Veja dicas e cuidados com cachorros e gatos idosos


Animais mudam de comportamento e passam a sofrer de doenças crônicas semelhantes às de humanos

Por Marcel Hartmann
Cachorros costumam ficar mais quietos e têm menos energia para correr e brincar Foto: marcfrey-pixabay

Seu cachorro está com pelos brancos, seu gato está com menor apetite. O tempo de sono é cada vez maior e a energia para brincar, cada vez mais escassa. Os efeitos do tempo marcam o organismo e o comportamento de todos, inclusive nos animais de estimação. Com um pet velhinho em casa, vale adotar cuidados semelhantes aos aplicados na residência de um humano idoso: preservar a rotina, proteger a casa contra quedas e prestar atenção à saúde e à dieta. 

Os sinais da chegada à terceira idade animal começam com mudanças de comportamento. O pet passa a dormir mais horas, ter menos energia para brincar e aos poucos fica mais quietinho. A personalidade, inclusive, pode ficar mais arredia. “Não necessariamente eles ficam tristes. Eles ainda têm ânimo e brincam, mas ficam mais quietos”, diz Anna Paula Saraff Lopes, professora de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e coordenadora do serviço de cardiologia CarioSarraff da CliniVet Hospital Veterinária, em Curitiba.

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Assim como humanos, o corpo de animais de estimação mais velhos tem o desempenho deteriorado. Talvez seu pet faça mais xixi do que o normal ou vá ao banheiro no lugar errado. É comum haver mudança de peso (gatos podem emagrecer e cachorros, engordar), dificuldade em movimentar-se, mau hálito e até perda de dentes, se a higiene bucal não tiver sido feito ao longo dos anos. 

Na hora de dormir, roncos altos passam a surgir naquele que era um bicho apenas fofinho. O globo ocular pode ficar esbranquiçado, ainda que a visão não seja prejudicada.

Entre os gatos, a agilidade torna-se menor, os saltos mais curtos e, de uma hora para outra, até as aparições públicas são menos frequentes. “Felinos costumam se esconder quando envelhecem, porque se tornam uma presa fácil. Mesmo domesticados, eles trazem isso para a vida com humanos. É comum se esconderem mais no armário ou debaixo do sofá, buscando a autopreservação da espécie”, diz Juliana Didiano, médica veterinária da pet shop Cobasi.

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Dentre as doenças mais comuns, aumenta a incidência de catarata, diabete, artrite, artrose, problemas cardíacos, doenças respiratórias e confusão mental. Cegueira e surdez, é claro, também são mais recorrentes. 

“É comum ter desconforto na coluna ou nas articulações, o que pode levá-los a arquear a coluna, ter dor e, com isso, diminuir o apetite”, diz Anna Paula. 

Gatos costumam ficar mais escondidos e podem emagrecer Foto: Jaro Larnos - Flickr
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Maior causa de morte. A doença que mais mata os animais de estimação é o câncer, diz Marcy Pereira, professora de clínica veterinária na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em gatos. A doença, aliás, é cada vez mais frequente entre os bichos de estimação. “Com o aumento da expectativa de vida e a maior precisão dos exames de diagnóstico, as chances de desenvolver câncer também aumentam”, explica. 

De fato, um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado em 2015 no Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science mostrou que 10,5% dos 3.620 casos atendidos entre 2002 e 2003 no Hospital Veterinário da USP envolviam de tumores. 

Cuidados. Para uma melhor qualidade de vida, os pets precisam de uma assistência mais intensa. Além de atualizar a carteira de vacinação, usar vermífugos duas vezes ao ano e realizar os check-ups semestrais, é preciso ajustar as brincadeiras ao ritmo do animal. Se antes você costumava correr com ele, hoje vale prestar atenção a quando ele pedir para parar. 

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Para não forçar a coluna do bicho, a recomendação é colocar os potes de comida e de água a um nível mais alto. E tente não mudar os móveis de lugar, visto que seu animal se localiza na casa a partir da posição deles. Caso ele esteja cego ou tenha confusão mental, a reorganização da residência apenas vai prejudicá-lo. 

Invista também em tapetes antiderrapantes e ofereça almofadas para amortecer saltos, algo útil para animais com problemas de articulação.

Manter a vida “do jeito que ela sempre foi” é especialmente importante. “O cão tem rotina estabelecida desde filhote. O ideal é respeitá-la quando ele for idoso e ir passear nos mesmos horários, além de frequentar a mesma pet shop”, diz Anna Paula, da PUC-PR. 

