Veja cuidados com a saúde após entrar em contato com águas da chuva


Enchentes e alagamentos aumentam risco de leptospirose e outras doenças infecciosas

Por Ludimila Honorato
Pessoas atravessam rua alagada perto da estação Palmeiras-Barra Funda do metrô após temporal em São Paulo, em 10 de fevereiro de 2020. Foto: Ludimila Honorto/Estadão

A chuva intensa que atingiu São Paulo nesta segunda-feira, 10, provocou dezenas de alagamentos e fechou marginais. Cena comum foi ver pessoas atravessando ruas onde o nível da água chegava, no mínimo, na altura dos joelhos. Essa exposição é um risco à saúde, visto que aumenta as chances de contrair leptospirose e outras doenças infecciosas.

Segundo o infectologista João Prats, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, existem dois mecanismos pelos quais as pessoas podem se contaminar nesse cenário. Um é por meio da pele, em que a bactéria leptospira tem a capacidade de atravessar essa barreira corporal e agredir o organismo.

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O segundo é por meio da relação fecal-oral, em que a pessoa tem contato com bactérias de fezes presentes na água suja e, sem querer, as leva à boca. Isso pode acontecer por mãos que se aproximam do rosto ou pela ingestão de algum alimento contaminado.

Risco de leptospirose

Os principais transmissores da leptospirose são os ratos que, por meio da urina, eliminam uma bactéria chamada leptospira. Com o temporal intenso que faz transbordar rios e esgotos, é fácil que o agente infeccioso se espalhe pela cidade, misturando-se à água e à lama.

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O médico João Prats alerta que mesmo peles íntegras, sem ferimentos, podem ser invadidas pela bactéria. "O mínimo de contato com a água suja já tem risco e quanto mais água e mais tempo, maior a chance", diz o especialista.

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Ele confirma que após chuvas e inundações ocorre um 'boom' de leptospirose, que tem sintomas clássicos de uma gripe ou resfriado. Febre, dor de cabeça, dor de garganta e mal-estar são alguns sinais que surgem, em média, dez dias depois da exposição ao risco, mas a maioria das pessoas vai melhorar em seguida. "É difícil diagnosticar um caso clássico, às vezes a pessoa nem sabe que teve", afirma Prats.

Os casos notificados da doença são os mais graves, em que a pele ou olhos ficam amarelados, há insuficiência renal, dificuldades pulmonares e nos rins. Por vezes, há necessidade de internação hospitalar. "Quando se tem um caso grave, é porque tem um monte de casos leves", alerta o infectologista.

Doenças infecciosas

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Além da leptospirose, doenças gastrointestinais podem ocorrer devido ao contato com bactérias presentes na água ou lama das chuvas. As fezes de animais que ficam nas ruas podem se misturar após enxurradas e representam mais um risco. Gastrites, diarreia e infecção alimentar são algumas das manifestações que, se agravadas, podem precisar de hospitalização também.

O infectologista destaca que a hepatite A, causada por um vírus, "é facilmente transmitida por água e fezes", mas, quanto mais velha a pessoa for, mais imune ela estará. "É uma doença com a qual temos contato desde criança e muita gente já tem anticorpos", diz o médico. O mais comum também é que a pessoa apresente quadros leves, de ter diarreia, por exemplo, e depois melhorar.

Prevenção de doenças em meio a enchentes

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A principal recomendação é evitar o contato com a água das chuvas que se acumula nas ruas, mas, se for inevitável, o infectologista orienta a ser por um período curto e o mais protegido possível. "Usar calçado ou meia tem efeito protetor para a pele, traz uma certa resistência a pegar a doença. Não é 100%, mas protege."

Algumas pessoas tiram o calçado para atravessar ruas alagadas a fim de não escorregar ou mesmo molhar o item. Mas, além da doença, há o risco de ter ferimentos com objetos pontiagudos, o que vai aumentar a chance de contrair alguma bactéria. Assim que possível, é preciso higienizar bem as mãos com água e sabão e, melhor ainda, tomar um banho, lavando bem a pele.

No caso da leptospirose, a especialista em suporte técnico da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela, diz que a população tem um importante papel no controle dos roedores. "Já que as casas são locais propícios para que façam seus ninhos, as pessoas devem estar atentas ao encontrar ratos durante o dia. Como são animais de hábitos noturnos, então, este já é um sinal de que a infestação está maior do que deveria", comenta.

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Ela recomenda fazer um controle da proliferação de ratos. "Os ambientes devem estar limpos e livres de entulhos. Manter o lixo armazenado em locais fechados e fora do alcance desses animais também é essencial. Ao colocar o lixo para fora, por exemplo, tente fazer isso perto da hora do caminhão de coleta passar para evitar que o material fique muito tempo exposto e possa atrair ratos", diz.

Casas alagadas

Se uma pessoa teve a casa inundada pela água, o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, orienta a limpar bem os ambientes e utensílios. Mas antes de iniciar, é preciso se proteger.

