Comportamento Adolescente e Educação

Busca pela recuperação de alunos acelera escolas em tempo integral


Por Carolina Delboni

Entenda por que a expansão do período integral nas escolas é tão importante para a recuperação dos alunos que foram mais afetados na pandemia

Ao contrário do horário regular das escolas que funcionam com dois períodos, manhã das 7h30 às 12h30 e tarde das 13h às 17h30, escolas que têm período integral recebem alunos pela manhã e ficam com eles até 15h30. Praticamente o dia todo, o que significa que a instituição tem mais tempo para desenvolver seu trabalho junto às crianças e adolescentes.

Na rede privada, a oferta não é algo novo, ainda que tenha acontecido um boom com a chegada das instituições internacionais e a ampliação das bilíngues. A rede pública não fica para trás. O governo do estado tem como meta chegar a 1855 escolas de período integral ainda este ano. Tudo isso como parte do plano estratégico de recuperação dos alunos que foram mais prejudicados ao longo da pandemia.

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Período que se acentuou o déficit educacional e aprofundaram as desigualdades sociais, uma vez que muitos alunos tiveram que optar pelo trabalho, abandonaram a escola para ajuda dentro de casa ou não tiveram condições financeiras para arcar com tablets e celulares, além de uma boa conexão com a internet, por exemplo.

Uma pesquisa realizada em 2021, pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), mostrou que 5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso às atividades escolares ou tiveram de forma limitada, trazendo à tona a negligência dos governos com a pandemia somada ao tempo prolongado de escolas fechadas.

A expectativa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é beneficiar 387,3 mil novos estudantes de Ensino Fundamental e Médio. Com as novas adesões, o PEI (Programa Ensino Integral) estará presente em 427 municípios paulistas, em todas as regiões do estado. Atualmente, são 437 mil estudantes atendidos em 1.077 escolas, de 309 cidades.

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Mas o que será que acontece nessas horas extras? Será só um tempo estendido de atividades extracurriculares? O que significa estudar numa escola com período integral? O que ela amplifica na formação do aluno?

 Foto: Estadão

Existia uma ideia antiga de que este tempo a mais na escola era usado pra atividades chamadas de "passatempo". Hoje, entende-se que quanto mais horas o aluno passa na escola, mais pode-se expandir a proposta pedagógica e mais pode-se trabalhar a formação do aluno também de forma integral. Algo que tanto as instituições privadas quanto as públicas entenderam rapidamente.

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Hoje, existe uma necessidade de formação dos alunos que não cabe nas horas destinadas ao período da manhã ou da tarde. É preciso de mais tempo na escola para que crianças e adolescentes possam atingir níveis satisfatórios de aprendizagem e ampliarem a formação de maneira integral, ou seja, contemplando aluno e sujeito no desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais.

Uma necessidade não só dos tempos atuais como das fissuras deixadas pela pandemia. Ivan Gontijo, coordenador de políticas educacionais do Movimento Todos Pela Educação, afirma que recuperar o tempo perdido é fundamental e que para retomar o processo de aprendizagem o modelo pode ser uma solução para garantir que os alunos não fiquem para trás. "As escolas ficaram fechadas por muito tempo e todas as avaliações mostram que os estudantes aprenderam muito pouco".

Conforme estudo da Fundação Lemann (2021), só no Brasil, a educação pode chegar a um retrocesso de quatro anos, por conta da pandemia. Ainda segundo dados do material, os alunos das regiões Norte e Nordeste deixaram de aprender mais que alunos do Sul e Sudeste. Além de mostrar que alunos do Ensino Fundamental sofreram mais os impactos que os de outros níveis educacionais.

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Rossieli Soares, que deixou recentemente a Secretaria de Educação do Estado para concorrer à Camara, concorda que a pandemia retrocedeu a educação e aponta a metodologia do PEI como uma solução em vários aspectos. "O vínculo com a escola se mostra essencial e para esses jovens, as unidades passam a ser um local de pertencimento e de laços que podem ser carregados por toda vida".

Existem atualmente em São Paulo cerca de 2.050 instituições que já funcionam com a jornada escolar estendida. A expectativa é de ampliar para 100 unidades ainda este ano e 850 no próximo. Ao final da expansão, o PEI pretende atender a 494 municípios, que correspondem a 76,5% das cidades do Estado.

Com a expansão desse formato, a Secretaria da Educação calcula mais de 1,4 milhões de vagas para 2023, chegando a 40% dos alunos em turnos estendidos na escola. Para se ter uma ideia, neste ano já existem 838 mil matrículas em tempo integral do total de 3,5 milhões de estudantes, ou seja, cerca de 24%.

