Comportamento Adolescente e Educação

Redes sociais: afinal, o que crianças e adolescentes podem ter de bom?


Por Carolina Delboni

Já é mais do que sabido que o uso indiscriminado e irrestrito das redes sociais pode ser danoso à saúde mental de crianças e adolescentes. Mas é fato que elas fazem parte do mundo e não tem data para expirarem. Então, afinal, o que crianças e adolescentes podem ter de bom?

Lidar com o tempo e o uso das redes sociais têm sido um desafio. Não só para crianças e adolescentes, mas para os próprios pais que não sabem gerenciar as questões todas que se apresentam. Violência, ansiedade, depressão, baixa autoestima e bullying são alguns dos temas que mais aparecem quando a gente relaciona redes sociais x saúde mental.

Pesquisas recentes apontam os estragos - sim, são estragos - que Instagram e TikTok têm feito na vida de muitos adolescentes. Mas o que fazer? Não é de hoje que as redes sociais dominam nossas vidas e, ao contrário de algumas espécies animais, elas não sumirão no mapa.

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A proporção alcançada é tamanha que políticos e especialistas já se mobilizam em torno de estratégias para melhor usar essas ferramentas diante das ameaças que elas podem representar. Globalmente, são quase 5 bilhões de pessoas que possuem contam nas diversas plataformas e elas passam, em média, duas horas de meia do dia rolando a tela para cima.

Para crianças e adolescentes, o cuidado deve ser redobrado, o que não quer dizer que as plataformas digitais não possam apresentar boas oportunidades de aprendizado e de entretenimento.

Segundo pesquisa, crianças passam, em média, cinco horas online e adolescentes, oito das doze do dia. Foto Freepik  
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O TikTok, por exemplo, foi o app mais baixado de 2022, com 672 milhões de downloads pelo mundo, segundo a revista Forbes. Para se ter uma ideia, o aplicativo divulgou que, em 2021, 1 bilhão de usuários visitaram a plataforma todos os meses. Com tanta gente acessando e tanto conteúdo circulando é difícil saber se as publicações de fato são recomendáveis para crianças e adolescentes - o que em si já é um problema.

Um estudo do Centro de Combate ao Ódio Digitai (CCDH, em inglês) feito com contas de jovens de 13 anos interessados em conteúdos de imagem corporal e saúde mental mostrou que o algoritmo do TikTok recomenda conteúdos de suicídio em 2,6 minutos. Pois é.

Enquanto isso o Brasil é o terceiro país com maior número de suicídios entre adolescentes e jovens, segundo dados da OMS, Organização Mundial da Saúde. O mesmo órgão revela um aumento da taxa nos últimos 20 anos, um dado na contramão de estimativas globais.

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Mas e aí, o que fazer? Proibir não é a solução e achar que elas vão deixar de existir é ilusão. Daniela Penteado, gerente da WGSN, empresa líder em tendências de comportamento e consumo, porém, é otimista com relação às potencialidades das redes sociais. "O TikTok deixou de ser um espaço de coreografias para se tornar um hub de aprendizado e entretenimento. É um espaço fértil para os criadores". Ela compara o aplicativo à gravidade, em que o usuário se prende a um centro e em sua volta orbitam diversos tipos de conteúdo.

Uma das correntes positivas encontradas nas redes é o aprendizado. Hoje, já é possível encontrar diversos perfis para se aprender temas diversos que vão desde cozinhar até falar outro idioma. A própria plataforma do TikTok já disponibiliza uma seção "Aprender" com conteúdos mais educativos. Assim, o caráter autodidata da geração atual é reforçado. Com isso, o Tik Tok acabou sendo, junto com o Instagram, a ferramenta de pesquisa favorita de 40% da Geração Z, em 2021.

O relatório da Reuters Institute Digital News divulgou relatório que aponta o Tik Tok como ferramenta de busca de 40% dos adolescentes e jovens da Geração Z. Isso revela uma mudança comportamental pela busca de informação e conhecimento e indica plataformas de entretenimento ocupando espaço de veículos de mídia.

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Além do acesso ao conhecimento, as redes sociais também ampliaram as interações sociais. Conhecer novas pessoas com interesses em comum, por exemplo, faz com que as redes sociais promovam aspectos de socialização e comunicação. Isso acontece com mais intensidade durante a adolescência, já que essa é uma fase em que há a inclusão social do indivíduo em grupos.

E por que as redes sociais estão ampliando as interações em suas plataformas? Porque elas perceberam que o número de adolescentes e jovens solitários estava aumentando. Perceberam também que este poderia ser um canal de conexão e interação com eles, uma vez que existe um movimento chamado "cura social" em que a Geração Z tem procurado passar menos tempo nas redes sociais e promover mais encontros presenciais. Hoje, 30% dos jovens da Geração Z estão reduzindo o tempo de uso de telas de celular, segundo apontou um relatório do WGSN de 2023.