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Já gatos são conhecidos por ficarem estressados com mudanças. Ansiosos, eles param de comer, o que provoca uma doença comum e perigosa, a lipidose hepática, mais recorrente em felinos acima do peso. “Como o organismo precisa de energia e não a obtém pela alimentação, o corpo pega a gordura do tecido adiposo e a joga para o fígado para ter energia. Essa gordura no fígado mata as células hepáticas, o que pode causar cirrose e óbito”, explica a médica veterinária Juliana, da pet shop Cobasi.

Para quem deseja investir mesmo na saúde do bicho, vale cogitar planos de saúde para animais. Há opções com valores a partir de R$ 75 para cobrir consultas, exames, vacinas, procedimentos ambulatoriais e algumas emergências. 

De todos os cuidados e ressalvas, um é o mais importante: manter a paciência. “O animal idoso é como o ser humano velhinho. Tem que ter paciência e carinho com ele”, diz Marcy, da UFSC. 

Cachorros costumam ficar mais quietos e têm menos energia para correr e brincar Foto: marcfrey-pixabay

Seu cachorro está com pelos brancos, seu gato está com menor apetite. O tempo de sono é cada vez maior e a energia para brincar, cada vez mais escassa. Os efeitos do tempo marcam o organismo e o comportamento de todos, inclusive nos animais de estimação. Com um pet velhinho em casa, vale adotar cuidados semelhantes aos aplicados na residência de um humano idoso: preservar a rotina, proteger a casa contra quedas e prestar atenção à saúde e à dieta. 

Os sinais da chegada à terceira idade animal começam com mudanças de comportamento. O pet passa a dormir mais horas, ter menos energia para brincar e aos poucos fica mais quietinho. A personalidade, inclusive, pode ficar mais arredia. “Não necessariamente eles ficam tristes. Eles ainda têm ânimo e brincam, mas ficam mais quietos”, diz Anna Paula Saraff Lopes, professora de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e coordenadora do serviço de cardiologia CarioSarraff da CliniVet Hospital Veterinária, em Curitiba.

Assim como humanos, o corpo de animais de estimação mais velhos tem o desempenho deteriorado. Talvez seu pet faça mais xixi do que o normal ou vá ao banheiro no lugar errado. É comum haver mudança de peso (gatos podem emagrecer e cachorros, engordar), dificuldade em movimentar-se, mau hálito e até perda de dentes, se a higiene bucal não tiver sido feito ao longo dos anos. 

Na hora de dormir, roncos altos passam a surgir naquele que era um bicho apenas fofinho. O globo ocular pode ficar esbranquiçado, ainda que a visão não seja prejudicada.

Entre os gatos, a agilidade torna-se menor, os saltos mais curtos e, de uma hora para outra, até as aparições públicas são menos frequentes. “Felinos costumam se esconder quando envelhecem, porque se tornam uma presa fácil. Mesmo domesticados, eles trazem isso para a vida com humanos. É comum se esconderem mais no armário ou debaixo do sofá, buscando a autopreservação da espécie”, diz Juliana Didiano, médica veterinária da pet shop Cobasi.

Dentre as doenças mais comuns, aumenta a incidência de catarata, diabete, artrite, artrose, problemas cardíacos, doenças respiratórias e confusão mental. Cegueira e surdez, é claro, também são mais recorrentes. 

“É comum ter desconforto na coluna ou nas articulações, o que pode levá-los a arquear a coluna, ter dor e, com isso, diminuir o apetite”, diz Anna Paula. 

Gatos costumam ficar mais escondidos e podem emagrecer Foto: Jaro Larnos - Flickr

Maior causa de morte. A doença que mais mata os animais de estimação é o câncer, diz Marcy Pereira, professora de clínica veterinária na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em gatos. A doença, aliás, é cada vez mais frequente entre os bichos de estimação. “Com o aumento da expectativa de vida e a maior precisão dos exames de diagnóstico, as chances de desenvolver câncer também aumentam”, explica. 

De fato, um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado em 2015 no Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science mostrou que 10,5% dos 3.620 casos atendidos entre 2002 e 2003 no Hospital Veterinário da USP envolviam de tumores. 