"O indicado é utilizar luvas, botas de borrachas ou outro tipo de proteção, como sacos plásticos duplos, para as pernas e braços. O que não puder ser recuperado deve ser descartado e a lama que permanecer nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos deve ser removida com escova, sabão e água limpa", indica.

A limpeza de ambientes e superfícies pode ser feita com água sanitária, e os alimentos devem ser descartados, pois, mesmo após lavados, ainda podem estar contaminados.

Pessoas atravessam rua alagada perto da estação Palmeiras-Barra Funda do metrô após temporal em São Paulo, em 10 de fevereiro de 2020. Foto: Ludimila Honorto/Estadão

A chuva intensa que atingiu São Paulo nesta segunda-feira, 10, provocou dezenas de alagamentos e fechou marginais. Cena comum foi ver pessoas atravessando ruas onde o nível da água chegava, no mínimo, na altura dos joelhos. Essa exposição é um risco à saúde, visto que aumenta as chances de contrair leptospirose e outras doenças infecciosas.

Segundo o infectologista João Prats, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, existem dois mecanismos pelos quais as pessoas podem se contaminar nesse cenário. Um é por meio da pele, em que a bactéria leptospira tem a capacidade de atravessar essa barreira corporal e agredir o organismo.

O segundo é por meio da relação fecal-oral, em que a pessoa tem contato com bactérias de fezes presentes na água suja e, sem querer, as leva à boca. Isso pode acontecer por mãos que se aproximam do rosto ou pela ingestão de algum alimento contaminado.

Risco de leptospirose

Os principais transmissores da leptospirose são os ratos que, por meio da urina, eliminam uma bactéria chamada leptospira. Com o temporal intenso que faz transbordar rios e esgotos, é fácil que o agente infeccioso se espalhe pela cidade, misturando-se à água e à lama.

O médico João Prats alerta que mesmo peles íntegras, sem ferimentos, podem ser invadidas pela bactéria. "O mínimo de contato com a água suja já tem risco e quanto mais água e mais tempo, maior a chance", diz o especialista.

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Os casos notificados da doença são os mais graves, em que a pele ou olhos ficam amarelados, há insuficiência renal, dificuldades pulmonares e nos rins. Por vezes, há necessidade de internação hospitalar. "Quando se tem um caso grave, é porque tem um monte de casos leves", alerta o infectologista.

Doenças infecciosas

Além da leptospirose, doenças gastrointestinais podem ocorrer devido ao contato com bactérias presentes na água ou lama das chuvas. As fezes de animais que ficam nas ruas podem se misturar após enxurradas e representam mais um risco. Gastrites, diarreia e infecção alimentar são algumas das manifestações que, se agravadas, podem precisar de hospitalização também.

O infectologista destaca que a hepatite A, causada por um vírus, "é facilmente transmitida por água e fezes", mas, quanto mais velha a pessoa for, mais imune ela estará. "É uma doença com a qual temos contato desde criança e muita gente já tem anticorpos", diz o médico. O mais comum também é que a pessoa apresente quadros leves, de ter diarreia, por exemplo, e depois melhorar.

Prevenção de doenças em meio a enchentes

A principal recomendação é evitar o contato com a água das chuvas que se acumula nas ruas, mas, se for inevitável, o infectologista orienta a ser por um período curto e o mais protegido possível. "Usar calçado ou meia tem efeito protetor para a pele, traz uma certa resistência a pegar a doença. Não é 100%, mas protege."

Algumas pessoas tiram o calçado para atravessar ruas alagadas a fim de não escorregar ou mesmo molhar o item. Mas, além da doença, há o risco de ter ferimentos com objetos pontiagudos, o que vai aumentar a chance de contrair alguma bactéria. Assim que possível, é preciso higienizar bem as mãos com água e sabão e, melhor ainda, tomar um banho, lavando bem a pele.

No caso da leptospirose, a especialista em suporte técnico da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela, diz que a população tem um importante papel no controle dos roedores. "Já que as casas são locais propícios para que façam seus ninhos, as pessoas devem estar atentas ao encontrar ratos durante o dia. Como são animais de hábitos noturnos, então, este já é um sinal de que a infestação está maior do que deveria", comenta.

Ela recomenda fazer um controle da proliferação de ratos. "Os ambientes devem estar limpos e livres de entulhos. Manter o lixo armazenado em locais fechados e fora do alcance desses animais também é essencial. Ao colocar o lixo para fora, por exemplo, tente fazer isso perto da hora do caminhão de coleta passar para evitar que o material fique muito tempo exposto e possa atrair ratos", diz.

Casas alagadas

Se uma pessoa teve a casa inundada pela água, o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, orienta a limpar bem os ambientes e utensílios. Mas antes de iniciar, é preciso se proteger.