Sinais de alerta

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Mas nem tudo são flores. A adolescência é o momento de construção de identidade e quando o adolescente se vê dependente das redes este processo fica comprometido e a "vida real", com suas interações e conflitos, perde o foco - muitas vezes, o prumo - que é vital nesta fase da vida.

O uso das redes sociais ainda apresenta outros perigos, como falsas informações e discursos de ódio. É por isso que diversos países estão se movimentando para regular o ambiente virtual. No Brasil está em discussão o Projeto de Lei (PL) 2630, de 2020 que propõe a regulação da internet, o que inclui um regramento maior sobre o que circula nas redes sociais.

Para crianças e adolescentes, esse tipo de esforço ganha uma outra dimensão. Isso porque os mais jovens são mais vulneráveis aos efeitos negativos das redes sociais, segundo um estudo das Universidades de Cambridge, Oxford e do Instituto Donders para Cérebro, Cognição e Comportamento, publicado na revista Nature Communications.

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No estado americano de Utah, uma lei determinou que menores de 18 anos só podem usar as redes sociais com autorização dos pais. A legislação de países europeus também busca impedir que crianças e adolescentes acessem serviços que geram riscos a elas.

Um outro impacto que aparece junto às redes sociais em crianças e adolescentes se dá nas emoções e comportamentos desse grupo. Por exemplo, uma pesquisa publicada pela Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos, e divulgada no The New York Times, diz que, em média, crianças de 8 a 12 anos passam cinco horas no mundo digital. Para adolescentes, de 13 a 18 anos, esse tempo chega em oito horas. Oito das doze horas que passamos acordados. Veja que loucura.

Especialistas alertam que o uso excessivo das redes sociais é um perigo, pois pode provocar dependência e, consequentemente, sofrimento quando há uma desconexão do ambiente offline. É o chamado Folo (Fear of Logging Off, ou "Medo de Desconectar"), que pode vir junto ao Fomo (Fear Of Missing Out ou "Medo de Perder", que é o receio de estar sendo deixado de fora de algo), ambos motivados por um cenário de superexposição nas redes.

O equilíbrio como caminho

Pais mais conscientes das oportunidades e perigos das redes sociais, e plataformas mais responsáveis pelo conteúdo que por lá circula são bons caminhos para garantir uma relação mais saudável entre jovens e as redes sociais. O Instagram, por exemplo, dispara um aviso quando o usuário está prestes a comentar algo ofensivo ou maldoso em alguma postagem, o que força as pessoas a repensarem comportamentos agressivos no ambiente digital.

"O equilíbrio é fundamental. O fácil acesso e a democratização são algo para usarmos em nosso favor, para aprendermos algo novo, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, podemos criar limitações dentro do aplicativo para controlar o tempo de uso e viver o mundo real", diz Daniela, que também lembra da importância de as plataformas digitais promoverem transparência no uso dos dados de seus usuários.

Já é mais do que sabido que o uso indiscriminado e irrestrito das redes sociais pode ser danoso à saúde mental de crianças e adolescentes. Mas é fato que elas fazem parte do mundo e não tem data para expirarem. Então, afinal, o que crianças e adolescentes podem ter de bom?

Lidar com o tempo e o uso das redes sociais têm sido um desafio. Não só para crianças e adolescentes, mas para os próprios pais que não sabem gerenciar as questões todas que se apresentam. Violência, ansiedade, depressão, baixa autoestima e bullying são alguns dos temas que mais aparecem quando a gente relaciona redes sociais x saúde mental.

Pesquisas recentes apontam os estragos - sim, são estragos - que Instagram e TikTok têm feito na vida de muitos adolescentes. Mas o que fazer? Não é de hoje que as redes sociais dominam nossas vidas e, ao contrário de algumas espécies animais, elas não sumirão no mapa.

A proporção alcançada é tamanha que políticos e especialistas já se mobilizam em torno de estratégias para melhor usar essas ferramentas diante das ameaças que elas podem representar. Globalmente, são quase 5 bilhões de pessoas que possuem contam nas diversas plataformas e elas passam, em média, duas horas de meia do dia rolando a tela para cima.

Para crianças e adolescentes, o cuidado deve ser redobrado, o que não quer dizer que as plataformas digitais não possam apresentar boas oportunidades de aprendizado e de entretenimento.

Segundo pesquisa, crianças passam, em média, cinco horas online e adolescentes, oito das doze do dia. Foto Freepik  

O TikTok, por exemplo, foi o app mais baixado de 2022, com 672 milhões de downloads pelo mundo, segundo a revista Forbes. Para se ter uma ideia, o aplicativo divulgou que, em 2021, 1 bilhão de usuários visitaram a plataforma todos os meses. Com tanta gente acessando e tanto conteúdo circulando é difícil saber se as publicações de fato são recomendáveis para crianças e adolescentes - o que em si já é um problema.