Cuidados. Para uma melhor qualidade de vida, os pets precisam de uma assistência mais intensa. Além de atualizar a carteira de vacinação, usar vermífugos duas vezes ao ano e realizar os check-ups semestrais, é preciso ajustar as brincadeiras ao ritmo do animal. Se antes você costumava correr com ele, hoje vale prestar atenção a quando ele pedir para parar. 

Para não forçar a coluna do bicho, a recomendação é colocar os potes de comida e de água a um nível mais alto. E tente não mudar os móveis de lugar, visto que seu animal se localiza na casa a partir da posição deles. Caso ele esteja cego ou tenha confusão mental, a reorganização da residência apenas vai prejudicá-lo. 

Invista também em tapetes antiderrapantes e ofereça almofadas para amortecer saltos, algo útil para animais com problemas de articulação.

Manter a vida “do jeito que ela sempre foi” é especialmente importante. “O cão tem rotina estabelecida desde filhote. O ideal é respeitá-la quando ele for idoso e ir passear nos mesmos horários, além de frequentar a mesma pet shop”, diz Anna Paula, da PUC-PR. 

Já gatos são conhecidos por ficarem estressados com mudanças. Ansiosos, eles param de comer, o que provoca uma doença comum e perigosa, a lipidose hepática, mais recorrente em felinos acima do peso. “Como o organismo precisa de energia e não a obtém pela alimentação, o corpo pega a gordura do tecido adiposo e a joga para o fígado para ter energia. Essa gordura no fígado mata as células hepáticas, o que pode causar cirrose e óbito”, explica a médica veterinária Juliana, da pet shop Cobasi.

Para quem deseja investir mesmo na saúde do bicho, vale cogitar planos de saúde para animais. Há opções com valores a partir de R$ 75 para cobrir consultas, exames, vacinas, procedimentos ambulatoriais e algumas emergências. 

De todos os cuidados e ressalvas, um é o mais importante: manter a paciência. “O animal idoso é como o ser humano velhinho. Tem que ter paciência e carinho com ele”, diz Marcy, da UFSC. 

Cachorros costumam ficar mais quietos e têm menos energia para correr e brincar Foto: marcfrey-pixabay

Seu cachorro está com pelos brancos, seu gato está com menor apetite. O tempo de sono é cada vez maior e a energia para brincar, cada vez mais escassa. Os efeitos do tempo marcam o organismo e o comportamento de todos, inclusive nos animais de estimação. Com um pet velhinho em casa, vale adotar cuidados semelhantes aos aplicados na residência de um humano idoso: preservar a rotina, proteger a casa contra quedas e prestar atenção à saúde e à dieta. 

Os sinais da chegada à terceira idade animal começam com mudanças de comportamento. O pet passa a dormir mais horas, ter menos energia para brincar e aos poucos fica mais quietinho. A personalidade, inclusive, pode ficar mais arredia. “Não necessariamente eles ficam tristes. Eles ainda têm ânimo e brincam, mas ficam mais quietos”, diz Anna Paula Saraff Lopes, professora de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e coordenadora do serviço de cardiologia CarioSarraff da CliniVet Hospital Veterinária, em Curitiba.

Assim como humanos, o corpo de animais de estimação mais velhos tem o desempenho deteriorado. Talvez seu pet faça mais xixi do que o normal ou vá ao banheiro no lugar errado. É comum haver mudança de peso (gatos podem emagrecer e cachorros, engordar), dificuldade em movimentar-se, mau hálito e até perda de dentes, se a higiene bucal não tiver sido feito ao longo dos anos. 

Na hora de dormir, roncos altos passam a surgir naquele que era um bicho apenas fofinho. O globo ocular pode ficar esbranquiçado, ainda que a visão não seja prejudicada.

Entre os gatos, a agilidade torna-se menor, os saltos mais curtos e, de uma hora para outra, até as aparições públicas são menos frequentes. “Felinos costumam se esconder quando envelhecem, porque se tornam uma presa fácil. Mesmo domesticados, eles trazem isso para a vida com humanos. É comum se esconderem mais no armário ou debaixo do sofá, buscando a autopreservação da espécie”, diz Juliana Didiano, médica veterinária da pet shop Cobasi.

Dentre as doenças mais comuns, aumenta a incidência de catarata, diabete, artrite, artrose, problemas cardíacos, doenças respiratórias e confusão mental. Cegueira e surdez, é claro, também são mais recorrentes. 

“É comum ter desconforto na coluna ou nas articulações, o que pode levá-los a arquear a coluna, ter dor e, com isso, diminuir o apetite”, diz Anna Paula. 