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Ivan Gontijo esclarece que a nova proposta pedagógica é totalmente centrada no protagonismo e no projeto de vida do jovem. "É um modelo de ensino que provê eletivas - disciplinas escolhidas de acordo com as necessidades ou desejo do aluno - aulas sobre projeto de vida, clubes estudantis, tutoria etc. Na verdade, o aluno estará sempre no centro do processo de ensino e da aprendizagem", explica.

A ideia do PEI é articular um modelo pedagógico com um modelo de gestão e poder proporcionar aos alunos tanto práticas pedagógicas, como tempos para tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil com clubes e líderes de turma, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais que potencializam a formação integral do estudante a partir do seu projeto de vida.

Rossieli explica que no PEI, o estudante tem um professor que atua como tutor individual, que o orienta e o ajuda na criação de temas relacionados ao seu projeto de vida. "Isso sem falar de ações experimentais para colocar a 'mão na massa'. Existe uma série de oportunidades que fortalecem o vínculo escolar e promovem o desenvolvimento".

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A proposta de oferecer um tutor ao aluno de Ensino Médio vem total de encontro ao que acontece nas escolas privadas que vivem um modelo pedagógico mais atualizado e contemporâneo. O que significa que são escolas que entendem - e enxergam - o aluno como um sujeito que deve ingressar logo mais no mercado de trabalho e que precisa de orientação no processo de escolhas e caminhos a seguir.

Entre as vantagens, Ivan Gontijo elenca que o sistema apresenta bons resultados de aprendizagem também no que diz respeito à educação para a sociedade, isto é, o convívio social com relação à aceitação da pluralidade de ideias de maneira harmoniosa.

"Sem dúvida, o tempo integral tem um potencial gigantesco de desenvolver as pessoas em diversas dimensões, sendo assim uma estratégia muito bacana e que tem dado muito certo", afirma o coordenador.

Ensino Médio regular x integral

Segundo pesquisa feita pelo Todos Pela Educação, em 2018, a cada 100 jovens que concluíram o Ensino Médio regular, 71 não aprenderam a Língua Portuguesa adequadamente e 90 não aprenderam matemática. "Os estudantes do modelo integral aprendem muito mais português, matemática, entre outras disciplinas. Eles saem mais preparados para entrar em uma Universidade como também atuar no mercado de trabalho", revela Ivan.

 Foto: Estadão

Outro ponto da abordagem diz respeito às notas das escolas de modo geral. Conforme levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas de Ensino Médio que migraram do regular para o modelo integral melhoraram sua nota em 17,3% entre 2017 e 2019, em comparação às que ficaram com a mesma carga horária das atividades.

Rossieli concorda que nos países mais desenvolvidos de fato existe uma priorização do estudante na escola. "Infelizmente o nosso país, por muitas questões, especialmente as sociais, não enxerga esta possibilidade como uma possível realidade, mas nós precisamos mudar essa mentalidade", diz.

Entenda por que a expansão do período integral nas escolas é tão importante para a recuperação dos alunos que foram mais afetados na pandemia

Ao contrário do horário regular das escolas que funcionam com dois períodos, manhã das 7h30 às 12h30 e tarde das 13h às 17h30, escolas que têm período integral recebem alunos pela manhã e ficam com eles até 15h30. Praticamente o dia todo, o que significa que a instituição tem mais tempo para desenvolver seu trabalho junto às crianças e adolescentes.

Na rede privada, a oferta não é algo novo, ainda que tenha acontecido um boom com a chegada das instituições internacionais e a ampliação das bilíngues. A rede pública não fica para trás. O governo do estado tem como meta chegar a 1855 escolas de período integral ainda este ano. Tudo isso como parte do plano estratégico de recuperação dos alunos que foram mais prejudicados ao longo da pandemia.

Período que se acentuou o déficit educacional e aprofundaram as desigualdades sociais, uma vez que muitos alunos tiveram que optar pelo trabalho, abandonaram a escola para ajuda dentro de casa ou não tiveram condições financeiras para arcar com tablets e celulares, além de uma boa conexão com a internet, por exemplo.

Uma pesquisa realizada em 2021, pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), mostrou que 5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso às atividades escolares ou tiveram de forma limitada, trazendo à tona a negligência dos governos com a pandemia somada ao tempo prolongado de escolas fechadas.

A expectativa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é beneficiar 387,3 mil novos estudantes de Ensino Fundamental e Médio. Com as novas adesões, o PEI (Programa Ensino Integral) estará presente em 427 municípios paulistas, em todas as regiões do estado. Atualmente, são 437 mil estudantes atendidos em 1.077 escolas, de 309 cidades.