Um estudo do Centro de Combate ao Ódio Digitai (CCDH, em inglês) feito com contas de jovens de 13 anos interessados em conteúdos de imagem corporal e saúde mental mostrou que o algoritmo do TikTok recomenda conteúdos de suicídio em 2,6 minutos. Pois é.

Enquanto isso o Brasil é o terceiro país com maior número de suicídios entre adolescentes e jovens, segundo dados da OMS, Organização Mundial da Saúde. O mesmo órgão revela um aumento da taxa nos últimos 20 anos, um dado na contramão de estimativas globais.

Mas e aí, o que fazer? Proibir não é a solução e achar que elas vão deixar de existir é ilusão. Daniela Penteado, gerente da WGSN, empresa líder em tendências de comportamento e consumo, porém, é otimista com relação às potencialidades das redes sociais. "O TikTok deixou de ser um espaço de coreografias para se tornar um hub de aprendizado e entretenimento. É um espaço fértil para os criadores". Ela compara o aplicativo à gravidade, em que o usuário se prende a um centro e em sua volta orbitam diversos tipos de conteúdo.

Uma das correntes positivas encontradas nas redes é o aprendizado. Hoje, já é possível encontrar diversos perfis para se aprender temas diversos que vão desde cozinhar até falar outro idioma. A própria plataforma do TikTok já disponibiliza uma seção "Aprender" com conteúdos mais educativos. Assim, o caráter autodidata da geração atual é reforçado. Com isso, o Tik Tok acabou sendo, junto com o Instagram, a ferramenta de pesquisa favorita de 40% da Geração Z, em 2021.

O relatório da Reuters Institute Digital News divulgou relatório que aponta o Tik Tok como ferramenta de busca de 40% dos adolescentes e jovens da Geração Z. Isso revela uma mudança comportamental pela busca de informação e conhecimento e indica plataformas de entretenimento ocupando espaço de veículos de mídia.

Além do acesso ao conhecimento, as redes sociais também ampliaram as interações sociais. Conhecer novas pessoas com interesses em comum, por exemplo, faz com que as redes sociais promovam aspectos de socialização e comunicação. Isso acontece com mais intensidade durante a adolescência, já que essa é uma fase em que há a inclusão social do indivíduo em grupos.

E por que as redes sociais estão ampliando as interações em suas plataformas? Porque elas perceberam que o número de adolescentes e jovens solitários estava aumentando. Perceberam também que este poderia ser um canal de conexão e interação com eles, uma vez que existe um movimento chamado "cura social" em que a Geração Z tem procurado passar menos tempo nas redes sociais e promover mais encontros presenciais. Hoje, 30% dos jovens da Geração Z estão reduzindo o tempo de uso de telas de celular, segundo apontou um relatório do WGSN de 2023.

Sinais de alerta

Mas nem tudo são flores. A adolescência é o momento de construção de identidade e quando o adolescente se vê dependente das redes este processo fica comprometido e a "vida real", com suas interações e conflitos, perde o foco - muitas vezes, o prumo - que é vital nesta fase da vida.

O uso das redes sociais ainda apresenta outros perigos, como falsas informações e discursos de ódio. É por isso que diversos países estão se movimentando para regular o ambiente virtual. No Brasil está em discussão o Projeto de Lei (PL) 2630, de 2020 que propõe a regulação da internet, o que inclui um regramento maior sobre o que circula nas redes sociais.

Para crianças e adolescentes, esse tipo de esforço ganha uma outra dimensão. Isso porque os mais jovens são mais vulneráveis aos efeitos negativos das redes sociais, segundo um estudo das Universidades de Cambridge, Oxford e do Instituto Donders para Cérebro, Cognição e Comportamento, publicado na revista Nature Communications.

No estado americano de Utah, uma lei determinou que menores de 18 anos só podem usar as redes sociais com autorização dos pais. A legislação de países europeus também busca impedir que crianças e adolescentes acessem serviços que geram riscos a elas.

Um outro impacto que aparece junto às redes sociais em crianças e adolescentes se dá nas emoções e comportamentos desse grupo. Por exemplo, uma pesquisa publicada pela Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos, e divulgada no The New York Times, diz que, em média, crianças de 8 a 12 anos passam cinco horas no mundo digital. Para adolescentes, de 13 a 18 anos, esse tempo chega em oito horas. Oito das doze horas que passamos acordados. Veja que loucura.

Especialistas alertam que o uso excessivo das redes sociais é um perigo, pois pode provocar dependência e, consequentemente, sofrimento quando há uma desconexão do ambiente offline. É o chamado Folo (Fear of Logging Off, ou "Medo de Desconectar"), que pode vir junto ao Fomo (Fear Of Missing Out ou "Medo de Perder", que é o receio de estar sendo deixado de fora de algo), ambos motivados por um cenário de superexposição nas redes.