Gatos costumam ficar mais escondidos e podem emagrecer Foto: Jaro Larnos - Flickr

Maior causa de morte. A doença que mais mata os animais de estimação é o câncer, diz Marcy Pereira, professora de clínica veterinária na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em gatos. A doença, aliás, é cada vez mais frequente entre os bichos de estimação. “Com o aumento da expectativa de vida e a maior precisão dos exames de diagnóstico, as chances de desenvolver câncer também aumentam”, explica. 

De fato, um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado em 2015 no Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science mostrou que 10,5% dos 3.620 casos atendidos entre 2002 e 2003 no Hospital Veterinário da USP envolviam de tumores. 

Cuidados. Para uma melhor qualidade de vida, os pets precisam de uma assistência mais intensa. Além de atualizar a carteira de vacinação, usar vermífugos duas vezes ao ano e realizar os check-ups semestrais, é preciso ajustar as brincadeiras ao ritmo do animal. Se antes você costumava correr com ele, hoje vale prestar atenção a quando ele pedir para parar. 

Para não forçar a coluna do bicho, a recomendação é colocar os potes de comida e de água a um nível mais alto. E tente não mudar os móveis de lugar, visto que seu animal se localiza na casa a partir da posição deles. Caso ele esteja cego ou tenha confusão mental, a reorganização da residência apenas vai prejudicá-lo. 

Invista também em tapetes antiderrapantes e ofereça almofadas para amortecer saltos, algo útil para animais com problemas de articulação.

Manter a vida “do jeito que ela sempre foi” é especialmente importante. “O cão tem rotina estabelecida desde filhote. O ideal é respeitá-la quando ele for idoso e ir passear nos mesmos horários, além de frequentar a mesma pet shop”, diz Anna Paula, da PUC-PR. 

Já gatos são conhecidos por ficarem estressados com mudanças. Ansiosos, eles param de comer, o que provoca uma doença comum e perigosa, a lipidose hepática, mais recorrente em felinos acima do peso. “Como o organismo precisa de energia e não a obtém pela alimentação, o corpo pega a gordura do tecido adiposo e a joga para o fígado para ter energia. Essa gordura no fígado mata as células hepáticas, o que pode causar cirrose e óbito”, explica a médica veterinária Juliana, da pet shop Cobasi.

Para quem deseja investir mesmo na saúde do bicho, vale cogitar planos de saúde para animais. Há opções com valores a partir de R$ 75 para cobrir consultas, exames, vacinas, procedimentos ambulatoriais e algumas emergências. 

De todos os cuidados e ressalvas, um é o mais importante: manter a paciência. “O animal idoso é como o ser humano velhinho. Tem que ter paciência e carinho com ele”, diz Marcy, da UFSC. 

Cachorros costumam ficar mais quietos e têm menos energia para correr e brincar Foto: marcfrey-pixabay

Seu cachorro está com pelos brancos, seu gato está com menor apetite. O tempo de sono é cada vez maior e a energia para brincar, cada vez mais escassa. Os efeitos do tempo marcam o organismo e o comportamento de todos, inclusive nos animais de estimação. Com um pet velhinho em casa, vale adotar cuidados semelhantes aos aplicados na residência de um humano idoso: preservar a rotina, proteger a casa contra quedas e prestar atenção à saúde e à dieta. 

Os sinais da chegada à terceira idade animal começam com mudanças de comportamento. O pet passa a dormir mais horas, ter menos energia para brincar e aos poucos fica mais quietinho. A personalidade, inclusive, pode ficar mais arredia. “Não necessariamente eles ficam tristes. Eles ainda têm ânimo e brincam, mas ficam mais quietos”, diz Anna Paula Saraff Lopes, professora de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e coordenadora do serviço de cardiologia CarioSarraff da CliniVet Hospital Veterinária, em Curitiba.

Assim como humanos, o corpo de animais de estimação mais velhos tem o desempenho deteriorado. Talvez seu pet faça mais xixi do que o normal ou vá ao banheiro no lugar errado. É comum haver mudança de peso (gatos podem emagrecer e cachorros, engordar), dificuldade em movimentar-se, mau hálito e até perda de dentes, se a higiene bucal não tiver sido feito ao longo dos anos. 

Na hora de dormir, roncos altos passam a surgir naquele que era um bicho apenas fofinho. O globo ocular pode ficar esbranquiçado, ainda que a visão não seja prejudicada.