Mas o que será que acontece nessas horas extras? Será só um tempo estendido de atividades extracurriculares? O que significa estudar numa escola com período integral? O que ela amplifica na formação do aluno?

 Foto: Estadão

Existia uma ideia antiga de que este tempo a mais na escola era usado pra atividades chamadas de "passatempo". Hoje, entende-se que quanto mais horas o aluno passa na escola, mais pode-se expandir a proposta pedagógica e mais pode-se trabalhar a formação do aluno também de forma integral. Algo que tanto as instituições privadas quanto as públicas entenderam rapidamente.

Hoje, existe uma necessidade de formação dos alunos que não cabe nas horas destinadas ao período da manhã ou da tarde. É preciso de mais tempo na escola para que crianças e adolescentes possam atingir níveis satisfatórios de aprendizagem e ampliarem a formação de maneira integral, ou seja, contemplando aluno e sujeito no desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais.

Uma necessidade não só dos tempos atuais como das fissuras deixadas pela pandemia. Ivan Gontijo, coordenador de políticas educacionais do Movimento Todos Pela Educação, afirma que recuperar o tempo perdido é fundamental e que para retomar o processo de aprendizagem o modelo pode ser uma solução para garantir que os alunos não fiquem para trás. "As escolas ficaram fechadas por muito tempo e todas as avaliações mostram que os estudantes aprenderam muito pouco".

Conforme estudo da Fundação Lemann (2021), só no Brasil, a educação pode chegar a um retrocesso de quatro anos, por conta da pandemia. Ainda segundo dados do material, os alunos das regiões Norte e Nordeste deixaram de aprender mais que alunos do Sul e Sudeste. Além de mostrar que alunos do Ensino Fundamental sofreram mais os impactos que os de outros níveis educacionais.

Rossieli Soares, que deixou recentemente a Secretaria de Educação do Estado para concorrer à Camara, concorda que a pandemia retrocedeu a educação e aponta a metodologia do PEI como uma solução em vários aspectos. "O vínculo com a escola se mostra essencial e para esses jovens, as unidades passam a ser um local de pertencimento e de laços que podem ser carregados por toda vida".

Existem atualmente em São Paulo cerca de 2.050 instituições que já funcionam com a jornada escolar estendida. A expectativa é de ampliar para 100 unidades ainda este ano e 850 no próximo. Ao final da expansão, o PEI pretende atender a 494 municípios, que correspondem a 76,5% das cidades do Estado.

Com a expansão desse formato, a Secretaria da Educação calcula mais de 1,4 milhões de vagas para 2023, chegando a 40% dos alunos em turnos estendidos na escola. Para se ter uma ideia, neste ano já existem 838 mil matrículas em tempo integral do total de 3,5 milhões de estudantes, ou seja, cerca de 24%.

Ivan Gontijo esclarece que a nova proposta pedagógica é totalmente centrada no protagonismo e no projeto de vida do jovem. "É um modelo de ensino que provê eletivas - disciplinas escolhidas de acordo com as necessidades ou desejo do aluno - aulas sobre projeto de vida, clubes estudantis, tutoria etc. Na verdade, o aluno estará sempre no centro do processo de ensino e da aprendizagem", explica.

A ideia do PEI é articular um modelo pedagógico com um modelo de gestão e poder proporcionar aos alunos tanto práticas pedagógicas, como tempos para tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil com clubes e líderes de turma, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais que potencializam a formação integral do estudante a partir do seu projeto de vida.

Rossieli explica que no PEI, o estudante tem um professor que atua como tutor individual, que o orienta e o ajuda na criação de temas relacionados ao seu projeto de vida. "Isso sem falar de ações experimentais para colocar a 'mão na massa'. Existe uma série de oportunidades que fortalecem o vínculo escolar e promovem o desenvolvimento".

A proposta de oferecer um tutor ao aluno de Ensino Médio vem total de encontro ao que acontece nas escolas privadas que vivem um modelo pedagógico mais atualizado e contemporâneo. O que significa que são escolas que entendem - e enxergam - o aluno como um sujeito que deve ingressar logo mais no mercado de trabalho e que precisa de orientação no processo de escolhas e caminhos a seguir.

Entre as vantagens, Ivan Gontijo elenca que o sistema apresenta bons resultados de aprendizagem também no que diz respeito à educação para a sociedade, isto é, o convívio social com relação à aceitação da pluralidade de ideias de maneira harmoniosa.

"Sem dúvida, o tempo integral tem um potencial gigantesco de desenvolver as pessoas em diversas dimensões, sendo assim uma estratégia muito bacana e que tem dado muito certo", afirma o coordenador.