O equilíbrio como caminho

Pais mais conscientes das oportunidades e perigos das redes sociais, e plataformas mais responsáveis pelo conteúdo que por lá circula são bons caminhos para garantir uma relação mais saudável entre jovens e as redes sociais. O Instagram, por exemplo, dispara um aviso quando o usuário está prestes a comentar algo ofensivo ou maldoso em alguma postagem, o que força as pessoas a repensarem comportamentos agressivos no ambiente digital.

"O equilíbrio é fundamental. O fácil acesso e a democratização são algo para usarmos em nosso favor, para aprendermos algo novo, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, podemos criar limitações dentro do aplicativo para controlar o tempo de uso e viver o mundo real", diz Daniela, que também lembra da importância de as plataformas digitais promoverem transparência no uso dos dados de seus usuários.

Já é mais do que sabido que o uso indiscriminado e irrestrito das redes sociais pode ser danoso à saúde mental de crianças e adolescentes. Mas é fato que elas fazem parte do mundo e não tem data para expirarem. Então, afinal, o que crianças e adolescentes podem ter de bom?

Lidar com o tempo e o uso das redes sociais têm sido um desafio. Não só para crianças e adolescentes, mas para os próprios pais que não sabem gerenciar as questões todas que se apresentam. Violência, ansiedade, depressão, baixa autoestima e bullying são alguns dos temas que mais aparecem quando a gente relaciona redes sociais x saúde mental.

Pesquisas recentes apontam os estragos - sim, são estragos - que Instagram e TikTok têm feito na vida de muitos adolescentes. Mas o que fazer? Não é de hoje que as redes sociais dominam nossas vidas e, ao contrário de algumas espécies animais, elas não sumirão no mapa.

A proporção alcançada é tamanha que políticos e especialistas já se mobilizam em torno de estratégias para melhor usar essas ferramentas diante das ameaças que elas podem representar. Globalmente, são quase 5 bilhões de pessoas que possuem contam nas diversas plataformas e elas passam, em média, duas horas de meia do dia rolando a tela para cima.

Para crianças e adolescentes, o cuidado deve ser redobrado, o que não quer dizer que as plataformas digitais não possam apresentar boas oportunidades de aprendizado e de entretenimento.

Segundo pesquisa, crianças passam, em média, cinco horas online e adolescentes, oito das doze do dia. Foto Freepik  

O TikTok, por exemplo, foi o app mais baixado de 2022, com 672 milhões de downloads pelo mundo, segundo a revista Forbes. Para se ter uma ideia, o aplicativo divulgou que, em 2021, 1 bilhão de usuários visitaram a plataforma todos os meses. Com tanta gente acessando e tanto conteúdo circulando é difícil saber se as publicações de fato são recomendáveis para crianças e adolescentes - o que em si já é um problema.

Um estudo do Centro de Combate ao Ódio Digitai (CCDH, em inglês) feito com contas de jovens de 13 anos interessados em conteúdos de imagem corporal e saúde mental mostrou que o algoritmo do TikTok recomenda conteúdos de suicídio em 2,6 minutos. Pois é.

Enquanto isso o Brasil é o terceiro país com maior número de suicídios entre adolescentes e jovens, segundo dados da OMS, Organização Mundial da Saúde. O mesmo órgão revela um aumento da taxa nos últimos 20 anos, um dado na contramão de estimativas globais.

Mas e aí, o que fazer? Proibir não é a solução e achar que elas vão deixar de existir é ilusão. Daniela Penteado, gerente da WGSN, empresa líder em tendências de comportamento e consumo, porém, é otimista com relação às potencialidades das redes sociais. "O TikTok deixou de ser um espaço de coreografias para se tornar um hub de aprendizado e entretenimento. É um espaço fértil para os criadores". Ela compara o aplicativo à gravidade, em que o usuário se prende a um centro e em sua volta orbitam diversos tipos de conteúdo.

Uma das correntes positivas encontradas nas redes é o aprendizado. Hoje, já é possível encontrar diversos perfis para se aprender temas diversos que vão desde cozinhar até falar outro idioma. A própria plataforma do TikTok já disponibiliza uma seção "Aprender" com conteúdos mais educativos. Assim, o caráter autodidata da geração atual é reforçado. Com isso, o Tik Tok acabou sendo, junto com o Instagram, a ferramenta de pesquisa favorita de 40% da Geração Z, em 2021.

O relatório da Reuters Institute Digital News divulgou relatório que aponta o Tik Tok como ferramenta de busca de 40% dos adolescentes e jovens da Geração Z. Isso revela uma mudança comportamental pela busca de informação e conhecimento e indica plataformas de entretenimento ocupando espaço de veículos de mídia.

