Tatuagens podem causar reações anos mais tarde


Mas, calma: não é tão grave assim; dermatologista dá dicas de como prevenir alergias e infecções

Por Luiza Pollo
Pigmentos vermelhos costumam causar mais reações. O preto é o que menos causa alergia Foto: Pixabay

Você quer fazer uma tatuagem e não tem alergia a nenhum componente da tinta, tem dinheiro, o tatuador tem horário, o estúdio é limpo e aprovado pela Anvisa, os materiais são descartáveis e, os que precisam, esterilizados. Qual é a chance de dar algo errado?

Apesar de baixa, ela existe. Juliano Ribeiro, docente de Dermatologia no curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, explica que qualquer um pode ter reações na pele. “É difícil saber se uma pessoa comum, que não tenha sabidamente alergia a alguma substância, vai ou não ter uma reação ao fazer uma tatuagem”, diz. “O pigmento vermelho tem corantes que costumam causar mais alergia, mas é difícil prever qual será a reação da pele de cada pessoa.” 

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Mas isso não é motivo para desespero. Ribeiro explica que casos graves são muito raros, e normalmente é possível tratar as reações com medicamentos. Caso o problema persista, a última opção é remover a tattoo. 

Para evitar dor de cabeça, o ideal é procurar um dermatologista alguns dias antes da sessão para avaliar se a pele está saudável e pronta para receber a tatuagem. Vale também fazer um pequeno teste com o pigmento e observar as reações da pele por alguns dias antes de completar o trabalho, mas, segundo o especialista, isso também não resolve totalmente o problema. “Reações mais agudas, como dermatite de contato, podem aparecer logo em seguida. Mas outras acontecem meses ou até anos depois. Podem ser reações alérgicas ou uma hipersensibilidade tardia”, afirma. “Fazer uma tatuagem desenvolve uma resposta imunológica, e, sem motivo conhecido, o organismo pode reagir em outro momento.”

Portanto, não adianta se estressar muito. Se você tiver alergia a alguma substância, confira com o tatuador se ela está presente na tinta. Se não tiver, vale a pena consultar um dermatologista, só para garantir que a pele está saudável. Também vale destacar que a tinta preta costuma ser a mais ‘segura’. “Em 35 anos de trabalho, nunca vi uma alergia ao pigmento preto”, relata Sérgio Leds, tatuador do Led’s Tattoo. Mas, caso você tenha alguma reação, corra para o médico.

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Cuidados no estúdio. Aquela velha história de conferir a limpeza do estúdio e a esterilização dos materiais ainda é regra. “Não é só a desinfecção do instrumental. Todo o campo de trabalho, a mesa, o balcão em que vai trabalhar, os recipientes, o fio da máquina, a máquina… Tudo tem que ser encapado, isolado para evitar infecção cruzada”, explica Leds.

Além disso, o estúdio deve ser cadastrado pela Anvisa e os pigmentos regulamentados também pela agência. Se quiser, você pode pedir para conferir a bula e a data de validade do produto. Leds garante que não pega mal. 

No fim das contas, não há garantia de que a sua pele não vai reagir mal ao pigmento. Mesmo assim, Ribeiro tranquiliza: “Minha orientação pessoal não seria contraindicar. Desde que seja feita em um local sério, com um profissional sério, a incidência de reações é bem baixa”.

Pigmentos vermelhos costumam causar mais reações. O preto é o que menos causa alergia Foto: Pixabay

Você quer fazer uma tatuagem e não tem alergia a nenhum componente da tinta, tem dinheiro, o tatuador tem horário, o estúdio é limpo e aprovado pela Anvisa, os materiais são descartáveis e, os que precisam, esterilizados. Qual é a chance de dar algo errado?

Apesar de baixa, ela existe. Juliano Ribeiro, docente de Dermatologia no curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, explica que qualquer um pode ter reações na pele. “É difícil saber se uma pessoa comum, que não tenha sabidamente alergia a alguma substância, vai ou não ter uma reação ao fazer uma tatuagem”, diz. “O pigmento vermelho tem corantes que costumam causar mais alergia, mas é difícil prever qual será a reação da pele de cada pessoa.” 

Mas isso não é motivo para desespero. Ribeiro explica que casos graves são muito raros, e normalmente é possível tratar as reações com medicamentos. Caso o problema persista, a última opção é remover a tattoo. 

Para evitar dor de cabeça, o ideal é procurar um dermatologista alguns dias antes da sessão para avaliar se a pele está saudável e pronta para receber a tatuagem. Vale também fazer um pequeno teste com o pigmento e observar as reações da pele por alguns dias antes de completar o trabalho, mas, segundo o especialista, isso também não resolve totalmente o problema. “Reações mais agudas, como dermatite de contato, podem aparecer logo em seguida. Mas outras acontecem meses ou até anos depois. Podem ser reações alérgicas ou uma hipersensibilidade tardia”, afirma. “Fazer uma tatuagem desenvolve uma resposta imunológica, e, sem motivo conhecido, o organismo pode reagir em outro momento.”