Ensino Médio regular x integral

Segundo pesquisa feita pelo Todos Pela Educação, em 2018, a cada 100 jovens que concluíram o Ensino Médio regular, 71 não aprenderam a Língua Portuguesa adequadamente e 90 não aprenderam matemática. "Os estudantes do modelo integral aprendem muito mais português, matemática, entre outras disciplinas. Eles saem mais preparados para entrar em uma Universidade como também atuar no mercado de trabalho", revela Ivan.

 Foto: Estadão

Outro ponto da abordagem diz respeito às notas das escolas de modo geral. Conforme levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas de Ensino Médio que migraram do regular para o modelo integral melhoraram sua nota em 17,3% entre 2017 e 2019, em comparação às que ficaram com a mesma carga horária das atividades.

Rossieli concorda que nos países mais desenvolvidos de fato existe uma priorização do estudante na escola. "Infelizmente o nosso país, por muitas questões, especialmente as sociais, não enxerga esta possibilidade como uma possível realidade, mas nós precisamos mudar essa mentalidade", diz.

Entenda por que a expansão do período integral nas escolas é tão importante para a recuperação dos alunos que foram mais afetados na pandemia

Ao contrário do horário regular das escolas que funcionam com dois períodos, manhã das 7h30 às 12h30 e tarde das 13h às 17h30, escolas que têm período integral recebem alunos pela manhã e ficam com eles até 15h30. Praticamente o dia todo, o que significa que a instituição tem mais tempo para desenvolver seu trabalho junto às crianças e adolescentes.

Na rede privada, a oferta não é algo novo, ainda que tenha acontecido um boom com a chegada das instituições internacionais e a ampliação das bilíngues. A rede pública não fica para trás. O governo do estado tem como meta chegar a 1855 escolas de período integral ainda este ano. Tudo isso como parte do plano estratégico de recuperação dos alunos que foram mais prejudicados ao longo da pandemia.

Período que se acentuou o déficit educacional e aprofundaram as desigualdades sociais, uma vez que muitos alunos tiveram que optar pelo trabalho, abandonaram a escola para ajuda dentro de casa ou não tiveram condições financeiras para arcar com tablets e celulares, além de uma boa conexão com a internet, por exemplo.

Uma pesquisa realizada em 2021, pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), mostrou que 5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso às atividades escolares ou tiveram de forma limitada, trazendo à tona a negligência dos governos com a pandemia somada ao tempo prolongado de escolas fechadas.

A expectativa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é beneficiar 387,3 mil novos estudantes de Ensino Fundamental e Médio. Com as novas adesões, o PEI (Programa Ensino Integral) estará presente em 427 municípios paulistas, em todas as regiões do estado. Atualmente, são 437 mil estudantes atendidos em 1.077 escolas, de 309 cidades.

Mas o que será que acontece nessas horas extras? Será só um tempo estendido de atividades extracurriculares? O que significa estudar numa escola com período integral? O que ela amplifica na formação do aluno?

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Existia uma ideia antiga de que este tempo a mais na escola era usado pra atividades chamadas de "passatempo". Hoje, entende-se que quanto mais horas o aluno passa na escola, mais pode-se expandir a proposta pedagógica e mais pode-se trabalhar a formação do aluno também de forma integral. Algo que tanto as instituições privadas quanto as públicas entenderam rapidamente.

Hoje, existe uma necessidade de formação dos alunos que não cabe nas horas destinadas ao período da manhã ou da tarde. É preciso de mais tempo na escola para que crianças e adolescentes possam atingir níveis satisfatórios de aprendizagem e ampliarem a formação de maneira integral, ou seja, contemplando aluno e sujeito no desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais.

Uma necessidade não só dos tempos atuais como das fissuras deixadas pela pandemia. Ivan Gontijo, coordenador de políticas educacionais do Movimento Todos Pela Educação, afirma que recuperar o tempo perdido é fundamental e que para retomar o processo de aprendizagem o modelo pode ser uma solução para garantir que os alunos não fiquem para trás. "As escolas ficaram fechadas por muito tempo e todas as avaliações mostram que os estudantes aprenderam muito pouco".

Conforme estudo da Fundação Lemann (2021), só no Brasil, a educação pode chegar a um retrocesso de quatro anos, por conta da pandemia. Ainda segundo dados do material, os alunos das regiões Norte e Nordeste deixaram de aprender mais que alunos do Sul e Sudeste. Além de mostrar que alunos do Ensino Fundamental sofreram mais os impactos que os de outros níveis educacionais.