Entre os gatos, a agilidade torna-se menor, os saltos mais curtos e, de uma hora para outra, até as aparições públicas são menos frequentes. “Felinos costumam se esconder quando envelhecem, porque se tornam uma presa fácil. Mesmo domesticados, eles trazem isso para a vida com humanos. É comum se esconderem mais no armário ou debaixo do sofá, buscando a autopreservação da espécie”, diz Juliana Didiano, médica veterinária da pet shop Cobasi.

Dentre as doenças mais comuns, aumenta a incidência de catarata, diabete, artrite, artrose, problemas cardíacos, doenças respiratórias e confusão mental. Cegueira e surdez, é claro, também são mais recorrentes. 

“É comum ter desconforto na coluna ou nas articulações, o que pode levá-los a arquear a coluna, ter dor e, com isso, diminuir o apetite”, diz Anna Paula. 

Gatos costumam ficar mais escondidos e podem emagrecer Foto: Jaro Larnos - Flickr

Maior causa de morte. A doença que mais mata os animais de estimação é o câncer, diz Marcy Pereira, professora de clínica veterinária na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em gatos. A doença, aliás, é cada vez mais frequente entre os bichos de estimação. “Com o aumento da expectativa de vida e a maior precisão dos exames de diagnóstico, as chances de desenvolver câncer também aumentam”, explica. 

De fato, um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado em 2015 no Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science mostrou que 10,5% dos 3.620 casos atendidos entre 2002 e 2003 no Hospital Veterinário da USP envolviam de tumores. 

Cuidados. Para uma melhor qualidade de vida, os pets precisam de uma assistência mais intensa. Além de atualizar a carteira de vacinação, usar vermífugos duas vezes ao ano e realizar os check-ups semestrais, é preciso ajustar as brincadeiras ao ritmo do animal. Se antes você costumava correr com ele, hoje vale prestar atenção a quando ele pedir para parar. 

Para não forçar a coluna do bicho, a recomendação é colocar os potes de comida e de água a um nível mais alto. E tente não mudar os móveis de lugar, visto que seu animal se localiza na casa a partir da posição deles. Caso ele esteja cego ou tenha confusão mental, a reorganização da residência apenas vai prejudicá-lo. 

Invista também em tapetes antiderrapantes e ofereça almofadas para amortecer saltos, algo útil para animais com problemas de articulação.

Manter a vida “do jeito que ela sempre foi” é especialmente importante. “O cão tem rotina estabelecida desde filhote. O ideal é respeitá-la quando ele for idoso e ir passear nos mesmos horários, além de frequentar a mesma pet shop”, diz Anna Paula, da PUC-PR. 

Já gatos são conhecidos por ficarem estressados com mudanças. Ansiosos, eles param de comer, o que provoca uma doença comum e perigosa, a lipidose hepática, mais recorrente em felinos acima do peso. “Como o organismo precisa de energia e não a obtém pela alimentação, o corpo pega a gordura do tecido adiposo e a joga para o fígado para ter energia. Essa gordura no fígado mata as células hepáticas, o que pode causar cirrose e óbito”, explica a médica veterinária Juliana, da pet shop Cobasi.

Para quem deseja investir mesmo na saúde do bicho, vale cogitar planos de saúde para animais. Há opções com valores a partir de R$ 75 para cobrir consultas, exames, vacinas, procedimentos ambulatoriais e algumas emergências. 

De todos os cuidados e ressalvas, um é o mais importante: manter a paciência. “O animal idoso é como o ser humano velhinho. Tem que ter paciência e carinho com ele”, diz Marcy, da UFSC. 

Cachorros costumam ficar mais quietos e têm menos energia para correr e brincar Foto: marcfrey-pixabay

Seu cachorro está com pelos brancos, seu gato está com menor apetite. O tempo de sono é cada vez maior e a energia para brincar, cada vez mais escassa. Os efeitos do tempo marcam o organismo e o comportamento de todos, inclusive nos animais de estimação. Com um pet velhinho em casa, vale adotar cuidados semelhantes aos aplicados na residência de um humano idoso: preservar a rotina, proteger a casa contra quedas e prestar atenção à saúde e à dieta. 

Os sinais da chegada à terceira idade animal começam com mudanças de comportamento. O pet passa a dormir mais horas, ter menos energia para brincar e aos poucos fica mais quietinho. A personalidade, inclusive, pode ficar mais arredia. “Não necessariamente eles ficam tristes. Eles ainda têm ânimo e brincam, mas ficam mais quietos”, diz Anna Paula Saraff Lopes, professora de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e coordenadora do serviço de cardiologia CarioSarraff da CliniVet Hospital Veterinária, em Curitiba.