Além do acesso ao conhecimento, as redes sociais também ampliaram as interações sociais. Conhecer novas pessoas com interesses em comum, por exemplo, faz com que as redes sociais promovam aspectos de socialização e comunicação. Isso acontece com mais intensidade durante a adolescência, já que essa é uma fase em que há a inclusão social do indivíduo em grupos.

E por que as redes sociais estão ampliando as interações em suas plataformas? Porque elas perceberam que o número de adolescentes e jovens solitários estava aumentando. Perceberam também que este poderia ser um canal de conexão e interação com eles, uma vez que existe um movimento chamado "cura social" em que a Geração Z tem procurado passar menos tempo nas redes sociais e promover mais encontros presenciais. Hoje, 30% dos jovens da Geração Z estão reduzindo o tempo de uso de telas de celular, segundo apontou um relatório do WGSN de 2023.

Sinais de alerta

Mas nem tudo são flores. A adolescência é o momento de construção de identidade e quando o adolescente se vê dependente das redes este processo fica comprometido e a "vida real", com suas interações e conflitos, perde o foco - muitas vezes, o prumo - que é vital nesta fase da vida.

O uso das redes sociais ainda apresenta outros perigos, como falsas informações e discursos de ódio. É por isso que diversos países estão se movimentando para regular o ambiente virtual. No Brasil está em discussão o Projeto de Lei (PL) 2630, de 2020 que propõe a regulação da internet, o que inclui um regramento maior sobre o que circula nas redes sociais.

Para crianças e adolescentes, esse tipo de esforço ganha uma outra dimensão. Isso porque os mais jovens são mais vulneráveis aos efeitos negativos das redes sociais, segundo um estudo das Universidades de Cambridge, Oxford e do Instituto Donders para Cérebro, Cognição e Comportamento, publicado na revista Nature Communications.

No estado americano de Utah, uma lei determinou que menores de 18 anos só podem usar as redes sociais com autorização dos pais. A legislação de países europeus também busca impedir que crianças e adolescentes acessem serviços que geram riscos a elas.

Um outro impacto que aparece junto às redes sociais em crianças e adolescentes se dá nas emoções e comportamentos desse grupo. Por exemplo, uma pesquisa publicada pela Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos, e divulgada no The New York Times, diz que, em média, crianças de 8 a 12 anos passam cinco horas no mundo digital. Para adolescentes, de 13 a 18 anos, esse tempo chega em oito horas. Oito das doze horas que passamos acordados. Veja que loucura.

Especialistas alertam que o uso excessivo das redes sociais é um perigo, pois pode provocar dependência e, consequentemente, sofrimento quando há uma desconexão do ambiente offline. É o chamado Folo (Fear of Logging Off, ou "Medo de Desconectar"), que pode vir junto ao Fomo (Fear Of Missing Out ou "Medo de Perder", que é o receio de estar sendo deixado de fora de algo), ambos motivados por um cenário de superexposição nas redes.

O equilíbrio como caminho

Pais mais conscientes das oportunidades e perigos das redes sociais, e plataformas mais responsáveis pelo conteúdo que por lá circula são bons caminhos para garantir uma relação mais saudável entre jovens e as redes sociais. O Instagram, por exemplo, dispara um aviso quando o usuário está prestes a comentar algo ofensivo ou maldoso em alguma postagem, o que força as pessoas a repensarem comportamentos agressivos no ambiente digital.

"O equilíbrio é fundamental. O fácil acesso e a democratização são algo para usarmos em nosso favor, para aprendermos algo novo, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, podemos criar limitações dentro do aplicativo para controlar o tempo de uso e viver o mundo real", diz Daniela, que também lembra da importância de as plataformas digitais promoverem transparência no uso dos dados de seus usuários.

Já é mais do que sabido que o uso indiscriminado e irrestrito das redes sociais pode ser danoso à saúde mental de crianças e adolescentes. Mas é fato que elas fazem parte do mundo e não tem data para expirarem. Então, afinal, o que crianças e adolescentes podem ter de bom?

Lidar com o tempo e o uso das redes sociais têm sido um desafio. Não só para crianças e adolescentes, mas para os próprios pais que não sabem gerenciar as questões todas que se apresentam. Violência, ansiedade, depressão, baixa autoestima e bullying são alguns dos temas que mais aparecem quando a gente relaciona redes sociais x saúde mental.

Pesquisas recentes apontam os estragos - sim, são estragos - que Instagram e TikTok têm feito na vida de muitos adolescentes. Mas o que fazer? Não é de hoje que as redes sociais dominam nossas vidas e, ao contrário de algumas espécies animais, elas não sumirão no mapa.