Rossieli Soares, que deixou recentemente a Secretaria de Educação do Estado para concorrer à Camara, concorda que a pandemia retrocedeu a educação e aponta a metodologia do PEI como uma solução em vários aspectos. "O vínculo com a escola se mostra essencial e para esses jovens, as unidades passam a ser um local de pertencimento e de laços que podem ser carregados por toda vida".

Existem atualmente em São Paulo cerca de 2.050 instituições que já funcionam com a jornada escolar estendida. A expectativa é de ampliar para 100 unidades ainda este ano e 850 no próximo. Ao final da expansão, o PEI pretende atender a 494 municípios, que correspondem a 76,5% das cidades do Estado.

Com a expansão desse formato, a Secretaria da Educação calcula mais de 1,4 milhões de vagas para 2023, chegando a 40% dos alunos em turnos estendidos na escola. Para se ter uma ideia, neste ano já existem 838 mil matrículas em tempo integral do total de 3,5 milhões de estudantes, ou seja, cerca de 24%.

Ivan Gontijo esclarece que a nova proposta pedagógica é totalmente centrada no protagonismo e no projeto de vida do jovem. "É um modelo de ensino que provê eletivas - disciplinas escolhidas de acordo com as necessidades ou desejo do aluno - aulas sobre projeto de vida, clubes estudantis, tutoria etc. Na verdade, o aluno estará sempre no centro do processo de ensino e da aprendizagem", explica.

A ideia do PEI é articular um modelo pedagógico com um modelo de gestão e poder proporcionar aos alunos tanto práticas pedagógicas, como tempos para tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil com clubes e líderes de turma, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais que potencializam a formação integral do estudante a partir do seu projeto de vida.

Rossieli explica que no PEI, o estudante tem um professor que atua como tutor individual, que o orienta e o ajuda na criação de temas relacionados ao seu projeto de vida. "Isso sem falar de ações experimentais para colocar a 'mão na massa'. Existe uma série de oportunidades que fortalecem o vínculo escolar e promovem o desenvolvimento".

A proposta de oferecer um tutor ao aluno de Ensino Médio vem total de encontro ao que acontece nas escolas privadas que vivem um modelo pedagógico mais atualizado e contemporâneo. O que significa que são escolas que entendem - e enxergam - o aluno como um sujeito que deve ingressar logo mais no mercado de trabalho e que precisa de orientação no processo de escolhas e caminhos a seguir.

Entre as vantagens, Ivan Gontijo elenca que o sistema apresenta bons resultados de aprendizagem também no que diz respeito à educação para a sociedade, isto é, o convívio social com relação à aceitação da pluralidade de ideias de maneira harmoniosa.

"Sem dúvida, o tempo integral tem um potencial gigantesco de desenvolver as pessoas em diversas dimensões, sendo assim uma estratégia muito bacana e que tem dado muito certo", afirma o coordenador.

Ensino Médio regular x integral

Segundo pesquisa feita pelo Todos Pela Educação, em 2018, a cada 100 jovens que concluíram o Ensino Médio regular, 71 não aprenderam a Língua Portuguesa adequadamente e 90 não aprenderam matemática. "Os estudantes do modelo integral aprendem muito mais português, matemática, entre outras disciplinas. Eles saem mais preparados para entrar em uma Universidade como também atuar no mercado de trabalho", revela Ivan.

 Foto: Estadão

Outro ponto da abordagem diz respeito às notas das escolas de modo geral. Conforme levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas de Ensino Médio que migraram do regular para o modelo integral melhoraram sua nota em 17,3% entre 2017 e 2019, em comparação às que ficaram com a mesma carga horária das atividades.

Rossieli concorda que nos países mais desenvolvidos de fato existe uma priorização do estudante na escola. "Infelizmente o nosso país, por muitas questões, especialmente as sociais, não enxerga esta possibilidade como uma possível realidade, mas nós precisamos mudar essa mentalidade", diz.

Entenda por que a expansão do período integral nas escolas é tão importante para a recuperação dos alunos que foram mais afetados na pandemia

Ao contrário do horário regular das escolas que funcionam com dois períodos, manhã das 7h30 às 12h30 e tarde das 13h às 17h30, escolas que têm período integral recebem alunos pela manhã e ficam com eles até 15h30. Praticamente o dia todo, o que significa que a instituição tem mais tempo para desenvolver seu trabalho junto às crianças e adolescentes.

Na rede privada, a oferta não é algo novo, ainda que tenha acontecido um boom com a chegada das instituições internacionais e a ampliação das bilíngues. A rede pública não fica para trás. O governo do estado tem como meta chegar a 1855 escolas de período integral ainda este ano. Tudo isso como parte do plano estratégico de recuperação dos alunos que foram mais prejudicados ao longo da pandemia.