Assim como humanos, o corpo de animais de estimação mais velhos tem o desempenho deteriorado. Talvez seu pet faça mais xixi do que o normal ou vá ao banheiro no lugar errado. É comum haver mudança de peso (gatos podem emagrecer e cachorros, engordar), dificuldade em movimentar-se, mau hálito e até perda de dentes, se a higiene bucal não tiver sido feito ao longo dos anos. 

Na hora de dormir, roncos altos passam a surgir naquele que era um bicho apenas fofinho. O globo ocular pode ficar esbranquiçado, ainda que a visão não seja prejudicada.

Entre os gatos, a agilidade torna-se menor, os saltos mais curtos e, de uma hora para outra, até as aparições públicas são menos frequentes. “Felinos costumam se esconder quando envelhecem, porque se tornam uma presa fácil. Mesmo domesticados, eles trazem isso para a vida com humanos. É comum se esconderem mais no armário ou debaixo do sofá, buscando a autopreservação da espécie”, diz Juliana Didiano, médica veterinária da pet shop Cobasi.

Dentre as doenças mais comuns, aumenta a incidência de catarata, diabete, artrite, artrose, problemas cardíacos, doenças respiratórias e confusão mental. Cegueira e surdez, é claro, também são mais recorrentes. 

“É comum ter desconforto na coluna ou nas articulações, o que pode levá-los a arquear a coluna, ter dor e, com isso, diminuir o apetite”, diz Anna Paula. 

Gatos costumam ficar mais escondidos e podem emagrecer Foto: Jaro Larnos - Flickr

Maior causa de morte. A doença que mais mata os animais de estimação é o câncer, diz Marcy Pereira, professora de clínica veterinária na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em gatos. A doença, aliás, é cada vez mais frequente entre os bichos de estimação. “Com o aumento da expectativa de vida e a maior precisão dos exames de diagnóstico, as chances de desenvolver câncer também aumentam”, explica. 

De fato, um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado em 2015 no Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science mostrou que 10,5% dos 3.620 casos atendidos entre 2002 e 2003 no Hospital Veterinário da USP envolviam de tumores. 

Cuidados. Para uma melhor qualidade de vida, os pets precisam de uma assistência mais intensa. Além de atualizar a carteira de vacinação, usar vermífugos duas vezes ao ano e realizar os check-ups semestrais, é preciso ajustar as brincadeiras ao ritmo do animal. Se antes você costumava correr com ele, hoje vale prestar atenção a quando ele pedir para parar. 

Para não forçar a coluna do bicho, a recomendação é colocar os potes de comida e de água a um nível mais alto. E tente não mudar os móveis de lugar, visto que seu animal se localiza na casa a partir da posição deles. Caso ele esteja cego ou tenha confusão mental, a reorganização da residência apenas vai prejudicá-lo. 

Invista também em tapetes antiderrapantes e ofereça almofadas para amortecer saltos, algo útil para animais com problemas de articulação.

Manter a vida “do jeito que ela sempre foi” é especialmente importante. “O cão tem rotina estabelecida desde filhote. O ideal é respeitá-la quando ele for idoso e ir passear nos mesmos horários, além de frequentar a mesma pet shop”, diz Anna Paula, da PUC-PR. 

Já gatos são conhecidos por ficarem estressados com mudanças. Ansiosos, eles param de comer, o que provoca uma doença comum e perigosa, a lipidose hepática, mais recorrente em felinos acima do peso. “Como o organismo precisa de energia e não a obtém pela alimentação, o corpo pega a gordura do tecido adiposo e a joga para o fígado para ter energia. Essa gordura no fígado mata as células hepáticas, o que pode causar cirrose e óbito”, explica a médica veterinária Juliana, da pet shop Cobasi.

Para quem deseja investir mesmo na saúde do bicho, vale cogitar planos de saúde para animais. Há opções com valores a partir de R$ 75 para cobrir consultas, exames, vacinas, procedimentos ambulatoriais e algumas emergências. 

De todos os cuidados e ressalvas, um é o mais importante: manter a paciência. “O animal idoso é como o ser humano velhinho. Tem que ter paciência e carinho com ele”, diz Marcy, da UFSC. 

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