A proporção alcançada é tamanha que políticos e especialistas já se mobilizam em torno de estratégias para melhor usar essas ferramentas diante das ameaças que elas podem representar. Globalmente, são quase 5 bilhões de pessoas que possuem contam nas diversas plataformas e elas passam, em média, duas horas de meia do dia rolando a tela para cima.

Para crianças e adolescentes, o cuidado deve ser redobrado, o que não quer dizer que as plataformas digitais não possam apresentar boas oportunidades de aprendizado e de entretenimento.

Segundo pesquisa, crianças passam, em média, cinco horas online e adolescentes, oito das doze do dia. Foto Freepik  

O TikTok, por exemplo, foi o app mais baixado de 2022, com 672 milhões de downloads pelo mundo, segundo a revista Forbes. Para se ter uma ideia, o aplicativo divulgou que, em 2021, 1 bilhão de usuários visitaram a plataforma todos os meses. Com tanta gente acessando e tanto conteúdo circulando é difícil saber se as publicações de fato são recomendáveis para crianças e adolescentes - o que em si já é um problema.

Um estudo do Centro de Combate ao Ódio Digitai (CCDH, em inglês) feito com contas de jovens de 13 anos interessados em conteúdos de imagem corporal e saúde mental mostrou que o algoritmo do TikTok recomenda conteúdos de suicídio em 2,6 minutos. Pois é.

Enquanto isso o Brasil é o terceiro país com maior número de suicídios entre adolescentes e jovens, segundo dados da OMS, Organização Mundial da Saúde. O mesmo órgão revela um aumento da taxa nos últimos 20 anos, um dado na contramão de estimativas globais.

Mas e aí, o que fazer? Proibir não é a solução e achar que elas vão deixar de existir é ilusão. Daniela Penteado, gerente da WGSN, empresa líder em tendências de comportamento e consumo, porém, é otimista com relação às potencialidades das redes sociais. "O TikTok deixou de ser um espaço de coreografias para se tornar um hub de aprendizado e entretenimento. É um espaço fértil para os criadores". Ela compara o aplicativo à gravidade, em que o usuário se prende a um centro e em sua volta orbitam diversos tipos de conteúdo.

Uma das correntes positivas encontradas nas redes é o aprendizado. Hoje, já é possível encontrar diversos perfis para se aprender temas diversos que vão desde cozinhar até falar outro idioma. A própria plataforma do TikTok já disponibiliza uma seção "Aprender" com conteúdos mais educativos. Assim, o caráter autodidata da geração atual é reforçado. Com isso, o Tik Tok acabou sendo, junto com o Instagram, a ferramenta de pesquisa favorita de 40% da Geração Z, em 2021.

O relatório da Reuters Institute Digital News divulgou relatório que aponta o Tik Tok como ferramenta de busca de 40% dos adolescentes e jovens da Geração Z. Isso revela uma mudança comportamental pela busca de informação e conhecimento e indica plataformas de entretenimento ocupando espaço de veículos de mídia.

Além do acesso ao conhecimento, as redes sociais também ampliaram as interações sociais. Conhecer novas pessoas com interesses em comum, por exemplo, faz com que as redes sociais promovam aspectos de socialização e comunicação. Isso acontece com mais intensidade durante a adolescência, já que essa é uma fase em que há a inclusão social do indivíduo em grupos.

E por que as redes sociais estão ampliando as interações em suas plataformas? Porque elas perceberam que o número de adolescentes e jovens solitários estava aumentando. Perceberam também que este poderia ser um canal de conexão e interação com eles, uma vez que existe um movimento chamado "cura social" em que a Geração Z tem procurado passar menos tempo nas redes sociais e promover mais encontros presenciais. Hoje, 30% dos jovens da Geração Z estão reduzindo o tempo de uso de telas de celular, segundo apontou um relatório do WGSN de 2023.

Sinais de alerta

Mas nem tudo são flores. A adolescência é o momento de construção de identidade e quando o adolescente se vê dependente das redes este processo fica comprometido e a "vida real", com suas interações e conflitos, perde o foco - muitas vezes, o prumo - que é vital nesta fase da vida.

O uso das redes sociais ainda apresenta outros perigos, como falsas informações e discursos de ódio. É por isso que diversos países estão se movimentando para regular o ambiente virtual. No Brasil está em discussão o Projeto de Lei (PL) 2630, de 2020 que propõe a regulação da internet, o que inclui um regramento maior sobre o que circula nas redes sociais.

Para crianças e adolescentes, esse tipo de esforço ganha uma outra dimensão. Isso porque os mais jovens são mais vulneráveis aos efeitos negativos das redes sociais, segundo um estudo das Universidades de Cambridge, Oxford e do Instituto Donders para Cérebro, Cognição e Comportamento, publicado na revista Nature Communications.