Período que se acentuou o déficit educacional e aprofundaram as desigualdades sociais, uma vez que muitos alunos tiveram que optar pelo trabalho, abandonaram a escola para ajuda dentro de casa ou não tiveram condições financeiras para arcar com tablets e celulares, além de uma boa conexão com a internet, por exemplo.

Uma pesquisa realizada em 2021, pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), mostrou que 5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso às atividades escolares ou tiveram de forma limitada, trazendo à tona a negligência dos governos com a pandemia somada ao tempo prolongado de escolas fechadas.

A expectativa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é beneficiar 387,3 mil novos estudantes de Ensino Fundamental e Médio. Com as novas adesões, o PEI (Programa Ensino Integral) estará presente em 427 municípios paulistas, em todas as regiões do estado. Atualmente, são 437 mil estudantes atendidos em 1.077 escolas, de 309 cidades.

Mas o que será que acontece nessas horas extras? Será só um tempo estendido de atividades extracurriculares? O que significa estudar numa escola com período integral? O que ela amplifica na formação do aluno?

 Foto: Estadão

Existia uma ideia antiga de que este tempo a mais na escola era usado pra atividades chamadas de "passatempo". Hoje, entende-se que quanto mais horas o aluno passa na escola, mais pode-se expandir a proposta pedagógica e mais pode-se trabalhar a formação do aluno também de forma integral. Algo que tanto as instituições privadas quanto as públicas entenderam rapidamente.

Hoje, existe uma necessidade de formação dos alunos que não cabe nas horas destinadas ao período da manhã ou da tarde. É preciso de mais tempo na escola para que crianças e adolescentes possam atingir níveis satisfatórios de aprendizagem e ampliarem a formação de maneira integral, ou seja, contemplando aluno e sujeito no desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais.

Uma necessidade não só dos tempos atuais como das fissuras deixadas pela pandemia. Ivan Gontijo, coordenador de políticas educacionais do Movimento Todos Pela Educação, afirma que recuperar o tempo perdido é fundamental e que para retomar o processo de aprendizagem o modelo pode ser uma solução para garantir que os alunos não fiquem para trás. "As escolas ficaram fechadas por muito tempo e todas as avaliações mostram que os estudantes aprenderam muito pouco".

Conforme estudo da Fundação Lemann (2021), só no Brasil, a educação pode chegar a um retrocesso de quatro anos, por conta da pandemia. Ainda segundo dados do material, os alunos das regiões Norte e Nordeste deixaram de aprender mais que alunos do Sul e Sudeste. Além de mostrar que alunos do Ensino Fundamental sofreram mais os impactos que os de outros níveis educacionais.

Rossieli Soares, que deixou recentemente a Secretaria de Educação do Estado para concorrer à Camara, concorda que a pandemia retrocedeu a educação e aponta a metodologia do PEI como uma solução em vários aspectos. "O vínculo com a escola se mostra essencial e para esses jovens, as unidades passam a ser um local de pertencimento e de laços que podem ser carregados por toda vida".

Existem atualmente em São Paulo cerca de 2.050 instituições que já funcionam com a jornada escolar estendida. A expectativa é de ampliar para 100 unidades ainda este ano e 850 no próximo. Ao final da expansão, o PEI pretende atender a 494 municípios, que correspondem a 76,5% das cidades do Estado.

Com a expansão desse formato, a Secretaria da Educação calcula mais de 1,4 milhões de vagas para 2023, chegando a 40% dos alunos em turnos estendidos na escola. Para se ter uma ideia, neste ano já existem 838 mil matrículas em tempo integral do total de 3,5 milhões de estudantes, ou seja, cerca de 24%.

Ivan Gontijo esclarece que a nova proposta pedagógica é totalmente centrada no protagonismo e no projeto de vida do jovem. "É um modelo de ensino que provê eletivas - disciplinas escolhidas de acordo com as necessidades ou desejo do aluno - aulas sobre projeto de vida, clubes estudantis, tutoria etc. Na verdade, o aluno estará sempre no centro do processo de ensino e da aprendizagem", explica.

A ideia do PEI é articular um modelo pedagógico com um modelo de gestão e poder proporcionar aos alunos tanto práticas pedagógicas, como tempos para tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil com clubes e líderes de turma, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais que potencializam a formação integral do estudante a partir do seu projeto de vida.

Rossieli explica que no PEI, o estudante tem um professor que atua como tutor individual, que o orienta e o ajuda na criação de temas relacionados ao seu projeto de vida. "Isso sem falar de ações experimentais para colocar a 'mão na massa'. Existe uma série de oportunidades que fortalecem o vínculo escolar e promovem o desenvolvimento".

