que não há causas de mau hálito que sejam irreversíveis. O problema, muitas vezes, é fazer com que a pessoa tenha ciência do problema. "Para mudar a situação, é absolutamente simples. Seja honesto e fale para a pessoa que tem mau hálito", opina Romito.

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