No estado americano de Utah, uma lei determinou que menores de 18 anos só podem usar as redes sociais com autorização dos pais. A legislação de países europeus também busca impedir que crianças e adolescentes acessem serviços que geram riscos a elas.

Um outro impacto que aparece junto às redes sociais em crianças e adolescentes se dá nas emoções e comportamentos desse grupo. Por exemplo, uma pesquisa publicada pela Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos, e divulgada no The New York Times, diz que, em média, crianças de 8 a 12 anos passam cinco horas no mundo digital. Para adolescentes, de 13 a 18 anos, esse tempo chega em oito horas. Oito das doze horas que passamos acordados. Veja que loucura.

Especialistas alertam que o uso excessivo das redes sociais é um perigo, pois pode provocar dependência e, consequentemente, sofrimento quando há uma desconexão do ambiente offline. É o chamado Folo (Fear of Logging Off, ou "Medo de Desconectar"), que pode vir junto ao Fomo (Fear Of Missing Out ou "Medo de Perder", que é o receio de estar sendo deixado de fora de algo), ambos motivados por um cenário de superexposição nas redes.

O equilíbrio como caminho

Pais mais conscientes das oportunidades e perigos das redes sociais, e plataformas mais responsáveis pelo conteúdo que por lá circula são bons caminhos para garantir uma relação mais saudável entre jovens e as redes sociais. O Instagram, por exemplo, dispara um aviso quando o usuário está prestes a comentar algo ofensivo ou maldoso em alguma postagem, o que força as pessoas a repensarem comportamentos agressivos no ambiente digital.

"O equilíbrio é fundamental. O fácil acesso e a democratização são algo para usarmos em nosso favor, para aprendermos algo novo, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, podemos criar limitações dentro do aplicativo para controlar o tempo de uso e viver o mundo real", diz Daniela, que também lembra da importância de as plataformas digitais promoverem transparência no uso dos dados de seus usuários.

Já é mais do que sabido que o uso indiscriminado e irrestrito das redes sociais pode ser danoso à saúde mental de crianças e adolescentes. Mas é fato que elas fazem parte do mundo e não tem data para expirarem. Então, afinal, o que crianças e adolescentes podem ter de bom?

Lidar com o tempo e o uso das redes sociais têm sido um desafio. Não só para crianças e adolescentes, mas para os próprios pais que não sabem gerenciar as questões todas que se apresentam. Violência, ansiedade, depressão, baixa autoestima e bullying são alguns dos temas que mais aparecem quando a gente relaciona redes sociais x saúde mental.

Pesquisas recentes apontam os estragos - sim, são estragos - que Instagram e TikTok têm feito na vida de muitos adolescentes. Mas o que fazer? Não é de hoje que as redes sociais dominam nossas vidas e, ao contrário de algumas espécies animais, elas não sumirão no mapa.

A proporção alcançada é tamanha que políticos e especialistas já se mobilizam em torno de estratégias para melhor usar essas ferramentas diante das ameaças que elas podem representar. Globalmente, são quase 5 bilhões de pessoas que possuem contam nas diversas plataformas e elas passam, em média, duas horas de meia do dia rolando a tela para cima.

Para crianças e adolescentes, o cuidado deve ser redobrado, o que não quer dizer que as plataformas digitais não possam apresentar boas oportunidades de aprendizado e de entretenimento.

Segundo pesquisa, crianças passam, em média, cinco horas online e adolescentes, oito das doze do dia. Foto Freepik  

O TikTok, por exemplo, foi o app mais baixado de 2022, com 672 milhões de downloads pelo mundo, segundo a revista Forbes. Para se ter uma ideia, o aplicativo divulgou que, em 2021, 1 bilhão de usuários visitaram a plataforma todos os meses. Com tanta gente acessando e tanto conteúdo circulando é difícil saber se as publicações de fato são recomendáveis para crianças e adolescentes - o que em si já é um problema.

Um estudo do Centro de Combate ao Ódio Digitai (CCDH, em inglês) feito com contas de jovens de 13 anos interessados em conteúdos de imagem corporal e saúde mental mostrou que o algoritmo do TikTok recomenda conteúdos de suicídio em 2,6 minutos. Pois é.

Enquanto isso o Brasil é o terceiro país com maior número de suicídios entre adolescentes e jovens, segundo dados da OMS, Organização Mundial da Saúde. O mesmo órgão revela um aumento da taxa nos últimos 20 anos, um dado na contramão de estimativas globais.

Mas e aí, o que fazer? Proibir não é a solução e achar que elas vão deixar de existir é ilusão. Daniela Penteado, gerente da WGSN, empresa líder em tendências de comportamento e consumo, porém, é otimista com relação às potencialidades das redes sociais. "O TikTok deixou de ser um espaço de coreografias para se tornar um hub de aprendizado e entretenimento. É um espaço fértil para os criadores". Ela compara o aplicativo à gravidade, em que o usuário se prende a um centro e em sua volta orbitam diversos tipos de conteúdo.