A proposta de oferecer um tutor ao aluno de Ensino Médio vem total de encontro ao que acontece nas escolas privadas que vivem um modelo pedagógico mais atualizado e contemporâneo. O que significa que são escolas que entendem - e enxergam - o aluno como um sujeito que deve ingressar logo mais no mercado de trabalho e que precisa de orientação no processo de escolhas e caminhos a seguir.

Entre as vantagens, Ivan Gontijo elenca que o sistema apresenta bons resultados de aprendizagem também no que diz respeito à educação para a sociedade, isto é, o convívio social com relação à aceitação da pluralidade de ideias de maneira harmoniosa.

"Sem dúvida, o tempo integral tem um potencial gigantesco de desenvolver as pessoas em diversas dimensões, sendo assim uma estratégia muito bacana e que tem dado muito certo", afirma o coordenador.

Ensino Médio regular x integral

Segundo pesquisa feita pelo Todos Pela Educação, em 2018, a cada 100 jovens que concluíram o Ensino Médio regular, 71 não aprenderam a Língua Portuguesa adequadamente e 90 não aprenderam matemática. "Os estudantes do modelo integral aprendem muito mais português, matemática, entre outras disciplinas. Eles saem mais preparados para entrar em uma Universidade como também atuar no mercado de trabalho", revela Ivan.

 Foto: Estadão

Outro ponto da abordagem diz respeito às notas das escolas de modo geral. Conforme levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas de Ensino Médio que migraram do regular para o modelo integral melhoraram sua nota em 17,3% entre 2017 e 2019, em comparação às que ficaram com a mesma carga horária das atividades.

Rossieli concorda que nos países mais desenvolvidos de fato existe uma priorização do estudante na escola. "Infelizmente o nosso país, por muitas questões, especialmente as sociais, não enxerga esta possibilidade como uma possível realidade, mas nós precisamos mudar essa mentalidade", diz.

Entenda por que a expansão do período integral nas escolas é tão importante para a recuperação dos alunos que foram mais afetados na pandemia

Ao contrário do horário regular das escolas que funcionam com dois períodos, manhã das 7h30 às 12h30 e tarde das 13h às 17h30, escolas que têm período integral recebem alunos pela manhã e ficam com eles até 15h30. Praticamente o dia todo, o que significa que a instituição tem mais tempo para desenvolver seu trabalho junto às crianças e adolescentes.

Na rede privada, a oferta não é algo novo, ainda que tenha acontecido um boom com a chegada das instituições internacionais e a ampliação das bilíngues. A rede pública não fica para trás. O governo do estado tem como meta chegar a 1855 escolas de período integral ainda este ano. Tudo isso como parte do plano estratégico de recuperação dos alunos que foram mais prejudicados ao longo da pandemia.

Período que se acentuou o déficit educacional e aprofundaram as desigualdades sociais, uma vez que muitos alunos tiveram que optar pelo trabalho, abandonaram a escola para ajuda dentro de casa ou não tiveram condições financeiras para arcar com tablets e celulares, além de uma boa conexão com a internet, por exemplo.

Uma pesquisa realizada em 2021, pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), mostrou que 5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso às atividades escolares ou tiveram de forma limitada, trazendo à tona a negligência dos governos com a pandemia somada ao tempo prolongado de escolas fechadas.

A expectativa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) é beneficiar 387,3 mil novos estudantes de Ensino Fundamental e Médio. Com as novas adesões, o PEI (Programa Ensino Integral) estará presente em 427 municípios paulistas, em todas as regiões do estado. Atualmente, são 437 mil estudantes atendidos em 1.077 escolas, de 309 cidades.

Mas o que será que acontece nessas horas extras? Será só um tempo estendido de atividades extracurriculares? O que significa estudar numa escola com período integral? O que ela amplifica na formação do aluno?

 Foto: Estadão

Existia uma ideia antiga de que este tempo a mais na escola era usado pra atividades chamadas de "passatempo". Hoje, entende-se que quanto mais horas o aluno passa na escola, mais pode-se expandir a proposta pedagógica e mais pode-se trabalhar a formação do aluno também de forma integral. Algo que tanto as instituições privadas quanto as públicas entenderam rapidamente.

Hoje, existe uma necessidade de formação dos alunos que não cabe nas horas destinadas ao período da manhã ou da tarde. É preciso de mais tempo na escola para que crianças e adolescentes possam atingir níveis satisfatórios de aprendizagem e ampliarem a formação de maneira integral, ou seja, contemplando aluno e sujeito no desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais.