Portanto, não adianta se estressar muito. Se você tiver alergia a alguma substância, confira com o tatuador se ela está presente na tinta. Se não tiver, vale a pena consultar um dermatologista, só para garantir que a pele está saudável. Também vale destacar que a tinta preta costuma ser a mais ‘segura’. “Em 35 anos de trabalho, nunca vi uma alergia ao pigmento preto”, relata Sérgio Leds, tatuador do Led’s Tattoo. Mas, caso você tenha alguma reação, corra para o médico.

Cuidados no estúdio. Aquela velha história de conferir a limpeza do estúdio e a esterilização dos materiais ainda é regra. “Não é só a desinfecção do instrumental. Todo o campo de trabalho, a mesa, o balcão em que vai trabalhar, os recipientes, o fio da máquina, a máquina… Tudo tem que ser encapado, isolado para evitar infecção cruzada”, explica Leds.

Além disso, o estúdio deve ser cadastrado pela Anvisa e os pigmentos regulamentados também pela agência. Se quiser, você pode pedir para conferir a bula e a data de validade do produto. Leds garante que não pega mal. 

No fim das contas, não há garantia de que a sua pele não vai reagir mal ao pigmento. Mesmo assim, Ribeiro tranquiliza: “Minha orientação pessoal não seria contraindicar. Desde que seja feita em um local sério, com um profissional sério, a incidência de reações é bem baixa”.

Pigmentos vermelhos costumam causar mais reações. O preto é o que menos causa alergia Foto: Pixabay

Você quer fazer uma tatuagem e não tem alergia a nenhum componente da tinta, tem dinheiro, o tatuador tem horário, o estúdio é limpo e aprovado pela Anvisa, os materiais são descartáveis e, os que precisam, esterilizados. Qual é a chance de dar algo errado?

Apesar de baixa, ela existe. Juliano Ribeiro, docente de Dermatologia no curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, explica que qualquer um pode ter reações na pele. “É difícil saber se uma pessoa comum, que não tenha sabidamente alergia a alguma substância, vai ou não ter uma reação ao fazer uma tatuagem”, diz. “O pigmento vermelho tem corantes que costumam causar mais alergia, mas é difícil prever qual será a reação da pele de cada pessoa.” 

Mas isso não é motivo para desespero. Ribeiro explica que casos graves são muito raros, e normalmente é possível tratar as reações com medicamentos. Caso o problema persista, a última opção é remover a tattoo. 

Para evitar dor de cabeça, o ideal é procurar um dermatologista alguns dias antes da sessão para avaliar se a pele está saudável e pronta para receber a tatuagem. Vale também fazer um pequeno teste com o pigmento e observar as reações da pele por alguns dias antes de completar o trabalho, mas, segundo o especialista, isso também não resolve totalmente o problema. “Reações mais agudas, como dermatite de contato, podem aparecer logo em seguida. Mas outras acontecem meses ou até anos depois. Podem ser reações alérgicas ou uma hipersensibilidade tardia”, afirma. “Fazer uma tatuagem desenvolve uma resposta imunológica, e, sem motivo conhecido, o organismo pode reagir em outro momento.”

Portanto, não adianta se estressar muito. Se você tiver alergia a alguma substância, confira com o tatuador se ela está presente na tinta. Se não tiver, vale a pena consultar um dermatologista, só para garantir que a pele está saudável. Também vale destacar que a tinta preta costuma ser a mais ‘segura’. “Em 35 anos de trabalho, nunca vi uma alergia ao pigmento preto”, relata Sérgio Leds, tatuador do Led’s Tattoo. Mas, caso você tenha alguma reação, corra para o médico.

Cuidados no estúdio. Aquela velha história de conferir a limpeza do estúdio e a esterilização dos materiais ainda é regra. “Não é só a desinfecção do instrumental. Todo o campo de trabalho, a mesa, o balcão em que vai trabalhar, os recipientes, o fio da máquina, a máquina… Tudo tem que ser encapado, isolado para evitar infecção cruzada”, explica Leds.

Além disso, o estúdio deve ser cadastrado pela Anvisa e os pigmentos regulamentados também pela agência. Se quiser, você pode pedir para conferir a bula e a data de validade do produto. Leds garante que não pega mal. 

No fim das contas, não há garantia de que a sua pele não vai reagir mal ao pigmento. Mesmo assim, Ribeiro tranquiliza: “Minha orientação pessoal não seria contraindicar. Desde que seja feita em um local sério, com um profissional sério, a incidência de reações é bem baixa”.

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