"O indicado é utilizar luvas, botas de borrachas ou outro tipo de proteção, como sacos plásticos duplos, para as pernas e braços. O que não puder ser recuperado deve ser descartado e a lama que permanecer nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos deve ser removida com escova, sabão e água limpa", indica.

A limpeza de ambientes e superfícies pode ser feita com água sanitária, e os alimentos devem ser descartados, pois, mesmo após lavados, ainda podem estar contaminados.

Pessoas atravessam rua alagada perto da estação Palmeiras-Barra Funda do metrô após temporal em São Paulo, em 10 de fevereiro de 2020. Foto: Ludimila Honorto/Estadão

A chuva intensa que atingiu São Paulo nesta segunda-feira, 10, provocou dezenas de alagamentos e fechou marginais. Cena comum foi ver pessoas atravessando ruas onde o nível da água chegava, no mínimo, na altura dos joelhos. Essa exposição é um risco à saúde, visto que aumenta as chances de contrair leptospirose e outras doenças infecciosas.

Segundo o infectologista João Prats, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, existem dois mecanismos pelos quais as pessoas podem se contaminar nesse cenário. Um é por meio da pele, em que a bactéria leptospira tem a capacidade de atravessar essa barreira corporal e agredir o organismo.

O segundo é por meio da relação fecal-oral, em que a pessoa tem contato com bactérias de fezes presentes na água suja e, sem querer, as leva à boca. Isso pode acontecer por mãos que se aproximam do rosto ou pela ingestão de algum alimento contaminado.

Risco de leptospirose

Os principais transmissores da leptospirose são os ratos que, por meio da urina, eliminam uma bactéria chamada leptospira. Com o temporal intenso que faz transbordar rios e esgotos, é fácil que o agente infeccioso se espalhe pela cidade, misturando-se à água e à lama.

O médico João Prats alerta que mesmo peles íntegras, sem ferimentos, podem ser invadidas pela bactéria. "O mínimo de contato com a água suja já tem risco e quanto mais água e mais tempo, maior a chance", diz o especialista.

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Doenças infecciosas

Além da leptospirose, doenças gastrointestinais podem ocorrer devido ao contato com bactérias presentes na água ou lama das chuvas. As fezes de animais que ficam nas ruas podem se misturar após enxurradas e representam mais um risco. Gastrites, diarreia e infecção alimentar são algumas das manifestações que, se agravadas, podem precisar de hospitalização também.

O infectologista destaca que a hepatite A, causada por um vírus, "é facilmente transmitida por água e fezes", mas, quanto mais velha a pessoa for, mais imune ela estará. "É uma doença com a qual temos contato desde criança e muita gente já tem anticorpos", diz o médico. O mais comum também é que a pessoa apresente quadros leves, de ter diarreia, por exemplo, e depois melhorar.

Prevenção de doenças em meio a enchentes

A principal recomendação é evitar o contato com a água das chuvas que se acumula nas ruas, mas, se for inevitável, o infectologista orienta a ser por um período curto e o mais protegido possível. "Usar calçado ou meia tem efeito protetor para a pele, traz uma certa resistência a pegar a doença. Não é 100%, mas protege."

Algumas pessoas tiram o calçado para atravessar ruas alagadas a fim de não escorregar ou mesmo molhar o item. Mas, além da doença, há o risco de ter ferimentos com objetos pontiagudos, o que vai aumentar a chance de contrair alguma bactéria. Assim que possível, é preciso higienizar bem as mãos com água e sabão e, melhor ainda, tomar um banho, lavando bem a pele.

No caso da leptospirose, a especialista em suporte técnico da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela, diz que a população tem um importante papel no controle dos roedores. "Já que as casas são locais propícios para que façam seus ninhos, as pessoas devem estar atentas ao encontrar ratos durante o dia. Como são animais de hábitos noturnos, então, este já é um sinal de que a infestação está maior do que deveria", comenta.

Ela recomenda fazer um controle da proliferação de ratos. "Os ambientes devem estar limpos e livres de entulhos. Manter o lixo armazenado em locais fechados e fora do alcance desses animais também é essencial. Ao colocar o lixo para fora, por exemplo, tente fazer isso perto da hora do caminhão de coleta passar para evitar que o material fique muito tempo exposto e possa atrair ratos", diz.

Casas alagadas

Se uma pessoa teve a casa inundada pela água, o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, orienta a limpar bem os ambientes e utensílios. Mas antes de iniciar, é preciso se proteger.

"O indicado é utilizar luvas, botas de borrachas ou outro tipo de proteção, como sacos plásticos duplos, para as pernas e braços. O que não puder ser recuperado deve ser descartado e a lama que permanecer nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos deve ser removida com escova, sabão e água limpa", indica.

A limpeza de ambientes e superfícies pode ser feita com água sanitária, e os alimentos devem ser descartados, pois, mesmo após lavados, ainda podem estar contaminados.

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