Uma necessidade não só dos tempos atuais como das fissuras deixadas pela pandemia. Ivan Gontijo, coordenador de políticas educacionais do Movimento Todos Pela Educação, afirma que recuperar o tempo perdido é fundamental e que para retomar o processo de aprendizagem o modelo pode ser uma solução para garantir que os alunos não fiquem para trás. "As escolas ficaram fechadas por muito tempo e todas as avaliações mostram que os estudantes aprenderam muito pouco".

Conforme estudo da Fundação Lemann (2021), só no Brasil, a educação pode chegar a um retrocesso de quatro anos, por conta da pandemia. Ainda segundo dados do material, os alunos das regiões Norte e Nordeste deixaram de aprender mais que alunos do Sul e Sudeste. Além de mostrar que alunos do Ensino Fundamental sofreram mais os impactos que os de outros níveis educacionais.

Rossieli Soares, que deixou recentemente a Secretaria de Educação do Estado para concorrer à Camara, concorda que a pandemia retrocedeu a educação e aponta a metodologia do PEI como uma solução em vários aspectos. "O vínculo com a escola se mostra essencial e para esses jovens, as unidades passam a ser um local de pertencimento e de laços que podem ser carregados por toda vida".

Existem atualmente em São Paulo cerca de 2.050 instituições que já funcionam com a jornada escolar estendida. A expectativa é de ampliar para 100 unidades ainda este ano e 850 no próximo. Ao final da expansão, o PEI pretende atender a 494 municípios, que correspondem a 76,5% das cidades do Estado.

Com a expansão desse formato, a Secretaria da Educação calcula mais de 1,4 milhões de vagas para 2023, chegando a 40% dos alunos em turnos estendidos na escola. Para se ter uma ideia, neste ano já existem 838 mil matrículas em tempo integral do total de 3,5 milhões de estudantes, ou seja, cerca de 24%.

Ivan Gontijo esclarece que a nova proposta pedagógica é totalmente centrada no protagonismo e no projeto de vida do jovem. "É um modelo de ensino que provê eletivas - disciplinas escolhidas de acordo com as necessidades ou desejo do aluno - aulas sobre projeto de vida, clubes estudantis, tutoria etc. Na verdade, o aluno estará sempre no centro do processo de ensino e da aprendizagem", explica.

A ideia do PEI é articular um modelo pedagógico com um modelo de gestão e poder proporcionar aos alunos tanto práticas pedagógicas, como tempos para tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil com clubes e líderes de turma, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais que potencializam a formação integral do estudante a partir do seu projeto de vida.

Rossieli explica que no PEI, o estudante tem um professor que atua como tutor individual, que o orienta e o ajuda na criação de temas relacionados ao seu projeto de vida. "Isso sem falar de ações experimentais para colocar a 'mão na massa'. Existe uma série de oportunidades que fortalecem o vínculo escolar e promovem o desenvolvimento".

A proposta de oferecer um tutor ao aluno de Ensino Médio vem total de encontro ao que acontece nas escolas privadas que vivem um modelo pedagógico mais atualizado e contemporâneo. O que significa que são escolas que entendem - e enxergam - o aluno como um sujeito que deve ingressar logo mais no mercado de trabalho e que precisa de orientação no processo de escolhas e caminhos a seguir.

Entre as vantagens, Ivan Gontijo elenca que o sistema apresenta bons resultados de aprendizagem também no que diz respeito à educação para a sociedade, isto é, o convívio social com relação à aceitação da pluralidade de ideias de maneira harmoniosa.

"Sem dúvida, o tempo integral tem um potencial gigantesco de desenvolver as pessoas em diversas dimensões, sendo assim uma estratégia muito bacana e que tem dado muito certo", afirma o coordenador.

Ensino Médio regular x integral

Segundo pesquisa feita pelo Todos Pela Educação, em 2018, a cada 100 jovens que concluíram o Ensino Médio regular, 71 não aprenderam a Língua Portuguesa adequadamente e 90 não aprenderam matemática. "Os estudantes do modelo integral aprendem muito mais português, matemática, entre outras disciplinas. Eles saem mais preparados para entrar em uma Universidade como também atuar no mercado de trabalho", revela Ivan.

 Foto: Estadão

Outro ponto da abordagem diz respeito às notas das escolas de modo geral. Conforme levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas de Ensino Médio que migraram do regular para o modelo integral melhoraram sua nota em 17,3% entre 2017 e 2019, em comparação às que ficaram com a mesma carga horária das atividades.

Rossieli concorda que nos países mais desenvolvidos de fato existe uma priorização do estudante na escola. "Infelizmente o nosso país, por muitas questões, especialmente as sociais, não enxerga esta possibilidade como uma possível realidade, mas nós precisamos mudar essa mentalidade", diz.

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