Uma das correntes positivas encontradas nas redes é o aprendizado. Hoje, já é possível encontrar diversos perfis para se aprender temas diversos que vão desde cozinhar até falar outro idioma. A própria plataforma do TikTok já disponibiliza uma seção "Aprender" com conteúdos mais educativos. Assim, o caráter autodidata da geração atual é reforçado. Com isso, o Tik Tok acabou sendo, junto com o Instagram, a ferramenta de pesquisa favorita de 40% da Geração Z, em 2021.

O relatório da Reuters Institute Digital News divulgou relatório que aponta o Tik Tok como ferramenta de busca de 40% dos adolescentes e jovens da Geração Z. Isso revela uma mudança comportamental pela busca de informação e conhecimento e indica plataformas de entretenimento ocupando espaço de veículos de mídia.

Além do acesso ao conhecimento, as redes sociais também ampliaram as interações sociais. Conhecer novas pessoas com interesses em comum, por exemplo, faz com que as redes sociais promovam aspectos de socialização e comunicação. Isso acontece com mais intensidade durante a adolescência, já que essa é uma fase em que há a inclusão social do indivíduo em grupos.

E por que as redes sociais estão ampliando as interações em suas plataformas? Porque elas perceberam que o número de adolescentes e jovens solitários estava aumentando. Perceberam também que este poderia ser um canal de conexão e interação com eles, uma vez que existe um movimento chamado "cura social" em que a Geração Z tem procurado passar menos tempo nas redes sociais e promover mais encontros presenciais. Hoje, 30% dos jovens da Geração Z estão reduzindo o tempo de uso de telas de celular, segundo apontou um relatório do WGSN de 2023.

Sinais de alerta

Mas nem tudo são flores. A adolescência é o momento de construção de identidade e quando o adolescente se vê dependente das redes este processo fica comprometido e a "vida real", com suas interações e conflitos, perde o foco - muitas vezes, o prumo - que é vital nesta fase da vida.

O uso das redes sociais ainda apresenta outros perigos, como falsas informações e discursos de ódio. É por isso que diversos países estão se movimentando para regular o ambiente virtual. No Brasil está em discussão o Projeto de Lei (PL) 2630, de 2020 que propõe a regulação da internet, o que inclui um regramento maior sobre o que circula nas redes sociais.

Para crianças e adolescentes, esse tipo de esforço ganha uma outra dimensão. Isso porque os mais jovens são mais vulneráveis aos efeitos negativos das redes sociais, segundo um estudo das Universidades de Cambridge, Oxford e do Instituto Donders para Cérebro, Cognição e Comportamento, publicado na revista Nature Communications.

No estado americano de Utah, uma lei determinou que menores de 18 anos só podem usar as redes sociais com autorização dos pais. A legislação de países europeus também busca impedir que crianças e adolescentes acessem serviços que geram riscos a elas.

Um outro impacto que aparece junto às redes sociais em crianças e adolescentes se dá nas emoções e comportamentos desse grupo. Por exemplo, uma pesquisa publicada pela Common Sense Media, uma organização sem fins lucrativos, e divulgada no The New York Times, diz que, em média, crianças de 8 a 12 anos passam cinco horas no mundo digital. Para adolescentes, de 13 a 18 anos, esse tempo chega em oito horas. Oito das doze horas que passamos acordados. Veja que loucura.

Especialistas alertam que o uso excessivo das redes sociais é um perigo, pois pode provocar dependência e, consequentemente, sofrimento quando há uma desconexão do ambiente offline. É o chamado Folo (Fear of Logging Off, ou "Medo de Desconectar"), que pode vir junto ao Fomo (Fear Of Missing Out ou "Medo de Perder", que é o receio de estar sendo deixado de fora de algo), ambos motivados por um cenário de superexposição nas redes.

O equilíbrio como caminho

Pais mais conscientes das oportunidades e perigos das redes sociais, e plataformas mais responsáveis pelo conteúdo que por lá circula são bons caminhos para garantir uma relação mais saudável entre jovens e as redes sociais. O Instagram, por exemplo, dispara um aviso quando o usuário está prestes a comentar algo ofensivo ou maldoso em alguma postagem, o que força as pessoas a repensarem comportamentos agressivos no ambiente digital.

"O equilíbrio é fundamental. O fácil acesso e a democratização são algo para usarmos em nosso favor, para aprendermos algo novo, por exemplo. Mas ao mesmo tempo, podemos criar limitações dentro do aplicativo para controlar o tempo de uso e viver o mundo real", diz Daniela, que também lembra da importância de as plataformas digitais promoverem transparência no uso dos dados de seus usuários.

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